P R O G R A M A D E G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S J O Ã O G A M A G O D O Y jg a m a g odoy@g m a il.c om P E R M ITID A A R E P R O D U Ç Ã O P A R C IA L O U TO TA L D E S D E Q U E C ITA D A A FO N TE E P A R A U S O D ID Á TIC O.
P R O G R A M A D E G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S
CRITÉRIO PARA A CLAS S IFICAÇÃO DE INS TALAÇÕES INDUS TRIAIS QUANTO À PERICULOS IDADE
A primeira etapa para a elaboração da presente metodologia consis tiu em s elecionar as s ubstâncias, líquidas ou gas os as, que, de acordo com a s ua periculos idade intrínseca em relação à toxicidade e à inflamabilidade, apres entam um potencial para caus ar danos ao s er humano e/ou ao meio ambiente.
Caracterização do empreendimento e da região O primeiro passo para a realização do estudo de anális e de ris cos é a compilação de dados relativos às caracterís ticas do empreendimento, necessários para o des envolvimento do trabalho.
Esses dados s ão de especial importância para que seja possível caracterizar o empreendimento, contemplando seus aspectos cons trutivos e operacionais, além das peculiaridades da região onde o mesmo s e encontra ou será ins talado.
A caracterização do empreendimento deverá incluir o levantamento dos s eguintes dados : localização e des crição fís ica e geográfica da região, incluindo mananciais, áreas litorâneas, s is temas viários e cruzamentos e/ou interferências com outros s is temas exis tentes, entre outros as pectos ;
d is tribuição populacional da região; des crição física e lay-out, em es cala, da ins talação; carta planialtimétrica ou fotos aéreas que apres entem a circunvizinhança ao redor da ins talação;
s ubs tâncias químicas identificadas através de nomenclatura oficial e número CAS, incluindo quantidades, formas de movimentação, armazenamento e manipulação, contemplando s uas caracterís ticas fís ico-químicas e toxicológicas. Devem s er cons ideradas as matérias -primas, produtos auxiliares, intermediários e acabados, bem como res íduos, ins umos e utilidades ; PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE caracterís ticas climáticas e meteorológicas da região;
des crição do proces s o e rotinas operacionais ; apresentação de plantas baixas das unidades e fluxogramas de proces s os, de instrumentação e de tubulações ; s is temas de proteção e segurança.
Identificação de perigos A identificação de perigos é a s egunda etapa a s er des envolvida no es tudo de anális e de ris cos e cons is te na aplicação de técnicas es truturadas para a identificação das pos s íveis s equências de acidentes, para a definição dos cenários acidentais a s erem es tudados de forma detalhada.
Muitas são as técnicas disponíveis para a realização des ta atividade e, dependendo do empreendimento a s er analis ado e do detalhamento neces s ário, deve-s e utilizar as metodologias mais adequadas para o caso em es tudo.
Técnicas para identificação de perigos Várias s ão as técnicas que podem s er utilizadas para a identificação de perigos numa instalação industrial. Entre as diversas técnicas utilizadas para a identificação de perigos, as mais comumente utilizadas, e aqui apres entadas, s ão:
Anális e Preliminar de Perigos (APP); Anális e de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis - HazOp).
No entanto, outras técnicas, como por exemplo, E se? (What If? ) e Anális e de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE), entre outras, poderão ser utilizadas, desde que adequadas à ins talação em es tudo.
Anális e Preliminar de Perigos (APP) A APP - Anális e Preliminar de Perigos (PHA - Preliminary Hazard Analysis) é uma técnica que teve origem no programa de s egurança militar do Departamento de Defesa dos EUA.
Trata-s e de uma técnica es truturada que tem por objetivo identificar os perig os presentes numa ins talação, que podem s er ocas ionados por eventos indesejáveis.
Esta técnica pode s er utilizada em ins talações na fas e inicial de des envolvimento, nas etapas de projeto ou mes mo em unidades já em operação, permitindo, nesse cas o, a realização de um revis ão dos as pectos de segurança exis tentes.
A APP deve focalizar todos os eventos perigos os cujas falhas tenham origem na ins talação em anális e, contemplando tanto as falhas intríns ecas de equipamentos, de ins trumentos e de materiais, como erros humanos.
Na APP devem s er identificados os perigos, as caus as e os efeitos (cons equências ) e as categorias de s everidade corres pondentes (Tabela 7), bem como as obs ervações e recomendações pertinentes aos perigos identificados, devendo os res ultados s er apresentados em planilha padronizada. A Figura 3 apres enta um exemplo de planilha para a realização da APP.
Anális e de Perigos e Operabilidade (HazOp) A Anális e de Perigos e Operabilidade é uma técnica para identificação de perigos projetada para es tudar pos s íveis des vios (anomalias ) de projeto ou na operação de uma ins talação.
O HazOp cons is te na realização de uma revis ão da ins talação, a fim de identificar os perigos potenciais e/ou problemas de operabilidade por meio de uma s érie de reuniões, durante as quais uma equipe multidis ciplinar dis cute metodicamente o projeto da ins talação. O líder da equipe orienta o grupo através de um conjunto de palavras-guias que focalizam os des vios dos parâmetros es tabelecidos para o proces s o ou operação em análise.
Cons olidação dos cenários acidentais Identificados os perigos da instalação em es tudo, devem s er claramente elencados os cenários acidentais considerados, os quais s erão es tudados detalhadamente nas etapas posteriores do trabalho.
Para tanto, deve-s e es tabelecer claramente o critério cons iderado para a es colha dos cenários acidentais cons iderado relevantes, levando-s e em conta a s everidade do dano decorrente da falha identificada.
Es timativa dos efeitos fís icos e avaliação de vulnerabilidade A es timativa dos efeitos fís icos decorrentes de cenários acidentais envolvendo s ubs tâncias inflamáveis deverá s er precedida da elaboração de Árvores de Eventos para a definição das diferentes tipologias acidentais.
A Análise de Árvores de Eventos (AAE) deverá des crever a s equência dos fatos que possam s e des envolver a partir do cenário acidental em es tudo, prevendo s ituações de s uces s o ou falha,
Condições atmos féricas Nos es tudos de anális e de ris cos deverão s er utilizados, dados meteorológicos reais do local em es tudo, quando es tes es tiverem dis poníveis, devendo-s e cons iderar, no mínimo, os dados dos últimos três anos, cons iderando:
temperatura ambiente, velocidade do vento e umidade relativa do ar: adotar a média para os períodos diurno e noturno; categoria de es tabilidade atmos férica : adotar aquelas compatíveis com as velocidades de vento para os períodos diurno e noturno, de acordo com a Tabela 10;
direção do vento: adotar pelo menos oito direções com s uas res pectivas probabilidades de ocorrência. Quando as informações meteorológicas reais não es tiverem dis poníveis, deverão s e adotados os s eguintes dados :
Período diurno: temperatura ambiente: 25 oc; velocidade do vento: 3,0 m/s ; categoria de es tabilidade atmos férica: C; umidade relativa do ar: 80 % ; direção do vento: cons iderar a dis tribuição uniforme (12,5 % ) em oito direções.
Período noturno: temperatura ambiente: 20 oc; velocidade do vento: 2,0 m/s; categoria de es tabilidade atmos férica: E; umidade relativa do ar: 80 % ; direção do vento: cons iderar a dis tribuição uniforme (12,5 % ) em oito direções.
Topografia O parâmetro relacionado com a topografia de uma região é denominado rugos idade da s uperfície do s olo, o qual cons idera a pres ença de obstáculos, tais como aqueles encontrados em áreas urbanas, indus triais ou rurais.
Tempo de vazamento Nos cas os dos vazamentos es tudados deverá s er cons iderado um tempo mínimo de detecção e intervenção de dez minutos.
Área de poça Nos res ervatório onde existam bacias de contenção, a área da poça deverá s er aquela equivalente à área delimitada pelo dique, des de que a quantidade de s ubs tância envolvida no vazamento s eja s uficiente para ocupar toda es s a área.
Massa de vapor envolvida no cálculo de explos ão confinada Para a es timativa da mas s a de vapor exis tente no interior de um recipiente deverá ser cons iderada a fase vapor corres pondente a, no mínimo, 50 % do volume útil do recipiente.
S ubs tâncias inflamáveis O valor de referência a s er utilizado no es tudo de dis pers ão deverá s er a concentração corres pondente ao Limite Inferior de Inflamabilidade (LII).
S ubs tâncias tóxicas Para as s ubs tâncias tóxicas cuja função matemática do tipo PROB IT es teja des envolvida, deverão s er adotados como valores de referência as concentrações tóxicas que corres pondem às probabilidades de 1 % e 50 % de fatalidade para um tempo de expos ição de pelo menos 10 (dez) minutos nos cas os de liberações contínuas.
Dis tâncias a s erem cons ideradas Para cada cenário acidental es tudado as dis tâncias a serem apres entadas deverão s empre s erem cons ideradas a partir do ponto onde ocorreu a liberação da s ubs tância.
Tabelas Para cada um dos cenários acidentais cons iderados no es tudo deverão ser apresentados, de forma clara, os dados de entrada, como pres s ão, temperatura, área de furo ou ruptura, área do dique e quantidade vazada, entre outros, bem como os dados meteorológicos as s umidos.
Os res ultados deverão s er tabelados de forma a relacionar os valores de referência adotados e as res pectivas dis tâncias atingidas pelos mesmos.
A s eguir apres enta-s e algumas s uges tões da forma de apres entação dos dados de entrada (Tabela 11) e dos res ultados (Tabelas 12 e 13) para um determinado cenário acidental.
Es timativa de frequências Nas ins talações em que os efeitos fís icos extrapolem os limites da empresa e pos s am afetar pes s oas, os ris cos do empreendimento deverão s er calculados ; para tanto, deverão s er es timadas as frequências de ocorrência dos cenários acidentais identificados.
A Anális e de Árvore de Falhas é uma técnica dedutiva que permite identificar as caus as bás icas de acidentes e de falhas num determinado s istema, além de pos s ibilitar também a es timativa da frequência com que uma determinada falha pode ocorrer.
No cas o de dutos, a es timativa das frequências de ocorrência de uma determinada tipologia acidental (flashfire, UVCE, dis pers ão, etc), normalmente expres s as em ocorrências /km.ano, deverá cons iderar as dis tâncias corres pondentes às curvas de probabilidade de 50% e 1% de fatalidade para os divers os trechos do duto.
Es timativa e avaliação de riscos A es timativa e avaliação dos ris cos de um empreendimento depende de uma s érie de variáveis, por vezes pouco conhecidas e cujos res ultados podem apres entar diferentes níveis de incerteza.
Is to decorre principalmente de que não s e pode determinar todos os ris cos exis tentes ou pos s íveis de ocorrer numa ins talação e também da es cas s ez de informações nes te campo.
Os ris cos a s erem avaliados devem contemplar o levantamento de pos s íveis vítimas fatais, bem como os danos à s aúde da comunidade exis tente nas circunvizinhanças do empreendimento.
S endo o ris co uma função que relaciona as frequências de ocorrências de cenários acidentais e s uas res pectivas cons equências, em termos de danos ao homem, pode-s e, com bas e nos res ultados quantitativos obtidos nas etapas anteriores do es tudo, es timar o ris co de um empreendimento.
As s im, nos es tudos de anális e de ris cos, cujos cenários acidentais extrapolem os limites do empreendimento e pos s am afetar pes s oas, os ris cos deverão s er es timados e apres entados nas formas de Ris co S ocial e Ris co Individual.
Ris co s ocial O risco social refere-s e ao ris co para um determinado número ou agrupamento de pes s oas expos tas aos danos decorrentes de um ou mais cenários acidentais.
A es timativa do risco social num estudo de anális e de ris cos requer as s eguintes informações :
caracterís ticas das edificações onde as pes s oas s e encontram, de forma que pos s am s er levadas em cons ideração eventuais proteções. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE tipo de população (res idências, es tabelecimentos comerciais, indús trias, áreas rurais, es colas, hos pitais, etc); efeitos em diferentes períodos (diurno e noturno) e res pectivas condições meteorológicas, para o adequado dimens ionamento do número de pes s oas expos tas ;
Ressalta-se que os dados oriundos de censos de densidade demográfica em áreas urbanas não devem ser utilizados para a estimativa da população expos ta numa determinada área. Para cada tipologia acidental deverá ser estimado o número provável de vítimas fatais, de acordo com as probabilidades de fatalidades as sociadas aos efeitos físicos e em função das pes soas expostas nas oito direções de vento, cons iderando-se em cada uma destas direções as duas velocidades médias de vento, corres pondentes aos períodos diurno e noturno.
A es timativa do número de vítimas fatais poderá ser realizada, considerando-se probabilidades médias de morte, conforme s egue:
aplicar a probabilidade de 75% para as pes s oas expostas entre a fonte do vazamento e a curva de probabilidade de fatalidade de 50% ; aplicar a probabilidade de 25% para as pes s oas expostas entres a curva com probabilidades de fatalidade de 50% e 1%.
Ris co individual O risco individual pode ser definido como o risco para uma pessoa presente na vizinhança de um perigo, considerando a natureza da injúria que pode ocorrer e o período de tempo em que o dano pode acontecer.
O ris co individual pode ser es timado para um indivíduo mais expos to a um perigo, para um grupo de pes s oas ou para uma média de indivíduos pres entes na zona de efeito. Para um ou mais acidentes o ris co individual tem diferentes valores.
Avaliação dos riscos A avaliação dos riscos ao ser humano, impostos por um empreendimento, depende de uma s érie de variáveis, cujo resultado pode apresentar um nível razoável de incerteza, decorre principalmente da escas s ez de informações nes te campo.
A análise comparativa de riscos requer o estabelecimento de níveis de risco (limites ), a serem utilizados como referências que permitam comparar s ituações muitas vezes diferenciadas.
Assim, independentemente das limitações exis tentes, foi realizado um amplo levantamento dos critérios internacionais atualmente vigentes (Reino Unido, Holanda, Hong Kong, Aus trália, Es tados Unidos e S uiça), a partir dos quais foram estabelecidos os critérios de tolerabilidade para os ris cos s ocial e individual, as s umindos e valores médios entre os critérios
Gerenciamento de riscos As recomendações e medidas res ultantes do estudo de anális e e avaliação de ris cos para a redução das frequências e consequências de eventuais acidentes devem ser cons ideradas como partes integ rantes do processo de gerenciamento de riscos.
Embora as ações previs tas no PGR devam contemplar todas as operações e equipamentos, o programa deve considerar os aspectos críticos identificados no estudo de análise de riscos, de forma que sejam priorizadas as ações de gerenciamento dos riscos, a partir de critérios estabelecidos com base nos cenários acidentais de maior relevância.
O objetivo do PGR é prover uma sistemática voltada para o estabelecimento de requisitos contendo orientações gerais de gestão, com vista à prevenção de acidentes, razão pela qual deverá contemplar as seguintes atividades:
informações de s egurança de proces so; revisão dos riscos de proces sos; gerenciamento de modificações ; manutenção e garantia da integridade de s istemas críticos;
procedimentos operacionais ; capacitação de recurs os humanos ; inves tigação de incidentes ; plano de ação de emergência (PAE); auditorias.
Todos os itens constantes do PGR devem ser claramente definidos e documentados, aplicando-se tanto aos procedimentos e funcionários da empresa, como em relação aos terceiros (empreiteiras e demais prestadores de serviço) que desenvolvam atividades nas instalações envolvidas nesse processo.
Toda a documentação de registro das atividades realizadas no PGR, como por exemplo resultados de auditorias, serviços de manutenção e treinamentos, deve estar disponível para verificação sempre que necessária pelos órgãos responsáveis, razão pela qual devem ser mantidas em arquivo por, pelo menos, seis anos.
Informações de segurança de proces s o As informações de s egurança de proces so são fundamentais no gerenciamento de ris cos de ins talações perigos as.
O PGR deve contemplar a existência de informações e documentos atualizados e detalhados sobre as substâncias químicas envolvidas, tecnologia e equipamentos de processo, de modo a possibilitar o desenvolvimento de procedimentos operacionais precisos.
As s im, as informações de s egurança de proces s o devem incluir: informações das substâncias químicas do processo: incluem informações relativas aos perigos impostos pelas substâncias, inclusive intermediárias, para a completa avaliação e definição dos cuidados a serem tomadas, quando consideradas as características perigosas relacionadas com inflamabilidade, reatividade, toxicidade e corrosividade, entre outros riscos. (FIS QP)
tecnologia de processo: inclui informações do tipo diagrama de blocos, fluxogramas de processo, além dos quais as operações podem ser consideradas ins eguras para parâmetros como temperatura, pres são, vazão, nível e compos ição, e res pectivas conseqüências dos des vios des s es limites.
equipamentos de processo: inclui informações sobre os materiais de construção, diagramas de tubulações e instrumentação.
procedimentos operacionais: esses procedimentos são partes integrantes das informações de segurança do processo, razão pela qual um plano específico deve estabelecer os procedimentos a serem seguidos em todas as operações desenvolvidas na planta industrial.
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