Localfrio S.A. Armazéns Gerais Frigoríficos Demonstrações financeiras consolidadas e individuais em 31 de dezembro de 2014 e relatório dos auditores



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Transcrição:

Demonstrações financeiras consolidadas e individuais em 31 de dezembro de 2014 e relatório dos auditores independentes

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas Aos Administradores e Acionistas Localfrio S.A. Armazéns Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Localfrio S.A. Armazéns (a "Companhia" ou "") que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as demonstrações financeiras consolidadas da Localfrio S.A. Armazéns e suas controladas ("") que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 2 PricewaterhouseCoopers, Av. Francisco Matarazzo 1400, Torre Torino, São Paulo, SP, Brasil 05001-903, Caixa Postal 61005 T: (11) 3674-2000, F: (11) 3674-2000, www.pwc.com/br

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Localfrio S.A. Armazéns e da Localfrio S.A. Armazéns e suas controladas em 31 de dezembro de 2014, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 15 de maio de 2015 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Aníbal Manoel Gonçalves de Oliveira Contador CRC 1RJ056588/O-8 "S" SP 3

Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais Ativo Passivo e patrimônio líquido Circulante Circulante Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) 261 1.801 1.297 4.087 Fornecedores 7.052 5.453 8.412 6.733 Contas a receber de clientes (Nota 7) 27.367 30.784 36.396 48.153 Empréstimos e financiamentos (Nota 12) 67.630 42.173 75.033 51.034 Impostos a compensar (Nota 8) 6.415 5.544 8.632 6.811 Obrigações sociais (Nota 13) 6.589 6.279 7.928 8.132 Dividendos a receber (Nota 9(b)) 2.104 5.080 Obrigações tributárias (Nota 14) 5.245 8.135 6.935 12.031 Outros créditos 3.886 1.776 4.700 2.920 Aluguéis a pagar 2.101 2.355 2.133 2.629 Imposto de renda e contribuição social 49 235 40.033 44.985 51.025 61.971 Dividendos a pagar 3.824 4.390 3.824 4.390 Outras contas a pagar 1.513 1.411 3.564 2.931 Não circulante Realizável a longo prazo 93.954 70.196 107.878 88.115 Partes relacionadas (Nota 23) 358 14.903 18.032 Contas a receber de clientes (Nota 7) 1.801 2.970 1.801 Não circulante Depósitos vinculados (Nota 9(c)) 689 Empréstimos e financiamentos (Nota 12) 41.226 72.817 53.037 90.742 Depósitos judiciais (Nota 15) 2.775 3.409 2.787 4.402 Provisão para processos judiciais e administrativos Instrumentos financeiros derivativos swap (Nota 5.1(a)) 5.177 4.697 5.177 4.832 (Nota 15) 3.300 4.437 2.460 8.619 Imposto de renda e contribuição Partes relacionadas (Nota 23) 26.651 23.718 social diferidos (Nota 22(b)) 4.233 3.645 12.115 9.405 Imposto de renda e contribuição social Outros créditos 165 84 249 diferidos (Nota 22(b)) 9.602 9.715 10.535 10.576 Outras contas a pagar 717 12.185 14.075 38.036 39.410 80.779 110.687 66.032 110.654 Investimentos (Nota 9) 141.231 141.419 Imobilizado (Nota 10) 44.191 43.214 72.665 75.658 Total do passivo 174.733 180.883 173.910 198.769 Intangível (Nota 11) 2.757 2.663 77.848 87.203 Patrimônio líquido (Nota 16) 200.364 201.371 188.549 202.271 Capital social 28.824 28.824 28.824 28.824 Ajuste de avaliação patrimonial 5.090 7.181 5.090 7.181 Reservas de lucros 31.750 29.468 31.750 29.468 Total do patrimônio líquido 65.664 65.473 65.664 65.473 Total do ativo 240.397 246.356 239.574 264.242 Total do passivo e patrimônio líquido 240.397 246.356 239.574 264.242 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 1 de 42

Demonstração do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais, exceto lucro (prejuízo) por ação Receita operacional líquida (Nota 17) 245.652 215.627 310.358 292.965 Custo dos serviços prestados (Nota 18(a)) (193.796) (165.227) (254.576) (226.574) Lucro bruto 51.856 50.400 55.782 66.391 (Despesas) receitas operacionais Despesas administrativas (Nota 18(b)) (37.160) (32.273) (42.374) (44.822) Honorários dos administradores (2.738) (2.137) (2.738) (2.137) Despesas tributárias (1.809) (2.057) (2.339) (3.120) Participação nos resultados de controladas (Nota 9(b)) 1.916 5.348 Outras receitas operacionais, líquidas (Nota 19) 1.535 1.249 4.495 1.183 (38.256 ) (29.870 ) (42.956 ) (48.896 ) Lucro operacional antes do resultado financeiro 13.600 20.530 12.826 17.495 Resultado financeiro (Nota 20) Despesas financeiras (17.987) (11.241) (20.541) (14.494) Receitas financeiras 4.741 2.246 8.204 4.154 (13.246 ) (8.995 ) (12.337) (10.340 ) Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 354 11.535 489 7.155 Imposto de renda e contribuição social (Nota 22(c)) Corrente (2.163) (1.672) Diferido (104) (971) 1.924 5.081 (104 ) (971 ) (239 ) 3.409 Lucro líquido do exercício 250 10.564 250 10.564 Lucro básico e diluído por lote de mil ações - R$ (Nota 21) 4,06 171,46 Não houve resultados abrangentes nos exercícios divulgados, além do lucro líquido. As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 2 de 42

Demonstração das mutações do patrimônio líquido Em milhares de reais e Capital social Ajuste de avaliação patrimonial Legal Lucros a realizar Reservas de lucros Investimentos Lucros acumulados Total Em 31 de dezembro de 2012 28.824 15.036 156 1.484 12.903 58.403 Resultado abrangente do exercício Lucro líquido do exercício 10.564 10.564 Realização do ajuste de avaliação patrimonial, líquido (7.855) 7.855 Contribuições e distribuições aos acionistas Constituição de reserva legal 528 (528) Constituição de reserva para investimentos 15.382 (15.382) Dividendos (985) (2.509) (3.494) Em 31 de dezembro de 2013 28.824 7.181 684 499 28.285 65.473 Resultado abrangente do exercício Lucro líquido do exercício 250 250 Realização do ajuste de avaliação patrimonial, líquido (2.091) 2.091 Contribuições e distribuições aos acionistas Constituição de reserva legal 13 (13) Constituição de reserva para investimentos 2.269 (2.269) Dividendos (59) (59) Em 31 de dezembro de 2014 28.824 5.090 697 499 30.554 65.664 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 de 42

Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Fluxos de caixa das atividades operacionais Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 354 11.535 489 7.155 Ajustes Depreciação e amortização 11.180 19.273 26.926 33.301 Provisão para créditos de realização duvidosa 1.235 1.232 14.502 3.999 Provisão para processos judiciais e administrativos 1.404 1.177 (2.484) 624 Resultado na baixa de imobilizado 135 50 135 2.892 Participação no resultado de controladas (1.916) (5.348) Ga nhos com o valor justo de instrumentos financeiros derivativos (2.750) (4.697) (2.750) (4.832) Juros, variações monetárias e cambiais sobre empréstimos e financiamentos 15.330 12.276 18.050 16.372 24.972 35.498 54.868 59.511 Variações nos ativos e passivos Contas a receber 3.983 (3.799) (3.914) (5.235) Impostos a compensar (871) (983) (1.821) 793 Dividendos recebidos 5.080 Depósitos judiciais (1.489) (382) (1.642) (715) Depósitos vinculados 689 2.418 Outros créditos (2.017) 2.744 (1.687) 1.956 Fornecedores 1.599 1.322 1.679 (315) Obrigações sociais 310 (3.939) (204) (4.424) Obrigações tributárias (2.890) 1.398 (5.096) 832 Outras contas a pagar (152) (1.708) 109 (4.994) 28.525 30.151 42.981 49.827 Imposto de renda e contribuição social pagos (805 ) (2.559 ) (3.176 ) (3.995 ) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 27.720 27.592 39.805 45.832 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Aquisições de imobilizado e intangível (12.386) (11.597) (14.713) (15.596) Recebimento de outras empresas do grupo 483 2.771 Empréstimo para outras empresas do grupo (680) Baixa de depósito vinculado à aquisição de empresas (689) Caixa líquido usado nas atividades de investimentos (12.386 ) (11.114 ) (12.631 ) (16.276 ) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Ingressos de empréstimos e financiamentos 30.673 9.774 30.848 24.897 Amortização de empréstimos e financiamentos (52.779) (52.174) (63.246) (59.795) Ganhos com instrumentos financeiros derivativos Swap 2.270 2.405 Ingressos de empréstimos de empresa controlada 2.933 23.718 Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (195) (1.035) (195) (1.035) Caixa líquido usado nas atividades de financiamentos (17.098 ) (19.717 ) (30.188 ) (35.933 ) Aumento (redução) líquido do caixa e equivalentes de caixa (1.764 ) (3.239 ) (3.014 ) (6.377 ) Demonstração do aumento do caixa e equivalentes de caixa No início do exercício 1.801 3.562 4.087 8.986 No final do exercício 37 323 1.073 2.609 Aumento (redução) do caixa e equivalentes de caixa (1.764 ) (3.239 ) (3.014 ) (6.377 ) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 de 42

1 Informações gerais 1.1 Perfil do grupo A Localfrio S.A. Armazéns ("Companhia" ou "") e suas controladas (conjuntamente, "Grupo") atuam nos ramos da armazenagem alfandegada (sob controle aduaneiro) de produtos importados e a exportar, armazenagem de mercadorias nacionais ou nacionalizadas em regime de armazéns gerais, transporte de cargas e demais serviços afins que se relacionem aos produtos armazenados e/ou transportados, como: entrepostamento, desconsolidação, distribuição, montagem de kits promocionais, reembalagem, etiquetagem, entre outros. A Companhia é uma sociedade anônima, de capital fechado, com sede em São Paulo, Estado de São Paulo. O Grupo possui contratos de arrendamento operacionais e de aluguel comercial para áreas Operacionais e Administrativas: Grupo Vencimento Guarujá Terminal I Alfandegado 22/05/2016 (1) Guarujá Terminal II 19/09/2030 (2) Suape Terminal I Alfandegado 08/04/2026 (3) Suape Terminal II 06/12/2032 (4) Suape Transportes 15/05/2020 Itajaí Terminal REDEX 01/10/2022 (4) São Paulo Armazém Frigorifico 31/12/2015 (4) Administração Central 01/09/2019 (1) Contrato de Arrendamento firmado com a CODESP Companhia Docas do Estado de São Paulo, regido pela Lei 12.815/2013 (Lei dos Portos). O contrato está em seu último período de ocupação e não prevê renovação, entretanto, segundo previsto no mesmo diploma legal e a Resolução ANTAQ 3220/2014, passa por um processo de reequilíbrio econômico contratual que pode estender sua vigência até fins de 2023. O processo administrativo proposto em dezembro de 2013 pela Localfrio perante à ANTAQ requerendo o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de arrendamento Pres 26/96, tem pedido de providência acautelatória, em razão da área objeto desse contrato integrar a licitação pública promovida pelo Governo Federal e pela possibilidade dessa recomposição ocorrer por meio da extensão do prazo do contrato, o que inviabilizaria o processo licitatório. (2) Contrato com previsão de renovação por mais 20 anos e com áreas para possível ampliação. (3) Unidade operacional formada por dois contratos de arrendamento firmados com SUAPE Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros, sendo um com vencimento para 29/01/2021 com 41.000 m² e outro com 50.000 m² com vencimento para 08/04/2026. Encontra-se em análise da ANTAQ, pedido administrativo de unificação desses contratos. A unificação dos contratos permitirá que a Receita Federal trate a área total como um só Recinto Alfandegado, aumentando a eficiência e reduzindo custos. 5 de 42

(4) Contratos firmados com a Localimob Participações S.A., braço imobiliário do Grupo Localfrio, sem limites de renovação. A Unidade Itajaí Terminal REDEX obteve licença para a implantação de um CLIA (Centro Logístico Industrial Aduaneiro) que lhe permitirá movimentar, armazenar e efetuar despacho de mercadorias procedentes do exterior. Em 31 de dezembro de 2014, o Grupo apresenta capital circulante líquido negativo consolidado de R$ 56.853 (2013 - R$ 26.144) e na de R$ 53.921 (2013 - R$ 25.211). A redução do Capital Circulante Liquido teve origem na maior transferência, para o Passivo Circulante, das parcelas a pagar das Debêntures que financiaram a aquisição das controladas Suata e Atlântico em 2010 e das parcelas de amortização dos financiamentos relacionados a ampliação, construção, modernização, aparelhamento das unidades operacionais e contratação de empréstimos de curto prazo. Houve, também, o reconhecimento de uma perda potencial de R$ 11.420 como consequência do Pedido de Recuperação Judicial do cliente Wind Power Energia S.A. e transferência do saldo remanescente de recebíveis para o Ativo Realizável a Longo Prazo, no montante de R$ 2.970. A Companhia tem como política para os próximos exercícios, a manutenção dos níveis atuais de endividamento total com a assunção de financiamentos e empréstimos de longo prazo, objetivando alongar o perfil da dívida a taxas competitivas. A Companhia estima que a geração de caixa operacional seja suficiente para cumprir o orçamento de Investimentos de Capital para os próximos exercícios. É intenção dos Acionistas promoverem um aumento de Capital na Companhia em 2015 em montante a ser estabelecido em Assembleia Geral. A emissão dessas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo foi autorizada pelo Conselho de Administração, em 26 de março de 2015. 2 Resumo das principais políticas contábeis 2.1 Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir o "custo atribuído" dos bens do imobilizado na data de transição para os CPCs, e ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado do exercício. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis do Grupo. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas, estão divulgadas na Nota 3. (a) Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). (b) Demonstrações financeiras individuais As demonstrações financeiras individuais da foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e são publicadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas. 6 de 42

Não há diferença entre o patrimônio líquido e o resultado consolidado apresentado pelo Grupo e o patrimônio líquido e resultado da em suas demonstrações financeiras individuais. 2.2 Moeda funcional e moeda de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas do Grupo são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a empresa atua ("a moeda funcional"). Essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em reais, que é a moeda funcional da Companhia e também a moeda de apresentação do Grupo. Todas as informações financeiras apresentadas em reais foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma. 2.3 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários à vista, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de até três meses e saldos em contas garantidas, quando aplicável. As contas garantidas são demonstradas no balanço patrimonial como "Empréstimos", no passivo circulante. 2.4 Ativos financeiros 2.4.1 Classificação A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. (a) Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins de venda no curto prazo. Os derivativos também são categorizados como mantidos para negociação, a menos que tenham sido designados como instrumentos de hedge. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. (b) Empréstimos e recebíveis Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem, principalmente, contas a receber de clientes, aplicações financeiras contabilizadas em "Caixa e equivalentes de caixa", depósitos judiciais e outros créditos. 7 de 42

(c) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda não são derivativos, sejam eles designados nessa ou em outra categoria. Eles são incluídos em ativos não circulantes, a menos que a administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço. Em 2014 e em 2013 não existem ativos financeiros assim classificados. 2.4.2 Reconhecimento e mensuração As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação, data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação exceto para todos os ativos financeiros cujas normas recomendem que sejam classificados como ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros ao valor justo por meio de resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os ativos financeiros disponíveis para venda e os ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são, subsequentemente, contabilizados pelo valor justo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa efetiva de juros. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de perda (impairment) em um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros. 2.4.3 Impairment de ativos financeiros Ativos mensurados ao custo amortizado A Companhia avalia no final de cada período do relatório se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. Os critérios que a Companhia usa para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment incluem situações como: (a) (b) (c) (d) dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor; quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal; probabilidade que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira; desaparecimento de um mercado ativo para um ativo financeiro devido às dificuldades financeiras; ou 8 de 42

(e) existência de dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros fluxos de caixa estimados a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuição não possa ainda ser identificada com os ativos financeiros individuais na carteira, incluindo:. mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo na carteira;. condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplências sobre os ativos na carteira. A Companhia avalia em primeiro lugar se existe evidência objetiva de impairment. O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado. Se, em período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment será reconhecida na demonstração do resultado. 2.5 Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado, ajustado ao valor presente quando aplicável, incluindo os respectivos impostos diretos de responsabilidade tributária das empresas do Grupo, menos os impostos retidos na fonte, os quais são considerados como créditos tributários. As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros menos a provisão para créditos de liquidação duvidosa (impairment). Na prática, são normalmente reconhecidas ao valor faturado, ajustado pela provisão para impairment, se necessária. Durante o exercício, o prazo médio de recebimento das contas a receber de clientes é de 28 dias (31 dias em 2013), prazo esse considerado como parte das condições normais e inerentes das operações do Grupo. Por esse motivo, não foram identificados saldos e transações para os quais o ajuste a valor presente fosse aplicável e relevante. 2.6 Depósitos judiciais Existem situações em que o Grupo questiona a legitimidade de determinados passivos ou ações movidas contra si. Por conta desses questionamentos, por ordem judicial ou por estratégia da própria administração, os valores em questão podem ser depositados em juízo, sem que haja a caracterização da liquidação do passivo. Os depósitos judiciais relacionados com processos cuja provisão esteja constituída estão apresentados ao custo como dedução do correspondente passivo constituído, uma vez que não existe a possibilidade de resgate dos depósitos, a menos que ocorra desfecho favorável da questão para o Grupo. Os depósitos judiciais relacionados com processos não provisionados estão apresentados no ativo não circulante - realizável a longo prazo. 9 de 42

2.7 Investimento em controladas Os investimentos em controladas com participação no capital votante superior a 20% ou com influência significativa em demais sociedades que fazem parte de um mesmo grupo ou que estejam sob controle comum são avaliados por equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras individuais. 2.8 Imobilizado Itens do imobilizado são mensurados pelo custo atribuído em 1 o de janeiro de 2009 (data de transição para os CPCs), acrescidos dos gastos incorridos a partir daquela data pelo custo histórico, menos a depreciação acumulada e as perdas de redução ao valor recuperável (impairment) acumuladas, quando aplicável. O custo inclui gastos que foram diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos construídos pelo próprio Grupo inclui o custo de materiais e mão de obra direta, quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condição necessários a que esses sejam capazes de operar da forma pretendida pela administração, os custos de desmontagem e de restauração do local onde estes ativos estão localizados, e custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis. A Companhia e suas controladas optaram por atribuir novo custo aos ativos imobilizados (deemed cost) na data de abertura do exercício de 2009. Os efeitos do custo atribuído aumentaram o ativo imobilizado tendo como contrapartida o patrimônio líquido, registrado na rubrica "Ajuste de avaliação patrimonial", líquido dos efeitos fiscais. Em conjunto com a atribuição de novo custo ao ativo imobilizado, o Grupo reavaliou a vida útil do seu ativo imobilizado. Após essa avaliação o Grupo passou a utilizar as seguintes taxas de depreciação: Grupo Taxas - % Edificações 2 a 2,5 Veículos industriais 9,5 a 33 Equipamentos de informática 33 a 50 Instalações 17 a 33 Máquinas e equipamentos 10 a 33 Móveis e utensílios 10,5 a 22 Benfeitorias em imóveis de terceiros 13 a 33 Embora a adoção do valor justo como custo atribuído e do consequente aumento na despesa de depreciação nos exercícios futuros a Companhia não alterou sua política de dividendos. O software comprado que seja parte integrante da funcionalidade de um equipamento é capitalizado como parte daquele equipamento. Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas como itens individuais (componentes principais) de imobilizado. O valor contábil de um ativo é baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimado. Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são apurados pela comparação entre os recursos advindos da alienação com o valor contábil do imobilizado, e são reconhecidos líquidos dentro de outras receitas no resultado. 10 de 42

Depreciação A depreciação é calculada sobre o valor depreciável, que é o custo de um ativo, ou outro valor substituto do custo, deduzido do valor residual. A depreciação é reconhecida no resultado, calculada pelo método linear tendo como base o tempo de vida útil estimada de cada parte de um item do imobilizado, já que esse método é o que mais perto reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Ativos arrendados são depreciados pelo período que for mais curto entre o prazo do arrendamento e as suas vidas úteis, a não ser que esteja razoavelmente certo de que o Grupo irá obter a propriedade ao final do prazo do arrendamento. Terrenos não são depreciados. Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada encerramento de exercício financeiro e eventuais ajustes são reconhecidos como mudança de estimativas contábeis. 2.9 Intangível (a) Ágio O ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago e/ou a pagar pela aquisição de um negócio e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da controlada adquirida. O ágio de aquisições de controladas é registrado, no, como "Ativo intangível". O ágio é testado anualmente para verificar perdas (impairment). Ágio é contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por impairment. Perdas por impairment reconhecidas sobre ágio não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma controlada incluem o valor contábil do ágio relacionado com a controlada vendida. O ágio é alocado a Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) para fins de teste de impairment. A alocação é feita para as Unidades Geradoras de Caixa ou para os grupos de Unidades Geradoras de Caixa que devem se beneficiar da combinação de negócios da qual o ágio se originou, e são identificadas de acordo com o segmento operacional. (b) Concessões de serviços públicos A Companhia e suas controladas Atlântico e Suata possuem concessões de serviços públicos decorrentes dos contratos de arrendamentos. Essas companhias atuam sob regime de concessão, entretanto, suas atividades não se enquadram nos requerimentos da Interpretação Técnica ICPC n o 01 (R1) - "Contratos de Concessão", em função do preço não ser regulamentado pelo poder concedente. Dessa forma, não foram efetuados ajustes ou reclassificações nas demonstrações financeiras da Companhia ou do Grupo em decorrência desse pronunciamento. (c) Outros ativos intangíveis Outros ativos intangíveis que são adquiridos e que têm vidas úteis finitas são mensurados pelo custo, deduzido da amortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas. (d) Amortização Amortização é calculada sobre o custo de um ativo, ou outro valor substituto do custo, deduzido do valor residual, se aplicável. 11 de 42

A amortização é reconhecida no resultado baseando-se no método linear com relação às vidas úteis estimadas de ativos intangíveis, que não ágio, a partir da data em que estes estão disponíveis para uso, já que esse método é o que mais perto reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. (e) Ativos arrendados Os arrendamentos em cujos termos a Companhia e suas controladas assumem os riscos e benefícios inerentes a propriedade são classificados como arredamentos financeiros. No reconhecimento inicial o ativo arrendado é medido pelo valor igual ao menor valor entre o seu valor justo e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Após o reconhecimento inicial, o ativo é avaliado de acordo com a política contábil aplicável ao ativo. Os outros arrendamentos mercantis são arrendamentos operacionais e não são reconhecidos no balanço patrimonial. 2.10 Fornecedores As contas a pagar aos fornecedores são inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. Durante o exercício de 2014, o prazo médio de pagamento das contas a pagar aos fornecedores foi de 18 dias (25 dias em 2013), prazo esse considerado como parte das condições normais e inerentes das operações do Grupo. Por esse motivo, não foram identificados saldos e transações para os quais o ajuste a valor presente fosse aplicável e relevante. 2.11 Empréstimos e financiamentos Os empréstimos são inicialmente reconhecidos pelo valor da transação (ou seja, pelo valor a pagar ao banco, incluindo os custos da transação) e subsequentemente demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros. As taxas pagas no estabelecimento do empréstimo são reconhecidas como custos da transação do empréstimo, uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa é capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de liquidez e amortizada durante o período do empréstimo ao qual se relaciona. Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. 2.12 Benefícios a empregados Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são mensuradas em uma base não descontada e são incorridas como despesas conforme o serviço relacionado seja prestado. (a) Benefícios pós-emprego O Grupo não possui planos de pensão ou outras obrigações pós-aposentadoria e reconhece os custos de demissões quando está demonstravelmente comprometido com o encerramento do vínculo empregatício de funcionários. 12 de 42

(b) Participação nos lucros O reconhecimento da participação nos lucros é usualmente efetuado quando do encerramento do exercício, momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confiável pelo Grupo, vis-à-vis as metas estabelecidas pela administração, estando apresentado na rubrica "Obrigações sociais" no passivo circulante, quando aplicável. 2.13 Redução ao valor recuperável - impairment Os ativos que têm uma vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testados anualmente para identificar eventual necessidade de redução ao valor recuperável (impairment). Os ativos que estão sujeitos à amortização/depreciação são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida quando o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, o qual representa o maior valor entre o valor justo de um ativo menos seus custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa (UGC)). Os ativos não financeiros, exceto o ágio, que tenham sido ajustado por impairment, são revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão do impairment na data do balanço. 2.14 Provisões Uma provisão é reconhecida em função de um evento passado se a Companhia e suas controladas têm uma obrigação legal ou construtiva que possa ser estimada de maneira confiável, e é provável que um recurso econômico seja exigido para liquidar a obrigação. As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes de impostos, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas são efetuados de acordo com os seguintes critérios: (a) Contingências ativas Ganhos contingentes - não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a administração possui controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como certo. (b) Contingências passivas Contingências passivas - são provisionadas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que implicaria forte indício de saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. As contingências passivas classificadas como perdas possíveis não são provisionadas, sendo apenas divulgadas nas demonstrações financeiras, e as classificadas como de perda remota não requerem provisão ou divulgação. 13 de 42

2.15 Reconhecimento de receita A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. A Companhia reconhece a receita quando: (a) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (b) é provável que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade; e (c) quando critérios específicos tiverem sido atendidos para a atividade da Companhia. (a) Vendas de serviços As receitas de contratos de prestação de serviços de armazenagem e de transporte são reconhecidas no período em que os serviços são prestados, usando o método linear de reconhecimento de receita conforme o período do contrato. Se surgirem circunstâncias que possam alterar as estimativas originais de receitas, custos ou extensão do prazo para conclusão, as estimativas iniciais serão revisadas. Essas revisões podem resultar em aumentos ou reduções das receitas ou custos estimados e estão refletidas no resultado no período em que a administração tomou conhecimento das circunstâncias que originaram a revisão. (b) Receita financeira A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa efetiva de juros. 2.16 Imposto de renda e contribuição social - corrente e diferido O imposto de renda e a contribuição social do exercício, correntes e diferidos, são calculados com base nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real. A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda correntes e diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a menos que estejam relacionados à combinação de negócios, ou itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido ou em outros resultados abrangentes. O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber esperado sobre o lucro ou prejuízo tributável do exercício, a taxas de impostos decretadas ou substantivamente decretadas na data de apresentação das demonstrações financeiras e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos exercícios anteriores. O imposto diferido é reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados para fins de tributação. O imposto diferido não é reconhecido para as seguintes diferenças temporárias: o reconhecimento inicial de ativos e passivos em uma transação que não seja combinação de negócios e que não afete nem o resultado contábil tampouco o lucro ou prejuízo tributável, e diferenças relacionadas a investimentos em subsidiárias e entidades controladas quando seja provável que elas não revertam num futuro previsível. Além disso, imposto diferido não é reconhecido para diferenças temporárias tributáveis resultantes no reconhecimento inicial de ágio. 14 de 42

Os ativos e passivos fiscais diferidos são compensados caso haja um direito legal de compensar passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionam a impostos de renda lançados pela mesma autoridade tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação. Um ativo de imposto de renda e contribuição social diferidos é reconhecido por perdas fiscais, créditos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis não utilizadas quando é provável que lucros futuros sujeitos à tributação estejam disponíveis e contra os quais serão utilizados. Ativos de imposto de renda e contribuição social diferidos são revisados a cada data de relatório e serão reduzidos na medida em que sua realização não seja mais provável. 2.17 Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio A distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras da Companhia ao final do exercício, com base no seu estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em assembleia geral. 2.18 Capital social Ações ordinárias e preferenciais são classificadas como patrimônio líquido. O capital preferencial é classificado como patrimônio líquido caso seja não resgatável, ou somente resgatável à escolha da Companhia. Ações preferenciais não dão direito a voto e possuem preferência na liquidação da sua parcela do capital social. 3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contempladas abaixo. (a) Ativo imobilizado Anualmente a vida útil dos ativos imobilizados do grupo é revisada. Esta avaliação é efetuada de acordo com a estimativa de utilização dos bens registrados no ativo imobilizado e resulta em uma taxa de depreciação anual. As taxas de depreciação definidas para o exercício de 2014, estão apresentadas na Nota 2.8. Uma alteração nas referidas taxas gera impacto direto nos resultados operacionais do grupo. 15 de 42

(b) Imposto de renda e contribuição social É necessário um julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre a renda. Em muitas operações, a determinação final do imposto é incerta. O reconhecimento de imposto de renda diferido ativo requer avaliar se é provável que existirão resultados tributáveis futuros suficientes para realizar tal imposto de renda diferido ativo. A avaliação requer considerar o histórico de resultados tributáveis, expectativas de resultados tributáveis futuros assim como do momento de reversão de diferenças temporárias. Caso a Companhia ou suas controladas não consigam gerar resultados tributáveis futuros ou se existe uma mudança significativa na estrutura tributária ou no período em que as diferenças temporárias serão utilizadas é possível que a avaliação de probabilidade mude podendo requerer a baixa de parte ou todo do imposto de renda diferido ativo. (c) Provisão para contingências A Companhia e suas controladas, direta e indireta, são partes envolvidas em processos tributários, cíveis, trabalhistas e outros em andamento conforme demonstrado na Nota 15. A definição dos valores a serem provisionados relacionados a estas contingências são baseados em estimativas para as quais a administração conta com a opinião dos assessores jurídicos do Grupo, a natureza dos processos e a experiência histórica. Qualquer alteração das perspectivas de sucesso na defesa desses processos pode afetar de forma relevante os resultados operacionais do grupo. 4 Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas em consonância com os princípios básicos de consolidação previstos nos CPCs e apresentam os saldos das contas e transações da, de sua controlada direta, Atlântico, e sua controlada indireta, Suata. Os saldos e as transações intercompanhias foram eliminados na consolidação. As transações e saldos com partes relacionadas estão detalhados na Nota 23. Transações entre empresas, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas do Grupo são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das controladas são alteradas quando necessário para assegurar a consistência com as políticas adotadas pelo Grupo. Controladas Controladas são todas as entidades nas quais o Grupo tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante). A existência e o efeito de possíveis direitos a voto atualmente exercíveis ou conversíveis são considerados quando se avalia se o Grupo controla outra entidade. As controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para o Grupo. A consolidação é interrompida a partir da data em que o controle termina. O excesso da contraprestação transferida na data da aquisição de qualquer participação patrimonial anterior na adquirida em relação ao valor justo da participação no grupo de ativos líquidos identificáveis adquiridos é registrado como ágio (goodwill). Quando a contraprestação transferida for menor que o valor justo dos ativos líquidos da controlada adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado do exercício. 16 de 42

O Grupo usa o método de contabilização da aquisição para contabilizar as combinações de negócios. A contraprestação transferida inclui o valor justo de algum ativo ou passivo resultante de um contrato de contraprestação contingente quando aplicável. Custos relacionados com aquisição são contabilizados no resultado do exercício conforme incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos em uma combinação de negócios são mensurados inicialmente pelos valores justos na data da aquisição. 5 Gestão de risco financeiro 5.1 Fatores de risco financeiro As atividades do Grupo o expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco de taxa de juros de valor justo, risco de taxa de juros de fluxo de caixa e risco de preço), risco de crédito, risco com taxas de câmbio e risco de liquidez. O programa de gestão de risco do Grupo se concentra na imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro do Grupo. O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivativos para proteger exposições a risco. A gestão de risco é realizada pela tesouraria central do Grupo, segundo as políticas aprovadas pelo Conselho de Administração. A tesouraria do Grupo identifica, avalia e protege a Companhia e suas controladas contra eventuais riscos financeiros em cooperação com as unidades operacionais do Grupo. O Conselho de Administração estabelece princípios para a gestão de risco global, bem como para áreas específicas, como risco cambial, risco de taxa de juros, risco de crédito, uso de instrumentos financeiros derivativos e não derivativos e investimento de excedentes de caixa. (a) Risco de mercado Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros Considerando que o Grupo não tem ativos significativos em que incidam juros, o resultado e os fluxos de caixa operacionais do Grupo são, substancialmente, independentes das mudanças nas taxas de juros do mercado. O risco de taxa de juros do Grupo decorre de empréstimos de curto e longo prazos. Os empréstimos captados a taxas variáveis expõem o Grupo ao risco de taxa de juros de fluxo de caixa. Os empréstimos captados a taxas fixas expõem o Grupo ao risco de valor justo associado à taxa de juros. Durante 2014 e 2013, os empréstimos do Grupo às taxas variáveis eram mantidos em reais. A administração do Grupo tem como política manter os indexadores de suas exposições a taxas de juros passivas atrelados a taxas pós-fixadas. O risco de fluxos de caixa associado à taxa de juros do Grupo decorre, principalmente, do contrato de emissão de debêntures (Nota 12), com parcelas a pagar em curto e em longo prazos, emitido a taxas pós- -fixadas. As debêntures são corrigidas pela Taxa CDI, conforme contrato firmado com o debenturista Banco Bradesco S.A. 17 de 42

Em 2012 a administração do Grupo entendia existir algum risco de aumento nas variações no CDI, haja vista os prognósticos do mercado com relação às consequências da política econômica e monetária conduzida pelo Governo Federal para conter ímpetos inflacionários, que poderia levar ao aumento das taxas básicas de juros e resultar em aumento da taxa CDI. Para que esse tipo de risco fosse reduzido, a Companhia realizou contrato de swap de fluxo de caixa com o Banco Itaú em 25 de outubro de 2012, para o contrato de emissão de debêntures, utilizando, como indexador a TJLP + 4,53%, contra uma possível perda patrimonial em virtude de aumento da taxa CDI. Na tabela adiante são apresentados os derivativos contratados pela Companhia abertos por posição ativa e passiva em 31 de dezembro de 2014. Os ganhos ou perdas auferidos por esses contratos de swap são registrados no resultado e geraram, em 2014, receita financeira líquida no montante de R$ 2.750 na Companhia (2013 - receita financeira líquida de R$ 4.697) e R$ 2.614 no (2013 - receita financeira líquida de R$ 4.832). Swap Operação Contraparte Valor de principal Valor a mercado CDI+2,00% x TJLP+ 4,53% Debêntures Banco Itaú BBA 130.354 2.963 USD+2,78% x CDI+1,13% 4131 Banco Itaú BBA 5.500 212 USD+1,80% x CDI+1,95% 4131 Banco Itaú BBA 1.100 137 USD+3,37% x CDI+1,60% Finimp Banco Itaú BBA 396 29 USD+2,50% x CDI+2,00% Finimp Banco Itaú BBA 1.662 184 USD+2,29% x CDI+ 1,09% 4131 Banco Bradesco 4.500 366 USD+2,36% x CDI+1,77% 4131 Banco Bradesco 6.536 968 USD+2,21% x CDI+0,54% 4131 Banco Bradesco 6.054 318 Valor a receber 5.177 Para os empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira, no montante R$ 13.808 (), não há nenhum instrumento financeiro para proteger essa exposição, porém a Companhia tem um hedge natural proveniente do fato de que 13% de seu faturamento está vinculado ao dólar. (b) Risco de crédito O risco de crédito é administrado corporativamente. O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos e instituições financeiras, bem como de exposições de crédito a clientes, incluindo contas a receber em aberto e operações compromissadas. Os clientes são avaliados pela área de análise de crédito, que os avalia levando em consideração sua posição financeira, experiência passada e outros fatores. Os limites de riscos individuais são determinados com base em classificações internas. A utilização de limites de crédito é monitorada regularmente. Durante o exercício foi ultrapassado o limite de crédito do cliente Wind Power Energia S.A. O pedido de Recuperação Judicial ingressado pela empresa motivou o reconhecimento de uma perda potencial de R$ 11.420 no resultado. A Wind Power Energia S.A. ainda mantém nos armazéns do Grupo o montante aproximado de US$ 35,900 mil em equipamentos a serem nacionalizados. Em eventual falência, a Lei 11.101/2005 confere privilégio especial na ordem de recebimento aos créditos do armazém geral, de acordo com o art. 83, IV, C. Durante o exercício a administração não espera nenhuma perda decorrente de inadimplência das outras contrapartes, além daquelas que já estão provisionadas nessas demonstrações financeiras. 18 de 42