ÁREA TEMÁTICA: ( X ) SAÚDE

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Transcrição:

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( X ) SAÚDE ESTUDO AVALIATIVO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SALÕES DE BELEZA DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA QUANTO A INFECÇÃO E FORMAS DE PREVENÇÃO DA HEPATITE B Emeline Maria Baller (emeline-maria@hotmail.com) Thais De Oliveira Borsato (thaisoborsato@hotmail.com) Elisangela Gueiber Montes (elisangela.gueiber@uol.com.br) Cintia Regina Mezzomo Borges (cintiaregina.mezzomo@gmail.com) Celso Luiz Borges (celsoclb@gmail.com) RESUMO A hepatite B é considerada um grave problema de saúde pública, sendo transmissível pela via parenteral, vertical e por instrumentos de trabalho, como por exemplo, os alicates, muito utilizados por manicures e pedicures. Nesse sentido, a Resolução SESA 700/2013 estabelece condições específicas para a limpeza e esterilização dos materiais utilizados. O presente trabalho tem como objetivo verificar as condições de trabalho nos salões de Ponta Grossa e avaliar o nível de conhecimento que os profissionais desses estabelecimentos possuem sobre os riscos da hepatite B. Para tanto foram escolhidos de forma aleatória 14 salões na cidade, onde se aplicou um questionário. A análise dos resultados mostrou que a maioria dos profissionais tem algum conhecimento sobre a doença, porém este é vago e impreciso, além disso, apenas 36% deles completaram o esquema de três doses da vacina, sendo que desses nenhum realizou o teste de efetividade. Com exceção de um salão, onde todas as clientes levam seu próprio material, todos os outros realizam algum processo de limpeza e/ou esterilização do material, porém o procedimento não é o preconizado pela legislação. Portanto, considera-se indispensável que haja fiscalização dos serviços prestados nos salões. PALAVRAS-CHAVE Hepatite B. Manicures. Salões. Esterilização. Introdução A hepatite B é causada por um vírus DNA pertencente à família dos hepadnaviridae, sendo considerada como um grave problema de saúde pública. No período de 1999 a 2011, notificados no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) 120.343 casos confirmados de hepatite B no Brasil, sendo a maior parte deles notificados nas Regiões Sudeste (36,3%) e Sul (31,6%) (BRASIL, 2012). A transmissão do vírus se dá pela via parenteral, vertical (de mãe para o filho durante a gestação ou ao nascimento), podendo também ser considerada uma doença sexualmente transmissível. É possível ainda que a contaminação ocorra por meio de ferimentos cutâneos, compartilhamento de seringas entre usuário de drogas, por transfusão de sangue e hemoderivados ou em acidentes com material (SÃO PAULO, 2006). A vida média do vírus B, no plasma, varia de 1 a 3 dias; nos hepatócitos varia de 10 a 100 dias, enquanto fora do corpo humano, sobrevive até uma semana (SILVA, 2013). Essa alta sobrevivência do agente infectante em fômites (equipamentos) somada à capacidade de

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 uma só partícula viral ser suficiente para contaminar o ser humano, dá a hepatite B uma alta infectividade (FONSECA, 2007). Além de todas as maneiras de contaminação, as manicures e pedicures utilizam instrumentos que representam uma das principais fontes de transmissão de Hepatite B, como alicates, tesouras, lixas, etc, quando associados a lesões teciduais (BRASIL, 2013). Nos salões é preconizado que os profissionais respeitem e se adéquam a legislação sanitária vigente. Em 2013, a Secretária da Saúde do Estado do Paraná, publicou no Diário Oficial nº 9101, a Resolução SESA (Secretária de Estado da Saúde) Nº 700/2013 a qual dispõe sobre: As condições para instalação e funcionamento dos Estabelecimentos de Salão de Beleza, Barbearia e/ou Depilação no Estado do Paraná (PARANÁ, 2013). Tendo em vista tratar-se de uma resolução muito recente, estes profissionais, manicures e pedicures, ainda atuam de maneira errônea principalmente na questão de esterilização dos equipamentos utilizados durante o processo. A garantia da biossegurança durante o trabalho é impreterível, considerando que a ocorrência de acidentes durante a realização de tais procedimentos, pode, eventualmente, expor os seus executores ao risco de contato com agentes infecciosos veiculados pelo sangue (PARANÁ, 2013). De acordo com a Resolução SESA Nº 700/2013 vigente no presente momento, o profissional deve imprescindivelmente lavar as mãos com água e sabonete líquido ou realizar antissepsia com álcool 70% a cada cliente. Também se orienta que seja realizada a limpeza prévia e a esterilização dos instrumentos de trabalho (alicates, espátulas, etc.) em autoclave por um tempo padronizado de 5 a 30 minutos a 135º C (RAZABONI, 2013). Todo esse processo é de fundamental importância para a prevenção de doenças, como a Hepatite B e para promoção da saúde (CONVISA, 2009). Com a conscientização por parte dos profissionais de beleza dos métodos de prevenção e seguimento correto de todos os procedimentos de biossegurança e higiene, esta forma de transmissão pode ser evitada. Além disso, a realização da vacinação contra a Hepatite B, que previne tanto a fase aguda da doença, quanto uma possível cronificação de uma lesão hepática é de extrema importância. Dessa forma a prevenção é um dever de todos os órgãos de saúde pública, profissionais de saúde, sociedade e dos prestadores de serviço de embelezamento. Objetivos

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 Objetivou-se conhecer o nível de informação dos profissionais de salão de beleza sobre os riscos da infecção e formas de prevenção da hepatite B e também sobre a Resolução SESA 700/2013. Também avaliar como são realizados os procedimentos de limpeza, desinfecção e esterilização dos materiais e o destino dos descartáveis pelas profissionais de manicure e pedicure. Referencial teórico-metodológico Foi realizada uma pesquisa de caráter quantitativo e observacional em 14 salões da cidade de Ponta Grossa, dos bairros Centro e Uvaranas escolhidos aleatoriamente, nos quais foi aplicado um questionário contendo 15 perguntas objetivas abertas e fechadas. Resultados O início da pesquisa se deu pela aceitação dos profissionais da beleza em participar do estudo. As questões abordadas foram referentes a vacinação contra o vírus da hepatite B, limpeza e esterilização dos materiais utilizados no procedimento e também analisou-se o conhecimento desses profissionais a respeito da Resolução SESA 700/2013. Em relação ao conhecimento sobre os riscos da infecção pelo vírus da hepatite B, os resultados obtidos mostram que dentre as 14 participantes, 22% não sabem ou não conhecem. Em contrapartida, 78% têm o conhecimento, entretanto, este se apresenta vago e precário (Figura 1). De todos os profissionais que têm conhecimento sobre a infecção, nenhum deles sabe da transmissão por outras vias que não a sanguínea. Figura 1 - Porcentagem referente ao conhecimento sobre os riscos da infecção pelo vírus da hepatite B pelas participantes do estudo. Fonte: O autor. Pelo fato de as manicures/pedicures se enquadrarem nos grupos de risco, foi avaliado a situação na qual as profissionais se encontravam em relação ao esquema de vacinação e ao

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 teste de efetividade. Dos 14 participantes, 71% alegaram possuir a carteira de vacinação, onde, 14 % tomaram uma dose da vacina, 7 % duas doses e 36% completaram o esquema. Ainda, 43% dessas, não informaram ou não lembravam. Com relação ao teste de efetividade da vacina (anti-hbs) 100% das entrevistadas não haviam realizado e não conheciam sobre (Figura 2). Figura 2 - Percentual de participantes que tomara a vacina e realizaram o teste. Fonte: O autor. Perguntamos às participantes o que as mesmas faziam com os materiais após o atendimento. De acordo com a figura 3, 44% procedem com a desinfecção com álcool 70% e finalizam com esterilização em estufa; 14 % fazem limpeza com água abundante e sabão e finalizam com esterilização em autoclave; 14 % somente fazem a esterilização em autoclave sem nenhuma pré-limpeza do material; 7% realiza a desinfecção com álcool 70% e finalizam com esterilização em autoclave; 7% somente faz a esterilização em estufa sem nenhum procedimento prévio; as demais não realiza esterilização, aplicam apenas a limpeza e desinfecção ou nenhum procedimento. Fig.3. Percentual de como é realizado o procedimento de limpeza dos materiais das profissionais entrevistadas. Fonte: O autor.

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 Além disso, em relação ao conhecimento a respeito da Resolução 700/2013, nenhuma das participantes sabia da sua publicação e nem da obrigatoriedade do uso de autoclave para a esterilização dos materiais. Considerações Finais Através da realização da presente pesquisa, foi possível concluir que o conhecimento por parte das profissionais em relação aos riscos da infecção e formas de prevenção da hepatite B é pequeno, entretanto está presente, mesmo sendo insatisfatório. Em relação à Resolução 700/2013 o conhecimento é muito escasso. Isso pode ser explicado, devido ao fato de a mesma ser muito recente e até o presente momento, pouco divulgada. Sobre o processo de esterilização, com exceção de um salão, todos os outros realizam, porém não da forma preconizada pela resolução. A grande maioria das entrevistadas desconhece a obrigatoriedade do uso de autoclave, e as que sabem e não tem, alegaram o alto custo da mesma. Dessa maneira, salientamos que é imprescindível à padronização e a supervisão por parte dos órgãos responsáveis no atendimento prestado nos salões de beleza. APOIO: Fundação Araucária. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Programa Nacional de Hepatites Virais. Hepatites Virais: O Brasil está atento. 1 ed. Brasília: Editora MS, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais. Brasília, 2012. BRASIL. Prefeitura de São Paulo. Salão de beleza é fonte de contaminação da Hepatite B. São Paulo, abr. 2013. FERREIRA, M. S.. Diagnóstico e Tratamento da Hepatite B. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberlândia, p.389-400, ago. 2000. Mensal. FONSECA, J.C.F. História natural da hepatite crônica B. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 40(6): 672-677, Nov-Dez, 2007. PARANÁ. Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Resolução nº 700, de 06 de dezembro de 2013. Resolução SESA Nº 700/2013. Curitiba, 2013.

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 6 RAZABONI, A. M.. Esterilização. São Paulo: FORP-USP, 2013. Disponível em: <http://www.forp.usp.br/restauradora/biosseguranca/temas/temas_files/estrerilizacao.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2014. SÃO PAULO. Convisa. Beleza com Segurança: Guia Técnico para Profissionais. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/beleza_com_seguranca_atualizado _1259679281.pdf.> Acesso em 03 abr. 2014. SILVA, J. O. Hepatite B Oculta: série de casos. 2013. Curso de Medicina, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia, 2013.