Coagulopatia em Obstetrícia Wladimir Correa Taborda Marília da Glória Martins
Mecanismos desencadeadores de coagulação intravascular na gravidez Pré-eclâmpsia Hipovolemia Septicemia DPP Embolia do líquido amniótico Feto morto retido Mola hidatiforme Injúria endotelial Tromboplastina Colágeno XII XIIa XI XIa XI IXa X Xa Hemólise Transfusão incompatível Septicemia Fosfolipídios II IIa Fibrinogênio Fibrina
DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA Incidência População obstétrica geral de 0.5 a 1.0 % Pré-eclâmpsia grave de 10 % Hipertensas crônicas com pré-eclâmpsia associada de 15%
DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA Idade Gestacional em que ocorre o descolamento Sibai et al, 1986 > 37 sem 20% < 28 sem 20% 32-37 sem 40% 28-32 sem 20%
DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA Diagnóstico Sangramento vaginal no terceiro trimestre (80%) Dor abdominal súbita (50%) Tônus uterino aumentado e irritabilidade uterina (50%) Anoxia fetal em graus variáveis Hemoâmnio em casos de sangramento oculto (10 a 20%) Ecografia para exclusão de Placenta Prévia Cardiotocografia em casos leves ou suspeitos Coagulograma (CID em 10 a 15%) Avaliação da função renal e débito urinário IRA em 0.5 a 4.0%
DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA Descrição do Tratamento Monitorar sinais vitais maternos (atenção para PA normal ) Acesso venoso de bom calibre / central Em sangramentos excessivos obter um segundo acesso venoso Reposição de volume, concentrados de hemácias e fatores da coagulação 50% do volume circulatório perdido frente ao óbito fetal Avaliação da freqüência cardíaca fetal e da idade gestacional / peso Ecografia para avaliação fetal e placentária Frente ao feto vivo e viável parto imediato pela via mais rápida A cesariana não deve ser realizada antes da estabilização materna e da verificação da viabilidade fetal.
Coagulação Intravascular Disseminada (CID) Presente em 10 a 15% de todos os casos de DPP Hipofibrinogenemia em 30% dos casos de óbito fetal Ativação das vias extrínseca e intrínseca Coágulo retroplacentário maior que 1000 ml
Coagulação Intravascular Disseminada (CID) Diagnóstico Laboratorial Fibrinogênio e PDF ( < 250 mg/dl e > 5 ng/dl) Contagem de plaquetas < 100.000/mm TTP e TP prolongados Esfregaço do sangue periférico (esquizocitose esquizocitose) Tempo de Coagulação e Retração do Coágulo: Formação do coágulo entre 6 e 12 minutos, estabilidade por 1 hora indicam fibrinogênio > 100mg/dL. Formação do coágulo > 30 minutos fibrinogênio < 100mg/dL
Coagulação Intravascular Disseminada (CID) Tratamento MEDIDAS ESPECÍFICAS Manter o fibrinogênio acima de 100mg/dL Plasma Fresco Congelado 10mg/dL por unidade Crioprecipitado 5 mg a cada 100ml Manter plaquetas acima de 50.000/mm Infusão de 5 a 10.000/mm por bolsa = 5 a 10 bolsas Manter o hematócrito em 30% Concentrado de Hemácias 3% por unidade Para cada 5 unidades CH / 1unidade PFC
Coagulação Intravascular Disseminada (CID) Tratamento MEDIDAS GERAIS Admissão em UTI Monitorar sinais vitais Acesso venoso central Oxigenação por máscara facial Apoio cardiovascular e respiratório Realização do parto Remoção do fator etiológico
Coagulação Intravascular Disseminada (CID) OLIGÚRIA (Diurese < 25 ml/h) Expansão vigorosa de volume evita IRA devida à hipovolemia aguda Risco acentuado para Edema Agudo de Pulmão Hemodinâmica central para restauração volêmica em casos associados à Pré-eclâmpsia grave Hidratação com 300 a 600 ml cristalóide / Manter 150 ml/h
Coagulação Intravascular Disseminada (CID) OLIGÚRIA Cateterização da artéria pulmonar Clark et al. 1986 I- Baixa pressão capilar na artéria pulmonar e aumento da resistência vascular Reposição de volume isoladamente. II- Volemia normal com resistência vascular normal ou aumentada III- Aumento da PCAP e da resistência periférica com redução débito cardíaco do Restrição hídrica e vasodilatadores arteriais