PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURIDADE DA ABPA



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Transcrição:

PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURIDADE DA ABPA Considerando a gravidade do cenário e nossa posição internacional como detentores de um dos melhores status sanitários mundiais sem qualquer registro de Influenza Aviária em nosso território a ABPA recomenda o reforço das medidas de biosseguridade em todos os elos da cadeia produtiva. Dentre estas, recomendamos a PROIBIÇÃO DE VISITAS DE ESTRANGEIROS PROCEDENTES DE PAÍSES COM FOCOS RECENTES DE INFLUENZA AVIÁRIA DE ALTA E BAIXA PATOGENICIDADE NOTIFICÁVEIS ÀS INSTALAÇÕES AVÍCOLAS E AGROINDUSTRIAIS DE EMPRESAS PRODUTORAS DE AVES E OVOS. Além disto, solicitamos a MÁXIMA RESTRIÇÃO DAS VISITAS DE QUALQUER ORIGEM E ATIVIDADE NÃO LIGADA A EMPRESA. Estas visitas deverão ser limitadas ao estritamente indispensável, seguindo os procedimentos básicos listados abaixo: A) RECOMENDAÇÕES RELATIVAS A VISITAS: 1- Procedimentos a serem adotados para recepção de Missões e Visitas Técnicas de outros países a granjas, incubatórios, fabricas de rações e outras estruturas da produção primária. 1.1 Não será permitida a visita para pessoas oriundas de países com surtos ativos de Influenza Aviária; 1.2 Pessoas oriundas de países que possuem histórico de surtos de Influenza Aviária e cujo último surto foi considerado extinto pelo governo Brasileiro há menos de 30 dias, deverão cumprir um período de 7 dias em seu país de origem ou em país terceiro, sem contato com aves ou estabelecimentos que contenham aves e 7 dias nas mesmas condições já em território Brasileiro, antes de visitarem o primeiro estabelecimento no Brasil; 1.3 Pessoas oriundas de países que não possuem histórico de surtos de Influenza Aviária ou cujo último surto foi considerado extinto pelo governo Brasileiro há mais de 30 dias deverão cumprir um período de 4 dias em território Brasileiro (poderá ser computado o tempo de vôo), sem contato com aves ou estabelecimentos que contenham aves, antes de visitarem o primeiro estabelecimento no Brasil; 1

1.4 Antes de iniciar uma visita a um estabelecimento, os integrantes da missão estrangeira deverão banhar-se ainda no hotel em que estarão hospedados e utilizar roupas e calçados de trânsito fornecidos pela empresa a ser visitada. Ao chegarem às dependências da empresa, esta fornecerá novas roupas, calçados, gorros, luvas e máscaras (preferencialmente pff2, não valvuladas, ou superiores), aos membros da missão, que deverão usá-los enquanto estiverem nas dependências do estabelecimento; 1.5 Os integrantes das missões estrangeiras e visitantes, enquanto estiverem nas dependências do estabelecimento, somente poderão portar materiais fornecidos pela própria empresa tais como canetas, blocos de notas, câmeras fotográficas e de vídeo; 1.6 Nas ocasiões em que técnicos de outros países sejam necessários para instalar ou realizar manutenção de equipamentos nos estabelecimentos estas pessoas deverão atender o disposto nos itens acima e todos os equipamentos e maquinários destes técnicos deverão ser desinfetados; 1.7 Não deverá ser permitida em hipótese alguma, visitas a granjas de reprodutoras, avós e bisavós. 2- Procedimentos a serem adotados para recepção de Missões e Visitas Técnicas de outros países a abatedouros 2.1 Para ter acesso aos abatedouros, as missões e visitantes de outros países deverão atender os seguintes tempos de quarentena dentro de território nacional: 48 horas para visitas a partir da recepção das aves; 24 horas para visitas a partir do sistema de pré-resfriamento (chiller). 2.2 As missões estrangeiras não necessitarão cumprir nenhum tipo de quarentena quando estiverem entre visitas a abatedouros em território nacional; 2.3 Nas ocasiões em que técnicos de outros países sejam necessários para instalar ou realizar manutenção de equipamentos nos abatedouros, estas pessoas deverão atender o disposto nos itens acima e todos os equipamentos e maquinários destes técnicos deverão ser desinfetados; 2.3 Ao chegar às dependências do abatedouro os membros de missão/visitantes receberão novas roupas, calçados, máscaras e gorros que deverão ser utilizados durante toda a visita. 2

3- Procedimentos a serem adotados para visitantes residentes em território nacional há pelo menos 1 mês 3.1 Granjas de reprodutoras, poedeiras comerciais e incubatórios: permitir a visita apenas para pessoas que não tenham tido contato com outras aves e nem visitado os aviários de outras empresas há pelo menos 3 dias (para o caso de granjas de bisavós e avós este vazio sanitário deverá ser de pelo menos 5 dias); 3.2 Granjas de frangos de corte: permitir a visita apenas para pessoas que não tenham tido contato com outras aves e nem visitado os aviários de outras empresas há pelo menos 24 horas. As visitas, quando necessárias, devem ser feitas em lotes de frangos de corte que serão abatidos dentro de, no máximo, 48 horas; 3.3 Fábricas de rações: permitir a visita apenas para pessoas que não tenham tido contato com outras aves e nem visitado os aviários de outras empresas há pelo menos 24 horas; 3.4 Iniciar as visitas pelos lotes mais novos, passando, em seguida para os lotes mais velhos, deixando por último os lotes que tiverem desafios sanitários. B) RECOMENDAÇÕES GERAIS DE BIOSSEGURIDADE A SEREM ADOTADAS PELAS EMPRESAS E AVICULTORES 1.1 Somente autorizar visitas conforme os procedimentos recomendados acima; 1.2 Proibir a entrada de veículos não pertencentes ao processo e limpar e desinfetar aqueles que necessariamente tenham que ter acesso às granjas (principalmente os pneus, rodas e pára-lamas); 1.3 Manter registro de todas as visitas feitas à propriedade utilizando o modelo anexo, ou modelo padrão já adotado pela empresa integradora; 1.4 Exigir que todos os técnicos e veterinários, dentro das dependências da propriedade e antes de entrarem nos aviários de reprodutoras e incubatórios, banhem-se e vistam roupas, e equipamentos fornecidos pela empresa; 1.5 Exigir que todos os técnicos e veterinários, dentro das dependências da propriedade e antes de entrar nos aviários de frangos de corte, poedeiras, perus, codornas, patos e outras aves vistam roupas e equipamentos fornecidos pela empresa; 3

1.6 Destinar as aves mortas ou eliminadas unicamente à compostagem ou incineração; 1.7 Fazer tratamento adequado ou fermentação da cama sempre que retirá-la do aviário; 1.8 Manter controle efetivo de pragas; 1.9 Limpar e desinfetar as instalações de acordo com orientação técnica; 1.10 Sempre que houver algum problema no lote, comunicar o técnico ou veterinário responsável da empresa; 1.11 Não ter criação de nenhuma outra espécie de ave na propriedade, eliminando, imediatamente após o carregamento do lote, as aves de consumo próprio; 1.12 Manter a área das granjas isoladas através de cerca com a finalidade de isolamento; 1.13 Garantir que as fontes de água estejam vedadas, para evitar qualquer contaminação. Atenciosamente, FRANCISCO TURRA PRESIDENTE EXECUTIVO ARIEL ANTÔNIO MENDES DIRETOR DE PRODUÇÃO E TÉCNICO CIENTÍFICO Ficha de Controle de Visitantes 4

Nome / Name Data / Date / / Endereço Residencial / Private Address Nome da Empresa / Name of the Company Endereço Comercial / Business Address Telefone / Telephone: e-mail: Motivo da Visita / Reason for the visit Última Avicultura Visitada, Local e Data Last Poultry Farm Visited, Address and Date Próxima Avicultura a Ser Visitada, Local e Data Next Poultry Farm to be Visited, Address and Date Quando e onde foi o último contato com aves vivas? When and where was the last contact with live poultry or birds? Assinatura Signature MAPA DA INFLUENZA AVIÁRIA NO MUNDO 5

Segue abaixo mapa com distribuição dos surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade de janeiro a novembro de 2014. Para mais detalhes e atualizações acesse http://www.oie.int/wahis_2/public/wahid.php/ 6