PLANO ESTADUAL DE CULTURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PLANO SETORIAL DO LIVRO E LEITURA



Documentos relacionados
PLANO NACIONAL DE DANÇA

CULTURA OBJETIVOS E METAS

EIXO I GESTÃO CULTURAL DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

Projeto Educativo da Escola Profissional de Leiria

ELEIÇÃO 2014 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA BRASIL 27 DO BRASIL QUE TEMOS PARA O BRASIL QUE QUEREMOS E PODEMOS DIRETRIZES GERAIS DE GOVERNO

Prefeitura Municipal de Santos

Composição dos PCN 1ª a 4ª

Trilha 4 Como estimular conteúdos e plataformas nacionais na rede mundial

AVANÇAR PELA LEITURA E PELA CIDADANIA UM PLANO PARA O BRASIL

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:

EIXO1: PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL

DIRETRIZES GERAIS PARA UM PLANO DE GOVERNO

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 3

Planejamento Estratégico da UNICAMP PLANES/UNICAMP

Rio, uma cidade de leitores: Política Pública de leitura e de formação de leitores da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.

PLANO OPERATIVO DA POLÍTICA

PLANO ESTADUAL DA CULTURA. Matriz Situacional da Cultura

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM GOIÁS: Políticas e programas que resgatam e qualificam o trabalhador

1. Garantir a educação de qualidade

PROPOSTAS PRIORITÁRIAS

Organização Curricular e o ensino do currículo: um processo consensuado

Planejamento e Gestão Estratégica

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

Fomento a Projetos Culturais na Área do Livro e da Leitura

PLANO DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS ESPANHOL 2 Área: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Disciplina: Língua Espanhola carga horária: 60 horas

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

Gabinete de Apoio à Família

1. Que os Estados partes fortaleçam o Instituto de Políticas Públicas de Direitos

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 2, DE 27 DE SETEMBRO DE

PROGRAMA DE GOVERNO DA FRENTE POPULAR A FAVOR DO AMAPÁ PROPOSTAS PARA O AMAPÁ CONTINUAR AVANÇANDO

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATY INSTITUTO C&A DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL ASSOCIAÇÃO CASA AZUL

COMISSÃO DIRETORA PARECER Nº 522, DE 2014

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

Ciência na Educação Básica

FÓRUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO SANTA MARIA-RS/BRASIL EDUCAÇÃO: ECONOMIA SOLIDÁRIA E ÉTICA PLANETÁRIA

EIXO V 348. Gestão Democrática, Participação Popular e Controle Social 349. A articulação e mobilização da sociedade civil e de setores do Estado

ILUMINADO DE AMARELO PROPOSTA DO FÓRUM PARANAENSE, INCORPORADA NA DISCUSSÃO DO FÓRUM EJA/RJ DE 17/6/2013

Programação Cultural - Biblioteca de São Paulo (BSP) - Público Jovem

Secretaria Nacional de Segurança Pública

PROPOSTA DE AÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO ESTADUAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

PLANILHA DE OBJETIVOS E AÇÕES VIABILIZADORAS FT DE CULTURA - "A SANTA MARIA QUE QUEREMOS"

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Introdução Mídias na educação

OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS

POLÍTICAS PÚBLICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Projeto Educativo. Creche Humanus C.A.M. Resposta Social Creche D O C C R E. Página 1 de 11. Funcionamento com apoio:

Nova Lei da TV Paga estimula concorrência e liberdade de escolha Preços de pacotes devem cair e assinantes terão acesso a programação mais

ARQUIVO DISPONIBILIZADO NA BIBLIOTECA VIRTUAL DO PROJETO REDESAN Título AVANÇOS DA POLÍTICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

Política de Responsabilidade Corporativa

A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos

POLÍTICA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO

TEXTO PRODUZIDO PELA GERÊNCIA DE ENSINO FUNDAMENTAL COMO CONTRIBUIÇÃO PARA O DEBATE

Edital de seleção para formação em gestão de Organizações da Sociedade Civil Fundação Tide Setubal 2011

PLANO SETORIAL DE DANÇA. DOCUMENTO BASE: Secretaria de Políticas Culturais - SPC Fundação Nacional de Artes FUNARTE Câmaras Setoriais de Dança

Diretriz 1. Criar e desenvolver um Censo Geral da Cultura

Plataforma. Portal Educacional

Incentivar a comunidade escolar a construir o Projeto político Pedagógico das escolas em todos os níveis e modalidades de ensino, adequando o

Que acontece quando se solta uma mola comprimida, quando se liberta um pássaro, quando se abrem as comportas de uma represa? Veremos...

PROGRAMA DE EXTENSÃO PROEX

Participação por meios digitais Ronald Costa

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro. Plano de Trabalho. Gestão Rodrigo Leitão Diretor

MELHORIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA ESCOLAR

1. O Contexto do SBTVD

PROJETO MÚSICA NA ESCOLA

Eixo I - Produção Simbólica e Diversidade Cultural

Projeto Grêmio em Forma. relato de experiência

DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA -PIBID-FAAT

CHAMAMENTO PÚBLICO PARA SELEÇÃO DE ORIENTADORES ARTÍSTICOS EM TEATRO PARA O PROJETO ADEMAR GUERRA Edição 2013

CURSO DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO

MANUAL DO ALUNO (A) ATIVIDADES COMPLEMENTARES/ESTUDOS INDEPENDENTES

RESUMO DOS PROGRAMAS E AÇÕES POR TIPO SEGUNDO O ÓRGÃO

FUNDO NACIONAL DE CULTURA. INVESTIMENTOS 2012 (1 a reunião)

Programas e Ações Ministério do Esporte

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES

Contribuição das Tecnologias da Informação e Comunicação no Processo Ensino-Aprendizagem

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS.

Formação e identidade profissional do/a professor/a da Educação infantil:

Bibliotecas comunitárias e espaços públicos de informação

RESOLUÇÃO CEB Nº 3, DE 26 DE JUNHO DE 1998

Apoio à Valorização da Diversidade no Acesso e na Permanência na Universidade

EMENTÁRIO: COMPONENTES DA BASE NACIONAL COMUM (BNC)

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ELEMENTOS PARA O NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Estrutura do PDI

Fornecimento de Óculos para Alunos Portadores de Deficiência Visual

PROJETO CURSO ALUNO INTEGRADO / 2013

EIXO II EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS PROPOSIÇÕES E ESTRATÉGIAS

XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 22 a 24 de julho de 2015

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS

DELIBERAÇÃO Nº 02/2015-CEE/PR. Dispõe sobre as Normas Estaduais para a Educação em Direitos Humanos no Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

O que é o Projeto TRILHAS?

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (PME)

DEPARTAMENTO DE GENÉTICA

Transcrição:

PLANO ESTADUAL DE CULTURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PLANO SETORIAL DO LIVRO E LEITURA Introdução O Plano Setorial da Superintendência da Leitura e do Conhecimento do Estado do Rio de Janeiro é fruto da reflexão de um grupo diversificado de cidadãos e se inspira no Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL). Leitura, livro e bibliotecas públicas consistem provavelmente na área da gestão cultural que oferece maior interação com a educação formal e não formal. O Estado e a sociedade se empenham em incluir milhares de brasileiros a cada ano no sistema de ensino. A maior parte deles não ultrapassa a condição de analfabeto funcional, levando a que esse conjunto de esforços, energia e investimentos públicos e privados não cumpram plenamente suas finalidades. Esse cenário leva à percepção de que, mais do que uma política de difusão do livro, são necessárias políticas estaduais e municipais de fomento à leitura, incentivando-a onde o povo está. A promoção da leitura é o centro do trabalho das Bibliotecas Parque. O Rio de Janeiro vem inovando na implantação dessas bibliotecas em diversas comunidades da capital: Manguinhos, Rocinha, e Complexo do Alemão; na modernização da Biblioteca Pública do Estado e a de Niterói. A partir do modelo concebido e implantado na Colômbia e tomando como referências as experiências das Bibliotecas Públicas do Chile e da França, as Bibliotecas Parque se fundamentam em programas que estimulam a produção e fruição do texto da palavra através de todas as artes e da literatura. O Brasil encontra-se em um ambiente no qual a grande difusão do audiovisual, a expansão da banda larga, a digitalização e a convergência de mídias permitem a ampliação do acesso ao universo das informações. Estas trafegam pelo mundo em alta velocidade, criando não apenas oportunidades de qualificação aos brasileiros como receptores de informação, mas, sobretudo, oferecendo a grande parte da população a possiblidade de ser também produtora de conteúdos. A leitura é fundamental para a plena realização da condição humana e da capacidade de entender o mundo. O domínio da memória escrita, as coleções de livros, o acesso ao conhecimento e à poesia têm forte influência na formação cidadã. As bibliotecas são os lugares da transmissão e também das rupturas com as tradições. A promoção dos valores democráticos é base para a cultura do discernimento e do diálogo, tanto individual quanto coletivo. É preciso dar conta do texto do mundo e, como dizia Paulo Freire, ante a este mundo enigmático, nós precisamos aprender a dizer a nossa própria palavra. O conjunto de dados evocado na justificativa do PNLL aponta para a gravidade da situação da leitura no país, assim como para a premência de sua superação, e deste estado de coisas o Rio de Janeiro não constitui exceção. Ainda que tais dados apresentem apenas um esboço da referida situação, oferecem elementos suficientes para contextualizar e justificar a política estadual ora em proposição.

Entre as muitas possibilidades de textos que podem ser adotados no trabalho com a leitura, a valorização da literatura merece atenção especial no contexto do Plano, dada a enorme contribuição que pode trazer para uma formação do leitor, consideradas suas três funções essenciais: a) a capacidade que a literatura tem de atender a nossa imensa necessidade de ficção e fantasia; b) sua natureza essencialmente formativa, que afeta o consciente e o inconsciente dos leitores de maneira bastante complexa e dialética, como a própria vida, em oposição ao caráter pedagógico e doutrinador de outros textos; c) seu potencial de oferecer ao leitor um conhecimento profundo do mundo, tal como faz, por outro caminho, a ciência. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, tem como objetivo geral assegurar e democratizar o acesso à leitura e ao livro a toda a sociedade, com base na compreensão de que a leitura e a escrita são instrumentos indispensáveis na época contemporânea para que o ser humano possa desenvolver plenamente suas capacidades, individual ou coletivamente. O Plano Setorial de Leitura e Conhecimento do Estado do Rio de Janeiro adota e desenvolve, no nível estadual, alguns eixos do PNLL. Nesse sentido, é importante ressaltar que o Plano aqui apresentado visa também servir de instrumento mobilizador e aglutinador entre as diversas Secretarias (Educação, Meio Ambiente, Assistência Social, entre outras) para que os eixos e propostas desenvolvidas no PNLL possam se desenvolver em âmbito estadual. Assim, a partir destes eixos expostos no PNLL, apresentamos abaixo as seguintes diretrizes e estratégias para o Plano Setorial da Leitura e do Conhecimento do Estado do Rio de Janeiro, de onde se depreendem ações, metas e indicadores que irão concretizar a política estadual para o livro, a leitura e as bibliotecas. Diretriz 1: Democratizar o acesso à informação, à construção do conhecimento e à literatura. Priorizar as bibliotecas públicas para difusão da literatura, da arte, do conhecimento e do processo criativo. A gestão pública da leitura deve propor e proporcionar a universalização do saber, oferecendo uma rede de bibliotecas de forma que qualquer pessoa tenha livre acesso à informação que precisar ou desejar, seja em qualquer tipo de suporte disponível. 1.1. Fortalecer as bibliotecas estaduais e municipais apoiando sua modernização, aquisição e renovação de acervo e a formação de profissionais ligados ao livro e à leitura. 1.2. Manter e ampliar uma rede de Bibliotecas Parque. 1.3. Apoiar o crescimento e o fortalecimento de bibliotecas comunitárias, escolares, universitárias e temáticas. 1.4. Implantar uma rede informatizada de todas as bibliotecas do Estado do Rio de Janeiro através de um catálogo de acervo estadual, em articulação com os outros sistemas de bibliotecas.

1.5. Incorporar o uso de tecnologias de informação e comunicação nos processos administrativos das bibliotecas, assim como na formação de seus leitores. 1.5.1. Adquirir ferramentas e processos de gestão de bibliotecas; 1.5.2. Adquirir e estimular o uso de jogos e atividades digitais como mediação e estímulo a leitura. Diretriz 2: Fomentar a leitura e a formação de leitores. A Secretaria de Estado da Cultura reconhece a necessidade de fomentadores que ajudem a criar novos leitores com o fortalecimento de um programa de mediadores. A SEC deve promover programas de formação e de qualificação de novos profissionais em programas de mediação de leitura e conhecimento, respeitando diferentes saberes e modos de ver o mundo, a serem ministrados em toda a rede de bibliotecas. 2.1. Construir um diagnóstico aprofundado do setor, com ampla difusão de seus resultados. 2.1.1. Mapear bibliotecas públicas, comunitárias, escolares, pontos e ações de leitura. 2.2. Promover a formação para educadores, bibliotecários, mediadores de leitura, contadores de histórias e demais agentes ligados à promoção da leitura. 2.3. Valorizar por meio de prêmios, editais e outras formas de reconhecimento as ações de incentivo e fomento às práticas de leitura. 2.4. Promover a realização de seminários, congressos e outras formas de intercâmbios e troca de saberes. 2.5. Fortalecer instrumentos de diálogo entre programas públicos de formação e fomento à cadeia criativa e mediadora, no intuito de gerar uma gestão articulada entre União, Estado e Município. 2.6. Proporcionar ao leitor experiências em outros suportes além do texto impresso. 2.7. Fomentar estudos e pesquisas nas áreas do livro e da leitura. 2.8. Facilitar o acesso ao livro e à leitura em espaços não convencionais. 2.9. Estimular a formação de novos públicos frequentadores de bibliotecas e demais equipamentos culturais, favorecendo e estimulando intercâmbios com as bibliotecas comunitárias. 2.9.1. Criar programas permanentes de leitura em bibliotecas públicas.

Diretriz 3: Fortalecer a conexão da leitura com a arte, a educação e a comunicação. É essencial reconhecer a necessidade de profissionais que estimulem leitores por meio de experiências artísticas e estéticas transformadoras, relacionando-as com o universo da leitura. A Secretaria de Estado da Cultura deve promover programas de articulação com todos os segmentos artísticos e seus profissionais que favoreçam o acesso à diversidade cultural. 3.1. Estimular o desenvolvimento de linguagens nas diversas formas de produção textual e artística. 3.1.1. Manter, fortalecer e dar continuidade aos laboratórios já existentes nas Bibliotecas Parque voltados para produção editorial, audiovisual, cênica, literária e de memória, oralidade, corpo e artes plásticas. 3.1.2. Reproduzir as experiências de estímulos e desenvolvimento em outros espaços de leitura. 3.2. Possibilitar a integração de profissionais de outras áreas (artística, educacional e comunicacional), a partir de editais ou chamadas públicas, em ações de articulação com a área de livro e leitura. Diretriz 4: Desenvolver a economia do livro em vários suportes. A política para o livro e a leitura deve considerar também as diversas autorias e a criação literária, além das questões de fomento do setor editorial e livreiro, de forma a criar condições para que, por meio da formação de leitores, sob uma perspectiva sistêmica, o econômico se equilibre com o direito de cidadania e a dimensão simbólica. 4.1. Apoiar autores residentes, designers e ilustradores com bolsas e editais para criação literária, abrangendo teatro, romance, poesia, conto, biografia, música, memória, etc. 4.2. Apoiar o desenvolvimento dos elos da cadeia produtiva e criativa do livro. 4.2.1. Financiar edições independentes ou não que envolvam autores e editores do estado do Rio de Janeiro. 4.2.2. Fomentar o fluxo de novos autores e demais agentes da cadeia produtiva estudantes em bibliotecas públicas com recursos para transporte, alimentação e honorários. 4.3. Fomentar feiras e festivais literários.

4.4. Aproximar a produção literária dos espaços de leitura de modo a permitir novas dinâmicas para a economia do livro. 4.4.1. Criar pontos de vendas da produção literária local dentro das bibliotecas públicas. 4.4.2. Criar núcleo editorial e gráfico dentro das bibliotecas públicas para fomento a edições independentes. 4.4.3. Criar escolas do livro dentro das bibliotecas, com oficinas de escrita, edição de livros, e criação de incubadoras de pequenas editoras etc. 4.4.4. Apoiar editores do Estado do Rio de Janeiro na divulgação de livros dos mais diversos conhecimentos em escolas e/ou locais públicos. 4.5. Fomentar a aproximação das produções literárias com as cênicas e audiovisuais, potencializando os vínculos econômicos entre esses campos. Diretriz 5: Bibliotecas como local de encontro e trocas. As bibliotecas públicas devem responder a um novo conceito de espaço de leitura e lazer. Antes mais focadas nos livros, em sua conservação e preservação, hoje a biblioteca deve ser centrada principalmente na relação do texto com o leitor, reforçando o valor da palavra escrita e contribuindo para produzir significados. As bibliotecas devem ser locais de leituras, pesquisas, estudos, mas também espaços de convivência comunitária, fruição e produção cultural com acesso às várias linguagens artísticas. 5.1. Tornar a biblioteca um espaço de referência para encontros e para as diversas experimentações artísticas, articuladas à pesquisa e à promoção da linguagem e da leitura. 5.1.1. Promover exposições, seminários, colóquios, encontros e debates com autores, pensadores e criadores, democratizando e promovendo maior acesso à reflexão. 5.2. Promover as bibliotecas como espaços de convivência comunitária relevante à vida cultural e à pluralidade dos interesses dos cidadãos, considerando as particularidades do território, a acessibilidade e atendimento adequado. 5.3. Conferir acolhimento e bem estar em bibliotecas através da sua arquitetura e gestão; 5.4. Tornar as bibliotecas locais de importância para o projeto educativo e para a vida escolar, propiciando à criança e aos jovens uma trajetória de vida mais rica culturalmente.