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Transcrição:

1 Políticas contabilísticas a) Bases de apresentação A F&C Portugal, Gestão de Patrimónios, S.A. ( Sociedade ) é uma sociedade privada constituída a 31 de Outubro de 2001, tendo iniciado a sua actividade em 22 de Novembro de 2001. Na data de constituição da Sociedade, procedeu-se à alteração de denominação social da Finantejo Sociedade de Desenvolvimento Regional do Ribatejo, S.A (Finantejo) para F&C Portugal, Gestão de Patrimónios, S.A., bem como à mudança de objecto social. A Sociedade tem como objecto social o exercício de actividades consentidas por lei às sociedades gestoras de patrimónios, nomeadamente a administração de valores mobiliários e imobiliários e a consultoria em matéria de investimentos. No âmbito do disposto no Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação Portuguesa através do Decreto Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, as demonstrações financeiras da Sociedade são preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas ('NCA's') emitidas pelo Banco de Portugal que têm como base a aplicação das Normas Internacionais de Relato Financeiro ('IFRS') em vigor e adoptadas pela União Europeia, com excepção das matérias definidas nos nº 2º e 3º do Aviso nº 1/2005 e nº 2 do Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal. As NCA's incluem as normas emitidas pelo International Accounting Standards Board ( IASB ) bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee ( IFRIC ) e pelos respectivos órgãos antecessores com excepção dos aspectos já referidos definidos nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal: i) valorimetria e provisionamento do crédito concedido, relativamente ao qual se manterá o actual regime, ii) benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios da IAS 19 e iii) restrição de aplicação de algumas opções previstas nas IAS/IFRS. As demonstrações financeiras agora apresentadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Sociedade em 26 de Fevereiro de 2010. As demonstrações financeiras são apresentadas em euros. Em 2009, a Sociedade adoptou as IFRS e interpretações de aplicação obrigatória para os exercícios que se iniciaram a 1 de Janeiro de 2009. Essas normas apresentam-se discriminadas na nota 30. De acordo com as disposições transitórias dessas normas e interpretações, são apresentados valores comparativos relativamente às novas divulgações exigidas.

As demonstrações financeiras da Sociedade para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, foram preparadas para efeitos de reconhecimento e mensuração em conformidade com as NCA s emitidas pelo Banco de Portugal e em vigor nessa data. As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, modificado pela aplicação do justo valor para os instrumentos financeiros derivados, activos financeiros e passivos financeiros reconhecidos ao justo valor através de resultados (negociação e fair value option) e activos financeiros disponíveis para venda, excepto aqueles para os quais o justo valor não está disponível. Os activos financeiros e passivos financeiros que se encontram cobertos no âmbito da contabilidade de cobertura são apresentados ao justo valor relativamente ao risco coberto, quando aplicável. Os outros activos financeiros e passivos financeiros e activos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou custo histórico. Activos não correntes detidos para venda e grupos detidos para venda ('disposal groups') são registados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido dos respectivos custos de venda. Os passivos sobre obrigações de benefícios definidos são reconhecidos ao valor presente dessa obrigação líquidos dos activos do fundo, deduzidos de perdas actuariais não reconhecidas. As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foram aplicadas de forma consistente em todos os exercícios apresentados nas demonstrações financeiras. A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCA's requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior índice de julgamento ou complexidade, ou para as quais os pressupostos e estimativas são consideradas significativos são apresentados na nota 1 q). b) Instrumentos financeiros (i) Classificação, reconhecimento inicial e mensuração subsequente 1) Activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados 1 a) Activos financeiros detidos para negociação Os activos e passivos financeiros adquiridos ou emitidos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, nomeadamente obrigações, títulos do tesouro ou acções, ou que façam parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são geridos em conjunto e para os quais existe evidência de um padrão recente de tomada de lucros no curto prazo ou que se enquadrem na definição de derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura e eficaz), são classificados como de negociação. Os dividendos associados a estas carteiras são registados em Resultados de operações de negociação e cobertura. Os derivados de negociação com um justo valor positivo são incluídos na rubrica de activos financeiros detidos para negociação, sendo os derivados de negociação com justo valor negativo incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. 9

1 b) Activos ou passivos financeiros ao justo valor por decisão da própria entidade ( Fair Value Option ) A designação dos activos ou passivos financeiros ao justo valor através de resultados por decisão da própria entidade é realizada desde que se verifique pelo menos um dos seguintes requisitos: - os activos e passivos são geridos, avaliados e reportados internamente ao seu justo valor; - a designação elimina ou reduz significativamente o "mismatch" contabilístico das transacções; - os activos ou passivos contêm derivados que alteram significativamente os fluxos de caixa dos contratos originais ("host contract"). Os activos e passivos financeiros ao Fair Value Option são reconhecidos inicialmente ao justo valor, com os custos ou proveitos associados às transacções reconhecidos em resultados, com variações subsequentes de justo valor reconhecidas em resultados. O recebimento de dividendos associados a activos reconhecidos na categoria de Fair Value Option são reconhecidos na rubrica Resultados em operações de negociação e de cobertura. A periodificação dos juros e do prémio/desconto (quando aplicável) é reconhecida na margem financeira de acordo com a taxa de juro efectiva de cada transacção, assim como dos derivados associados a instrumentos financeiros classificados nesta categoria. 2) Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda detidos com o objectivo de serem mantidos pela Sociedade, nomeadamente obrigações, títulos do tesouro ou acções, são classificados como disponíveis para venda, excepto se forem classificados numa outra categoria de activos financeiros. Os activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitos associados às transacções. Os activos financeiros disponíveis para venda são posteriormente mensurados ao seu justo valor. As alterações no justo valor são registadas por contrapartida de reservas de justo valor até ao momento em que são vendidos ou quando existem perdas de imparidade. Na alienação dos activos financeiros disponíveis para venda, os ganhos ou perdas acumulados reconhecidos como reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica "Resultados de activos financeiros disponíveis para venda" da demonstração de resultados. Os juros de instrumentos de dívida são reconhecidos com base na taxa de juro efectiva em margem financeira. No caso de existir, em activos financeiros, um prémio ou desconto, estes efeitos também fazem parte da taxa de juro efectiva. Os dividendos são reconhecidos em resultados quando for atribuído o direito ao recebimento. 3) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros são todos os passivos financeiros que não se encontram registados na categoria de passivos financeiros ao justo valor através de resultados. Esta categoria inclui tomadas em mercado monetário, depósitos de clientes e de outras instituições financeiras, dívida emitida, entre outros. Estes passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao justo valor e subsequentemente ao custo amortizado. Os custos de transacção associados fazem parte da taxa de juro efectiva. Os juros reconhecidos pelo método da taxa de juro efectiva são reconhecidos em margem financeira. As mais e menos-valias apuradas no momento da recompra de outros passivos financeiros são reconhecidas em Resultados de Operações Financeiras no momento em que ocorrem. 10

(ii) Imparidade Em cada data de balanço é efectuada uma avaliação da existência de evidência objectiva de imparidade, nomeadamente de um impacto adverso nos fluxos de caixa futuros estimados de um activo financeiro ou grupo de activos financeiros que possa ser medido de forma fiável com base numa queda acentuada ou prolongada do justo valor do activo, abaixo do custo de aquisição. Se for identificada imparidade num activo financeiro disponível para venda, a perda acumulada (mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor, excluindo perdas de imparidade anteriormente reconhecidas por contrapartida de resultados) é transferida de reservas de justo valor e reconhecida em resultados. Caso, num período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida classificados como activos financeiros disponíveis para venda aumente e esse aumento puder ser objectivamente associado um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade em resultados, a perda por imparidade é revertida por contrapartida de resultados. A reversão das perdas de imparidade reconhecidas em instrumentos de capital classificados como activos financeiros disponíveis para venda é registada por contrapartida de reservas de justo valor quando se revertem. c) Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 - Reclassificação de instrumentos financeiros (Amendements to IAS 39 Financial Instruments: Recognition and Measurement and IFRS 7: Financial Instruments Disclosures). Esta alteração veio permitir que uma entidade transfira de Activos financeiros ao justo valor através de resultados - negociação para as carteiras de Activos financeiros disponíveis para venda, Crédito a clientes crédito titulado ou para Activos financeiros detidos até à maturidade ("Held-to-maturity"), desde que esses activos financeiros obedeçam às características de cada categoria. As transferências de activos financeiros reconhecidas na categoria de Activos financeiros disponíveis para venda para as categorias de crédito a clientes crédito titulado ou para Activos Financeiros detidos até à maturidade são também permitidas. São proibidas as transferências de e para Activos e passivos financeiros ao justo valor por decisão da própria entidade ("Fair Value Option"). A Sociedade não procedeu a quaisquer reclassificações no âmbito desta alteração. d) Desreconhecimento A Sociedade desreconhece os activos financeiros quando expiram todos os direitos a fluxos de caixa futuros. Numa transferência de activos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quando substancialmente todos os riscos e benefícios dos activos foram transferidos ou a Sociedade não mantém controlo dos activos. A Sociedade procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os mesmos são cancelados ou extintos. e) Reconhecimento de juros Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros activos e passivos mensurados ao custo amortizado são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares (margem financeira), utilizando o método da taxa efectiva. Os juros à taxa efectiva de activos financeiros disponíveis para venda também são reconhecidos em margem financeira. 11

A taxa de juro efectiva corresponde à taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro (ou, quando apropriado, por um período mais curto), para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. Para a determinação da taxa de juro efectiva a Sociedade procede à estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando eventuais perdas de imparidade. O cálculo inclui as comissões pagas ou recebidas consideradas como parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios ou descontos directamente relacionados com a transacção. No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada para desconto de fluxos de caixa futuros na mensuração da perda por imparidade. Para os instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles que forem classificados como de instrumentos cobertura do risco de taxa de juro, a componente de juro não é autonomizada das alterações no seu justo valor, sendo classificada como Resultados de operações de negociação e cobertura. Para os derivados de cobertura do risco de taxa de juro e associados a activos financeiros ou passivos financeiros reconhecidos na categoria de Fair Value Option, a componente de juro é reconhecida em Juros e proveitos equiparados ou em Juros e custos equiparados (margem financeira). f) Reconhecimento de proveitos resultantes de serviços e comissões Os proveitos resultantes de serviços e comissões são reconhecidos de acordo com os seguintes critérios: - quando são obtidos à medida que os serviços são prestados, o seu reconhecimento em resultados é efectuado no período a que respeitam; - quando resultam de uma prestação de serviços, o seu reconhecimento é efectuado quando o referido serviço está concluído. Quando são uma parte integrante da taxa de juro efectiva, os proveitos resultantes de serviços e comissões são registados na margem financeira. g) Resultados de operações financeiras (Resultados em operações de negociação e de cobertura e Resultados de activos financeiros disponíveis para venda) O Resultado de Operações Financeiras reflecte os ganhos e perdas dos activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados (incluindo variações de justo valor e juros de derivados e derivados embutidos), assim como os dividendos associados a estas carteiras. Inclui igualmente os resultados do reconhecimento das perdas por imparidade, dividendos e mais ou menos-valias das alienações de activos financeiros disponíveis para venda. As variações no justo valor dos derivados afectos a carteiras de cobertura e dos itens cobertos, quando aplicável a cobertura de justo valor, também aqui são reconhecidas. 12

h) Outros activos tangíveis Os outros activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os custos subsequentes são reconhecidos como um activo separado apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Sociedade. As despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo à medida que são incorridas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. A Sociedade procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o maior entre o valor de uso e o valor realizável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada: Número de anos Equipamento 4 a 12 Outras imobilizações 3 Sempre que exista uma indicação de que um activo fixo tangível possa ter imparidade, é efectuada uma estimativa do valor recuperável, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido desse activo exceda o valor recuperável. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido de custos de venda e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se espera vir a obter com o uso continuado do activo e da sua alienação no final da vida útil. As perdas por imparidade de activos fixos tangíveis são reconhecidas em resultados do exercício. i) Activos intangíveis Encargos com projectos de investigação e desenvolvimento A Sociedade não incorreu em quaisquer despesas de investigação e desenvolvimento. j) Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais. k) Offsetting Os activos e passivos financeiros são compensados e reconhecidos pelo seu valor líquido em balanço quando a Sociedade tem um direito legal de compensar os valores reconhecidos e as transacções podem ser liquidadas pelo seu valor líquido. 13

l) Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional à taxa de câmbio da data da transacção. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e passivos não monetários, registados ao custo histórico, são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor é determinado e reconhecido por contrapartida de resultados, com excepção daqueles reconhecidos em activos financeiros disponíveis para venda, cuja diferença é registada por contrapartida de capitais próprios. m) Benefícios a empregados Plano de benefícios definidos A Sociedade assumiu a responsabilidade de pagar aos seus colaboradores pensões de reforma por velhice, pensões de reforma por invalidez e pensões de sobrevivência, nos termos do estabelecido nas duas convenções colectivas de trabalho. Estes benefícios estão previstos nos planos de pensões de Plano ACT e Plano ACTQ do Fundo de Pensões do Grupo Banco Comercial Português, os quais correspondem ao plano base das referidas convenções colectivas (condições previstas no sistema de segurança social privado do sector bancário para a constituição do direito ao recebimento de uma pensão). A par dos benefícios previstos nos dois planos acima referidos, a Sociedade assumiu a responsabilidade, desde que verificadas determinadas condições em cada exercício, de atribuir complementos de reforma aos colaboradores da Sociedade, tendo em conta as especificidades dos instrumentos da regulamentação colectiva e a situação previdencial de cada um (Plano Complementar). A responsabilidade líquida da Sociedade com planos de reforma (planos de benefício definido) é estimada anualmente, à data de fecho de contas. A Sociedade optou na data da transição para as IFRS, 1 de Janeiro de 2004, pela aplicação retrospectiva da IAS 19, tendo efectuado o recálculo das responsabilidades com o fundo de pensões e dos respectivos ganhos e perdas actuariais, cujo diferimento é efectuado de acordo com o método do corredor definido nesta Norma. O cálculo actuarial é efectuado com base no método de crédito da unidade projectada e utilizando pressupostos actuariais e financeiros de acordo com os parâmetros exigidos pela IAS 19. De acordo com o disposto no nº 2 do Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal, foi definido um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição, com referência a 1 de Janeiro de 2005, para os critérios da IAS 19 analisado como segue: Rubricas Período de diferimento Responsabilidades com benefícios de saúde e outras responsabilidades Responsabilidades por morte antes da data de reforma Reformas antecipadas Anulação de perdas actuariais diferidas relativa às responsabilidades com reformas antecipadas Aumento do saldo de perdas actuariais diferidas Excesso de amortizações de perdas actuariais de acordo com as normas locais 7 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos Os custos de serviço corrente e o custo dos juros resultante do 'unwinding' dos passivos do plano deduzidos do retorno esperado dos activos do plano são registados por contrapartida de custos operacionais. 14

A responsabilidade líquida da Sociedade relativa ao plano de pensões de benefício definido é calculada separadamente para cada plano através da estimativa do valor de benefícios futuros que cada colaborador deve receber em troca pelo seu serviço no período corrente e em períodos passados. O benefício é descontado de forma a determinar o seu valor actual, sendo aplicada a taxa de desconto correspondente à taxa de obrigações de alta qualidade de sociedades com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano. A responsabilidade líquida é determinada após a dedução do justo valor dos activos do Fundo de Pensões. Outros benefícios que não de pensões, nomeadamente os encargos de saúde dos colaboradores na situação de reforma e benefícios atribuíveis ao cônjuge e descendentes por morte antes da reforma são igualmente considerados no cálculo das responsabilidades. Os custos resultantes de reformas antecipadas e os respectivos ganhos e perdas actuariais são registados por contrapartida de resultados no exercício em que as reformas antecipadas são aprovadas e comunicadas. De acordo com o método do corredor, os ganhos e perdas actuarias não reconhecidos que excedam 10% do maior entre o valor actual das obrigações definidas e o justo valor dos activos do Fundo são registados por contrapartida de resultados pelo período de 20 anos correspondente à vida útil remanescente estimada dos colaboradores no activo. Os pagamentos aos fundos são efectuados anualmente pela Sociedade de acordo com um plano de contribuições determinado de forma a assegurar a solvência do fundo, incluindo a cobertura do Plano Complementar. O financiamento mínimo das responsabilidades é de 100% para as pensões em pagamento e 95% para os serviços passados do pessoal no activo. Plano de contribuição definida Para o Plano de contribuição definida, aplicável ao Plano Complementar, as responsabilidades relativas ao benefício atribuível aos colaboradores da Sociedade são reconhecidas como um custo do exercício quando devidas. Planos de remuneração com acções A Sociedade possui um conjunto de planos de remuneração com acções como parte integrante do pacote de remuneração dos seus colaboradores. Os detalhes de cada um dos planos atribuídos no decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, os detalhes dos modelos de valorização dos direitos, bem como os principais pressupostos assumidos para valorização do instrumento de capital são apresentados na nota 26. A valorização e registo dos referidos planos efectuada em conformidade com a IFRS 2. Distribuição de resultados pelos empregados De acordo com os estatutos da Sociedade, os accionistas, em Assembleia Geral, poderão fixar uma percentagem dos lucros a ser distribuída pelos colaboradores, competindo ao Conselho de Administração fixar os respectivos critérios. Os resultados atribuídos aos colaboradores são registados por contrapartida de resultados no exercício a que dizem respeito. 15

n) Imposto sobre lucros Os impostos sobre lucros registados em resultados incluem o efeito dos impostos correntes e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração de resultados, excepto quando relacionado com itens que sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda e de derivados de cobertura de fluxos de caixa são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem. Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o rendimento tributável do período, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente aprovada pelas autoridades à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos anteriores. Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Os activos por impostos diferidos são reconhecidos quando é provável a existência de lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis para efeitos fiscais (incluindo prejuízos fiscais reportáveis). A Sociedade procede, conforme estabelecido na IAS 12, parágrafo 74, à compensação dos activos e passivos por impostos diferidos sempre que: (i) a sociedade em causa tenha o direito legalmente executável de compensar activos por impostos correntes e passivos por impostos correntes; e (ii) os activos e passivos por impostos diferidos se relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre a mesma entidade tributável ou diferentes entidades tributáveis que pretendam liquidar passivo se activos por impostos correntes numa base líquida, ou realizar os activos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro em que os passivos ou activos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidados ou recuperados. o) Relato por segmentos Um segmento de negócio é uma componente identificável da Sociedade que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um grupo de produtos ou serviços relacionados, e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis dos restantes segmentos de negócio. Um segmento geográfico é um componente identificável da Sociedade, que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um grupo de produtos ou serviços relacionados, dentro de um ambiente económico específico e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis de outros, que operem em ambientes económicos diferentes. De acordo com a natureza da actividade desenvolvida pela Sociedade, os elementos do Balanço e da Demonstração de Resultados são enquadráveis num único segmento de negócio, Gestão de Activos. 16

p) Provisões São reconhecidas provisões quando (i) a Sociedade tem uma obrigação presente (legal ou decorrente de práticas passadas ou políticas publicadas que impliquem o reconhecimento de certas responsabilidades), (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. As provisões são revistas no final de cada data de reporte e ajustadas para reflectir a melhor estimativa, sendo revertidas por resultados na proporção dos pagamentos que não sejam prováveis. As provisões são desreconhecidas através da sua utilização para as obrigações para as quais foram inicialmente constituídas ou nos casos em que estas deixem de se observar. q) Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Sociedade são analisadas nos parágrafos seguintes, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados da Sociedade e a sua divulgação. Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento contabilístico alternativo em relação ao adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados da Sociedade poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que os critérios adoptados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentem de forma adequada a posição financeira da Sociedade e das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes. Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas. Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda A Sociedade determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, a Sociedade avalia, entre outros factores, a volatilidade normal dos preços dos activos financeiros. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação, os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor. Impostos sobre os lucros Para determinar o montante global de impostos sobre os lucros foi necessário efectuar determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é incerta durante o ciclo normal de negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício. 17

As Autoridades Fiscais Portuguesas têm a possibilidade de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pela Sociedade e pelas suas subsidiárias residentes durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Sociedade que eventuais correcções aos impostos sobre lucros não têm impacto material nas demonstrações financeiras. Pensões e outros benefícios a empregados A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões. Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados. 18

2 Resultados de serviços e comissões O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Proveitos de comissões Comissões de gestão Millennium Fortis 11.569.732 15.042.931 Pensões Gere 3.328.838 2.961.783 F&C Luxembourg 173.150 532.240 F&C Portfolio Fund Sicav 2.999.112 - Millennium bcp Gestão de Activos 647.073 879.836 Império Assurance 487.053 551.940 Outros 41.486 44.257 Comissões de aconselhamento Millennium bcp Gestão de Activos 1.997.260 2.010.175 Comissões de performance Millennium Fortis 5.054.933-26.298.637 22.023.162 Custos de comissões Outras comissões 1.322 1.453 1.322 1.453 Resultado de serviços e comissões 26.297.315 22.021.709 Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Comissões de performance, inclui o montante de 4.992.488 relativo a comissões pagas pela Millennium Fortis pela performance registada nas respectivas carteiras, conforme previsto nos respectivos contratos de gestão de carteiras. 3 Juros e proveitos equiparados O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Juros e proveitos equiparados Juros de depósitos à ordem 9.093 162.020 Juros de depósitos a prazo 629.017 1.095.689 Juros de títulos 1.460 1.126 639.570 1.258.835 As rubricas Juros de depósitos referem-se aos juros das contas de depósito à ordem e a prazo junto de Instituições de Crédito, conforme referido nas notas 12 e 13. 19

4 Resultados em activos financeiros disponíveis para venda O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Lucros em operações com activos financeiros disponíveis para venda Rendimento fixo 326 275 Prejuízos em operações com activos financeiros disponíveis para venda 326 275 Operações com títulos 198-198 - Resultados em activos financeiros disponíveis para venda 128 275 5 Resultados em operações de negociação e cobertura Em 31 de Dezembro de 2009, esta rubrica regista o montante negativo de 1.771 (2008: 9.034) referente às diferenças cambiais apuradas no exercício, decorrentes da reavaliação dos planos de remunerações por acções em GBP. 6 Outros proveitos / (custos) de exploração O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Outros proveitos de exploração Outros proveitos 6.949 15.465 Outros custos de exploração 6.949 15.465 Taxas 240.000 240.000 Quotizações e donativos 34.271 37.990 Indemnizações 1.953 64.331 Bolsa de estágios - 6.620 Multas e outras penalidades legais 125 650 Impostos 614 639 Outros 45.958-322.921 350.230 (315.972) (334.765) 20

A rubrica Taxas regista o encargo suportado pela Sociedade com o pagamento da taxa mensal de supervisão à CMVM. Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Outros inclui o montante de 45.836 relativo à correcção da estimativa do pro-rata referente ao exercício de 2009. Em 31 de Dezembro de 2008, a rubrica de indemnizações registava o montante de 64.331 relativo a custos em que a Sociedade incorreu pelo incumprimento dos limites de investimento das carteiras geridas. 7 Custos com o pessoal O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Remunerações 1.900.474 2.081.600 Encargos sociais obrigatórios 463.102 651.259 Encargos sociais facultativos 94.339 113.166 Outros custos 241.826 221.211 2.699.741 3.067.236 Os valores incluídos em Remunerações que respeitam aos Órgãos de Gestão, Administração e Fiscalização da Sociedade, nos exercícios findos em, foram de 298.595 e 334.801, respectivamente. Conforme referido na nota 27, a rubrica Encargos sociais obrigatórios, inclui em 2009, o montante de 197.204 (2008: 383.026) relativo ao custo com pensões de reforma no exercício. A rubrica de Outros custos inclui o montante de 236.855 (2008: 203.332) relativo aos custos com os Planos de Remuneração por acções, conforme descrito na nota 26. O número médio de colaboradores ao serviço da Sociedade, nos exercícios de 2009 e 2008, distribuído por grandes categorias profissionais, foi o seguinte: 2009 2008 Direcção 7 7 Específicas / Técnicas 22 22 Outras funções 3 3 32 32 21

8 Outros gastos administrativos O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Água, energia e combustíveis 11.800 11.182 Aluguer de equipamento 33.593 - Material de consumo corrente 10.138 14.716 Publicações 3.246 5.766 Rendas e alugueres 216.260 216.197 Comunicações 12.174 11.816 Deslocações, estadias e representações 82.360 88.538 Publicidade 2.025 373 Conservação e reparação 14.259 13.977 Outros serviços especializados 1.178.550 1.260.947 Formação do pessoal 834 3.327 Seguros 7.718 8.187 Contencioso 85 55 Transportes 1.905 1.223 Outros fornecimentos e serviços 1.676.688 1.037.810 3.251.635 2.674.114 Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Outros fornecimentos e serviços, inclui o montante de 1.672.198 (2008: 1.034.092) relativo aos serviços prestados à Sociedade pela F&C Investments Services Limited. Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Outros serviços especializados inclui o montante de 372.367 relativo ao contrato de prestação de serviços operacionais na actividade de gestão de património prestados pelo Banco Comercial Português, S.A. Até 1 de Junho de 2009, estes serviços foram prestados pela Millennium bcp Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A., representando um custo total no montante de 264.498 (2008: 633.799) Adicionalmente, esta rubrica inclui o montante de 202.218 (2008: 197.937), relativo a serviços prestados pela Millennium bcp - Prestação de Serviços, A.C.E. 22

9 Amortizações do exercício O valor desta rubrica é composto por: Outros activos tangíveis 2009 2008 Mobiliário e material 137 146 Equipamento informático - 710 Máquinas de uso administrativo 872 1.677 Viaturas 31.708 34.350 Outro equipamento 862 918 33.579 37.801 A movimentação da rubrica de Outros activos tangíveis, durante o exercício de 2009, é apresentada na nota 15. 10 Outras provisões O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Outras provisões para riscos e encargos Dotação do exercício 2.044 70.621 Reposição do exercício (134.132) - (132.088) 70.621 Conforme referido na nota 18, durante o exercício de 2009 a Sociedade procedeu à anulação de parte das provisões constituídas para contingências fiscais. 23

11 Impostos O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Imposto corrente do ano 5.262.400 4.532.771 correcção de anos anteriores 43.678 246.631 Imposto diferido 5.306.078 4.779.402 criação e reversão de diferenças temporárias (133.699) 81.200 (133.699) 81.200 5.172.379 4.860.602 O valor de impostos sobre os lucros ascende a 5.172.379 (2008: 4.860.602) e representa uma taxa média de imposto de 24,9% do resultado antes de imposto (2008: 28,4%). A diferença entre a taxa nominal de impostos sobre o rendimento a que a sociedade se encontra sujeita e a taxa média acima referida resulta dos ajustamentos considerados para efeitos da determinação da matéria colectável, nos termos previstos na legislação aplicável. A análise dos principais ajustamentos efectuados ao resultado contabilístico para efeitos de determinação da matéria colectável e que assumem natureza temporária é apresentada como segue: - Diferença entre os encargos com o plano de acções e os montantes efectivamente pagos a este título, no montante de 792.756 a deduzir à matéria colectável; - Diferença entre os encargos registados como custo e o montante efectivamente pago a título de prémios de antiguidade, num montante a acrescer à matéria colectável de 14.684. A análise dos principais ajustamentos efectuados ao resultado contabilístico para efeitos de determinação da matéria colectável e que assumem natureza permanente é apresentada como segue: - Acréscimo para efeitos de apuramento do lucro tributável correspondente a provisões não dedutíveis para efeitos fiscais, no montante de 2.044. - Acréscimo para efeitos de apuramento do lucro tributável correspondente a reintegrações e amortizações não aceites como custo, no montante de 24.226. 24

A reconciliação da taxa de imposto decorrente dos efeitos permanentes antes referidos: Dez 2009 Dez 2008 % % Lucro antes de impostos 20.766.403 17.113.316 Taxa de imposto corrente 26,5% 5.503.096 26,5% 4.535.029 Despesas dedutíveis não reflectidas no resultado antes de imposto Despesas não dedutíveis (i) (0,03%) (6.962) 0,11% 18.715 Receitas isentas de imposto ou não tributáveis (ii) (0,02%) (3.891) (0,06%) (10.716) Correcção de anos anteriores (iii) (0,21%) (43.678) 1,44% 246.631 Outros ajustamentos efectuados (iv) (1,29%) (267.550) 0,35% 59.982 Tributação autónoma e imposto suportado no estrangeiro (v) (0,04%) (8.636) 0,06% 10.961 24,9% 5.172.379 28,4% 4.860.602 (i) Trata-se essencialmente do imposto associado a provisões não dedutíveis para efeitos fiscais no montante de 2.044, e de reintegrações e amortizações não aceites como custo no montante de 24.226 (2008: 70.621); (ii) Valor de imposto respeitante essencialmente ao pagamento do prémio de antiguidade 14.684 (2008: 40.439); (iii) Montante referente à insuficiência de estimativa do exercício de 2008; (iv) Outros acréscimos e deduções efectuadas ao resultado antes de imposto, bem como reversão de imposto diferido activo registado em exercícios anteriores, incluindo o efeito dos encargos com o plano de acções (base de imposto: 792.756); (v) Tributação autónoma, nos termos da lei, de despesas de representação, despesas com ajudas de custo e compensação pela deslocação em viatura própria e encargos com viaturas. O montante de impostos diferidos em resultados, em 31 de Dezembro de 2009, é atribuível às seguintes rubricas: 2009 2008 Prémio de antiguidade (3.891) 10.716 Planos de acções (118.845) 70.484 Subsídio por morte (10.963) - (133.699) 81.200 25

12 Disponibilidades em outras instituições de crédito À data de 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Disponibilidades em outras instituições de crédito regista o montante de 719.645 (Em 31 de Dezembro de 2008: 3.021.930) referente a contas de depósito à ordem junto de Instituições de Crédito. 13 Aplicações em instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue: Data Data Taxa Montante Montante início vencimento juro Banco Comercial Português, S.A. 21/12/2009 29/01/2010 3% 9.000.000 28.000.000 Montepio Geral 02/12/2009 04/01/2010 2,75% 15.000.000-24.000.000 28.000.000 Periodificação de juros 40.729 225.540 Saldo em 31 de Dezembro de 2009 24.040.729 28.225.540 14 Activos financeiros disponíveis para venda Esta rubrica é analisada como segue: 2009 2008 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo de emissores públicos 72.512 35.333 A rubrica Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De emissores públicos regista os títulos cotados em carteira com vencimento no decurso dos exercícios de 2011 e 2012. No decurso de 2009, a Sociedade procedeu à aquisição de um lote adicional de obrigações de emissores públicos, no montante de 36.225, com um valor nominal de 35.000, com maturidade em 2012. De acordo com o referido na política contabilística nota 1 b) os activos financeiros disponíveis para venda encontram-se contabilizados ao seu justo valor. 26

15 Outros activos tangíveis O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Mobiliário e material 17.028 17.028 Equipamento informático 61.891 61.891 Máquinas de uso administrativo 18.109 18.109 Viaturas 137.400 137.400 Outros equipamentos 11.309 11.309 Amortizações acumuladas 245.737 245.737 Relativas ao exercício corrente 33.579 37.801 Relativas a exercícios anteriores 134.549 96.748 168.128 134.549 77.609 111.188 Os movimentos na rubrica de Outros activos tangíveis durante o ano de 2009 são analisados como segue: Custo: (Valores expressos em ) Saldo Saldo em Aquisições Abates Transf. em 01/01/09 /Dotações 31/12/09 Mobiliário e material 17.028 - - - 17.028 Equipamento informático 61.891 - - - 61.891 Máquinas de uso administrativo 18.109 - - - 18.109 Viaturas 137.400 - - - 137.400 Outros equipamentos 11.309 - - - 11.309 245.737 - - - 245.737 Amortizações Acumuladas: Mobiliário e material 16.152 137 - - 16.289 Equipamento informático 61.891 - - - 61.891 Máquinas de uso administrativo 15.527 872 - - 16.399 Viaturas 34.350 31.708 - - 66.058 Outros equipamentos 6.629 862 - - 7.491 134.549 33.579 - - 168.128 27

16 Activos por impostos diferidos A rubrica de activos líquida de passivos, por impostos diferidos, em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, gerados por diferenças temporárias da seguinte natureza são analisados como segue: 2009 2008 Activo Activo Plano de acções 126.855 8.010 Prémio de antiguidade 53.285 49.394 Subsídio por morte 10.963 - Impostos diferidos activos 191.103 57.404 Os activos por impostos diferidos de prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto são reconhecidos quando exista uma expectativa razoável de haver lucros tributáveis futuros. A incerteza da recuperabilidade de prejuízos fiscais reportáveis e crédito de impostos é considerada no apuramento de activos por impostos diferidos. Os activos e passivos por impostos diferidos são apresentados pelo seu valor líquido sempre que nos termos da legislação aplicável, a Sociedade possa compensar activos por impostos correntes com passivos por impostos correntes e sempre que os impostos diferidos estejam relacionados com o mesmo imposto. O movimento do exercício da rubrica de impostos diferidos líquidos: 2009 2008 Saldo em 1 de Janeiro 57.404 138.605 Encargos do exercício 133.699 (81.200) Saldo em 31 de Dezembro 191.103 57.404 28

17 Outros activos O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Devedores 3.108.535 2.904.110 Proveitos a receber 9.556.053 4.415.303 Despesas antecipadas 1.128.422 1.325.797 Outras imobilizações financeiras 750 750 Contas diversas 267 733 13.794.027 8.646.693 A rubrica Devedores regista os montantes a receber dos clientes, referente a comissões de gestão de carteiras e de aconselhamento. A rubrica Proveitos a receber regista as comissões de gestão e de aconselhamento a receber dos clientes, que serão cobradas de acordo com as datas acordadas nos respectivos contratos celebrados. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2009, esta rubrica regista o montante de 4.992.488 referente às comissões de performance devidas pela Millennium Fortis referente à performance das carteiras no decurso do exercício de 2009, que nesta data ainda não foram facturadas pela Sociedade. A rubrica Outras imobilizações financeiras, regista o montante de 750 (Em 31 de Dezembro de 2008: 750) representativo de 0,2% do capital da Millennium bcp Prestação de Serviços, A.C.E. Conforme referido na nota 27, em 31 de Dezembro de 2009, as rubricas relativas às responsabilidades da Sociedade com pensões de reforma, incluídas em despesas antecipadas, são analisadas como segue: 2009 2008 Responsabilidade por benefícios projectados Cobertas pelo Fundo 3.584.075 3.615.369 Cobertas por provisões (Extra-Fundo) 68.352 65.734 Valor do Fundo (3.721.160) (3.568.383) 68.733 112.720 Perdas actuariais Corredor 372.116 368.110 Acima do Corredor 682.016 1.064.678 1.054.132 1.432.788 1.122.865 1.320.068 29

A diferença entre a Responsabilidade por benefícios projectados e o Valor do Fundo no montante de 68.475 (31 de Dezembro de 2008: 112.720) corresponde a Outros benefícios não cobertos pelo Fundo de Pensões e que se encontram integralmente provisionados. O valor do corredor e perdas actuariais acima do corredor diferidas foram determinados em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1 m). 18 Provisões A movimentação desta rubrica é analisada como segue: 2009 2008 Saldo em 1 de Janeiro 355.653 285.032 Dotação do exercício 2.044 70.621 Reposição do exercício (134.132) - Utilização (6.946) - Saldo em 31 de Dezembro 216.619 355.653 A Sociedade tem constituídas provisões para fazer face a riscos diversos inerentes à sua actividade. As referidas provisões foram constituídas tendo por base a probabilidade de ocorrência de certas contingências associadas com os riscos inerentes à actividade, sendo revista a referida probabilidade, em cada data de balanço de forma a reflectir a melhor estimativa do montante e probabilidade de pagamento. No decurso de 2009, a Sociedade procedeu à contabilização da reposição de parte da provisão que se encontra registada para fazer face a contingências fiscais relativa ao exercício de 2005, tendo em conta que já foi ultrapassado o prazo previsto para a fiscalização por parte das Autoridades Fiscais. 19 Passivos por impostos correntes Em 31 de Dezembro de 2009, esta rubrica regista o montante de 1.384.124, relativo a imposto sobre o rendimento a pagar pela Sociedade referente ao exercício de 2009, no âmbito da sua actividade. 30

20 Outros passivos O valor desta rubrica é composto por: 2009 2008 Encargos com o pessoal 879.831 873.109 Sector Público Administrativo 576.411 679.603 Fornecedores 93.916 338.557 Outros custos a pagar 67.767 96.796 Contas diversas 7.617 5.846 1.625.542 1.993.911 Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Encargos com o pessoal, inclui as responsabilidades com bónus de colaboradores e administradores relativos ao exercício de 2009 a pagar pela Sociedade no decurso do exercício de 2010, no montante de 411.156. À data de 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Sector Público Administrativo inclui o montante de 536.674 (Em 31 de Dezembro de 2008: 639.511) relativo a IVA a pagar decorrente da prestação de serviços pela Sociedade. À data de 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Fornecedores inclui o montante de 62.113 referente aos serviços prestados pelo Banco Comercial Português, S.A. Em 31 de Dezembro de 2008, esta rubrica incluía o montante de 251.311 referente aos serviços prestados pela F&C Investments Services Limited no quarto trimestre de 2008. 21 Capital Em 31 de Dezembro de 2009, o capital da Sociedade é de 9.000.000, representado por 9.000.000 acções de valor nominal de Euro 1 cada, encontrando-se totalmente realizado. 22 Reserva legal Nos termos da legislação portuguesa, a Sociedade, deverá reforçar anualmente a reserva legal em pelo menos 10% dos lucros líquidos anuais, até à concorrência do capital social, não podendo, normalmente, esta reserva ser distribuída. No entanto, esta reserva pode ser utilizada para absorver prejuízos acumulados, depois de esgotadas todas as outras reservas ou para aumentar o capital. 31

23 Outras reservas e resultados acumulados O valor desta rubrica é analisado como segue: 2009 2008 Reserva de justo valor (2.608) (955) Reservas e resultados acumulados: Reserva legal 6.680.000 5.454.000 Outras reservas e resultados transitados 4.397.924 9.224.180 11.075.316 14.677.225 Em Dezembro de 2009, o accionista único da Sociedade aprovou a distribuição de dividendos de parte das reservas livres no montante de 15.000.000. A movimentação da reserva de justo valor em Activos financeiros disponíveis para venda é analisado como segue: Obrigações e outros títulos de rendimento fixo Saldo a 1 de Janeiro de 2009 Reavaliação Saldo a 31 de Dezembro de 2009 (955) (1.653) (2.608) 24 Contas extrapatrimoniais 2009 2008 Compromissos perante terceiros 18.722.743.424 16.861.566.767 Outros 43.200 47.138 25 Justo valor O justo valor tem como base as cotações de mercado, sempre que estas se encontrem disponíveis. Caso estas não existam, como acontece em muitos dos produtos colocados junto de clientes, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa. A geração de fluxos de caixa dos diferentes instrumentos comercializados é feita com base nas respectivas características financeiras e as taxas de desconto utilizadas incorporam quer a curva de taxas de juro de mercado, quer as actuais condições da política de pricing da Sociedade. 32