DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DE GESTÃO DE RISCO E PATRIMÔNIO EXIGIDO CIRCULAR 3.477

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Transcrição:

DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DE GESTÃO DE RISCO E PATRIMÔNIO EXIGIDO CIRCULAR 3.477 Banco John Deere S.A Data de Referência: Março/2012 1/14

Sumário 1. Gestão de Riscos Aspectos Qualitativos... 3 1.1. Estrutura de gerenciamento de risco... 3 1.2. Risco de crédito... 3 1.2.1. Políticas e estratégias... 3 1.2.2. Metodologia de mensuração Rating... 4 1.2.3. Mitigação de risco... 4 1.2.4. Recuperação de crédito... 5 1.3. Risco de mercado... 5 1.3.1. Risco de taxa de juros... 6 1.3.1.1. Risco de taxa de juros classificação das operações... 6 1.3.1.2. Risco de taxa de juros metodologia de mensuração... 6 1.3.2. Risco cambial... 6 1.3.2.1. Risco cambial estratégia, controles e política de hedge... 6 1.3.2.2. Risco cambial metodologia de mensuração... 6 1.4. Risco Operacional... 7 1.4.1. Metodologia e ferramentas... 7 1.4.1.1. CRSA Autoavaliação de controles e riscos... 7 1.4.1.2. Sistema de monitoramento de processos e riscos... 7 1.4.1.3. Agentes de compliance... 7 1.5. Risco de liquidez... 8 1.5.1. Risco de liquidez estrutura e objetivos... 8 1.5.2. Risco de Liquidez ferramentas de mensuração e controle... 8 1.6. Comunicação e informação de riscos... 9 2. Gestão de Riscos Aspectos Quantitativos... 10 2.1. Patrimônio de referência (PR) por prazo de vencimento e composição.. 10 2.2. Patrimônio de referência exigido (PRE)... 11 2.3. Exposições ao risco de crédito... 11 2.3.1. Exposição ao risco de crédito - detalhamento... 11 2.3.2. Exposição dos dez maiores clientes... 12 2.3.3. Operações em atraso... 12 2.3.4. Provisões para perdas de risco de crédito... 12 2.3.5. Segregação da exposição da carteira de crédito... 13 2.4. Risco de crédito de contraparte das Operações de Tesouraria... 13 2.4.1. Limites... 13 2.4.2. Operações de tesouraria sujeitas ao risco de crédito de contraparte... 13 2.4.3. Total da Exposição a instrumentos financeiros derivativos... 14 2/14

1. GESTÃO DE RISCOS ASPECTOS QUALITATIVOS 1.1. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO No Banco John Deere S.A. (BJD), a Gestão de Riscos é atribuição do Departamento de Gestão de Riscos e Compliance (DPRC), que se reporta diretamente ao Diretor Presidente. Atualmente, e em consonância com as estruturas de gerenciamento de risco requeridas pelo Banco Central do Brasil (BCB), o DPRC é responsável pelo gerenciamento dos riscos de Crédito, Mercado e Operacional conforme o gráfico abaixo. Os controles relacionados ao Gerenciamento do Risco de Liquidez estabelecidos pela Resolução BACEN 2.804 são efetuados pela área de Tesouraria do Banco John Deere. 1.2. RISCO DE CRÉDITO O Banco John Deere define risco de crédito como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo cliente tomador ou pela contraparte em operações interbancárias, de suas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração de risco do cliente, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. 1.2.1. POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS O Banco John Deere é especializado no mercado agrícola e tem como missão financiar a venda de equipamentos John Deere para clientes e concessionários no Brasil. Para mitigar os riscos de concentração neste mercado, o Banco John Deere busca clientes com perfil de risco reduzido e estrutura as operações de crédito de forma que os financiamentos tenham garantias reais suficientes e adequadas. 3/14

1.2.2. METODOLOGIA DE MENSURAÇÃO RATING O Banco John Deere não utiliza modelos de aprovação e/ou rejeição automática de créditos. De acordo com a Resolução 2.682 do Banco Central do Brasil, as operações de créditos são classificadas em níveis de risco, utilizando informações internas e externas, considerando no mínimo os seguintes itens: 1) Informações referentes aos clientes e garantidores: a) Situação econômico-financeira b) Nível de endividamento c) Capacidade de geração de receitas d) Fluxo de caixa e) Gerenciamento e qualidade de controles f) Histórico de pagamentos g) Contingência h) Setor de atividade i) Valor do crédito 2) Informações relacionadas ao negócio: a) Tipo e finalidade do empréstimo b) Características das garantias, valor e liquidez c) Valor do empréstimo O Banco John Deere adota os níveis de risco definidos pela Resolução 2.682 do Banco Central do Brasil. As classificações atribuídas aos clientes são revisadas periodicamente, incorporando as novas informações financeiras disponíveis e a experiência desenvolvida na relação bancária. Para a constituição da provisão de devedores duvidosos, o Banco John Deere utiliza, além dos percentuais determinados pelo Banco Central, um adicional de provisão, sendo mais conservador na constituição de provisões para perdas. 1.2.3. MITIGAÇÃO DE RISCO Para mitigar o risco de crédito realiza-se análise preliminar da situação econômicofinanceira e capacidade de geração de receita do proponente, tanto para pessoa física como jurídica. A análise de crédito é um pré-requisito de aprovação de empréstimos a clientes por parte do Banco. Essa análise consiste em examinar a capacidade do cliente para fazer frente a seus compromissos contratuais com o Banco, o que inclui a qualidade do crédito do cliente, suas operações, sua solvência e o retorno pretendido tendo em vista o risco assumido. Para tanto, especial atenção é dedicada à análise dos seguintes pontos: Caráter: O histórico comportamental dos clientes é analisado. O conjunto de atitudes na vida pessoal e profissional, a confiabilidade e coerência daquilo que se diz e se faz compõem o padrão de comportamento da pessoa. Capital: Possuir uma adequada composição de capital é importante para mitigação de risco. Uma estrutura adequada de capital indica a disponibilidade de recursos para suportar as atividades do cliente e o crescimento das mesmas. 4/14

Capacidade: o A capacidade administrativa e técnica do cliente avaliadas através da análise de sua experiência e dos recursos que utiliza para gerenciar os seus negócios. o A capacidade de pagamento do cliente avaliada através do fluxo de caixa desenvolvido para esta finalidade. o A geração de receitas e as despesas calculadas e projetadas pelo prazo do crédito, baseadas nas características da região do produtor e do histórico de preços, e produtividade e expectativa de produtividade de suas lavouras. Garantias: Além dos bens financiados, é recomendável o aporte de garantias adicionais para melhor cobertura dos créditos. 1.2.4. RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO O Departamento de Cobrança e o Departamento de Cobrança Judicial e Bens Retomados atuam na cobrança e recuperação de créditos do Banco John Deere. As estratégias e os canais de atuação são definidos de acordo com os dias de atraso no pagamento. Em até 120 dias de inadimplência, a cobrança é realizada pelo Departamento de Cobrança, onde é adotado modelo mais intensificado de cobrança, com monitoramento interno mais próximo, contato direto com o cliente, inclusão nos órgãos de proteção ao crédito, cobrança por carta e pela rede de concessionários. Nos atrasos superiores a 180 dias, o processo de recuperação passa a ser realizado pelo Departamento de Cobrança Judicial e Bens Retomados; neste estágio os procedimentos para cobrança judicial são executados. 1.3. RISCO DE MERCADO Em conformidade com a resolução BACEN 3.464, o Banco John Deere define como risco de mercado a possibilidade de ocorrências de perdas resultantes de flutuações no mercado de posições detidas pelo Banco John Deere. Estas posições referem-se ao risco: de operações sujeitas à variação cambial; de taxas de juros; e de preços de ações e mercadorias (commodities). O atual modelo de negócio do Banco John Deere não inclui, nem prevê o uso de instrumentos ou operações financeiras relacionadas a ações e/ou mercadorias (commodities), motivo pelo qual os processos, políticas e controles propostos destinam-se apenas à gestão do risco de operações sujeitas à variação cambial e à variação das taxas de juros. 5/14

1.3.1. RISCO DE TAXA DE JUROS 1.3.1.1. RISCO DE TAXA DE JUROS CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES As operações realizadas pelo Banco John Deere são classificadas como carteira de nãonegociação, tendo em vista que a instituição não mantém em sua carteira operações destinadas à revenda, à obtenção de benefícios de movimento de preços, efetivos ou esperados e à realização de arbitragem. 1.3.1.2. RISCO DE TAXA DE JUROS METODOLOGIA DE MENSURAÇÃO A metodologia utilizada para mensuração do risco de taxa de juros da carteira de nãonegociação (RBan) é o Value at Risk (VaR), que mede a perda máxima esperada com determinado nível de confiança, em um determinado prazo. O método utilizado pelo BJD para apuração do risco de mercado é o VaR Paramétrico para o horizonte de 10 dias com nível de confiança de 99%. Neste modelo, utiliza-se como hipótese simplificadora que os retornos dos ativos financeiros, marcados a mercado, seguem uma distribuição normal. 1.3.2. RISCO CAMBIAL O Banco John Deere realiza operações de repasses externos para o financiamento de maquinário agrícola importado. Desta forma, a instituição está sujeita à exposição cambial oriunda do descasamento (de volumes e dos prazos) entre as operações de captação e repasses dos recursos. 1.3.2.1. RISCO CAMBIAL ESTRATÉGIA, CONTROLES E POLÍTICA DE HEDGE A estratégia do Banco John Deere é a de reduzir ao máximo sua exposição ao risco cambial. Desta forma, a área de Tesouraria, sob a supervisão da Diretoria Administrativa Financeira, mantém processos e controles que tem por objetivo reduzir a exposição cambial financeira e manter sob níveis adequados o requerimento de capital associado a este risco. Com este objetivo, as únicas operações de hedge efetuadas pela instituição são aquelas destinadas à redução da exposição cambial. Os resultados destas operações na mitigação dos riscos são auferidos através de relatórios periódicos elaborados pelo Departamento de Riscos e Compliance. 1.3.2.2. RISCO CAMBIAL METODOLOGIA DE MENSURAÇÃO A metodologia utilizada para mensuração do risco cambial é aquela estabelecida segundo a Circular 3.389 do Banco Central, na qual e exposição ao risco cambial é baseada na diferença entre as exposições compradas e vendidas em moeda estrangeira, sendo tais exposições resultantes da marcação a mercado dos fluxos futuros de pagamentos e recebimentos referenciados em moeda estrangeira pelo período remanescente de cada contrato, com base em estrutura temporal de taxa de juros referente à moeda de negociação. 6/14

1.4. RISCO OPERACIONAL Para o Banco John Deere - BJD, risco operacional é o risco de perdas decorrentes de falhas humanas, de processos, de sistemas e de eventos externos, incluindo o risco legal associado a estas falhas. 1.4.1. METODOLOGIA E FERRAMENTAS 1.4.1.1. CRSA AUTOAVALIAÇÃO DE CONTROLES E RISCOS A Auto-avaliação de Controles e Riscos (Control & Risk Self-Assessment) é a principal metodologia utilizada para: Analisar os processos; Identificar riscos relacionados aos processos; Calcular impacto dos riscos; Identificar os controles; e Identificar riscos residuais. De origem canadense (1987), ela é baseada em uma série de reuniões com a participação dos departamentos responsáveis pelo processo em discussão e guiada por um especialista em CRSA. Todos os processos do BJD são periodicamente avaliados através deste método, permitindo uma abrangente identificação e atualização dos riscos operacionais aos quais o BJD está exposto e dos controles utilizados para mitigação destes riscos. 1.4.1.2. SISTEMA DE MONITORAMENTO DE PROCESSOS E RISCOS Através do processo de CRSA, são identificados eventuais riscos operacionais cuja probabilidade de ocorrência e/ou magnitude sejam considerados inaceitáveis. Para redução destes riscos a níveis aceitáveis são elaborados planos de ação, chamados internamente de Pontos de Melhoria. Para controle e acompanhamento da implementação destas melhorias foi desenvolvido o sistema MPR Monitoramento de Processos e Riscos. Entre outras funcionalidades, o sistema permite ao DPRC gerenciar as seguintes atividades: Acompanhar sistematicamente o status dos pontos de melhoria; Manter um registro adequado das ações tomadas; Solicitar atualização aos gestores envolvidos na implantação de recomendações; e Documentar o processo CRSA. 1.4.1.3. AGENTES DE COMPLIANCE A Resolução BACEN nº 3.380, de 29 de junho de 2006, entre outras recomendações, determina a manutenção de uma base de dados de perdas associadas ao risco operacional. Dado o contexto de negócios e sua estrutura operacional o BJD desenvolveu o conceito de Agentes de Compliance. 7/14

De forma a abranger todos os processos do BJD, funcionários representando cada departamento da instituição foram selecionados e treinados como agentes de compliance. Em conjunto com o DPRC, a principal atividade destes agentes é a identificação de perdas oriundas de falhas associadas ao risco operacional. Após a identificação de qualquer perda é responsabilidade do agente registrá-la no sistema MPR, módulo Risco Operacional, o qual foi desenvolvido especificamente para este fim e permite, entre outras funcionalidades: Acompanhamento e análise pelos gestores; Acompanhamento e análise pelo DPRC; Padronização das ocorrências; Relatórios gerenciais; e Planos de ação. 1.5. RISCO DE LIQUIDEZ Conforme estabelece a Resolução BACEN 2.804, o Banco John Deere entende como Risco de Liquidez aquele associado à ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis (conhecidos como descasamentos entre pagamentos e recebimentos) que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. 1.5.1. RISCO DE LIQUIDEZ ESTRUTURA E OBJETIVOS O Banco John Deere estabelece em política interna os níveis de liquidez a serem cumpridos pelo Departamento de Tesouraria, o qual é responsável pelo monitoramento do Risco de Liquidez e por executar o plano de contingência caso, a qualquer momento, os níveis de liquidez atinjam padrões inferiores aos estabelecidos, sob a supervisão da diretoria administrativo-financeira. 1.5.2. RISCO DE LIQUIDEZ FERRAMENTAS DE MENSURAÇÃO E CONTROLE As principais ferramentas e controles utilizados pela instituição são: - Monitoramento diário do fluxo de caixa (projetado e realizado), o que inclui análise de cenários e indicadores; - Revisão financeira semanal, com a Diretoria Administrativo-Financeira; - Relatórios mensais de Risco de Liquidez. 8/14

1.6. COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO DE RISCOS O Departamento de Riscos e Compliance do Banco John Deere é responsável por manter a diretoria da instituição informada sobre as exposições às quais a instituição está sujeita, especificamente, as relacionadas à Risco de Crédito, de Mercado e Operacional. A área de Tesouraria é responsável por manter a diretoria atualizada em relação às exposições relacionadas ao risco de Liquidez. Os principais processos e controles relacionados à comunicação e informação sobre riscos são: Relatório trimestral de Riscos de Crédito e Mercado; Relatório anual de Risco Operacional e controles internos; Reunião mensal de revisão de carteira ( Portfolio Review ): com participação dos diretores e gerentes do Banco John Deere. Durante esta reunião são revisados e discutidos todos os fatores de risco da instituição, principalmente aqueles associados a risco de crédito; Revisão financeira semanal, efetuada pelo Departamento de Tesouraria em conjunto com a Diretoria Administrativo-Financeira; Relatórios mensais de Risco de Liquidez. Todos os controles citados são aprovados pela diretoria do Banco John Deere e apropriadamente documentados. 9/14

2. GESTÃO DE RISCOS ASPECTOS QUANTITATIVOS As informações quantitativas deste item foram elaboradas em bases consolidadas das instituições integrantes do Conglomerado Financeiro. 2.1. PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA (PR) POR PRAZO DE VENCIMENTO E COMPOSIÇÃO Em R$ mil 31/03/12 I - Informações sobre o prazo de vencimento e condições dos instrumentos que compõe os Níveis I e II do Patrimônio de Referência (PR): Nível I sem vencimento 363.069 Até 12 meses - 01 a 05 anos - acima de 05 anos - Nível II sem vencimento - Até 12 meses - 01 a 05 anos - acima de 05 anos 102.281 II - Detalhamento dos Componentes do Patrimônio de Referência Nível I: 363.069 Patrimônio Líquido 346.709 Conta de resultado Credora 62.031 (-) Conta de resultado Devedora 45.547 (-) Créditos Tributários - (-) Ativo Permanente Diferido 124 Adicional de Provisão conforme Res. 3.674 0 III - Detalhamento dos Componentes do Patrimônio de Referência Nível II: 102.281 Instrumentos de Dívida Subordinada 102.281 IV - (-) Deduções do PR - V - Valor total do PR 465.350 10/14

2.2. PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO (PRE) Em R$ mil 31/03/12 I - Valor da parcela PEPR (1) : 291.430 Operações sujeitas a risco de crédito e contraparte Parcela exigida para cobertura de risco de crédito por fator de ponderação (FPR) (2) : FPR de 20% 0 FPR de 35% 0 FPR de 50% 5.163 FPR de 75% 461.246 FPR de 100% 2.180.019 FPR de 150% 2.932 FPR de 300% - II - Valor Total da Parcela PJUR (3) (Operações sujeitas à variação de taxas de juros): - Prefixadas denominadas em real (PJUR1) - Cupons de moedas estrangeiras (PJUR2) - Cupom de índices de preços (PJUR3) - Cupons de taxas de juros (PJUR4) - III - Valor da parcela PACS: Operações sujeitas à variação do preço de ações (4) - IV - Valor da parcela PCOM: Operações sujeitas à variação do preço de commodities (4) - V - Valor da parcela PCAM: Risco Cambial 36.109 VI - Valor da parcela POPR: Risco operacional 10.488 VII - PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO (PRE) 323.583 VIII - Valor da parcela Rban (5) 3.240 IX - VALOR DA MARGEM OU INSUFICIÊNCIA 138.527 X - Índice de Basileia (IB): 15,82% (1) Parcela Pepr = EPR x F (0,11) (2) Valores apresentados considerando os fatores de ponderação (FPR) (3) As operações de crédito são classificadas como carteira Banking, portanto, não há parcelas de PJur (exposições sujeitas a variações nas taxas de juros). (4) O atual modelo de negócio do Banco John Deere não inclui, nem prevê, o uso de instrumentos financeiros relacionadas a ações e mercadorias(commodities). (5) O montante do Patrimônio de Referência apurado para cobertura de taxa de juros das operações não incluídas na carteira de negociação - Parcela Rban Para fins de cálculo do Índice de Basiléia, a parcela de Rban não é considerada. Entretanto, a mesma é utilizada para cálculo da margem de suficiência de capital do BJD, conforme descrito no quadro acima. 2.3. EXPOSIÇÕES AO RISCO DE CRÉDITO As informações quantitativas deste item foram elaboradas em bases consolidadas das instituições integrantes do Conglomerado Financeiro. 2.3.1. EXPOSIÇÃO AO RISCO DE CRÉDITO DETALHAMENTO Abertura das Exposições do Risco de Crédito (1) Em R$ mil 31/03/12 I - Valor total das exposições: 2.840.161 i - Operações de crédito 2.705.990 2705990 ii - Outros Créditos 9.300 iii - Disponibilidade 2.131 iv - Créditos a Liberar - Pessoa Juridica (2) (4) 772 v - Aplicações interfinanceiras 40.535 vi - Relações interfinanceiras 7.600 vii - Derivativo 0 viii - Ativo Permanente 4.392 ix - Garantias prestadas (2) 84 x - Créditos tributários 68.597 xi - Outros Ativos 760 II - Valor da exposição média no trimestre (3) 2.773.744 (1) Exposição do risco de crédito, liquido de provisão. (2) Refere-se a posição registrada nas contas de compensação. (3) Média aritmética do trimestre. (4) O método de cálculo da exposição da conta "Crédito a Liberar - Pessoa Jurídica" foi alterado no 2 trimestre de 2010. EPR = (FCC x Saldo Linha + Saque linha) x FPR 11/14

2.3.2. EXPOSIÇÃO DOS DEZ MAIORES CLIENTES 31/03/12 Percentual da Exposição dos 10 maiores clientes em relação ao total das operações com característica de concessão de crédito 11,25% 2.3.3. OPERAÇÕES EM ATRASO Em R$ Mil 31/03/12 Valores por faixa de atraso Até 60 dias 1.397 De 61 a 90 dias 41 De 91 a 180 dias 711 Acima de 181 dias 3.070 Total Atraso 5.219 2.3.4. PROVISÕES PARA PERDAS DE RISCO DE CRÉDITO Conforme cita o item 1.2.2 Metodolodia de Mensuração Rating, o Banco John Deere constitui provisão adicional para perdas em relação àquela estabelecida pela Resolução BACEN 2.682. Rating Percentual de provisão cfe. Res. BACEN 2.683 Percentual de provisão adotado pelo BJD AA 0,0% 0,3% A 0,5% 0,8% B 1,0% 1,5% C 3,0% 4,0% D 10,0% 10,0% E 30,0% 30,0% F 50,0% 50,0% G 70,0% 70,0% H 100,0% 100,0% A tabela a seguir apresenta o montante das provisões para perdas relativas à exposição ao risco de crédito, com as movimentações respectivas a cada trimestre: Em R$ Mil 31/03/12 Provisão para Perdas de Risco de Crédito 1) Saldo inicial 72.538 2) Complemento de provisão 3.668 3) Operações baixadas a prejuízo (1.555) 4) Saldo final (1+2+3) 74.651 12/14

2.3.5. SEGREGAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITO (1) (2) I - Exposição da Carteira de Crédito por FPR (Fator de Ponderação de Risco) Em R$ Mil 31/03/12 FPR de 20% 0 FPR de 35% 0 FPR de 50% 0 FPR de 75% 614.972 FPR de 100% 2.089.064 FPR de 150% 1.955 FPR de 300% 0 Total Exposição de Crédito 2.705.990 2705990 II - Exposição da Carteira de Crédito por Região (2) Em R$ Mil 31/03/12 Região Norte e Nordeste 350.722 Região Sudeste 256.097 Região Centro Oeste 1.306.164 Região Sul 793.008 Total Exposição de Crédito 2.705.990 2705990 III - Exposição da Carteria de Crédito por setor de atividade (2) Em R$ Mil 31/03/12 Rural 2.338.753 Industria 3.736 Comércio 340.789 Intermediação Financeira Outros Serviços 6.936 Pessoa Física 15.494 Habitação 283 Total Exposição de Crédito 2.705.990 2705990 (1) Carteira de Crédito referente ao item "i - Operações de crédito" da tabela "Abertura das Exposições do Risco de Crédito". (2) Exposição da Carteira de crédito, líquida de provisão. 2.4. RISCO DE CRÉDITO DE CONTRAPARTE DAS OPERAÇÕES DE TESOURARIA 2.4.1. LIMITES Para realização de operações de tesouraria em que outras instituições financeiras atuam como contraparte, o Banco John Deere está sujeito à política global de investimentos definida pela área de Tesouraria Internacional da Deere & Co. A política define limites máximos de exposição por instituição financeira. 2.4.2. OPERAÇÕES DE TESOURARIA SUJEITAS AO RISCO DE CRÉDITO DE CONTRAPARTE Valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte. Em R$ Mil 31/03/12 I - Contratos a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação, nos quais a cãmara atue como contraparte central. 0 II - Contratos nos quais não haja a atuação de câmaras de compensação como contraparte central. 40.535 i - Contratos sem Garantia 10.135 Contrato a termo de câmbio (1)(2) 0 Depósitos Interfinanceiros (2) 10.135 ii - Contratos com Garantia 30.400 Operações Compromissadas (2) 30.400 (1) Operação de forward realizada com objetivo exclusivo de reduzir a exposição ao risco cambial oriunda das operações de crédito de repasses externos. (2) Valores apresentados referem-se ao valor nocional das operações. 13/14

2.4.3. TOTAL DA EXPOSIÇÃO A INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Em R$ Mil 31/03/12 Categoria de Fator de Risco I - Taxa de Juros 0 Sem Contraparte Central - No Brasil 0 Posição Vendida 0 II - Taxa de Câmbio 0 Sem Contraparte Central - No Brasil 0 Posição Comprada 0 III - Preço de Ações 0 IV - Preco de Mercadorias (Commodities) 0 Resultado Líquido dos Instrumentos Financeiros Derivativos 0 14/14