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R. Bras. Zootec., v.27, n.1, p.33-39, 1998 Colheita da Palma Forrageira (Opuntia ficus indica Mill) cv. Gigante sobre o Desempenho de Vacas em Lactação 1 Mércia Virginia Ferreira dos Santos 2, Iderval Farias 3, Mário de Andrade Lira 3, Marta Maria Amâncio do Nascimento 3, Djalma Cordeiro dos Santos 3, José Jorge Tavares Filho 3 RESUMO - O objetivo deste experimento foi estudar o efeito do período de armazenamento pós-colheita da palma forrageira (Opuntia ficus indica Mill) sobre a produção de leite de vacas, da raça holandesa -PO, preto e branca. Doze vacas foram distribuídas em delineamento experimental de ensaios alternativos, obedecendo a distribuição de quadrado latino, com quatro quadrados, com três períodos de 28 dias cada. Os tratamentos experimentais foram constituídos por três períodos de armazenamento pós-colheita: 0, 8 e 16 dias. De modo geral, foram observadas pequenas variações na percentagem de matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, extrato mineral e extrato não-nitrogenado da palma forrageira, durante os períodos de armazenamento estudados. Pela análise de regressão, verificou-se ausência de efeitos dos períodos de armazenamentos sobre o consumo de palma, consumo de silagem e consumo de concentrado, entre os animais, bem como sobre a produção de leite corrigida ou não para 4% de gordura, a relação de consumo de matéria seca e leite produzido e a percentagem de gordura do leite. Os dados sugerem que vacas em lactação podem receber palma forrageira armazenada por até 16 dias, sem comprometimento do desempenho das mesmas. Palavras-chave: armazenamento, composição química, palma forrageira, produção de leite Storage Time of Forage Cactus (Opuntia ficus indica Mill) on the Performance of Lactating Dairy Cows ABSTRACT- The objective of this experiment was to study the effect of storage time of forage cactus (Opuntia ficus indica Mill) on the milk yield of purebred black and white Holstein dairy cows. Twelve cows were distributed in a change over experimental design with four squares and three periods of 28 days each. The experimental treatments were three storage times: 0, 8 e16 days. Generally, little variation was observed in the percentage of dry matter, crude protein, ether extract, ash, and nitrogen-free extract of the forage cactus during the storage times studied. Regression analyses verified the absence of effects of storage times on the intake of forage cactus, corn silage, and concentrate among the animals, as well as on the actual milk yield, 4% fat-corrected milk yield, and on the relationship of dry matter intake and milk yield, and on milk fat percentage. The results indicated that lactating dairy cows could be fed forage cactus stored up to 16 days after harvest without reducing performance. Key Words: storage, chemical composition, cactus forage, milk production Introdução O desempenho da pecuária na zona semi-árida do Nordeste do Brasil, tem sido limitado pela baixa disponibilidade de forragem, nos períodos de prolongadas estiagens. Para o arraçoamento dos animais neste período, existe, tradicionalmente cultivada no Estado de Pernambuco, principalmente pelo criador da bacia leiteira, significativa área de palma forrageira (Opuntia ficus indica Mill e Nopalea cochenillifera Salm-Dyck), sendo a mesma largamente utilizada na alimentação dos rebanhos (LIRA et al., 1990). Segundo FARIAS et al. (1984), a palma forrageira constitui um alimento volumoso suculento de grande importância para os rebanhos, notadamente nos períodos de prolongadas secas, pois, além de fornecer alimento verde, contribui no atendimento de grande parte das necessidades de água para os animais. Comparando a palma forrageira com silagem de milho, SANTANA et al. (1972) observaram que não houve diferença em termos de produção de leite, porém, os animais alimentados com palma apresentaram perdas de peso. LIMA et al. (1985) estudaram o emprego da associação de palma e silagem de sorgo e observaram produções de 14,5; 15,0 e 14,6 kg de leite/vaca/dia para os tratamentos 25% de palma + 1 Projeto IPA-EMBRAPA-UFRPE. 2 Professor da UFRPE, Pesquisador do Acordo IPA-UFRPE. 3 Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária - IPA.

34 SANTOS et al. 75% de silagem, 50% de palma + 50% de silagem e 75% de palma + 25% de silagem, respectivamente. SANTOS et al. (1990a) observaram produções de leite semelhantes entre as vacas alimentadas com as cultivares de palma redonda, gigante e miúda. A palma, de maneira geral, é colhida manualmente a intervalos de dois anos. O primeiro corte é feito no segundo ou terceiro ano após o plantio, de acordo com o desenvolvimento da cultura. Segundo COSTA et al. (1973), o método mais racional de utilização do palmal é a colheita manual. Desta forma, ocorre aumento nos custos de produção. Os artículos são colhidos diariamente e fornecidos aos animais nos cochos. Visto que o pastejo, de maneira geral, promove muitas perdas, o método de colheita manual é o que promove melhor aproveitamento do palmal, embora acarrete em acréscimo de mão-de-obra (MARIZ FILHO, 1963 ). SANTOS et al. (1992), estudando o efeito do período de armazenamento pós-colheita sobre a composição química da palma, observaram que durante períodos de armazenamento de até 16 dias não ocorreram perdas aparentes de matéria-seca, proteína bruta, fibra-bruta e carboidratos solúveis nas cultivares de palma redonda, gigante e miúda. Esses autores concluíram que os resultados obtidos sugerem que maior quantidade de palma pode ser colhida, independente de sua utilização imediata, diminuindo os custos envolvidos nas atividades de corte e transporte. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de vacas leiteiras alimentadas com palma forrageira armazenada por diferentes períodos. Material e Métodos O experimento foi conduzido na Estação Experimental de São Bento do Una, da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (IPA), no período de janeiro de 1990 e janeiro de 1991. Foram utilizadas doze vacas, da raça holandesa-po, pretobranca, com peso vivo médio inicial de 424 kg. Os dados referentes à precipitação, umidade relativa e temperatura do ar, durante o período experimental, são mostrados na Tabela 1. Estes dados concordam com ENCARNAÇÃO (1980), que observou, para a área, precipitação média anual de 655mm, umidade relativa de 55% e temperatura média de 23,8 o C. Os tratamentos experimentais foram os diferentes períodos de armazenamento pós-colheita da palma forrageira cv. gigante, conforme descritos a seguir: T 1 - palma armazenamento por zero dia (sem Tabela 1 - Precipitação pluvial, temperatura e umidade relativa do ar, durante o período experimental Table 1 - Rainfall, temperature, and relative humidity of air during the experimental period Mês Precipitação Umidade Temperatura Month (mm) relativa do ar (%) do ar ( o C) Rainfall Relative Temperature humidity of the air of the air Janeiro 27,0 55 24,4 January Fevereiro 27,0 46 24,4 February Março 0,0 41 25,0 March Abril 132,2 57 25,7 April Maio 51,4 56 24,0 May Junho 41,6 66 22,8 June Julho 143,2 76 22,3 July Agosto 23,4 64 21,3 August Setembro 1,6 57 23,1 September Outubro 6,0 54 24,4 October Novembro 4,2 48 25,1 November Dezembro 3,4 51 25,6 December Janeiro 45,8 59 25,7 January armazenamento); T 2 - palma armazenada por 8 dias; e T 3 - palma armazenada por 16 dias. A palma utilizada neste experimento foi obtida de palmal particular, com idade aproximada de quatro anos. A planta foi colhida manualmente deixando o artículo primário e para o armazenamento, os artículos foram amontoados em porção de 500 kg, conforme os tratamentos experimentais, colocados em um galpão com piso de cimento, aberto lateralmente e coberto. Utilizou-se delineamento experimental de ensaios alternativos, obedecendo a distribuição de quadrado latino (GOMES, 1985), com quatro quadrados, com três períodos de 28 dias cada, sendo 14 dias de adaptação por ocasião da mudança de tratamento e 14 dias de período experimental. Todo o experimento foi realizado na época considerada seca na região, sendo o primeiro e segundo quadrados realizados simultaneamente no período de 13 de janeiro a 16 de março de 1990, e os terceiro e quarto quadrados realizados simultaneamente no período de 14 de novembro de 1990 a 15 de janeiro de 1991. A cada animal foi destinada uma baia dotada de

R.Bras.Zootec. comedouro e bebedouro. Os animais tinham acesso à farinha de osso e sais minerais enriquecidos com cobre e cobalto, durante as duas horas e meia que passavam em piquete para exercício. A alimentação foi constituída de palma forrageira (Opuntia ficus-indica Mill) cv. gigante, segundo os tratamentos experimentais, associada à silagem de milho e concentrado comercial. Após o corte manual e pesagem, a palma forrageira foi fornecida à vontade aos animais. Ao final de cada período de 24 horas, a palma não consumida era recolhida e pesada individualmente. O fornecimento do concentrado foi realizado em duas porções iguais, por ocasião das ordenhas, que foram realizadas aproximadamente às 5 e 17 h. A quantidade do concentrado correspondeu a 1 kg de concentrado para cada 3 kg de leite produzido, a qual era reajustada semanalmente. Após duas horas de oferecido o concentrado, o material não consumido foi pesado e, em seguida, ministrados 8 kg de silagem de milho para cada animal, pesando-se também o material não consumido. A água foi fornecida à vontade aos animais. As produções individuais de leite foram pesadas por ocasião das duas ordenhas, realizadas em intervalos de aproximadamente 12 horas. Eram coletadas amostras de leite de duas ordenhas consecutivas, uma vez por semana, para determinação do teor de gordura, segundo o método de Gerber (BEHMER, 1965). Amostras dos alimentos utilizados foram colhidas semanalmente e misturadas quatro amostras semanais, de modo a se obter amostra composta em cada período experimental. As amostras compostas foram enviadas ao laboratório de Nutrição Animal da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária, para que fossem realizadas as análises de matéria seca, proteína 35 bruta, fibra bruta, matéria mineral, extrato etéreo e extrato não-nitrogenado, segundo SILVA (1990). Para comparar os tratamentos quantitativos foi realizada análise de regressão, testando efeitos linear e quadrático. As análises foram realizadas pelo programa SAEG (Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas), segundo GOMES et al. (1990). Resultados e Discussão Os valores percentuais de matéria seca, proteína bruta, matéria mineral, extrato etéreo e extrato nãonitrogenado dos alimentos utilizados no experimento são apresentados na Tabela 2. De maneira geral, foram observadas pequenas diferenças na composição química da palma armazenada por diferentes períodos. Resultados semelhantes a estes foram obtidos por SANTOS et al. (1992), que observaram a não-ocorrência de perdas aparentes de matéria seca, proteína bruta, fibra bruta para palma cv. gigante armazenada por até 16 dias. Esses autores afirmam que a ausência ou pequena variação observada na composição química da palma forrageira, durante os períodos de armazenamento, pode ser justificada pelas características morfo-fisiológicas desta espécie, que obedece o mecanismo do Metabolismo Ácido das Crassuláceas. Contudo, NERI et al. (1992) observaram que os cladódios jovens de Opuntia ficus indica não apresentaram rápida degradação dos polímeros de reserva, como ocorre com plantas C 3 e C 4, após estes serem separados da planta. Esses autores observaram ainda que, tanto os sinais visíveis como as trocas fisiológicas que acompanham a senescência, são mais retardados em condições de armazenamento a luz do que no escuro. A percentagem de matéria seca foi de 10,33; 8,17; Tabela 2 - Table 2 - Teores médios de matéria seca, proteína bruta, matéria mineral, extratos etéreo e não-nitrogenados da palma forrageira cv. gigante submetida a diferentes períodos de armazenamento, e da silagem de milho e do concentrado Average content of dry matter, crude protein, ash, ether extract, nitrogen-free extract of forage cactus cv. gigante submitted to a different storage períods, and of the corn silage and the concentrate Alimento Armazenamento (dias), % % Matéria seca Feed Storage (days) Dry matter Matéria Proteína Matéria Extrato Extrato seca bruta mineral etéreo não-nitrogenado Dry Crude Ashes Ether Nitrogen-free matter protein extract extract Palma 0 10,33 5,27 11,10 2,32 70,12 Cactaceae 8 8,17 5,12 12,48 2,34 68,26 16 9,76 5,22 12,19 2,22 68,39 Silagem de milho 34,41 6,99 7,22 0,97 58,53 Corn silage Concentrado comercial 82,97 26,37 10,99 2,19 52,68 Commercial concentrate

36 SANTOS et al. e 9,76 para a palma submetida a 0, 8 e 16 dias de des de matéria seca diária do animal. armazenamento, respectivamente, valores estes inferiores aos encontrados por FARIAS et al. (1989) e proteína bruta pelos animais experimentais. Não fo- Na Tabela 4 estão o consumo de matéria seca e SANTOS et al. (1990b). A percentagem média de ram observados efeitos significativos dos diferentes proteína bruta na MS da palma foi superior a 4,2% períodos de armazenamento da palma sobre o consumo destes nutrientes entre os animais. Os consumos observada por LIMA et al. (1981) e semelhante à encontrada por SHOOP et al. (1977) que foi de 5,3%. de MS de 2,72; 2,67; e 2,66 % do peso vivo, para os A percentagem de fibra bruta foi de 11,8; 11,79; e animais alimentados com palma com 0, 8 e 16 dias de 11,99 para a palma armazenada por 0, 8 e 16 dias, armazenamento, respectivamente, são inferiores à respectivamente. Os valores de fibra bruta, matéria faixa de 3,0-4,0% recomendada para vacas em mineral e extrato não-nitrogenado obtidos neste trabalho lactação (NOLLER e MOE, 1995). O consumo de são próximos aos encontrados para a mesma cultivar por proteína bruta foi considerado baixo, em comparação SANTOS et al. (1990b) de 11,14; 12,35; e 69,02% na às exigências do NRC (1988) para vacas em lactação. MS, respectivamente. Considerando as variações observadas na composição química da palma, por diver- 21,5%, respectivamente, encontrados por CUNHA Considerando os níveis de FDN e FDA de 26,7 e sos autores, vale ressaltar que a palma apresenta (1997), trabalhando com a mesma cultivar de palma, variação de composição conforme a estação do ano estima-se que os consumos de fibra no presente (VIANA, 1965), idade (SANTOS et al., 1990b), trabalho foram baixos ou próximos do mínimo de cultivar (SANTOS et al., 1990a). 20% de FDN (Pitt et al., 1993, citados por FOX e Os consumos de palma forrageira, silagem de milho e concentrado comercial in natura das vacas utilizando forragens. No presente trabalho foi obser- BARRY, 1995), recomendado para vacas em lactação alimentadas com palma armazenada por diferentes vado o não-atendimento das necessidades de MS, PB períodos são apresentados na Tabela3. Não foram e FB dos animais, o que reflete nos baixos ganhos observados efeitos significativos, nos consumos, entre os animais alimentados com palma submetida a obtenção de produções de leite em quantidade, com diários ou perdas de peso vivo observadas. Para a diferentes períodos de armazenamento. Os consumo bom desempenho animal, existe a necessidade de um de palma e concentrado observados no presente trabalho são semelhantes aos encontrados por SANTOS et lidade e absorção dos mesmos em nível de trato gastro balanço de nutrientes na dieta, bem como a disponibi- al. (1990a) trabalhando na mesma região. O consumo intestinal. A variação de peso vivo dos animais experimentais foi de - 0,13, +131,03, -87,21 g/dia/vaca médio de palma in natura variou de 59,22 a 64,43 kg/ dia/vaca (Tabela 3). Vale ressaltar que foi observado para os animais alimentados com palma armazenada consumos individuais de até 104 kg/dia vaca. A palma por 0, 8 e 16 dias, respectivamente. Tais variações forrageira apresenta alta palatabilidade e altos valores de digestibilidade da matéria seca, por outro lado (1972) e SANTOS et al. (1990a). são menores que as observadas por SANTANA et al. apresenta baixos teores de matéria seca (Tabela 2), o As produções de leite in natura e corrigido a 4% que leva o animal a consumir grandes quantidades de de gordura, a relação consumo de matéria seca e leite palma, porém com o não atendimento das necessida- produzido e a percentagem de gordura do leite das Tabela 3 - Table 3 - Consumos de palma forrageira cv. gigante submetida a diferentes períodos de armazenamento, de silagem de milho e concentrado in natura por vacas holandesas Average intakes of forage cactus, cv. gigante submitted to different storage periods, and of corn silage and concentrate fed to Holstein cows Consumo 1 Período de armazenamento da palma Coeficiente de variação (%) Intake Period of storage of cactaceae Coefficient of variation 0 dia (day) 8 dias (days) 16 dias (days) Palma (kg/dia/vaca) 1 59,22 62,05 64,43 10,46 Cactaceae (kg/day/cow) Silagem de milho (kg/dia/vaca) 1 5,37 5,62 5,63 6,14 Corn silage (kg/day/cow) Concentrado comercial (kg/dia/vaca) 1 4,33 4,47 4,46 3,97 Commercial concentrate (kg/day/cow) 1 Efeito não-significativo ( Non-significant effect).

R.Bras.Zootec. Tabela 4 - Table 4 - Consumos médios totais de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) de vacas alimentadas com palma submetida cv. gigante a diferentes períodos de armazenamento Average total intakes of dry matter(dm) and, crude protein(cp) of cows fed forage cactus cv. gigante submitted to different storage periods Consumo 1 Período de armazenamento da palma Coeficiente de variação (%) Intake Period of storage of cactaceae Coefficient of variation 0 dia (day) 8 dias (days) 16 dias (days) MS (% do peso vivo) 1 2,72 2,67 2,66 9,19 DM (% of live weight) MS (g/dia/vaca) 1 12050 11710 12070 8,13 DM (g/day/cow) PB (g/dia/vaca) 1 1411 1453 1419 9,05 CP (g/day/cow) 37 1 Efeito não-significativo ( Non significative effect ). vacas alimentadas com palma armazenada por diferentes períodos são apresentados na Tabela 5. Não foram observados efeitos significativos entre os tratamentos experimentais para as variáveis relacionadas à produção de leite. A produção de leite observada foi semelhante à encontrada por SANTOS et al. (1990a), trabalhando com a cultivar gigante. Os valores de gordura do leite se aproximam dos obtidos por SANTANA et al. (1972) e SANTOS et al. (1990a). Neste experimento, foi observada a ocorrência de diarréia, já relatada por SANTANA et al. (1972) e explicada pela excessiva ingestão de água. Entretanto, vale ressaltar a importância do nível de fibra na dieta para o bom funcionamento do trato gastro intestinal, bem como para formação do bolo fecal. SALEM et al. (1996) afirmaram que a suplementação de dietas a base de Opuntia ficus indica com alimentos fibrosos deve prevenir tais disturbios digestivos (diarréia) pela melhoria da atividade microbiana no rúmen. No presente trabalho, foram observados baixos níveis de consumo de fibra, o que provavelmente contribui para a ocorrência de diarréias. Assim, vários pontos devem ser abordados e considerados como objetos de futuros estudos. Teorias têm avançado e mostrado o efeito associativo e negativo dos carboidratos não estruturais e a digestão da fibra. Para MERCHEN e BOURQUIN (1994) níveis altos de carboidratos não-estruturais na dieta levam à rápida digestão dos mesmos, acarretando em diminuição do ph ruminal e, assim, da digestão da fibra. A palma forrageira apresenta níveis de carboidratos solúveis considerados altos (SANTOS et al., 1992), sendo preciso melhor conhecimento da qualificação destes carboidratos, para melhor entendimento da possivel influência negativa destes na digestão da fibra, considerando o baixo nível de fibra observado na palma. Outro aspecto é a necessidade de melhor conhecimento dos componentes do consumo voluntário, que são a matéria seca indigestível, taxa de passagem e taxa de digestão da palma forrageira. Sabe-se da grande influência do nível de minerais no movimento de água no organismo e dos níveis altos de minerais observados na palma (SHOOP et al., 1977), principalmente cálcio e potássio (SANTOS et al.,1990b). Assim, é necessário realizar melhor qualificação de todos os minerais encontrados na palma forrageira. Considerando a ausência de efeitos significativos Tabela 5 - Table 5 - Leite produzido, relação entre produção de leite e matéria seca consumida e percentagem de gordura do leite de vacas alimentadas com palma cv. gigante submetida a diferentes períodos de armazenamento Milk production, the relationship between milk production and dry matter intake, and the fat percentage of milk of cows fed forage cactus submitted to different storage periods Item Período de armazenamento da palma Coeficiente de variação (%) Period of storage of cactaceae Coefficient of variation 0 dia (day) 8 dias (days) 16 dias (days) Produção de leite (kg/dia/vaca) 1 12,73 12,69 12,75 4,35 Milk production (kg/day/cow) kg MS consumida/kg leite produzido 1 0,97 0,94 0,99 7,09 kg DM intake/ kg milk produced Leite corrigido a 4% gordura (kg/dia/vaca) 1 11,28 11,12 11,19 4,99 4% fat corected milk (kg/day/cow) Gordura (%) 1 3,25 3,17 3,18 5,93 Fat 1 Efeito não-significativo ( Non significative effect ).

38 SANTOS et al. observada entre os tratamentos experimentais, para consumo e produção de leite dos animais alimentados com palma armazenada por 0, 8 e16 dias, além do aspecto econômico das atividades envolvidas no processo de alimentação, recomenda-se a utilização da técnica de armazenamento de palma pós-colheita, até 16 dias, para os produtores de leite da zona do Agreste de Pernambuco. Conclusões O consumo de palma (Opuntia ficus indica, Mill), silagem e concentrado in natura dos animais alimentados com palma armazenada por diferentes períodos foram semelhantes. As produções de leite das vacas alimentadas com palma armazenada por 0, 8 e16 dias foram semelhantes. Os dados sugerem que maior quantidade de palma pode ser colhida, independente de sua utilização imediata, diminuindo, assim, as atividades de corte e transporte na alimentação de vacas leiteiras na zona do Agreste de Pernambuco. Agradecimentos Aos funcionários da Estação Experimental de São Bento do Una e aos técnicos do Laboratório de Nutrição Animal do IPA, pelo apoio nas diversas etapas desta pesquisa. Referências Bibliográficas BEHMER, M. L. A. Laticínios, leite, manteiga, queijo, caseína e instalações. 3. ed. São Paulo, Melhoramento, 1965. 294p. CUNHA, M.das G.G. Efeito da adição de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) a dietas compostas de palma forrageira (Opuntia ficus indica Mill.) e concentrado sobre a fermentação ruminal e digestibilidade em ovinos. Recife: UFRPE, 1997. 88 p. Dissertação (Mestrado em Produção Animal) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, 1997. COSTA, B. M. da, MENDONÇA, C. A. G., CALAZANS, J. A. M. Forrageiras arbóreas e suculentas para formação de pastagens. Cruz das Almas, IPEAL, (IPEAL. Circular, 34), 1973. 24 p. ENCARNAÇÃO, C. R. F. da. Observações metereológicas e tipos climáticos das Unidades e Campos Experimentais da Empresa IPA. Recife: IPA, 1980. 110p. 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