8.2 - Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados. Ponto Princípios Contabilísticos. Ponto Comparabilidade das Contas
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- Luana Cabral Paranhos
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1 8.2 - Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados Nota Introdutória No âmbito dos anexos às demonstrações financeiras e em conformidade com o ponto 8.2 do Decreto-lei nº 54-A/99 de 22 de Fevereiro, o Município de Alcácer do Sal apresenta assim as seguintes notas ao Balanço e Demonstração de Resultados, com o objectivo de clarificar e evidenciar os factos cujas informação seja relevante na percepção dos mesmos. Ponto Princípios Contabilísticos As demonstrações financeiras foram preparadas em harmonia com os princípios contabilísticos definidos no POCAL, destacando-se neste exercício: a) Principio da especialização (ou do acréscimo) foram neste exercício os proveitos e custos reconhecidos na sua plenitude quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento; b) Principio da materialidade embora a CMAS tenha observado o principio em questão realça-se que ainda não foi possível patrimoniar a totalidade dos bens de domínio público e os bens imóveis do domínio privado, devido à quantidade, diversidade e natureza jurídica dos elementos patrimoniais que constituem estes activos. Tal facto influi nos valores do activo e nos resultados do exercício, pelo que na análise do balanço e da demonstração de resultados devem ter-se em consideração tais condicionalismos. Ponto Comparabilidade das Contas - Durante o ano de 2008 foram identificados diversos bens do imobilizado que se encontravam por cadastar e sem o correspondente reflexo contabilístico ao nível do Activo. Assim, a valorização dos activos corpóreos foi efectuada e consequentemente, em função das diferenças materialmente relevantes detectadas no cruzamento final de valores entre o sistema de inventário e Cadastro Patrimonial e os registos contabilísticos registados no sistema de contabilidade autárquica procederamse a movimentos de regularização na contabilidade no exercício de Assim fizeram os seguintes movimentos: Débito: 421 Terrenos e Recursos Naturais , Edifícios , Terrenos e Recursos Naturais 4.650,00 Crédito: 511 Inventário Inicial Balanço Inicial , Balanço Inicial Reg.pela Int.de Val/alter.SICAP No que respeita às amortizações o aumento das mesmas derivou essencialmente da inclusão no Activo de Bens do Domínio Público e das Imobilizações Corpóreas não inventariadas nem valorizadas em anos anteriores, bem como a correcções feitas no património a bens do domínio público referentes a construções e infra-estruturas em parques e jardins que foram transferidos de grupo homogéneo passando a constar noutro sujeito a amortizações. Assim, quantificou-se as amortizações referentes a estes bens por contabilizar e procedeu-se aos ajustamentos necessários para regularizar esta situação. - A subida dos custos e perdas extraordinários resultou essencialmente da venda de lotes na Comporta, Carrasqueira e Vale de Guiso que deram origem a menos valias. A venda destes lotes resultou de acordos celebrados em anteriores mandatos. Visto os lotes estarem inventariados no património do Município pelo valor patrimonial tributário, estas vendas tiveram um grande impacto na subida dos custos e perdas extraordinários, ou seja, deram origem a uma menos valia no montante de ,54. 1
2 8.2.3 Critérios Valorimétricos Adoptados - As imobilizações são valorizadas pelo custo de aquisição. Relativamente aos bens que foram integrados em 2008 nas contas do Município adoptou-se: o valor tributário previsto no IMI para os terrenos, o valor de mercado para os imóveis (ex.: escolas e creches), sendo este último resultado de uma avaliação efectuada por um perito da Câmara. - As amortizações são calculadas através do método das quotas constantes, sendo aplicadas as taxas de amortização definidas no classificador geral do CIBE (Cadastro e Inventário dos Bens do Estado), aprovado pela Portaria nº 671/2000, de 17 de Abril. - As dívidas de e a terceiros foram contabilizadas pelas importâncias constantes dos documentos que as titulam (ponto 4.3 do POCAL), ajustadas para um valor de realização através da constituição de provisões. - As disponibilidades em caixa e depósitos em instituições financeiras foram expressas pelos montantes dos meios de pagamento e dos saldos de todas as contas de depósito, respectivamente. - O saldo de caixa expresso no balanço corresponde à existência física na tesouraria. Os depósitos em instituições financeiras correspondem aos saldos registados nas contas correntes com instituições de crédito e aos valores expressos no resumo diário da tesouraria. As divergências verificadas entre os saldos destas contas e os constantes dos respectivos extractos bancários, foram devidamente reconciliadas, conforme consta da síntese de reconciliações que instrui este processo Cotações de Câmbio Utilizadas Não se aplica, em virtude de não se ter efectuado qualquer operação em moeda estrangeira Situações que afectam o resultado do exercício - Por valorimetrias diferentes das previstas no capitulo 4 Critérios de Valorimetria. Não se verificaram situações desta natureza. - Por amortizações do activo imobilizado superiores às adequadas Não se verificaram situações desta natureza - Por provisões extraordinárias respeitantes ao Activo Não se verificaram situações desta natureza Comentário à conta 431 Despesas de Instalação e 432 Despesas de Investigação e Desenvolvimento Não se aplica, em virtude de as contas indicadas não terem tido qualquer movimento Movimentos do Activo Imobilizado e Respectivas Amortizações Os movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado e respectivas amortizações, constantes do balanço, são apresentadas no mapa abaixo Aumentos Alienações Abates Transferências 2008 Imobilizado bruto , , , , , ,78 Bens de domínio público , ,02 0, , , ,94 Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Imobilizações corpóreas , , , , , ,26 Investimentos Financeiros ,33 0,00 0,00 0, , ,58 Amortizações do Exercício , ,16 0,00 0,00 0, ,93 Bens de Domínio Publico , ,16 0,00 0,00 0, Imobilizações Corpóreas , ,92 0,00 0,00 0, ,03 2
3 O imobilizado do Município aumentou, em resultado essencialmente da inclusão no Activo de bens de domínio público e de imobilizações corpóreas não inventariados nem valorizados em anos anteriores. Em consequência, em 2008 foram acrescentados ao inventário inicial inúmeros bens através de correcções ao valor do património inicial, por reforço do Fundo Patrimonial, ou seja, na conta Terrenos e Recursos Naturais foram registados lotes no montante de ,08, na conta 4221 Edifícios foram registados habitações e escolas no montante de ,78 e na conta 451 foi registado um terreno no montante de 4.650,00. Os bens valorizados e registados correspondem a vários lotes de terrenos que a câmara possui na comporta, ZAE, Palma, Vale de Guiso, Carrasqueira, etc e ainda a habitações do Bairro de São João e Escolas Primárias que embora fossem propriedade do Município desde o arranque do POCAL, não tinham sido considerados no cadastro, nem contabilizados. Também no exercício de 2008, foram transferidos do Imobilizado em Curso para Bens de Domínio Publico ou para Imobilizado Corpóreo bens no total de 3,6 milhões de euros referentes a obras já concluídas. Contudo, do saldo existente da conta de Imobilizado em Curso, de 9,2 milhões de euros, figuram um conjunto ainda significativo de obras que continuam por transferir devido a insuficiências no sistema de informação sobre as mesmas. No que respeita às amortizações as mesmas aumentaram devido essencialmente à inclusão no Activo de Bens do Domínio Público e das Imobilizações Corpóreas não inventariadas nem valorizadas em anos anteriores, bem como a correcções feitas no património a bens do domínio público referentes a construções e infra-estruturas em parques e jardins que foram transferidos de grupo homogéneo passando a constar noutro sujeito a amortizações, logo teve que se corrigir o valor das amortizações em falta Desagregação das rubricas do Activo A desagregação de cada uma das rubricas constantes do mapa apresentado no ponto anteriror e a respectiva informação encontram-se evidenciados nos mapas constantes na conta de gerência Custos Financeiros Capitalizados Não se aplica Diplomas Legais de Reavaliações - As reavaliações efectuadas correspondem a actualizações cadastrais, no âmbito da aplicação do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) Reavaliações Não se aplica Situações Especificas do Imobilizado Corpóreo e em Curso Não se aplica Bens utilizados em regime de locação financeira No imobilizado da autarquia não figuram bens em regime de locação financeira 3
4 Relação dos bens Sem Valorização Devido à quantidade, diversidade e natureza jurídica dos elementos patrimoniais que constituem os bens de domínio público e os bens imóveis do domínio privado, não foi possível ainda avaliar e inventariar todos os bens. Os serviços estão a desenvolver todos os esforços no sentido de levar a cabo tal tarefa. No entanto, e devido à escassez de meios humanos e à complexidade dos procedimentos que esta tarefa envolve, não se prevê que este trabalho seja concluído a curto prazo, a não ser que os trabalhos sejam adjudicados a uma empresa da especialidade. No que se refere ao imobilizado corpóreo foram inventariados a maior parte dos bens imóveis do domínio privado registados na Conservatória do Registo Predial a favor do Município. Todos os demais, registados na referida Conservatória, encontram-se em fase de Inventariação Identificação dos Bens de Domínio Público que Não são amortizados Pelo previsto no POCAL, como nas tabelas da Portaria nº 671/2000, de 17 de Abril (CIBE), que regulamenta as taxas de amortização dos bens imobilizado, os terrenos e recursos naturais, bem como os bens de património histórico, artístico e cultural não são alvo de amortizações. Assim, os bens do domínio público que não foram objecto de amortização, encontram-se classificados na conta patrimonial 451 (apenas terrenos), e identificados no mapa de amortizações dos bens imóveis Informações sobre Empresas Participadas A autarquia detém participações no capital das seguintes entidades: Empresas Participadas Sede Parcela Detida EMSUAS Participação do Capital Social em 2007 Participação do Capital Social em 2008 Alcácer do sal 100% , , Títulos Negociáveis e Outras Aplicações de Tesouraria Nota não aplicável, por inexistência de títulos negociáveis detidos e outras aplicações de tesouraria à data do balanço Outras Aplicações Financeiras Nesta data não se verificam situações desta natureza Diferenças entre a Valorização do Activo Circulante e o Respectivo Valor de Mercado Nesta data não se verificam situações desta natureza Fundamentação das Circunstâncias Especiais que justificaram a atribuição ao Activo Circulante de um Valor inferior ao mais baixo custo ou de mercado. Nesta data não se verificam situações desta natureza 4
5 Movimentos ocorridos nas rubricas do Activo Circulante - Provisões Nota não aplicável, por inexistência de provisões constituídas neste âmbito Dividas de Cobrança Duvidosa As dívidas de cobrança duvidosa respeitam integralmente a conta Clientes, Contribuintes e Utentes e coincidem com o saldo da conta 218. Estas dívidas são provenientes de cobranças de facturação de água, saneamento e alugueres de contadores Dividas Activas/Passivas respeitantes a Pessoal Em 1 de Janeiro de 2009, vencem os direitos de férias e subsídios de férias dos funcionários camarários estimados em ,10. Este valor foi devidamente especializado como custo do exercício, através da conta 2732 Acréscimo de Custos Obrigações Emitidas e Direitos Conferidos Nota não aplicável, por inexistência de situações enquadradas neste âmbito Dívidas em Mora ao Estado e Outros Entes Públicos A conta Estado e Outros Entes Públicos não inclui dívidas em situação de mora Garantais, cauções e recibos para cobrança Mapa apresentado em anexo Contas de Provisões Acumuladas Mapa apresentado em anexo Movimentos ocorridos em cada uma das contas da classe 5 Fundo Patrimonial, constantes do Balanço Contas Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final 51- Património , ,61 0, Reservas , ,44 0, ,25 59 R. Transitados , , , ,84 88-R.Liq. Exercício , , , ,66 O aumento no exercício verificado na conta 51 Património resultou da inventariação de bens do imobilizado adquiridos antes da adopção do POCAL e que não tinham sido considerados no Balanço e Inventários Iniciais, tendo agora se efectuado a sua inventariação e consequente rectificação de valores. O acréscimo na conta 57 Reservas deveu-se à transferência de 5% do Resultado Líquidos do exercício de As variações (aumentos/reduções) na Conta 59 Resultados Transitados resultam de: Aumentos - Transferência do Resultado Líquido de ,26 ; - Insuficiência na especialização de proveitos de ,85 - Recuperação da quota-parte de subsídios ao investimento de 2006/ ,73. 5
6 Reduções - Insuficiência na especialização de custos de ,17 ; - Recuperação das amortizações de bens que anteriormente estavam inventariados mas não sujeitos a depreciações ,30 ; - Anulação de bens inventariados indevidamente , Demonstração do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas Nota não aplicável, por inexistência de situações enquadradas neste âmbito Demonstração da Variação da Produção Nota não aplicável, por inexistência de situações enquadradas neste âmbito Demonstração de Resultados Financeiros Mapa apresentado em anexo Demonstração de Resultados Extraordinários Mapa apresentado em anexo Outras Informações Relevantes a)apesar da obrigatoriedade de utilização da contabilidade analítica (de custos) decorrente da disposição do ponto do POCAL, o Município ainda não dispõe das condições técnicas e humanas indispensáveis para esse efeito; b) Existem diversos processos judiciais em curso, conforme se pode constatar pelo mapa apresentado em anexo. As demonstrações financeiras não reflectem qualquer provisão para a cobertura de eventuais riscos que daí poderão advir destes processos judiciais, visto que o Gabinete jurídico da CMAS não consegue estimar qual os riscos associados a estas acções dada a fase em que os mesmos se encontram. c) De acordo com o artigo 46º da Lei das Finanças Locais é obrigatória a consolidação de contas relativamente aos Municípios que detenham Serviços Municipalizados ou a totalidade do capital em entidades pertencentes ao sector empresarial local. No entanto, e apesar desta obrigatoriedade, verificase a existência de um vazio legal relativamente a este assunto, o qual constitui impedimento absoluto para que a Autarquia proceda à consolidação de contas com a empresa municipal. Assim sendo, o Município não procedeu à consolidação de contas, em face da inexistência de qualquer normativo ou regulamento sobre o assunto, respeitante ao Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL), nomeadamente quanto às peças, método e respectivos procedimentos. 6
NOVA CONTABILIDADE DAS AUTARQUIAS LOCAIS
CONTACTOS DAS ENTIDADES QUE INTEGRAM O Direcção-Geral das Autarquias Locais Morada: Rua José Estêvão,137, 4.º a 7.º 1169-058 LISBOA Fax: 213 528 177; Telefone: 213 133 000 E-mail: helenacurto@dgaa.pt Centro
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