ANEXO XVI NORMAS E PADRÕES ESPECÍFICOS PARA PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MUDAS DE VIDEIRA (Vitis spp.)



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Transcrição:

ANEXO XVI NORMAS E PADRÕES ESPECÍFICOS PARA PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MUDAS DE VIDEIRA (Vitis spp.) 1. ABRANGÊNCIA. 1.1. As presentes normas estabelecem exigências para produção, comercialização e utilização de mudas de videira, visando garantir a identidade e a qualidade física e fitossanitária destas, com abrangência para todo território nacional. 2. REQUISITOS DO VIVEIRO E DA UNIDADE DE PROPAGAÇÃO IN VITRO. 2.1. VIVEIRO. 2.1.1. O viveiro deve ser identificado com uma placa, de material resistente, contendo: nome ou razão social, endereço e número do produtor no Registro Nacional de Sementes e Mudas - RENASEM, nome e número do responsável técnico no RENASEM. 2.1.2. O local do viveiro deve estar delimitado, com boas condições de drenagem, não possibilitando a entrada de águas invasoras e, ser protegido contra o acesso de pessoas não autorizadas e de animais. 2.1.3. A área reservada para a instalação do viveiro não pode ser aproveitada simultaneamente para qualquer outra finalidade diferente da produção de mudas. 2.1.4. Manter área de proteção sob distância mínima de 50 (cinqüenta) metros de planta de videira e de outras espécies hospedeiras de pragas comuns à espécie, e distante mínima de 50 (cinqüenta) metros de estradas. 2.1.5. O viveiro não pode ser instalado em terreno onde ocorreu cultivo de videira nos últimos 3 (três) anos ou com histórico de ocorrência de pragas limitantes à cultura de videira. 2.1.6. Deve ser observada a legislação fitossanitária específica para videira. 2.1.7. No viveiro e na área de proteção deve ser feito o monitoramento e o controle de pragas. 2.1.8. Deve-se proceder a desinfestação do material e equipamento utilizados no viveiro. 2.2. UNIDADE DE PROPAGAÇÃO IN VITRO. 2.1. A unidade de propagação in vitro deve atender as exigências estabelecidas em normas específicas. 3. PLANTA FORNECEDORA DE MATERIAL DE PROPAGAÇÃO. 3.1. O material de propagação a ser utilizado na produção de muda deve ser originário de planta ou campo de plantas fornecedoras de material de propagação inscrito no órgão de fiscalização. 3.2. É aceita como planta fornecedora de material de propagação, aquela que apresentar as seguintes características: I - ser de cultivar inscrita no Registro Nacional de Cultivares - RNC; II - possuir frutos típicos da espécie, variedade ou cultivar à qual pertence; III - estar livre de praga ou variação genotípica considerada restritiva à sua produção econômica; e IV - as matrizes devem ser indexadas e testadas para avaliação de viroses, de acordo com protocolo de controle sanitário constante do Anexo I. 3.3. A planta fornecedora de material de propagação deve ser renovada no prazo máximo de 15 (quinze) anos. 4. RESPONSABILIDADE TÉCNICA. 4.1. Além das obrigações previstas na Instrução Normativa nº 24, de 16 de dezembro de 2005, o responsável técnico deve cumprir o disposto nestas normas e, acompanhar e orientar o produtor em todas as fases da produção de mudas, vistoriar o viveiro e emitir Laudo de Vistoria do Viveiro nas seguintes fases:

Material Enxertia Pósenxertia Crescimento Vegetativo Coleta do Material Pré- Comercialização Muda enxertada x X x x Enraizado Produtora (copa) x x Enraizado Porta-enxerto. x X 4.2. Além das obrigações previstas na Instrução Normativa nº 24, de 16 de dezembro de 2005, o responsável técnico pela unidade de propagação in vitro deve cumprir o disposto nestas normas e em normas específicas para propagação in vitro, acompanhar e orientar o produtor em todo o processo de propagação in vitro, emitindo Laudo de Vistoria no momento da liberação do material micropropagado. 4.3. A responsabilidade técnica pela produção de mudas de videira é de competência exclusiva do Engenheiro Agrônomo. 5. PADRÃO DO PORTA-ENXERTO. 5.1. Porta-enxerto enraizado em raiz nua: I - ter no máximo 15 meses de idade; II - ter haste única de no mínimo 1,0 cm de diâmetro avaliada a 5,0 cm da inserção da mesma; III - ter comprimento mínimo de 30,0 cm; IV - apresentar um sistema radicular bem desenvolvido distribuído simetricamente e composto por uma grande quantidade de raízes (mínimo de três) localizadas principalmente a 15,0 cm da base do porta-enxerto; e V- o fardo deve conter no máximo 50 enraizados. 5.2. Porta-enxerto com embalagem: I - ter no mínimo 3 meses de idade e no máximo 15 meses a partir do plantio na embalagem; II - muda em desenvolvimento vegetativo deve ter haste principal de no mínimo 15,0 cm de comprimento. O enraizado dormente com haste única de no mínimo 1,0 cm de diâmetro avaliado a 20,0 cm acima da embalagem; III - a embalagem deve ter dimensões adequadas para o bom acondicionamento do enraizado conforme o seu estagio de desenvolvimento; e IV - os substratos utilizados no enchimento das embalagens deverão ser misturados de forma a permitir um desenvolvimento normal do sistema radicular e isentos de patógenos e ervas daninhas. 5.3. Ser livre de pragas limitantes às culturas da macieira ou da pereira. 5.4. Deve ser eliminado o porta-enxerto que, por ocasião da enxertia, não apresentar vigor suficiente para um bom desenvolvimento da muda. 6. PADRÃO DO ENXERTO. 6.1. Material oriundo de planta fornecedora de material de propagação inscrita no órgão de fiscalização. 6.2. Ter comprimento mínimo de 35,0 cm e diâmetro compreendido entre 0,7 a 1,2 cm. 6.3. O fardo deve conter no máximo de 200 estacas. 7. PADRÃO DA MUDA. 7.1. As mudas no viveiro devem apresentar altura uniforme e aspecto vigoroso. 7.2. A ocorrência de pragas em muda deve obedecer os índices apontados no Anexo II, sendo a amostragem e análise para viroses efetuadas conforme descrito no protocolo de controle sanitário constante do Anexo I. 7.3. Muda pé franco em raiz nua. 7.3.1. Ter haste única e diâmetro mínimo de 1,0 cm avaliado a 20,0 cm do sistema radicular.

7.3.2. Apresentar sistema radicular simétrico e composto por uma grande quantidade de raízes (mínimo de três) localizadas principalmente na base, tolerando-se uma distribuição em até 15,0 cm de altura na muda. 7.3.3. Ter no máximo 15 meses de idade a partir da data de plantio. 7.3.4. O fardo deve conter no máximo 50 mudas. 7.4. Muda enxertada em raiz nua. 7.4.1. O porta-enxerto deve ter no mínimo 30,0 cm de comprimento e uma zona não enraizada de 15,0 cm entre a parte superior da inserção das raízes e o ponto de enxertia. 7.4.2. O diâmetro do porta-enxerto e da haste do enxerto pode apresentar, a 5,0 cm do ponto de enxertia, uma diferença máxima de 20%. 7.4.3. O enxerto deve ter haste única, soldadura completa, com diâmetro mínimo de 1,0 cm avaliado a 5,0 cm do ponto de enxertia. 7.4.4. O sistema radicular deverá ser simétrico e composto por uma grande quantidade de raízes (mínimo de três) localizadas principalmente na parte basal do porta-enxerto. 7.4.5. Ter no mínimo 15 meses de idade a partir da data de enxertia. 7.4.6. O fardo deve conter no máximo 50 mudas. 7.5. Muda em pé franco com embalagem. 7.5.1. Muda em desenvolvimento vegetativo deve ter haste principal de no mínimo 15,0 cm de comprimento. A muda dormente deve ter haste única de no mínimo 1,0 cm de diâmetro a 20,0 cm acima da embalagem. 7.5.2. Ter no mínimo 3 meses de idade e no máximo 15 meses a partir do plantio na embalagem. 7.5.3. Os substratos utilizados no enchimento das embalagens deverão ser misturados de forma a permitir um desenvolvimento normal do sistema radicular e isentos de patógenos e ervas daninhas. 7.5.4. A embalagem deve ter dimensões adequadas para o bom acondicionamento da muda conforme o seu estagio de desenvolvimento. 7.6. Muda enxertada com embalagem. 7.6.1. O porta-enxerto deve ter no mínimo 30,0 cm de comprimento, apresentando uma zona enraizada simétrica de no máximo 15,0 cm a partir da base. 7.6.2. A enxertia deve estar no mínimo a 5,0 cm acima da embalagem com a soldadura completa e cicatrizada. 7.6.3. O enxerto deve ter uma haste principal com crescimento de no mínimo 15,0 cm de comprimento. 7.6.4. Ter no mínimo 3 meses de idade e no máximo 15 meses a partir da data de enxertia. 7.6.5. Os substratos utilizados para o enchimento das embalagens devem ser misturados de forma a permitir um desenvolvimento normal do sistema radicular e isentos de patogenos e ervas daninhas. 7.6.6. As embalagens deverão ter dimensões adequadas para o bom acondicionamento da muda conforme o seu estagio de desenvolvimento. 8. PRODUÇÃO DA MUDA CERTIFICADA. 8.1. O viveiro deve ser telado, ter pedilúvio na entrada para desinfestação de calçados e tanque para lavagem das mãos. 8.2. A ocorrência de pragas em muda certificada deve obedecer os índices apontados no Anexo II, sendo a amostragem e análise para viroses efetuadas conforme descrito no protocolo de controle sanitário constante do Anexo I. 8.3. O material propagativo deve ser originário de Planta Básica, Planta Matriz, Jardim Clonal ou Borbulheira, inscritos no órgão de fiscalização. 8.4. A produção da muda certificada deve atender, além das normas gerais e específicas de produção, comercialização e utilização de mudas, as normas e exigências estabelecidas pelo certificador ou entidade certificadora.

9. DISPOSIÇÕES GERAIS. 9.1. A muda que não atender às normas gerais e específicas para produção, comercialização e utilização de mudas, não pode ser transportada e comercializada, estando sujeita à destruição. 9.2. As sugestões para alteração destas normas devem ser encaminhadas ao MAPA pela Comissão de Sementes e Mudas. ANEXO A PROTOCOLO DE CONTROLE SANITÁRIO O controle refere-se ao estado sanitário da planta fornecedora de material de propagação, muda certificada e muda, principalmente para pragas sistêmicas transmissíveis (viroses) com respeito as obrigações para produção, comercialização e utilização fixadas pela presente norma e padrões. A planta fornecedora de material de propagação será avaliada de 2 em 2 anos. As amostras serão coletadas na fase de dormência (sarmentos) e avaliadas conforme a definição da época de coleta para a diagnose das viroses. As avaliações serão realizadas por amostragem de no mínimo da área ou do número de plantas matrizes para as viroses constantes no quadro 01. 01. Protocolo recomendado para diagnose controle sanitário de produtora (copa) e porta-enxerto, para planta fornecedora de material de propagação e produção de muda certificada de videira para viroses e similares de interesse econômico. Grupo Virose da Videira Vírus Agente Teste Diagnose Enrolamento da assoc. 1 1 Enrolamento da assoc. 2 Enrolamento das assoc. 3 Enrolamento da assoc. 7 2 Folha em leque ou entrenó curto 3 Intumescimento dos ramos associated Virus n.1 associated Virus n.2 associated Virus n.3 associated Virus n.7 Grapevine Fan leaf Vírus GLRaV-1 GLRaV-2 GLRaV-3 GLRaV-7 GFLV Mosaico Arabis Mosaic Vírus ArMV Canelura dos troncos 4 Mancha das nervuras Grapevine Corky bark Kober Stem Grooving Grapevine Fleck vírus Diagnose sorológica (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay). (2) Diagnose molecular (Polymerase Chain Reaction). (3) Diagnose biológica em variedades indicadoras (indexagem). GVB GVA GFkV Indexagem (3)

As análises das viroses estabelecidas para o processo de certificação são realizadas em laboratórios credenciados e a metodologia para a diagnose é a técnica sorológica baseada na reação anticorpo-antígeno (ELISA) ou através da diagnose molecular (PCR). Outras viroses ou anomalias similares como: caneluras dos troncos (Rupestris Stem Pitting RSP), necroses das nervuras (Grapevine vein necrosis), bacteriose causadora do Mal de Pierce (Xylella fastidiosa), os fitoplasmas relacionados à Flavescencia Dorada, pode, quando conveniente e necessário, serem introduzidas no processo de certificação com diagnose através do teste ELISA e/ou outros métodos. A muda certificada é avaliada no viveiro ou na comercialização por amostragem de 0,1% da quantidade produzida, com o mínimo de 2 e o máximo de 20 amostras. Quando necessário, outro critério pode ser estabelecido pelo Fiscal Federal Agropecuário. Patógenos Fungos da parte aérea: Antracnose (Elsinoe ampelina) Míldio (Plasmopara viticola) Oidio (Uncinula necator) Fungos do sistema radicular: Fusarium sp (Fusariose) Verticillium sp Rosellinia sp Bactérias: Galhas (Agrobacterium tumefaciens) Bacteriose (Xanthomonas campestris p.v. viticola) Viroses e Similares: (GLRaV-1, GLRaV-2, GLRaV-3, GLRaV-7, GFLV, ArMV, GVB, GVA e GFkV) Pragas da parte aérea: Cochonilhas Filoxera (Dactylasphaera vitifoliae) Lagartas, besouros (desfolhadores) Pulgões, cigarrinhas (sugadores) ANEXO B NÍVEIS DE TOLERÂNCIA PARA PRAGAS Planta fornecedora de material propagativo Tolerância Muda Certificada (2) (2) (2) Até Até 10% 10% Acaros 10% Pragas do sistema radicular: Margarodes (Eurhizococcus brasiliensis) Filoxera (Dactylasphaera vitifoliae) Nematóides: Xiphinema sp Meloidogynes sp Pratylenchus sp Plantas daninhas: Tiririca (Cyperus rotundus) Grama seda (Cynodon dactylon) Muda Mudas fora do Padrão Condenação quando da fiscalização nas épocas de Crescimento vegetativo e de Pré-Comercialização. (2) Condenação quando da fiscalização na época de Pré-Comercialização. (3) Patógenos com tratamentos específicos. Obs. (3) (3)

O diagnóstico de patógenos (doenças e pragas) e plantas daninhas deverão ser confirmados através de análise em laboratório credenciado. A análise será feita em amostras de folha, caule, raiz, solo e substrato, retiradas das plantas matrizes ou mudas suspeitas por amostragem.