SANDRINE MARI GARCIA GOMES



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Transcrição:

SANDRINE MARI GARCIA GOMES A AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL E O MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE JOINVILLE. JOINVILLE SC 2007

1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DEC SANDRINE MARI GARCIA GOMES A AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL E O MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE JOINVILLE. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina Trabalho de Graduação, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Kelly Cristina G. Loureiro Dencker. Co-orientador: Lígia Vieira Maia Siqueira JOINVILLE SC 2007

2 SANDRINE MARI GARCIA GOMES A AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL E O MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE JOINVILLE. Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil. Banca Examinadora: Orientador(a): Professor Mestre Kelly Cristina G. Loureiro Dencker UDESC Membro: Professor Mestre Lígia Vieira Maia Siqueira UDESC Membro: Professor Esp. Dieter Neermann UDESC Joinville - SC, 21 de novembro de 2007.

Dedico este trabalho aos meus amados pais, Diogo (in memorian) e Maria da Graça pelo incontestável apoio e incentivo para minha formação acadêmica. Ao meu grande amor e futuro marido Ednei e a minha querida família que compartilharam comigo todos os momentos dessa longa trajetória. 3

4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus por seu amor incondicional o qual me fez seguir em frente e alcançar essa vitória. Ao meu querido paizinho pelo grande exemplo de caráter em minha vida e minha querida mãezinha pelo imenso amor e dedicação atribuídos a mim em todos esses anos. Ao meu noivo por seu amor e carinho, sempre compartilhando comigo todas as alegrias e decepções dessa jornada. Aos meus queridos irmãos e familiares que sem o apoio deles teria sido mais difícil concluir esta etapa. Aos inúmeros amigos que fiz, em especial as meninas da turma e todos aqueles que sempre se disponibilizaram a me ajudar, e que sempre recordarei com muito carinho. Agradeço a esta Instituição de Ensino pela excelente formação acadêmica. À dedicada Prof a Kelly pela disposição em me orientar, mesmo não sendo recompensada pelo empenho, mas com certeza desempenhou sua tarefa muito bem e com o coração. Às Construtoras pela colaboração em responder os questionários, à empresa de automação residencial Syncrovision por disponibilizar os projetos e assessorar nas explicações necessárias juntamente com a designer de interiores Andréa Timm e a Construtora Camilotti.

5 O homem precisa da tecnologia, da automação, da casa inteligente, mas antes de tudo, precisa fazer com que estes recursos tenham como objetivo maior o próprio homem e seu bem estar físico, psíquico e social. ARQ. DANIELA MATTAR UFSCar

6 RESUMO Este trabalho descreve os principais conceitos que envolvem a automação residencial e seus sistemas, destacando aspectos gerais sobre os mesmos, entre eles os benefícios gerados pela implantação destes serviços. Têm por objetivo observar à disseminação da automação residencial e sua interferência no mercado da construção civil, avaliando as incorporadoras do setor com relação à utilização dessa estratégia competitiva de diferenciação para agregar valor ao projeto e ter um produto condizente com as expectativas e exigências do cliente atual. Com o rápido desenvolvimento da evolução tecnológica aplicada às residências e a grande tendência da utilização delas nesse setor, vêm acarretando cada vez mais, um menor preço para os investidores dessas tecnologias aplicadas em automação residencial. PALAVRAS-CHAVE: Automação residencial. Mercado. Construção Civil. Incorporadoras. Tecnologias.

7 ABSTRACT This paper describes the main concepts involving residential and automation systems, highlighting aspects about the same, among them the benefits generated by the deployment of these services. They aim to observe spread of automation residential and their interference in the market of construction, assessing the incorporadoras the industry with respect to the use of competitive strategy of differentiation to add value to the project and have a product consistent with the expectations and demands of the current customer. With the rapid development of technological developments applied to homes and the great trend of the use of them in this sector, are causing increasingly, a lower price for investors these technologies applied in residential automation. KEYWORDS: Automation residential. Market. Civil Construction. Incorporadoras. Technology.

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Sede do Citibank - SP...255 Figura 2 - Edifício Centro Empresarial Itaú SP...266 Figura 3 - Casa Inteligente e seus subsistemas...422 Figura 4 - Sistema de monitoramento, CFTV digital...466 Figura 5 Tipos de fechaduras de controle de acesso por biometria....466 Figura 6 Dispositivos usados para detecção de intrusos....477 Figura 7 - Modelo de interruptor dimmer....488 Figura 8 Modelo de central de iluminação para cenários....499 Figura 9 Demonstração das camadas para instalação do sistema....511 Figura 10 Esquema de instalação do serviço de aspiração central...533 Figura 11 Esquema de cortinas e persianas motorizadas...544 Figura 12 Diagrama da coordenação de uma equipe multidisciplinar de projeto. 644

9 Figura 13 - O integrador e os sistemas residenciais...666 Figura 14 Planta baixa humanizada do apartamento tipo 1 padrão....833 Figura 15 Diagrama dos sistemas implantados no apartamento...865 Figura 16 Infra-estrutura do sistema de automação passante no teto....866 Figura 17 Infra-estrutura do sistema de automação passante na parede....877 Figura 18 Infra-estrutura das instalações dos sistemas ligados à central de automação...877 Quadro 1 - Especificações dos Sistemas de Automação Predial...455 Quadro 2 Itens avaliados no questionário aplicado aos incorporadores....732 Gráfico 1 Porcentagem equivalente ao ano do surgimento do tema aos incorporadores....755 Gráfico 2 Estimativa da popularização da automação residencial nos próximos anos...777

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Cidades catarinenses com maior probabilidade de investimentos em automação residencial...766 Tabela 2 Maiores motivos para a popularização da automação residencial...787 Tabela 3 Maiores incentivos para utilização dos sistemas automatizados...788

11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...13 1.1 A AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL NO ÂMBITO ATUAL...13 1.2 OBJETIVOS...14 1.2.1 Gerais...14 1.2.2 Específicos...14 1.3 JUSTIFICATIVAS...15 1.4 ESTRUTURAÇÃO...16 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...18 2.1 AUTOMAÇÃO: RELAÇÃO ENTRE CONCEITOS BÁSICOS...18 2.1.1 Edifícios Inteligentes e Automação Predial...19 2.1.2 Domótica e Automação Residencial...21 2.1.3 Diferenças importantes dos conceitos...23 2.2 HISTÓRICO DA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL NO ÂMBITO BRASILEIRO...24 2.2.1 Inter-relações entre os sistemas de automação...27 2.3 BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS AUTOMATIZADOS...29 2.3.1 Economia...30 2.3.2 Conforto...33 2.3.3 Segurança...34 2.3.4 Acessibilidade...35 2.3.5 Facilidade de comunicação...37 2.4 RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIOS...38 2.5 INFRA-ESTRUTURA NECESSÁRIA...40 2.6 APLICABILIDADE DOS SISTEMAS E SERVIÇOS NAS RESIDÊNCIAS AUTOMATIZADAS...41 2.6.1 Sistema de Segurança...43 2.6.2 Sistema de Iluminação...47 2.6.3 Sistema de Climatização...49

12 2.6.4 Sistema de Utilidades...51 2.6.5 Sistema Hidráulico...55 2.6.6 Sistemas de Comunicação...55 2.6.7 Sistema de Áudio e Vídeo...56 2.6.8 Sistema de Eletrodomésticos...57 2.6.9 Sistema de Informática...58 2.7 INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS...59 2.8 RETROFITTING...60 2.9 PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL...62 2.10 O MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM RELAÇÃO À AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL...67 2.10.1 Automação como estratégia competitiva de diferenciação...68 3 METODOLOGIA UTILIZADA...71 3.1 INTRODUÇÃO...71 3.2 METODOLOGIA UTILIZADA PARA PESQUISA DE CAMPO...71 3.3 COLETA DE DADOS - QUESTIONÁRIO APLICADO ÀS INCORPORADORAS DE JOINVILLE...72 3.4 TRATAMENTO DOS DADOS COLETADOS...73 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS...74 4.1 INTRODUÇÃO...74 4.2 POPULARIZAÇÃO DA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL...74 4.3 BENEFÍCIOS E BARREIRAS PARA IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO...78 4.4 ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS DE DIFERENCIAÇÃO NO MERCADO...79 4.5 O MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL E A RELAÇÃO COM A AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL...80 4.5.1 Apresentação de um apartamento automatizado em Joinville...82 4.5.2 Infra-estrutura de instalação...84 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...89 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...91 7. ANEXOS...96

13 1 INTRODUÇÃO 1.1 A AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL NO ÂMBITO ATUAL Nos dias atuais, observa-se que diversos fatores afetam substancialmente a Construção Civil, tais como, novos materiais, novas técnicas construtivas, alta competitividade gerada pela globalização de mercados, popularização das tecnologias de comunicação e informatização, assim como as mudanças no estilo de vida da população. Nesse setor, percebe-se também a disseminação da automação residencial. Os hábitos da população urbana estão em transformação; observa-se algumas mudanças no estilo de vida e conseqüentes alterações em relação às prioridades na concepção da casa ideal. Torna-se evidente a necessidade da residência ser adaptada às estas novas necessidades dos usuários e estar preparada para usufruir às inovações futuras. Com o rápido desenvolvimento do setor de eletrônicos, a residência vem incorporando novas tecnologias, que visam aumentar o conforto, a segurança, a economia de energia, facilitando a manutenção e ao mesmo tempo visando valorizar o imóvel em transações imobiliárias e também aumentar sua vida útil (MATTAR, 2007).

14 Segundo o referido autor, nos últimos anos, o perfil dos clientes tem se modificado, a princípio entusiasmados com relação às novas tecnologias e atualmente prevalece a busca por melhor qualidade de vida. A acessibilidade às informações muitas vezes através de pesquisas na Internet vem gerando clientes melhores informados e mais exigentes, em comparação aos de décadas passada; forçando as incorporadoras a desenvolverem um diferencial competitivo, na tentativa de atrair e reter o público consumidor. Percebendo isso, alguns empreendedores estão usando a automação residencial como estratégia competitiva para agregar valor ao projeto e ter um produto final condizente com as expectativas do cliente atual. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Gerais Fazer uma análise do envolvimento das incorporadoras locais com a automação residencial nos projetos de edificações residenciais no âmbito atual, assim como avaliar o desenvolvimento destas tecnologias dentro do mercado da construção civil na cidade de Joinville. 1.2.2 Específicos Os objetivos específicos desse trabalho visam:

15 - caracterizar a configuração de uma residência automatizada; - mostrar a aplicabilidade dos sistemas de automação e seus benefícios; - verificar como o mercado da construção civil avalia a disseminação da automação residencial. 1.3 JUSTIFICATIVAS Este trabalho concentra-se em residências automatizadas. Os impactos causados pela introdução de residências automatizadas envolvem aspectos sociais, econômicos, ambientais e outros, por isso a importância de explorar este assunto. Devido ao fato da automação residencial ser um assunto recente, pretende-se realizar uma pesquisa que avalie a exploração deste tema no mercado da construção civil e o grau de conhecimento sobre alguns conceitos relevantes. Fala-se muito das invasões tecnológicas que irão equipar as residências num futuro próximo, Mas pode-se vivenciar isto no presente, pois já existem estudos e tecnologias aplicadas em residências que estão efetivamente funcionando através de recursos da automação, ao qual por meio dessa pesquisa pretende-se demonstrar uma realidade.

16 1.4 ESTRUTURAÇÃO O conteúdo apresentado neste trabalho está dividido em cinco capítulos, seguidos das referências bibliográficas e dos anexos. Com o intuito de se contribuir para o enriquecimento da discussão sobre o tema deste trabalho, o capítulo dois apresenta uma revisão bibliográfica da relação entre conceitos básicos que caracterizam os edifícios inteligentes, a automação predial e residencial e suas principais diferenças. Destaca-se um breve histórico da automação residencial no âmbito nacional, assim como os benefícios da implantação dos sistemas de automação, relação custo x benefício e a infra-estrutura necessária para implantação desses sistemas, seguido da caracterização e aplicabilidade de alguns dos principais sistemas utilizados e de suas integrações. O capítulo encerra com uma breve exposição que aborda sobre os profissionais envolvidos no processo de automatização da residência.e como o mercado vem absorvendo este conceito de moradia e esta nova estratégia competitiva de diferenciação. A revisão bibliográfica é utilizada para fundamentar e compreender melhor os conceitos que envolvem a automação residencial, os sistemas possíveis de implantação e o envolvimento do mercado da construção civil com o assunto. No terceiro capítulo é exposta a metodologia utilizada para a pesquisa de campo referente à empregabilidade da automação residencial nos empreendimentos localizados na cidade de Joinville. O capítulo quatro apresenta a análise dos dados obtidos e encerra com a apresentação de um projeto de um apartamento residencial localizado na cidade de Joinville, sua infra-estrutura de instalação e os sistemas nele implantados.

17 No quinto e último capítulo estão expostas as considerações finais expondo as conclusões do trabalho.

18 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 AUTOMAÇÃO: RELAÇÃO ENTRE CONCEITOS BÁSICOS De acordo com Nunes (2006, p.12), o conceito de Edifício Inteligente apareceu na década de 80, associado ao setor dos serviços. A principal motivação era de realizar economias na gestão da energia e de fornecer novas facilidades aos seus utilizadores, principalmente nas áreas de conforto, segurança e comunicação. Logo se constatou que havia lugar para aplicação dessas mesmas idéias à habitação, então surgiu o conceito de Domótica que não se aplicam apenas às habitações individuais, estendendo-se naturalmente aos edifícios e condomínios residenciais. Segundo referido autor, Ressalta-se que existem grandes semelhanças entre Edifícios Inteligentes e Domótica. Isso ocorre principalmente ao nível dos objetivos globais e de um grande número de funções e facilidades oferecidas.

19 2.1.1 Edifícios Inteligentes e Automação Predial Num conceito bem amplo de Edifício Inteligente tem-se a integração de sistemas e serviços com o objetivo de extrair novas potencialidades resultantes das suas interações e que desempenham um papel primordial na evolução tecnológica. Em 1986 foi criado nos Estados Unidos, o Intelligent Bulding Institute (IBI), com o objetivo de promover e apoiar todos os aspectos relacionados com os edifícios inteligentes. Surgiu então a designação de Edifício Inteligente e que possui hoje uma aceitação generalizada a nível internacional (NUNES e SERRO, 2006). De acordo com IBI apud Nunes e Serro (2006, p.3), Um edifício inteligente é aquele que oferece um ambiente produtivo e que é economicamente racional, através da otimização de quatro elementos básicos: Estrutura, Sistemas, Serviços e Gerenciamento e das interrelações entre eles. Os Edifícios Inteligentes ajudam seus proprietários, gestores e ocupantes a atingir seus objetivos sob as perspectivas do custo, conforto, adequação, segurança, flexibilidade ao longo prazo e valor comercial. Observam-se alguns aspectos importantes que caracterizam os edifícios inteligentes como (MONTEIRO, 2002; NUNES, 2006): - realização de controle e gerenciamento por meio de um ou vários computadores interligados; - interação dos vários serviços oferecidos através de redes de comunicação; - disponibilidade de serviços oferecidos pelas novas tecnologias de informação;

20 - incorporação de recursos com o objetivo de propiciar segurança em todos os níveis, eficácia, economia de energia e comodidade aos seus moradores. Tem-se então a introdução de um novo conceito que é intimamente relacionado à forma de se projetar e construir edifícios de alta tecnologia, conferindo também, ao empreendimento maior vida útil. [...] pode-se afirmar que um edifício inteligente é aquele que foi concebido e construído de forma a oferecer uma grande flexibilidade de utilização, dispondo da capacidade de evoluir, de se adaptar as necessidades das organizações e de oferecer, em cada momento, o suporte mais adequado a sua atividade. Por outro lado, deve possuir sistemas de automação, de computação e de comunicações que possibilitem, de modo integrado e coerente, gerir de forma eficaz os recursos disponíveis no edifício, potenciando aumentos de produtividade, permitindo poupanças energéticas e oferecendo elevados graus de conforto e de segurança aos indivíduos que neles trabalham (NUNES e SERRO, 2006, p. 3). Para Welton Ferreira de Almeida, engenheiro de marketing de produto e sistemas de automação predial e residencial da Siemens, o conceito de edifício inteligente envolve mais que a parte do projeto elétrico, normalmente é aplicado aos novos edifícios e envolve um estudo rigoroso que vai desde a localização do prédio até seus impactos ambientais, passando por todas as variáveis técnicas existentes nos projetos estruturais, elétricos e hidráulicos (AURESIDE, 2007). Para Neves (2002, p.36), Os edifícios inteligentes [...], são observados como suporte de serviços altamente tecnológicos, que estabelecem contato entre o mundo virtual dos controles automatizados e os cidadãos, e também indutores de modificações da vida cotidiana, o que produz reflexos no espaço físico da cidade.

21 A automação predial está baseada no conceito de integração de sistemas eletro-eletrônicos e eletromecânicos aumentando consideravelmente os benefícios se comparados com os isolados de eficiência limitada. A automação de hotéis, shopping centers ou escritórios adota como premissa a existência do usuário padrão. Isso facilita e direciona o planejamento das instalações e equipamentos a fim de acomodar a maioria dos usuários. Serviços especializados podem ser previstos, mas poderá haver um acréscimo no orçamento total. Outro fator é que, em edifícios comerciais de grande porte torna-se difícil perceber o sistema adotado, isto é, a automação não é transparente ao usuário justamente por ser orientada ao público mediano (BOLZANI, 2004). De acordo com Mattar Filho e Soderi (1994, p. 22), A automação predial é a aplicação da informática na supervisão, controle e manutenção das instalações de infra-estrutura da edificação, visando à redução de custos e incremento da segurança e conforto dos usuários. 2.1.2 Domótica e Automação Residencial Originado na França, a partir do surgimento de disciplinas acadêmicas e desenvolvimento de pesquisas nas áreas da tecnologia de automação residencial e comunicação de dados. O termo Domótica (do francês Domotique ), vem da fusão da palavra latina domus (casa) e da palavra robótica, é usado para designar toda residência que emprega serviços automatizados relacionados à gestão de energia, comunicação, conforto ambiental, segurança pessoal e patrimonial. Teríamos uma definição mais técnica para o termo Domótica dizendo que uma rede domótica seria representado

22 por um conjunto de serviços de uma residência assistidos por um serviço que interliga e realiza várias funções de gerenciamento e atuação, podendo estar conectadas entre si por meio de uma rede de comunicação interna e ou externa oferecendo um conjunto de aplicações tais como (MARIOTONI e ANDRADE JÚNIOR,2002): - segurança; - gestão de energia; - automação de tarefas domésticas; - formação cultural e entretenimento; - escritório de trabalho em casa; - monitoramento do conforto ambiental; - operação e supervisão de instalações. De acordo com o referido autor, de uma maneira geral um sistema domótico será composto de uma rede de comunicação que permite a interconexão de uma série de equipamentos com o objetivo de obter informações sobre o ambiente residencial, e efetuando determinadas ações nesse, a fim de gerenciá-lo. A palavra domótica se refere à ciência e aos elementos desenvolvidos por ela que proporcionam algum nível de automação dentro da casa, desde um simples temporizador (timer) para ascender e apagar uma lâmpada em uma determinada hora, até os mais completos sistemas capazes de controlar qualquer elemento elétrico dentro da casa. (NEVES, 2002, p. 36) Com relação ao histórico dos mecanismos de automação residencial verificase que no Brasil ocorreu um processo evolutivo sucessivamente da automação industrial para a comercial que já eram conhecidos e difundidos há mais tempo.

23 Fernandes apud Rosário e Mariotoni (2007) afirma que É uma ciência recente que, se ainda não está completamente consolidada, em breve se tornará, seguramente, uma referência obrigatória no que respeita à construção das casas no futuro. 2.1.3 Diferenças importantes dos conceitos Nunes (2006, p.12) mencionou que existem algumas diferenças importantes entre esses conceitos como se pode destacar: - nos Edifícios Inteligentes não se nota todo o processo de automação por trás do funcionamento dos diversos sistemas automatizados por serem feitos para usuários padrão. Já na automação residencial é muito diferente, o usuário interfere no sistema todo o tempo, deste modo tudo deve ser orientado a ele, dando ênfase ao utilizador individual e no seu conforto. É conveniente recordar que na habitação o gestor do sistema é o próprio utilizador. - na automação residencial as funcionalidades são mais simples e com um âmbito mais restrito e específico de acordo com as necessidades do morador, por exemplo, em termos de iluminação poderá fazer sentido prever cenários de utilização como para repouso, leitura e outros. Enquanto que na automação predial essas questões são generalizadas com intuito de atender a maioria dos trabalhadores. - na habitação existe a necessidade e conveniência de algumas funções que não fazem grande sentido num edifício do setor de serviços e vice-versa.

24 2.2 HISTÓRICO DA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL NO ÂMBITO BRASILEIRO Com relação ao histórico dos mecanismos de automação residencial verificase que no Brasil ocorreu um processo evolutivo sucessivamente da automação industrial para a comercial que já eram conhecidos e difundidos há mais tempo. Cronologicamente, o forte desenvolvimento dos sistemas de automação residencial começa a ser notado depois de seus similares nas áreas industrial e comercial. Por óbvios motivos econômicos e de escala de produção, os fabricantes e os prestadores de serviço, num primeiro momento, se voltam àqueles segmentos que lhes propiciam maior rapidez no retorno de seus investimentos. No mercado brasileiro isto não ocorreu se maneira diversa. Os primeiros sistemas automatizados de controle foram concebidos para aplicações especificamente industriais, ainda na década de 70. Consolidada a automação industrial, o comércio foi em seguida contemplado com sua automação que até hoje vem evoluindo, principalmente com o rápido avanço da informática e os aspectos de grande sofisticação que os softwares de supervisão e gerenciamento apresentam. (NOMADS, 2006) A Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial, 2007) menciona que com o fortalecimento da automação industrial, o comércio tende a uma evolução ascendente em seus sistemas automatizados. Exemplo disso é a intensa utilização dos códigos de barras nas mercadorias e os softwares de supervisão e gerenciamento que apresentam aspectos de grande sofisticação. Atualmente lojas de departamentos, supermercados, hotéis entre outros, tem total integração entre suas operações, incluindo sua logística, vendas, finanças, etc. Cada dia mais, os benefícios da automação alcançam o pequeno comércio e prestadores de serviços. A partir da década de 80, um outro agente incentivador de mudanças passou a vigorar com a introdução de um novo conceito relacionado à forma de se projetar e construir edifícios através dos Edifícios de Alta Tecnologia (MONTEIRO, 2002).

25 Em 1986, ocorreram alguns eventos nacionais significativos para evolução dos edifícios de alta tecnologia. Considerados os precursores no Brasil em novas tecnologias, a construção do edifício sede Citibank e o edifício do Centro Empresarial Itaú Conceição (CEIC) no estado de São Paulo, foram desenvolvidos basicamente com tecnologia nacional (CASTRO NETO apud MATTAR, 2007). A Figura 1 ilustra a sede do Citibank-SP, segundo Neves (2002, p.18), Ele é um dos marcos arquitetônicos da avenida Paulista, caracterizando o pósmodernismo dos anos 80. Pioneiro também na área de novas tecnologias, com seus 2500 pontos de supervisão que fazem o gerenciamento de todas as instalações. Figura 1 - Sede do Citibank - SP Fonte: Neves, 2002, p.19

26 A Figura 2 ilustra o Centro Empresarial Itaú, de acordo com Neves (2002, p.19), Privilegia as tecnologias de ponta como recursos de veiculação de imagens e informações. Emprega tecnologias construtivas e materiais contemporâneos como aço e vidro. Figura 2 - Edifício Centro Empresarial Itaú SP Fonte: Neves, 2002, p.19. A abrangência do conceito de automação predial vem ganhando novas aplicações desde quando começaram a entrar em operação os primeiros edifícios dotados de recursos tecnológicos que exerciam funções de gerenciamento de

27 determinados setores como: iluminação, controle de acessos, recursos de veiculação de imagens e outros (MATTAR FILHO e SODERI, 1994). De acordo com Trevisan (2005), No Brasil, durante a década de 90 começam a surgir os primeiros edifícios inteligentes, um prédio que utiliza a automação e a informatização em vários setores, como meio de aumentar a sua produtividade e a dos usuários. [...] No final dos anos 90, a casa inteligente surge totalmente computadorizada, potencializando, supostamente, sua funcionalidade, segurança e economia de recursos. O mercado da automação residencial cada vez mais vem ganhando espaço e se tornando, uma abrangente área de atuação devido à evolução tecnológica. Na década de 90 surgiram o telefone celular, a disseminação dos computadores e o surgimento da Internet, que iniciaram o caminho para a tecnologia de uso doméstico em grande escala (MATTAR, 2007; REQUENA, 2002). Segundo Almeida e Alves (1998, p.3), Nos anos 90 à indústria da automação residencial passou da infância para a adolescência. Em 1992, com o fim da reserva de mercado da informática no Brasil e a entrada de novos produtos e tecnologias para a área das estruturas inteligentes, as construtoras passaram a incorporar um crescente número de funções controladas. (ALMEIDA e ALVES, 1998, p.4). 2.2.1 Inter-relações entre os sistemas de automação De acordo com a Aureside (2007), verifica-se que existem características em comum a ambas as áreas de automação industrial, comercial e residencial que podem ser consideradas em qualquer avaliação como: a) Adequada relação custo/beneficio

28 b) Confiabilidade c) Interatividade d) Atualização tecnológica e) Conforto e conveniência Podem-se destacar algumas peculiaridades dos sistemas residenciais de automação e assim evidenciar às diferentes características das áreas de automação. Segundo o autor referido, na automação industrial e comercial os conceitos de projeto são padronizados, ou seja, são desenvolvidos a partir de estimativas sobre a utilização padrão de seus recursos, e, portanto, os conceitos devem abranger um grande número de usuários. Por contra partida já na automação residencial, vale o estilo de vida e a preferência de quem irá morar no local automatizado, por isso as soluções são muito pessoais, alguns dão preferência à segurança, outros a sofisticação outros ainda a acessibilidade e assim por diante. A Aureside (2007) menciona que a infra-estrutura necessária para a automação industrial e comercial é prevista nos orçamentos iniciais das obras e incorporadas durante a construção. Sua operação pode ser complexa, pois implica grande número de usuários e muitas variáveis de controle desencadeando sessões rotineiras de treinamento para seus usuários. Com relação à infra-estrutura como cabeamento e definição de equipamentos de automação doméstica, o projeto de residência ainda deixa muito a desejar. Na maioria dos casos, as soluções de automação são desenvolvidas no decorrer da obra, o que prejudica também o orçamento final assim como o aproveitamento ideal dos recursos disponíveis. A necessidade de supervisão dos sistemas automatizados nas áreas industrial e comercial são críticas, por isso o monitoramento deve ser acompanhado

29 necessariamente de relatórios de controle e auditorias. Na automação residencial as interfaces obrigatoriamente devem ser simples, os clientes/usuários são totalmente avessos a programações complexas, a automação tem o objetivo de facilitar a vida das pessoas, por isso necessita da simplicidade de comandos. O instalador/projetista de automação não pode se esquecer de se preocupar com a facilidade da utilização dos equipamentos automatizados para não comprometer a funcionalidade destes (AURESIDE, 2007). 2.3 BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS AUTOMATIZADOS Atualmente, dispor de recursos automatizados dentro de uma instalação residencial deixa de ser tão somente uma questão de status e modernidade para se tornar símbolo de tecnologia. Cavalcanti (AURESIDE, 2007) enfatiza que o mercado de Automação Residencial está deixando de ser visto como casa do futuro e se tornando real e habitual, levando ao usuário: economia, conforto, segurança e praticidade no dia a dia. São explanados alguns dos benefícios que o uso de tecnologias que possibilitam certa inteligência dentro das instalações pode gerar aos seus adeptos. Segundo Muratori (2004), De forma genérica, todos os benefícios que se espera em uma residência, além da segurança, seria você ter conforto, conveniência, economia e acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais. Tudo aquilo que você espera para melhorar sua vida com um imóvel preparado tecnologicamente pra isso.

30 2.3.1 Economia Com a implantação dos sistemas residenciais automatizados, a tendência é gerar uma série de economias ao longo do tempo; compensando assim o investimento inicial de projeto. A economia de recursos será possível, através do controle do consumo da rede de energia elétrica (principalmente se estiverem integrados a sistemas de uso de energia solar ou eólica) e de água (com aproveitamento da água de chuva) (TREVISAN, 2005). Conforme Mendonça (2001), Os riscos eminentes de apagão de energia elétrica, de escassez de água potável e de outras reservas naturais, como o petróleo, alertam ambientalistas do mundo todo neste início do século. O desafio de engenheiros, arquitetos e outros profissionais ligados ao espaço urbano é projetar e reestruturar as cidades e seus edifícios, visando à economia e reciclagem das fontes do ecossistema. Cada vez mais as preocupações aumentam por soluções viáveis para economizar energia e consequentemente ajudar o meio ambiente e os seres vivos também. De acordo com Reis e Reis (2002, p.128), A diminuição do consumo de energia tem um impacto mais amplo do que apenas reduzir os gastos diretos com o uso da energia. Os edifícios inteligentes começam agora, a agregar um novo conceito, do edifício verde ou ecologicamente correto. O setor de edificações é o terceiro maior consumidor de energia nos países integrantes do chamado primeiro mundo. No Brasil, tem sido enorme o desperdício de energia nas edificações tradicionais principalmente no que se refere à questão de climatização (MONTEIRO, 2002).