COMPUTAÇÃO GRÁFICA E ESTEREOSCOPIA. Prof. Nilton Costa Junior Prof. Robson Nunes da Silva



Documentos relacionados
Forma de Captura de Imagens Digitais:

Detector de intrusão Série Professional Sabe quando activar o alarme. Sabe quando não o fazer.

3.2. Experimentações: o processo de produção Iluminação de três pontos

Unidade IV. Aula 20.2 Conteúdo. Óptica, Ser humano e Saúde. Os defeitos da visão e as lentes corretoras e instrumentos ópticos. INTERATIVIDADE FINAL


Série 3ª SÉRIE ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO 3º BIMESTRE / 2013

Lentes. Parte I. Página 1

Professor (a): Pedro Paulo S. Arrais Aluno (a): Ano: 9 Data: / / LISTA DE FÍSICA

Oblíqüo superior. Gira o globo para baixo e para longe do nariz. Reto superior Gira o globo para cima. e para perto do nariz

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAMPUS: CURSO: ALUNO:

No manual da webcam, ele descobriu que seu sensor de imagem tem dimensão total útil de 2

Professora Bruna CADERNO 3. Capítulo 7 Lentes Esféricas. Página 242

ÓPTICA GEOMÉTRICA. Lista de Problemas

PowerPoint Operações básicas, criação de uma apresentação, edição e formatação, inserção de gráficos e desenhos

Como representar uma lente convergente e uma lente divergente.

08/12/2014 APLICAÇÕES DE ESPELHOS ESFERICOS TEORIA INTRODUÇÃO. Departamento de Física, Campus de Ji-Paraná Semestre2014-2

Biofísica da Visão. OLHO EMÉTROPE é o olho normal, sem defeitos de visão.

Técnicas Assistivas para Pessoas com Deficiência Visual

4 Experimentos Computacionais

COMUNICAÇÃO ACADÊMICA

UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE ESTÉRIOSCOPIA PARA APRESENTAÇÃO DE CONCEITOS DE GEOMETRIA DESCRITIVA

DEFIJI Semestre :07:19 1 INTRODUÇÃO

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

ESTEREOSCOPIA INTRODUÇÃO. Conversão de um par de imagens (a)-(b) em um mapa de profundidade (c)

CADERNOS DE INFORMÁTICA Nº 1. Fundamentos de Informática I - Word Sumário

1. (G1 - utfpr 2014) Sobre fenômenos ópticos, considere as afirmações abaixo.

Sensoriamento Remoto I. José Antonio Pacheco de Almeida Paulo José de Oliveira

Óptica do Olho Humano. Equipe de Física UP 2015

Biofísica da visão II. Ondas eletromagnéticas, o olho humano, Funcionamento da visão, Defeitos da visão.

Astra LX Frases Codificadas Guia para o processo de Configuração de Frases Codificadas no Programa AstraLX.

Ao se falar sobre fotografia cinematográfica estão envolvidos diversos elementos que devem ser levados em consideração:

Controlo de iluminação local multifuncional

MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA SISTEMAS DE SEGURANÇA 4 BARREIRAS ÓTICAS

ResponseCard AnyWhere Display

Tecnologias PowerShot SX500 IS e PowerShot SX160 IS

Instrumentos Ópticos. Associação de Lentes. Lentes Justapostas:

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Valores eternos. MATÉRIA PROFESSOR(A)

Experimento 2 Gerador de funções e osciloscópio

VistaScan Perio Plus Digitalizador de placas de fósforo Certamente haverá mais tempo para os pacientes

FÍSICA LISTA 3 LENTES E ÓPTICA DA VISÃO LENTES

Plano de aula. 5. Metodologia: Aula expositiva dialógica orientada pela interação: alunos professor conhecimento.

MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL

Óptica Geométrica. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Dr. Edalmy Oliveira de Almeida

CÂMERAS DE FILME 35mm BINÓCULOS

Fenômeno Físico Como a cor acontece

Cédula de R$ 100,00. R$ 100,00 Dimensões: 140 x 65 mm. Cor predominante: azul

COLÉGIO MONS. JOVINIANO BARRETO 53 ANOS DE HISTÓRIA ENSINO E DISCIPLINA

Posições de template do projeto portal padrão

Luz e Visão. Capítulo 8 8º ano - CSA

Observe esta estrada. Seguindo por ela você vai encontrar uma subida ou uma descida? (ilusão de Marcelo Kothe, 2001)

Manual de Instruções. Posicionador e Incrementador Modelo PIS-01/72. Cód.: Frontal. Conexões Elétricas. Introdução

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente

Tipos de cores. Entendendo as cores. Imprimindo. Usando cores. Manuseio de papel. Manutenção. Solucionando problemas. Administração.

PARABÉNS. Parabéns, você acaba de adquirir um produto desenvolvido com a qualidade e segurança Citrox.

UMC Cotas em desenho técnico (Módulo 2) Componentes gráficos de uma cota: Linha de cota Linha de chamada Setas de cota

Interação Humana com Computador

Exposição Exploratorium (piso 1)

CASA CIVIL DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO PARANÁ DETRAN/PR SISTEMA DETRAN/PR APLICATIVO DE VISTORIA ELETRÔNICA DE VEÍCULOS MANUAL DO USUÁRIO

Óptica da Visão. Prof.: Bruno Roberto Física 1 2º ano UP

Conexão de medidores de peso no sistema de suspensão a ar

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS RELATÓRIO FINAL DE INSTRUMENTAÇÃO PARA ENSINO - F-809

Tópicos em Meio Ambiente e Ciências Atmosféricas

MANUAL DE INSTRUÇÕES DO MEDIDOR DE POTÊNCIA E CONSUMO MODELO ME-2500

Fotografia Digital no Brasil

A LINGUAGEM DA LUZ Fotografia

L 276/4 PT Jornal Oficial da União Europeia. DECISÃO N. o 190. de 18 de Junho de 2003

MAIS CONTROLE SOFTWARE Controle Financeiro / Fluxo de Caixa (MCS Versão ) Índice

OS S ENTIDOS Profe f sso s ra: a Edilene

Especificação técnica do Video Wall do Tipo I (5m²)

Manual de Montagem REVISÃO

Dicas de uso - Render Up (versão ou superior)

OpenOffice Calc Aula 4

Imagem e Gráficos. vetorial ou raster?

A ANÁLISE E A IMPLEMENTAÇÃO DE UM AMBIENTE COMPUTACIONAL TRIDIMENSONAL DE ENTRETENIMENTO DIGITAL

BIBLIOTECAS USP 2.0 Versão: IOS

Manual de identidade visual

Teste de Avaliação 3 B - 08/02/2013

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS SENSOR MATRIX

como a arte pode mudar a vida?

Como n lente = n meioa, não há refração. Ou seja, o sistema óptico não funciona como lente.

Oficina de fotografia e tratamento de imagem. Facilitadora: Camila Silva Aula: 06

EXERCÍCIOS EXTRAS LENTES

Gráficos estatísticos: histograma. Série Software ferramenta

1/5. a. ( ) Austrália b. ( ) Brasil c. ( ) Inglaterra d. ( ) Japão e. ( ) México

ESTUDO DAS PROJEÇÕES NOÇÕES ELEMENTARES 1. DEFINIÇÃO

NEX-3/NEX-5/NEX-5C A-DRG (1) 2010 Sony Corporation

Acionamento através de senha*, cartão de proximidade e biometria. Compatível com fechaduras magnéticas, eletroímãs e cancelas.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA-PRP Instituto de Física Gleb Wataghin IFGW

Superintendência Regional de Ensino de Ubá - MG Núcleo de Tecnologia Educacional NTE/Ubá. LibreOffice Impress Editor de Apresentação

Iluminação e equipamentos fotográficos

PROVA DE FÍSICA 2º ANO - 4ª MENSAL - 2º TRIMESTRE TIPO A

REALIDADE VIRTUAL. Tatiane Cruz de Souza Honório

Atividades de Aprimoramento Física 2ª série do Ensino Médio

Todo o conjunto que compõe a visão humana é chamado globo ocular.

Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Física Gleb Wataghin. F Tópicos de Ensino de Física. Relatório Parcial

O que é LUZ? SENAI - Laranjeiras. Espectro Eletromagnético. Fontes de luz 14/01/2013. Luminotécnica 40h

Alguma das vantagens e desvantagens dos computadores ópticos é apresenta a seguir.

Coluna Sonar LED Bluetooth

Transcrição:

COMPUTAÇÃO GRÁFICA E ESTEREOSCOPIA Prof. Nilton Costa Junior Prof. Robson Nunes da Silva

O QUE É ESTEREOSCOPIA? É o processo natural do córtex visual do cérebro em fundir duas imagens com pontos de observação ligeiramente diferentes, obtendo informações quanto à profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos;

VISÃO ESTEREOSCÓPICA

ESTEREOSCOPIA ARTIFICIAL ESTEREO PASSIVO AS DUAS IMAGENS SÃO EXIBIDAS SIMULTANEAMENTE ESTEREO ATIVO AS DUAS IMAGENS SÃO EXIBIDAS ALTERNADAMENTE E SINCRONIZADAS COM O DISPOSITIVO DE SAÍDA

ESTEREOSCOPIA ARTIFICIAL PARALAXE: É A DIFERENÇA DE FORMAÇÃO DE IMAGENS NAS VISTAS ESQUERDA E DIREITA, RESPONSÁVEL PELA SENSAÇÃO DE DISTÂNCIA E PROFUNDIDADE, DEVIDO A SEPARAÇÃO DE 65mm ENTRE OS OLHOS.

ESTEREOSCOPIA ARTIFICIAL

DISPOSITIVOS E TÉCNICAS DE ESTEREOSCOPIA Vídeo Estereoscópico; Estereoscópio; Anáglifo; Polarização da Luz; Óculos Obturadores Sincronizados; Par Estéreo; Efeito Pulfrich; Estereogramas de Pontos Aleatórios; Estéreo por Disparidade Cromática (ChromaDepth ); Display Autoestereoscópico; Máscara HMD (Head Monted Display); Caverna (Cave Automatic Virtual Enviroment);

VÍDEO ESTEREOSCÓPICO Duas câmeras dispostas com a mesma distância interocular dos olhos humanos (65mm); Câmeras em eixo paralelo; Câmeras em eixo convergente; Cada olho recebe a imagem correspondente;

VÍDEO ESTEREOSCÓPICO

VÍDEO ESTEREOSCÓPICO As imagens mais próximas apresentam maior disparidade do que as imagens mais distantes, revelando a profundidade.

APARELHO ESTEREOSCÓPIO Instrumento composto por um par de lentes convexas montadas em um suporte; Cada lente direciona a imagem correspondente cada olho; Vantagens no ajuste da distância pupilar entre as lentes;

APARELHO ESTEREOSCÓPIO

ANÁGLIFO As imagens estereoscópicas esquerda e direita são reproduzidas com cores diferentes (azul e vermelha); A filtragem da imagem para cada olho correspondente é feita através de filtros de cores; Pode ser impressa, é de baixo custo mas tem baixa qualidade;

ANÁGLIFO

ANÁGLIFO

ANÁGLIFO

ANÁGLIFO

POLARIZAÇÃO DA LUZ A imagem para cada olho é polarizada em planos ortogonais, um vertical e outro horizontal, através de filtros polarizadores; Cada olho recebe um filtro polarizador diferente (óculos polarizado), enxergando apenas a imagem referente a ele;

POLARIZAÇÃO DA LUZ

ÓCULOS OBTURADORES SINCRONIZADOS Lentes feitas de cristal líquido; Instantaneamente transparentes ou opacas (direita ou esquerda); Sincronizado com sinal de vídeo; Podem ser controlados por um emissor de infravermelho;

ÓCULOS OBTURADORES SINCRONIZADOS

ÓCULOS OBTURADORES SINCRONIZADOS

PAR ESTÉREO Técnica que utiliza duas imagens geradas lado a lado, considerandose a distância entre os olhos do observador; O observador deve convergir os olhos até ver três imagens; A imagem central aparece com profundidade;

PAR ESTÉREO

PAR ESTÉREO Imagem topográfica em par estéreo

EFEITO PULFRICH O olho humano tende a perceber a luz de forma mais lenta quando a intensidade é menor; Um filtro em um dos olhos (lente de óculos escuros) e uma animação convencional; A percepção diferenciada da mesma animação pelos dois olhos faz com que o usuário enxergue o mesmo objeto em posições diferentes com cada olho, gerando a sensação de profundidade; Barato e simples, mas só funciona com objetos em movimento;

EFEITO PULFRICH

ESTEREOGRAMAS DE PONTOS ALEATÓRIOS Utiliza a mesma técnica dos pares estereoscópicos; Entretanto, as duas Figuras são construídas sobre uma mesma imagem com apenas uma parte alterada (aquela de que se deseja mudar a profundidade);

ESTEREOGRAMAS DE PONTOS ALEATÓRIOS

ESTEREOGRAMAS DE PONTOS ALEATÓRIOS

ESTÉREO POR DISPARIDADE CROMÁTICA Com o uso de óculos com lentes especiais, é possível codificar diferentes profundidades na imagem através de suas cores; As lentes ChromaDepth mudam a direção da luz que as atravessa de acordo com a cor, criando o efeito estéreo; Cores quentes parecem estar mais perto do observador, enquanto os objetos de cores frias parecem estar mais distantes; Porém não permite o uso das cores de forma natural; Possibilidade de impressão;

ESTÉREO POR DISPARIDADE CROMÁTICA

DISPLAY AUTOESTEREOSCÓPICO As visões esquerda e direita são multiplexadas spacialmente sem a necessidade de óculos especiais; Cada imagem do par estéreo é fatiada e reside sobre as colunas pares e ímpares do monitor; As fatias são direcionados para o olho do observador por meio de uma película lenticular colocada na superfície do monitor ou pelo cálculo de distância e posicionamento dos olhos do observador; Multiple viewing zones ou eye tracking systems;

DISPLAY AUTOESTEREOSCÓPICO

MÁSCARA HMD (HEAD MONTED DISPLAY) Usados com imagens mono ou estéreo; As lentes ajudam a focalizar imagens que estão a alguns milímetros dos olhos do usuário ajudando também a ampliar o campo de visão do vídeo; Tanto de entrada (sensor de posição e orientação) quanto de saída (mostra de imagens) Podem ou não ser imersivos ou see-through Podem incluir ou não head-tracker Podem incluir ou não head-phones estéreo

MÁSCARA HMD (HEAD MONTED DISPLAY)

CAVERNA (CAVE AUTOMATIC VIRTUAL ENVIROMENT) Oferece a ilusão de imersão projetando imagens estéreo nas paredes e no chão de uma sala com as dimensões de um cubo; Várias pessoas portando óculos estéreo podem participar ao mesmo tempo; Um sistema de tracking ajusta continuamente a projeção estéreo na CAVE, em função da visão do participante líder;

CAVERNA (CAVE AUTOMATIC VIRTUAL ENVIROMENT)

CAVERNA (CAVE AUTOMATIC VIRTUAL ENVIROMENT)

FILME EM ESTEREOSCOPIA Um filme em estereoscopia é formado por duas imagens correspondentes à visão do olho esquerdo e a do olho direito, obtidas através de duas câmeras filmadoras convenientemente posicionadas horizontalmente. As imagens assim obtidas podem ser reproduzidas através de anáglifo, óculos polarizado, óculos obturador, máscara HMD ou Caverna, dependendo da aplicação.

FILME EM ESTEREOSCOPIA Exemplos de filmes em estereoscopia: Trabalho de CG UFU Inventa.mov Recreacion_Virtual.mov Promocional_Turistico.mov PUERTO.mov CLAS.mov

BIBLIOGRAFIA Alberto B.Visão Estereoscópica, Realidade Virtual, Realidade Aumentada e Colaboração. Tecgraf; Siscoutto, R. A (2004). Estereoscopia, Realidade Virtual: Conceitos e Tendências. SVR 2004); Wikipedia (2007). Estereoscopia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/estereoscopia, jun. 2007. [Tavares, 2007]Denilson L. da Motta Tavares Estereoscopia,http://www.inf.ufrgs.br/cg/c mp143/2007/estereoscopia.pdf