SENAI PARANA. A Crise da "Aprendiza gem"



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Transcrição:

A Crise da "Aprendiza gem" A "ajrciitiiztic'eii no J)U1V Cta (111 cr/sc. ;to inrtc (IL' c1i'j)yliar Jara i " (Ili(aça() i,iicçral l.!(). 1tni - i.ln(i(j /0 1111111 / t ' u.s ;lara c/a L iiutiaiui H I)?t,t ssh /1) Fn!fltIt) (IC (rai)(1ijio, '1/111tF!I) ItsiPIIC i?tlt (1,nr si I,i,,ili I )//!J'iI I!i!/á i, 1 \ItIdJ \tt/)! / \(fiiv(jii( I s. ( LVJ117Iflt'1IItI(It I', 11OH5 /1HC'ssL)S,?flCh)tli)\ C (CtfliUS ic "jc i 1?Iui(Il() [)1O/1Y1()Fl(li /)riii(ij)alfnc'lik. J)('IaS i)1s1icc. 1('1011 Ft'CiI?O.5 /)117i LSVL f/ui. I I1IIJ)1L'L 1/it/i 1 t/li(' ii T'ihio/iii i/i) Tdiicaiw 1111LI!t.4l.L/l1 11 \IUI)./C(lt/U, folitlit Clilti C ti/fl/u Jititi. IICL c:s.sithidt' la iidiiidt. lofla F101ti fk)iltica il aprcntii'i'cun C tic novas met du/(fgiar (pie $: OprOx1?fl(, J)l(Il.\ (.) a/)ren(1zz da atividade produii - FUP1!Cfll o ensino iflhlis mais ecoflônuco C eficaz, fh,n ac.cj,n, dos "Centros dc Aprendiza gem ", corn equiiakniii do cii rino formal de P' gran e de adotart,n reginics de freqi'ituicia quc perinhtaun, no mini?no iriplic'ar stia capaculade. Finalmente, a soluçao ectá numna poliuca de mais estrita Coope?ao cfl('mitre a bnpresa e as Inst ituiçoec de Formtirmn Pro/;rsutu;aI, dcmiiro de urn ('n/o(/ue h/uc a tr10; J)oc.ca iuiiclts stir. SENAI PARANA vi SOANOS t T1 z IZI '0 C LA -

SENAI PAItNA 50 ANOS SENAI: Uma Contribuicao a Historia do Progresso Social e Econômico do Parana',.: -

V -'--(..; t - - V - - V V V - ; V - V - I Antonio Theolincic T SENAI PA1NA 1943 A 19 SENAI: Uma Contrib ' Ii. -. a ri.stori do Progre5 Social e Ecori do Paran - V V V - V -, t -V'VV V., t,

Copyright 1996 - Direitos reservados ao autor. "A memória do pa Trevizan, Antonio Theolindo T.814 SENAI - Paraná - 50 anos - Curitiba: Champagnat, 1995. 152 p. : 21 cm. As açöes do pres Os desafios do fun 1. Formacao Profissional no Paraná. 2.Servico Nacjonal de Aprendizagem Industrial - HistOria. ltitulo. CDU 377.3 Capa: Designer Rosane Maria Demeterco Planejamento Gráfico: Designer Edson Marcus de Freitas Revisão Gráfica: Prof. Antonio Camilotto Publicado em 1996 -,. :,. - --.',; ri - -. - j..; 'V - I '.. -...-.. -.?.,_ '..t - - - La. ",. t V - -- (.. N Al Cl.-

OWN A Indice 1. Notas biográficas do autor.9 2. Agradecimento...11 3. Observação sobre o motivo desta publicacao... 13 4. Prefácio...15 5. CitaçOes de poetas paranaenses...17 PRIMEIRA PARTE I. Paraná - uma Unidade Histórica e Geográfica IndefectIvel...21 ME SEGUNDA PARTE ii. Orgaos e Unidades Operacionais do SENAI/PR...39 1. Centros de Forrnação Profissional...39 1.1. C.F.P. de Curitiba...39 1.2. C.F.P. de Londrina...44 1.3. C.F.P. de Ponta Grossa...46 1.4. C.F.P. de Maringá...52 1.5. C.F.P. de Paranaguá...56 1.6. C.F.P. da Cidade Industrial de Curitiba......59 1.7. C.F.P. de Cascavel...62 1.8. C.F.P. de Foz do Iguaçu...65 C.F.P. de Pato Branco...71 1.10. C.F.P. de União da Vitoria...74 2 _,.t

1.! 1. C.F.P. de Rio Branco do Sul.79 Antonio Theolindo Trevizan 1.12. C.F.P. deguarapuava...81 1.13. C.F.P. deapticarana...83 1.14. C.F.P. de Toledo...86 2. Centre de Unidades Móveis de Formacao Profissional...90 3. Escolas Técnica...92 r' 3.1. Escola SENAL e Centre Técnico de Celulose e Papel de TelémacoBorba...92 3:2. Escola Técnica de Saneamento...99 4. DivisOes Operacionais...101 4, 1. Diviso de Assisténcia as Empresas...101 4,2. Divisão de Apoio Técnico e Desenvoivimento de Pessoal... 104 5. Novas Unidades de Formacao Profjssjonal...105 5. 1. Centro de Formaçao Profissional de São José dos Pinhais...105 5.2. Centro de Formacao Profissional de Campo Largo...107 Nasceu em Almirante Tarnandaré - Parana', a 14 de fevereiro de 1916. Filho de Antonio Eduardo Trevizan e de Juvina de SiqueiIa Trevizan, comerciantes. Trabalhou na in'dñstria e no comércio Fez o curso básico em escolas péblicas e no Colégio Novo Atheneu. Em' 1.940 formou-se pela Escola de Professores de Curitiba. Em 1952 bacharelouse em Direito pela UFPR. Em 1955 frequentou o programa de tinamento da O.I.T., na area de formação profissional e do attesâitato, administrado pelo Ministdrio do Trabaiho da Franca, nesse pals, Suiça e ltália; visitou estabelecimentos de ensino profissional na Alemanha e Bélgica. Em 1960 concluiu o Curso de Desenvolvimento de Cornunidade, na Universidade da California, em Berkeley e visjtou estabelecimentos de ensino profissional nos Estados Unidos. Em 1965 participou de treinamento pedagógico em "Artes Industrials" no Coléglo da Universidade do Estado de Nova York, em Buffalo e visitou estabele-.1,,...-."",... -,'.-,... TERCEIRA PARTE cimentos de ensino profissional nos Estados de Ohio e Kentucky - USA. Em 1986 visitou indóstrias de artesanato na China e na India. ;,. t. III. Rra1i7açOe.s das Administraçöes Regionais do SENAI/PR..... Ill 1. Aritecedentes Institucionais...111 7. Delegacia Regional dos Estados do Paraná e de Sta Catarina 117 2.1. Ivo Cauduro Picoli e Flausino Mendes da Silva...117 3. Departanien.to Regional...120 3.1. Administraçao Heitor Stockier de Franca...121 3,2, A.dministraçao Lydio Paulo Betega...124 3.3..Ad.ministração Mario de Mari... 128 3.4. Aclministraçao Altavir Zaniolo...133 3.5. Adrninistraçao Jorge Aloysio Weber...136 Foi Diretor e Professorda Escola Profissional Ferroviária Cel. Tibürcio Cavalcanti e do Colégio Liceu dos Campos, em Ponta Grossa. Diretor da Divisão Técnico-Administrativa do Servico Social Rural do Parana'; Chefe da Divisão de Ensino, Subdiretor, Diretor e Consultor Técnico do Departamnto Regional do SENAI do Paraná; Interventor do Departamento Regional do SENAI do' Estado do Rio de Janeiro; Professor do Curso de Legislaçao Sindical e do Trabaiho no Paraná; Coordenador Técnico do Programa Paranaense de Formacao de Maode-Obra, da Secretaria do Trabaiho e Assisténcia Social do Paraná; Coordenador Estadual do Programa Intensivo de Preparacao de Maode-Obra, Técnico em Assuntos Educacionais e Representante no Con-..-. Q'JART.A PARTE seiho Regional do SENAC!PR, do Ministdrio do Trabalho. Além de artigos, escreveu: "A Qualificação Profissional IV, Fecho...145 0 valor do SENAI...145 2. Formaçao Profissional: Educaçao, Ciência e Tecnologia aserviçodo Povo...145 3. Referências Bihliograficas...151 Dirigida a Populaçoes Urbanas de Baixa Renda" - SENAC/PR, 1982; "Servicos Federais de Formacao Profissional Não Formal - Crlticas e SugestOes" - Secretaria da Indñstria e Comércio do Paraná, 1985; "A Qualificacao Profissional Através da Empresa Pedagógica (lq e 32 vs.)" - SENAC/PR, 1985; "Programas de Cursos de Formação Profissional" *..' '4,;:,'"U- :

SENAI/PR, 1993 e "A Filosofia do SENAI" - SENAI/PR, 1995. Durante o exercicio profissional fol agraciado corn os seguintes titulos: "Pioneiro na História do SENAI" - CNI, Rio de Janeiro, 1982; "Colaborador Emérito do Exército" - Quartel General, Curitiba, 982; "Oficial da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho" - T. S. T., Brasilia, 1993 e placa comemorativa do cinqüentenário da instalaçao do SENAI no Paraná, "por relevantes serviços prestados ao ensino profis- sinncd brasileiro" - Federaçao das Indüstrias e Departarnento Regional dosena!, do Paraná, 1993. Aposentou-se em 1 9 de dezembro de 1994, corn 54 anos, 6 meses e.25 dias de tempo de serviço contado pelo'inss. Endereço: Rua Recife, 355 Curitiba - Parana' - Brash CEP: 80035-110 - Fone:(041)252-1526 Agradecimento Agradecemos ao Professor Orual Nernésio Boska, ex-diretor de Formação Profissional do SENAI/PR, por sua valiosa colaboraçao. A.T.T. r 14 4 t I fri.-t & 10 11

'I Observaçao sobre o motivo desta publicação 0 presente livro foi concebido para conter unia sintese histórica dos cinquenta anos de existência do SENAI no Paraná. 0 original contém cerca de 260 páginas e está ilustrado corn 168 fotografias de edificios, oficinas, laboratórios, salas de aula, professores, instrutores, alunos em seus postos de trabaiho e de personalidades estaduais e nacionais. Já se encontrava escrito e composto em principios de 1993. Emjulho de 1995,0 C.F.P. do SENAI de Curitiba o tinha impresso tins seus 25%. Esperamos ver concluida sua publicaçao no próximo ann, evitando, assim, que se perca 0 ánico documentário que, de forma organizada, retrata a projecao do SENAI no cenário de meio século do desenvolvimento privilegiado da história social e econômica do Paraná. Curitiba, dezembro de 1995. V V - ØV 73 -V

Prefácio A intençao do livro-album "SENAI PARANA 50 ANOS, corn abundância de fotografias de pessoas, paisagens e imagens de :realizaçoes e açoes do SENAI é a de pro jetar essa importante instituicão 'educacional no cenário do progresso econômico, social e politico do Parana'. Por isso a sua primeira parte traça urn breve histórico do Estado. desde suas origens pre-colombianas ate a data em que o SENAT/PR ëomemorou seu cinqüentenário. A segunda parte focaliza a estriiti,ra fisica e funcional das escolas e demais órgaos operacionais do SENAL! PR. A terceira parte encerra urn retrospecto das principais realizacoes das administraçoes regionais representadas nas pessoas de seus Delegados e Presidentes do Conselho Regional. A quarta parte acrescentada neste volume, contém alguns comentários sobre o valor da Forrnaco Profissional e aspectos politicos. Como se sabe, a principal finalidnde do SENA! é a de organizar e administrar escolas de aprendizageni ern todo o pals. A sua filosofia, segundo se infere das "Diretorias do Conselho Nacional", em vigor ate 1993, era a de proporcionar educaçao integral, isto é, tédnica e humana, a jovens candidatos ao trabalho industrial, bern como a de proporcionar condiçoes.de aperfeicoamento social e profissional aos trabaihadores já engajados nos quadros do setor secundário da economia. De 1993 para cá, essa filosofia, por influéncia da coordenaçao central e de novas teorias administrativas, rnudou, não tendo ainda alcançado urn rumo definido, tanto no aspecto politico como metodológico. 0 certo e que hoje a instituicão precisa encontrar solucoes não so mais econômicas, mas de major aproximacão corn o mundo 15

do Irahaiho que garantam a sua funçao social e sua continuidade. Para icsn 6 indispensivel contar corn seus técnicos e professores mais ped"nfrs. A ciiltura SENAJ acurnulada nos ültimos cinquenta anos, i ;ar de novas teorias endógenas ou exógenas, é a base de tudo. Nos it mpos atiiais. o trabalho tornou-se urn dos fatores mais importantes da 'fif!ania. fssa instituição educacional que, por razoes óbvias enfatiza I' "n1açn profissional, deverá manter suas caracteristicas de pioneira 'I' ifr das refornias educacionais que visam ao ajustamento do ensino I da tecnologia e da produçao em escala cada vez major. A. antecipação desta publicaçao corn apenas os textos do "hvro.-aihl!m". ('uja edicao deverá ser conclulda pela escola de artes rfieas do Dpartamento Regional do SENAI, visa a sua divulgaçao ni Inpo opnrtiino e, de qualquer forma, assegurar a memória de urna I t III içn que vern prestando relevantes servlços de apoio a educaçao. 'rescjniento industrial do Paraná. Curitiba, dezernbro de 1995. A.T.T. SENAI PARANA 5OANOS "PARA QUEM VIAJA EM DIRE cáo AO SOL E SEMPRE MADRU- GADA" (Helena Kolody, poeta paranaense) "Pinheiro que tens no bojo Riquezas que a terra dá, Ta representas o arrojo Dopovo do Parana"'. (Orlando Woczikosky, trovador paranaense) Aos servidores do SENAI do Paraná, de hoje e de ontem, rendernos rnerecida hornenageni por seus 50 anos de proficuo trabaiho. If: IT'

SENA! Parana' 50 Anos PRIMEIRA PARTE Jo

4. PARANA Uma Unidade Histórica e Geográflca IndefectIvel *. Grandes acontecimentos como o descobrimento da America e do Brasil e a exploracao da costa ocidental africana, constituem marco indelével que, no final do século XV, assinala a passagem da Idacle Media para o Mundo Moderno. Os olhos do homem que, ate entäo, estiveram voltados quase so para o céu, baixam para a terra e o mar. Estudos cientificos de geografia e navegação, promovidos e incentivados por Dom Henrique, filho do Rei de Portugal, D. João 1, através da Escola de Sagres, levariam os portugueses a estender os bracos da antiga Europa sobre o continente asiático, quase inacessivel por caminhos terrestres, inóspitos e semeados de povos hostis, nao bastasse estar o mar Mediterrãneo infestado de corsários árabes. Bartolorneu Dias dobra o cabo da Boa Esperança, no extremo sul da Africa, abrindo passagem para o oceano Indico. Vasco da Gama descobre o caminho maritimo para as Indias. CristóvAo Colombo, navegando para o ocidente, aponta na America Central e Pedro Alvares Cabral, na costa oriental da Aniérica do Sul. Fernão de Magalhaes, em 1521, contorna a terra e chega as Filipinas. DaI por diante, espanhóis e portugueses singram os mares para, além da conquista de outros territórios, buscar ouro e prata, metais preciosos que, na época, engrandeciam as n'açöes As duas c;. 27

1,otncPas da peninsula Lbérica que se destacavam no dominio mundial, rirn tornar-se ainda maiores e mais poderosas. Nem tudo porém seria os bravos navegantes. Depois de vencerem as dificuldades de imensos oceanos ci;con.hecidos, ora calmos, ora furiosos, velas enfunadas, ao abrigo de ensea.das e balas, desembarcavam suas tripulacoes aguerridas, prontas enfrentar, seno duendes fantásticos, populaçöes silvicolas arredias e desconfiadas muitas vezes hostis. Tudo isso, entretanto, seria, ainda, porn: n harrar-ihes os passos corajosos, levantava-se a imensa e ag.reiip Srra do Mar, coberta de florestas tropicais e, do outro lado do '"nineiite sul-arnericano, a áspera, quase intransponivel e gelada dilheira dos Andes, além de numerosos e s' rdas ahert.as para o ãmago dos sertöes, constituiam-se, também, em c.veros obstcuios a obstinada marcha para ermos misteriosos. No conieco do século XVI, a terra descoberta por Cabral era vi'itada pot naus portuguesas que vinham buscar pau-brasil, muito apreciado na Europa para a fabricacão de móveis e lavores diversos - por sua consisténcia e cor rósea. Os espanhóis, tatfib6tn, stirveftdo conhecirn'ntn ni Escola de Sagres, on mesrno rivaliandternospbttugueses no ahrarnento de arrojados e competentes maiifthdiros 6,00rftaridantes navais. estenclerarn essa competicão aosgrnde' HnTetitO e, cotho evidente, A exploracao do litoral americarto. OTrat9'thsTordesi1has, firmado entre a Espanha e Portugal em 1494iOit o rnridiano que, de nrte a sni passava a 370 16gua do tabo, Vede,uaAftica e dividindo n:inndo em duas partes, deixava l sétiadivetgéfeias quantb ao limite que deveria assinalar. Os portugueses eit1purravm a linha imaginária para o C)cidente e os espanhdis devolviam-na para o Oriente. E verdade que esse Tratado arrefeceu os ãnimts para a disputa armada, trazendo a grande vantagem de afastar oscontendtes, locali-.undn mis corn mais frequência, no lado ocidental e outros no lado "rintn1. Enquaiito os portugueses, corneçando coifr Martith Afonso de em 1530, huscavam explorar a costa brasileiralandocombate e fspulsaudo eventuais intrusos, os espaihóis penetravam pela embocadi'ra do rioda Prata e fundavam BuenosAires naargentinaeassunçãt, no Paraguai. Para os portugueses, o meridiano do Tratado das Tordesilhas passava pot Belém, no Pará e Laguna, em Santa Catarina; enquanto os espanhóis afirmavam que o mesmo devia passar pelo mar, na costa de Paranaguá, de tal sorte que o ocidente do Paraná e o sul do Brasil Ihes pertenciarn. Martim Afonso de. Souza, nomeado pelo rei Dorn João Ill, no comando de chico naus, fortemente armadas, trazendo, além de quinhentos tripulantes, soldados e colonos, sementes, mudas de plantas, ferramentas agricolas, cabecas de gado e outros materiais, - Iota incumbido de explorar e defender a nova terra, bern como de iniciar a sua colonizacão. Depois de expedicoes para o sul, que ambicionavam levar a posse portuguesa ate o rio da Prata, prudenternente resolveu fundar a vila de São Vicente. Nessa altura, para meihor garantir seus dominios, decidiu o rei de Portugal dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias. Assirn, no sul, foram criadas as Capitanias de São Vicente, que Ia da barra de Parañaguá, para o norte, ate Bertioga, doada, em 1532, a Martim Afonso de Souza; e a de Sant'Ana, que ía da barra de Paranaguá, para o sul, ate onde, "legitimamente", alcancasse a posse portuguesa, doada, em 1535, a Pero Lopes de Souza. Interessante assinalar que Martim Afonso de Souza, quando no comando da frota real tinha apenas 30 abs de idade. Durante os 3 anos que permaneceu no Brasil, alétfl de ter cimiprido corn a missão coloniadora e ftthdgdo São Vicente e Piratininga, saneou a costa brasileira da preseñca de corsários e invasores. Coiiio fato notável os historiadores citam os aprisionamento de 4 embarcaçoes francesas, duas das quais anexou a sua esquadra: uma enviou a costa penambucana para reforcar sua defesa e a outra, pot razoes estrategicas, incendiou. A colonização paulista desenvolveu-se rapidaniente. Vicentistas, no final do século XVI, arrojavam-se ao sul para capturar Indios para o trablho escravo, a procura de minas de metais preciosos e de novas conquistas territoriais. Cómo a distância entre São Vicente, depois São Paulo, ate Paranaguá e dal ao planalto Curitibano fosse, na época, muito grande, levando a viagem de urn e meio a dois meses, muitos mineradores e bandeirantes foram levantando seus ranchos, localizados junto as minas, dando, assim, inicio aos pritheiros nücleos populacionais de Paranaguá e de Curitiba. A açao do g bañdeirantes, porém, não cessava. As Bandeiras organizadas em S. Paülocoiflpostas de portugueses e de seus descendentes, mamelucos e Indios preparados 22 23

tara a guerra engrossavam suas fileiras corn parananguaras e curitibanos; oercorriam Ion gos caminhos para o ocidente, geralmente ja trilhados pelos.siivicolas., Os handeirantes usavam os próprios Indios para capturar outros ahorigenes como guerreiros nos combates as ReduçOes Jesulticas e contra as forcas militarizadas dos colonizadores espanhóis. A principio, o Indio escravizado e, pouco mais tarde o escravo airicano förarn.fatores importantes na colonizaçao e na implantaçao de lntitl!icoes portuguesas no sul do Brasil. Os conquistadores e colonizadores espanhóis, no século XVI o 1eçn do século XVII, vindos do Paraguai, avançarampara o leste, lindando numerosos nücleos populacionais. A partir do. rio Paraná, cnizavarn OS caminhos do Peabiru e o rio Piquiri, na. direçao do rio IvaI. Subiarn rilmo ao norte, contornando pela margern esq.uerda ' do rio Piq!Jiri. ate alcançarem, de volta, orio Paraná a.penetrarde novoemseus dr'miniosji consolidados. Ao longo de uma larga faixa de terra semeada rh niicleos populacionais, fundaram "Ciudad Real" e "Vila Rica del Fspiritn Santo'. A primeira, na foz do rio Piquiri ea segunda, ao sul do I in FvaI. 0 governo espanhol adotou o sisternade "encorniendas", uma spécie de concessão de terras pa.ra serern..exploradas per nobres, "til izavarn n hraço do Indio para suas plantaço'es Op, mandioca e milho, vj heita e beneficiamento de erva-mate parasrvendida aos mineradores de prata. descoberta no Cerro de Patosi,,n as,proxirnidades do.rio, que pot esse niesmo motivo tornou.o nome de.pratae que nada mais 6 d que a emhneadl!ra dos rios Parana' e Uru.guai no Atlântico. A expliiraçao dos Indios acirroulhes o ânin o hostil, levandoce re!-'darem contra o invasor de suasgenerosasterras. Tal rebeidia -p lininit )u de tal maneira queagitou emobilizou oscereade 200mil i ndgenas qrie - habitavam o ocide.nte do.atual estado do }araná, chegando a preocupar a monarquia espanhola. Felipe l.ique, em 1560, anexou Portugal Espanhapela força alegando direito hereditário em conseqüéncia de uniao matrimonial de nobre.s espanhóis, foi movido pelo ideal de unir sob uma so.coroa as naçoes cia peninsula Ibérica. A fini de acalmar os indigenas, obteve a adesão da.companhia de Jesus (fundada por Santo macjo de Loyola) enviando a região conflagrada padres JesuItas. Esses, embora em pequeno nümero, aliayam a uma profunda fé católica grande competéncia poiitica,administrativa, tecnológica e pedagógica; cram administradores,pv@fessores, artesãos, agricultores, medicos e, sobretudo, padres e pastores. Em chegando a região, pacificaram os silvicolas. Depois de organizá-los e garantir seu bem-estar, visando atingir o objetivo major que era o da evangelização, trataram de fixá-ios em povoados on aldeias, de onde a expressão "Indios aldeados" on Reducoes. 0 sistema politico adotado pelos JesuItas confiava as chefias administrativas aos próprios Indios, sob a autoridade do cura. 0 trabalho que desenvolveram foi tao eficiente que os Inidos não so se deixaram dirigir como prosperaram mais do que na vida livre de que gozavam no seio das florestas. Esse fato levou o rei Felipe III da Espanha a criar a provincia do Guairá em 1608, a qual se estendia desde o rio Paranapanema, para o sul, ate o rio Iguaçu e do rio Tibaji, para o oeste ate o rio Parana', abrangendo mais de dois terços de todo o território hoje ocupado pelo Estado do Paraná. A adrninistração dos jesuitas corn seu sistema de "ReducOes", nao era bern vista pelos colonizadores espanhóis, por impedirem a escravização dos aborigines. Pot isso. quando atacadas, deviam defender-se por Si mesmas. Enquanto o governo espanhol, quer através do processo de colonização, quer através do sistema de Reduçöes jesuiticas tentava estender seus dominios para o leste, chegando mesmo, em certa ocasião, a ocupar S. Vicente, corn o objetivo de se fixar na costa atlântica, bandeirantes de S. Paulo. de Paranaguá on radicados no planalto curitibano, organizavam Bandeiras armadas que no século XVI, chefiadas por Jerônimo Leitão e noséculo XVII, pot Manuel Preto, Nicolau Barreto, Sebastião Preto, Lázaro da Costa, Fernão Paes e Raposo Tavares, davarn-ihes duro combate Em 1629, era destruida a empresa jesuitica do Guairá, corn o golpe final que Ihe fora desfechado por Antonio Raposo Tavares e Manuel Preto, comandando urna Bandeira composta de 69 paulistas, 900 mamelucos e 3.000 Indios.. De modo que, se o estado do Paraná tern a configurar-ihe o perfil geográfico rios rnilenares correndo de leste para oeste e do norte para o sul, compondo enormes bacias hidrográficasr que irrigarn ricas 24 25

tcrras agriciilttirveis e amptos campos propicios a criacão de gado - todo esse património não foi corisguido pôr, acaso: foi desbravado, e conquistado a duras penas è a'è USt 'a & inuitas'vidas, pela 'spad:.i e pelo bacamarte de bravos pau1it arfiangura urit:ibanos p'. no curso cia história, precederatti aöpaa hoje: Convérn acrescentar quo a uitiddh 5*a' geffia do P4ranA no se deve, apenas, a ma?hiak irevani mndios aldeados on não: a ane.xaço de Portugal pela do os poucos que sobraram para do rio Ptranti. ou para além da bacia do rio Igiaçu Dtt deoüro qie ':iescohri tam, das rocas que plantararn 4 d ftif.is'dohsticos que rriararn: dos niananciais de água!idas: da etva.-mate poreles podad; ks caminhos por eles ahertos, i 'icos populacionais, a partir dos qual ërii f dii!ta e a I)OSSC do território paranaense. Nesse tempo, bandeirantes pauli9&006dafitidm qo litoral paranaense cacando Indios carijós para a fazadas P a proc!!ra de ouro e prata. No seculo XVII, o litoral do Pttpdpelos 119Jjsts que af se radicaram. Bartlot1 ftbfálsi. Vicente, ips façanhas no Guairá, corn muihet, fif ho ë fsthiá ido pf ilneiro ase estabelecer na iiha do Cotittga:Ebiâftiográfico, i'"nco depois de formado foi transfrido as n1rgens do rio ttiberê, dando inicio ao' lirimeiros povoadores remanescentes niente desceram para o sul em buscade "icranise juntar novos contingentes de brand-69, I%4 rnmwd6 sravos e Inçfjos carijds aculturados. (Jabriel de Lara, como militar e bafid6tahtd", de4aca,s6 na!idcranca da Capitania. que tinha como Casäis, "'i.ipnndo cargos importantes como o & Capftã6 it Pb'màdor!!'idOr:j40j. '.''i" De Paranaguá, grupos de nas, sobein a Serra do Mar e vérn explof'o?iddptirn'eiro planalto. Como a travessia da serra do Mar fosse bastante penosa e as betas e catas de ouro nao eram de grande rendimento, foarn levantando seus ranchos e fixando-se próximos das minas pesquisadas e exploradas, dando inicio ads prirneiros aglomerados habitäcionais. No começo viviam da canade-açücar, da caça, da pesca, dos anithais domésticos, das roças de rnilho e mandioca e do pouco gado que criavam; mercadorias essenciais como sal e fazendas para roupa vinham do Rio de Janeiro, de S. Paulo ou de Paranaguá e eram pagas corn ouro em pó. Bandeirantes paulistas em arrojadas aventuras na caca a carijós, tupis e guaranis; dando combate aos espanhóis que do Paraguai chegaram as cercanias de Ponta Grossa, ao passar pelos novos uticleos populacionais engrossavam suas tropas, na ida, deixavam novos habitantes na volta, contribuindo para o crescirnento econômico e demográfico da região. A 61tima metade do século XVII é especialmente dedicada consolidacao das conquistas dos bandeirantes e de expedicoes militates. Domingos Lopes Cascais parte de Caiacanga e, descendo o rio Iguacu chega aos saltos, onde hoje está Bituruna; EstéVão Ribeiro Baião e Francisco Lopesda Silva, partindo do Porto S. Bento, no Tibaji, chegam por terra ão' ho Ivale ttavegando pot este; atingem "Sete Quedas" no rio Paraná. De retorno, chegam au Igu'acu. Francisco Nunes Pereira explorou o rio Piquiri e subindo o tio Paraná chêgou a foz do rio Tietê, em S Paulo; Bruno da Costa Filgueira, pattindo também de Caiacanga, desceu o Iguacu e chegou a foz do Potinga; Antonio Silveira Peixoto partindo ainda de Caiacanga, desce o Iguacu, indo sair nas "MissOes" espanholas; Cândido Xavier descobre os campos de Guarapuava Francisco Martins Lustosa, passando pelos rios Guaraüna, das Almas e Imbituva, vence a Serra da Esperanca e chega a periferia dos campos de Guarapuava; Afonso Botelho explora os campos de Guarapuava. Em 1768 o governador Capitão General Dorn Luis Antonio autorizou a construcão de urna igreja em Registro de Curitiba, doando-the sesmari.a de urna ldgua quadrada para esse fim. Como fteguesia, Santo AntOnio da Lapa exite desde 1769. Ate '1820, quando Saint-Hilaire pecorreu O'Estado do Paran. vindo de S. Paulo potitararé, pàsandd pelos Campos Gerais e cheganclo a Paranaguá - Curitiba abrangiaquase todo o Estado do Paraná. Informa - 27

na lraduçao de David A. da Silva Carneiro, "4 1 Pane", relativa ao naj Estado do Parana', de "Viagem no Interior do Brash" que: "A ornarca dc Curitiba é lirnitada ao nope pelo rio Itararé; ao sul pelas pt'ovincias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul;faleste pelo )ceano e pela provincia de Santa Catarina. Ainda a oeste- seus lirnites n5o pareceni esta.r perfeitamente determinados". Nessaépoa o lndio C o escravo constituiam a mão-de-obra que servia desustentánulo ao r:lxniço das estruturas sociais; eram empregados-nalavoura, nos u ahal hos dornesticos, na mineracão, transporte de c-a rgas cnstrução de rst!adas. nas fortificaçoes e como soldados na guerraqo]-tra outros indgenas. A medida que os aglomerados. V P r,q nagiia e Curitiba, fosse por espirito de aventutaud. novas l"ntun idades de prosperar. expandiam-se. Grupos de cuii.ii-anos, ja di (erenciados dos habitantes de Paranaguáe de80iauliitrapassarnos I irnites do pnirneiro planalto e vencendo a Serra deuiianvao estahelecer-se nos Campos Gerais. Al fundam fazencasepm agricultura de siihsitêncii e criação de gado. Algun.s mais-arwjadeatultrapassam a.rra da Boa Esperança, chegando a Guar rdpi apaimas liveindia. Pat.o Branco e a Cascavel o!flhlicipifl 'Ic Toledo, numa verdadeira "rn (odios hostis e mil acidentes-geográfios nttifm toiher- -a ruarcha heróica, a urn tempo audaisa e.pathótic- qeconquis' tu ia dos habitantes pr&cabralinos.e dos esah asptras que hoje ifflegrani o ternitório do Parana' corno unidadehitórica! etgeográfica iiidefectivel I-ri I i.... f)j - ;o A noticia da existência de grand:c rbaflhosde1 bovinos, rq( l inose muares do Sul e a inexisténcia de con1uflieacã pomer-ra corn os 'eptros consuniidores de S. Paulo Rio- dejanthrnemjn g Gerais iwaram o governadorde S. Paulo adetermitar -akestirade.uma estrada que partindo de Viamão, no Rio Grande do'sul9 passssp'elos Campos (Terais e chegasse a Feira de Sorocaba. Essaestr ia pisde3 anos dc aiduos trabaihos, foi concluida em 1731. 0 gado e a animalada foi deixada em abandono pelos colonizadores e bandeirantes que, corn a descoberta de grandes jazidas de onto em Cuiabá e Guaitacazes, mudararn-se para essas regios durahte cerca de urn século, havia-se multiplicado atingindo grande ilailtidade. vigiadas apenas plas missoes dos Jesultas das margens do rib Uruguai, princhpalmente aquelas concentradas na reghao de "Vacaria da Serra". Esse fato levou os pacatos habitantes de Curitiba, Campos Gerais, Guarapuava e Palmas a se transformarem em ativos comefciantes, condutores de grandes manadas de muares, equinos e bovinos que vinham enriquecr-lhes as fazendas, ou eram objeto de venda lucrativa na grande Feira de Sorocaba, de onde outros comerciaptes as levavam para serem negociadas em S. Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Corn a abentura da Estrada do Viamão, chegou ao Campos Gerais a pnimeira tropa de mais de duas mil cabecas de eavalos, éguas e mulas vindas do Rio Grande do Sul, tangidas porquase ilna centena de tropeiros, comerciantes, esctavos e camatths, coth destino a S. Paulo: Foi assirn que se inaugurp a fase do TrOpe-ilisffio no Paraná. Tropas de e ÜirtOs,' muares é bovinoä wiftfiriliariarn a yin do Rio GrandèdoSOJl, do-utuguai eda Argentina Depidiftvetnadas dflrntecera de trés mesespa região da Lapa on Campos Geraispara ge tecuetaremda longa caminhada, as tropas seguiam para a Feira de Sorocaba. Essecothdrciorescei.i ate a década de 1860, prornovendo a formacão e o crescimento de cidades, como Palmeira, Lapa, Ponta Grossa, Castro, Guarapuava e Palmas todas no caminho das tropas, invernadas e fazendas. 0 comérci.' tropeiro veio a declinar em conseqüência da construcão de estradas de ferro e de rodagern que passaram a substituir os anirnais no transporte de cargas. Saint-Hilaire, na parte referente ao Parana', refenindo-se a sociedade campeira, corn origem no tropeirisnlo, faz as seguintes observaçoes: "Os homens de todas as classes operárias, cultivadores. desde que tenharn algum dinheiro ganho, partem para. o Sul e comprarn mulas chucras e as vendem no seu Estado on levarn-nas ate Sorocaba Aproveitam-se as excelentes pastagens dos Campos Gerais para fazer invernar al as imensas tropas de mulas que vém do Rio Grande do Sul divididas em pontas de 500a 600 aninlais". I Q 20

Segundo "I-Listória do Paraná" dealtiva Pilati Baihana, Brasil Pinheiro Machado e Cecilia Maria Westphalen, 1 Q volume - o Paraná do SéCIdO X I X caracteriza-se pelas grandes propriedades, criaçao de gado, tropeirisnio. invernagem e pelo trabalho escravo de Indios e negros. As famfilas fazend.eiras vivem em suas terras e: detém.."o poder politico r.ginnai pnr mein de oligarquias parentais". A antiga Comarca de Curitiba - ouy Comarca d finalmente iwiiipacla de S. Paulo e elevada a categoria depiovinciacom a posse sen primeiro presidente, Zacariasde Goes e Vascon elos, em 19 de dezembro de 1853, em conseqüência da Lei n 2 704v.de29de agosto desse no, corn o norne de ProvIncia do Paraná, niantidososlimites da (omarca extinta. 0 nome de Curitiba é consewadoapenascomo nome da (Tapifal 1a nova ProvIncia. No sculo XIX a e'conomia de subsistn ia do Paraná é "!J!da de atividades comerciais, tendo coino prneipaifatores de uda a exportaçâo de erva-mate e a compra e, jvondw de 1 animals, awcipalrnente de muares. A uti1iza4g5oexter1sivaade mão-de-obra u'ssas atividades deixava a ProvIncia dependente,da importação de urande, parte do que necessitava, de outras Provincia e mesmo do exterior. Apelos do governo provincial atrairarn: imp:rtan.tesrecursos para a coristruçao de estradas de ferro e ofinanciamtnto.de'imigraçoes enropéjas. Os navios que chegavam carregadosaoporto deparanaguá necessitavarn regressar carregados para dirniiiuir os custosdos fretes. Em 1860 a populaçao da ProvIncia era cerea de 80.000 hahilante.s. indicativo de urn consumo considerável para a época. A constrtição da Estrada da Graciosa em 1872, da Estrada de Prro ('i;rit.iba-paranagua em 1885 e daestrada dc Ferro S. Paulo-Rio rnde a partir de 1900, intensificararn o transporte de cargas, principalniente de made.ira. Ate o final do século XIX, o Brasil importava madeira dos Estados Unidos e paises do mar Báitico. 0 uso depinho limitava-se a fabricaçäo de harricas para acondicionamento da erva-mate e de outros produtos. Entretanto, a partir da abertura de vias de comunicaçào para Pettc de Paranagu, iniciou-se a exportaçao de madeira para o Rio de Lnirn e. outros Estados, de preferência o pinho, que passou a ter 'n.' IIires preços e a competir comas madeiras importadas. Corn a concessão de terras a companhias estrangeiras abriu-- se também a exportação de toras pelo rio Paraná. 0 comércio de madei ra intensificou-se durante e após a Grande Guerra de 1914-1918. De 1880 a 1930, destaca-se a navegação do rio Iguaçu, iniciada pelo paranaense Coronel Amazonas de Aratijo Marcondes, no trecho Porto Amazonas-União da Vitória, corn barcos a vapor para o transporte de erva-mate e principalmente de madeira. Ao lado da longa história de conquistá e povoamento do Paraná merecem registro as imigraçoes europélas e asiáticas. Acorianos vierarn para Brasil, inclusive para o Paraná, no século XVIII. Urn século depois iniciava-se a imigracao de europeus. Já em 1808,0 Principe Regente Dom João baixava ato real permitindo que Os estrangeiros se tornassem proprietários de terras no Brasil. De 1.853 em diante, o recebirnento de novos imigrantes no pals ficou a cargo dos governos provinciais. A partir dai, as centenas e milhares, irnigrantes poloneses, ucranianos, alemães, italianos, russos, sirios, japoneses e dc outras nacionalidades ingressaram no Paraná. Essas imigracöes foram, em sua major parte, planejadas e financiadas pelo governo central e pelos governos provinciais on estaduais. Aquelas localizadas nas imediacoes de populosos centros urbanos foram as que mais prosperaram. Afeitos ao trabalho agricola e pecuário, nao so produziam para atender as próprias necessidades, como abasteciam vilas e cidades. Trouxeram consigo, além das técnicas agrárias, tecnologias avançadas da Revoluçao Industrial, tornaram-se agricultores, criadores, comerciantes e industriais. Fornentararn o desenvolvimento e a prosperidade do Paraná. Corn o advento da revoluçao liderada por Gettilio Vargas e as estradas já construidas, o emprego do caminhão a partir de 1930 no transporte de cargas, faria as vezes da carroca e do barco a vapor na economia ervateira e madeireira, descortinando novos horizontes para a Sociedade Moderna. Intensifica-se a dispersao da Sociedade Campeira, latifundiaria e escravocrata. Os imigrantes, colonos de ontem, assumem a direçao dos empreendirnentos agropecuários e industriais; de carroceiros alugados passam a proprietários de caminhoes, sitios, granjas e fazen- I 3.1

d.. Da sociedade clássica herdam o amor pela terra, a coragem mpreendedora do tropeiro; alimentando corn suor e poupança a educaçii' de setis filhos, espirito de sacrificio e religiao cristã, as raizes histnrjcas do Paraná. ni Desde 1850, Frei Timotheo de Castel Novo cóth seus Indios aldeados de S. Pedro de Alcântara e S. Gerônimo dasefià, próimos a fozdo Tibaji. já produziarn café para consumo própfio. A terra e o clima erani favorveis. A partir de 1860 fazendeiros capitalistas otigirálios, em sua ttaioria, de Minas Gerais, penetram pelo curo superior ethédio do rio Ftirre, adquirindo grande g extensóes de t dhi 'O' e'rnprgo de tnnlogia paulista e expandern a cafeicu1tur or ddw"nôtté Veiho" ci'. Paraná. Nessa década teve início a formacaodas 86kkrfttk,6es urbaflas de Colônia Mineira, Tomazina, Santo Aflt6i6da?Mtii%; Wenceslau Rraz e Sn José da Boa Vista. Todavia, aptoduãb piiçao de café rassaram a ter irnportância na ecônoffii p 1nse átr de 1924. Nesse ann foram exportadas 2952T Do Norte Veiho, a culturad fé kd'sdè COrnélio rnopio pelo Norte Novo, atingindo I iwthaidl;atéo rio hal, para, por tjti.mo, chegar ao Norte NOt'issimô, etflréosñóivale Piquiri. De crescendo em crescendo, o café tonás'. Via inestra da economia parariaense. Em 1960 atinge a cifra de 20 rnilhöes desacas, rdpresentanrin 113 do volume mutidial e a n'ietade da prdducão brasileira. DaI por diante a produço de café - em parte dvido' a politica fiscal do governo ccniral, em parte, a competitividadd esttangira que atlrnentou sua producao e passou a ofertar no mecado mundial café de meihor qualidade e a preços competitivos - comeou a declinar, ttdendo lugar a s prodi.itos de uma nova agricultura, diversificada e mecanizada, onde snbressaeni Os cereals e os grâos de soja, näo so no Norte, Oeste e.sndoeste.. mas de urn modo gerat em todo o Estado do Párañá. Mesmo assim, o café continua aserprodutoprivilegiado paraoëohsumo ihterno e na balança de exportacao. Durante a fase cafeeira, em todo o Norte surgiram cidades, hoje importantes, como Jacarezinho, Bandeirantes, Santo Antonio di Platina, Cornélio ProcOpio, Londrina, Rolândia, Arapongas, Apucarana. Maringá, ParanavaI e outras. Aconcentraçao de capitais oriundos da economia cafeeira,e.rn grande parte dependente do trabatho braçat, permitiu ao Paran a cimentaçao de bases sólidas Para a instalação ou expansão de parques industriais. Tornou possiveis grandes empreendimentos no setor agroindustrial, conio a edificacao de fábricas de laticinios, que chegarn a industrializar mais de 200 mil litros de leite, ou de frigorificos que abatem e aprontam wais 250 mil ayes, 3 mil sulnos e 150 bovinos por dia, para serern consumidos no pals e exportados para todo o mundo. A partir de 1920, agricultores vindos do Rio Grande do Sul - principalmente de origern alemã e italiana - chegaram act Sudoeste e Oeste do Paraná encontrarani as terras livres, conquistadas por handelrantes paul istas e curitibanos; desbravadas e povoadas porguarapuavanos que se deslocararn para Clevelândia, Pato Branco, Cascavet e Toledo; inclusive resolvida a questão de limites corn a Argentina, a qual teve como árbitro o Presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland. No Noroeste, na década de 1920, graças a Companhia de Terras Norte do Paraná, originada de empreendedores ingleses, paulistas e paranaenses, chegaram colonizadores vindos de todos os recantos do pals e exterior, para se fundirem no amlgama da cultura e da história do Paraná. Corn o acesso dos teuto-italo-gaüchos ao Sudoeste e Oeste do Paraná, uma nova onda povoadora viria incrementar o crescimento demográfico e economico do Estado. Assentaram-se, porém, sobre raizes históricas e geograficas, já totalmente definidas e indefectiveis. A regiäo tornou-se, sem diivida, importante Para a econonhia paranaense, principalmente pela criação de sulnos, producão de cereais e o estabelecimento de novos complexos industrials - não fora ainda a presença, entre os novos paranaenses, de uma inabalável dedicaçäo an trabaiho e inquebrantável vontade de progredir. Facilitou sobremaneira 0 povoamento e o desenvolvimento do Norte, Sudoeste e Oeste do Paraná a administraçao encetada a partir de 1.932 pelo Interventor Manoel Ribas que revogou as concessoes abusivas de terras a falsos pretextos; apoiou e estirnulou a colonizaçao 33

Iir,neta c ('Ill: construiu estradas importantes para a econornia paranaease, corno a do Cerne: arnpliou o cais do porto de Paranaguá; moralizou serviç piihlico e coihiu os desmandos e a corrupção politica em seus anoq de governo. A populaqio do Paraná que em 1900 era de 327.136 habitanasca ['ara 4.227.763 em 1960 e aproxirnadarnente 9 milhóes em 2, alirnefflada pot seu crescimento vegetativo e principalmente, 'las correntes migratórias nacionais, européias e asiáticas que para cá 'n ye riani desde 1930. A indüstria paranaense que, sdculos atrás, já se manifestava 15 afivi(lades artesariais dos pimeiros colonizadorés e das ReducOes JeSIIItiCaS, cresce corn chegada dos imigrantes eütbjiërs e asiáticos cécnlo XVIll corn as dificuldades de itiipottaã'o, provocadas 'ela Prirne,a Grande Guerra e contando corn as teservás dà economia niac.ieireira e sobretudo cafeeira. na década de 1960, corn o valioso apolo de organismos educacionais e propulsores do desenvol- " im. ecnio o Fundo de Desenvolvimento Eoi16ñiico F. D. E. e a nrupinhia Parinaense de Desenvolvi pito Eônômico - (() F.PAR. apresenta considerável progtso. 0 setor prinlário, corno major produtofagutola per capita do J.c, contoll ainda corn o apoio técnicode orgagvéhyamentaisconio a Café do Paran. a Associaçao de Cr6dito e Msigt6ficia Rural - ACARPA e a COPASA, especial izadas ñä rodtição e distribuiçao de semeittes. em extensäo rural, operaçoes c'feditic"ias ê äri1azenagem de pro(lntcls agricolas - o que estimulou a aceléraãodósnvolvimentista, dim'ntada que fnj corn a abundância de energla 616trica. Por sua vez, a pecuria era sensivelmente melhorada corn a iirodiicio. pelo Governo do Estado, das tàiis Gir e Nelore nos ptanaenses. A Companhia Paranai1s6 dettëia - COPEL onsiflhia novas usinas geradoras de energia eiéttià pra atnder a.rc'cenie denianda do desenvoivimento econóniico nos stores prima- 1-j (), seeiriidrio C tercijrio. W11 ipl icani-se lndüstrias como as de café iol6vel, agiornerad,s do mac:leira. fiaçao de aigodão. compuientes para a indüstria ci "nal de autonióveis e tratores, aço, óleos veetais brutos e refinados. trigorilicos. eletrodomésticos, ferro fundido, fertilizantes granulados; produtos farmacêuticos, mecânicos, elétricos e outras. A partir de 1975, a indüstria passa a ter major valor relativo na geraçäo da renda interna do Estado. De 1970 em diante, numerosos parques industriais aparecem on se expandem, como os da Cidade Industrial de Curitiba, de Londrina, de Maringá. de Ponta Grossa, de Cascavel, de Toledo, de Marechal Candido Rondon e outros. Urn sistema interligado de energia elétrica, corn urna producao instalada superior a 14 milhöes de KW, operada pela COPEL, Centrais Elétricas do Sul do Brasil - Eletrosul e Itaipu Binacional - estirnula o desenvolvirnento industrial paranaese. Alémdisso, o Estado passa a contar corn eficientes sistemas de telecomunicaçoes, rodoviário, ferroviário, terminal maritimo e redes de armazenamento; de água e esgoto, bancária, cornercial e outros recursos próprios de urna adequada e forte infraestrutura voltada para o desenvolvimento econômico. lndüstrias mecânicas, quimicas, elétricas, eletrônicas, cerâmicas (loucas e azulejos), frigorificos; de apareihos elétricos, de telecornunicaçoes; de celulose e papel e de alimentos, empregando tecnologia de ponta - concorrem corn as de igual género do Primeiro Mundo. E ainda da major irnportãncia para a sustentação de todo esse complexo desenvolvimentista urn amplo e adequado sisterna educacional integrado por inñmeras escolas del Inguas estrangeiras, estabelecimentos de ensino de 1 e 2 gratis, oficiais e particulares, capazes de atender a toda a demanda educacional nesses niveis, dezenas de escolas técnicas, industriais, comerciais e de rnagistério, püblicas e privadas; pela Universidade Federal do Paraná, pela Pontificia Universidade Católica do Paraná, 4 Universidades Estaduais e 43 Faculdades isola.- 4as; pela rede de ensino profissional do SENA!, corn quinze Centros de Formaçâo Profissional, duas escolas técnicas - saneamento e celulose e papel - e trinta Unidades Móveis de Formaçao Profissional, pela rede de ensino comercial do SENAC corn Centros de Desenvolvirnento Profissional e Unidades Móveis. Finairnente, ai está urn breve relato do que foi, é e seth o Estado do Paraná que, como Unidade PolItica da Repüblica Federativa do Brash, pela bravura e sacrificio de seus pioneiros, pela capacidade produtiva de seus filhos - nativos on nao - por suas raizes históricas e geográficas; pela versatilidade e harmonia de seu ambiente telérico; -1 35

pela aspiraçäo hiimana de niveis de vida cada vez mais felizes - é e se.r empre, no sen todo, indivisivel. SENAI PARANA 50 ANOS SEGUNDA PARTE 37