Situação do aleitamento materno no Brasil: uma revisão



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REVISÃO Situação do aleitamento materno no Brasil: uma revisão Karen Moura Pires de Oliveira Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem. Isaac Rosa Marques Docente do Curso de Graduação em Enfermagem. Orientador. RESUMO O aleitamento materno diminui o índice de morbimortalidade infantil, além repercutir inúmeras vantagens durante a adolescência e vida adulta. O Brasil por ser um país em desenvolvimento, com grande número de famílias pertencentes à classe socioeconômica mais desfavorecida, necessita que este ato de amor e compromisso seja realizado predominantemente entre as mães. Tendo com objetivo analisar a situação do aleitamento materno no Brasil, fatores de desmame precoce e percepção materna, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com artigos originais indexados na base de dados SciELO. Este estudo apresentou como resultados que: O aleitamento materno é satisfatório, porém o aleitamento materno exclusivo preocupante. Fatores como escolaridade materna, retorno ao trabalho, influencia de familiares, uso de mamadeiras e chupetas, além da ausência de informações vinda do profissional de saúde são os maiores fatores de desmame. E que o ser mulher muitas vezes fica despercebido, não levando em conta seus anseios e temores. Descritores: Saúde da mulher; Aleitamento materno; Desmame precoce. Oliveira KMP, Marques IR. Situação do aleitamento materno no Brasil: uma revisão. Rev Enferm UNISA 2011; 12(1): 73-8. INTRODUÇÃO A amamentação é vital para a saúde da criança durante toda a vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 2001, recomenda o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) até os primeiros seis meses de vida como medida de saúde pública e, após os seis meses, determina à introdução dos alimentos complementares com a manutenção do aleitamento materno (AM) até os dois anos de idade ou mais. Está recomendação também foi adotada em nosso país pelo Ministério de Saúde (1-2). A definição da Organização Mundial da Saúde para AME é o aleitamento em que a criança recebe somente leite do peito, diretamente da sua mãe, ou extraído, e nenhum outro líquido ou sólido, exceto gotas ou xaropes de vitaminas, suplementos vitamínicos ou medicamentos; e AM misto é o aleitamento em que a criança recebe, além do leite materno, qualquer outro tipo de alimento ou líquido, como leite artificial, chás, sucos; e artificial é a alimentação sem leite materno (3). O AME está relacionado com taxas reduzidas de mortalidade e morbidade por diarréia, infecções respiratórias aguda e menor prevalência de desnutrição (4). Atribui-se a essa prática a prevenção de mais de seis milhões de mortes de crianças menores de 12 meses a cada ano. Os benefícios de um aleitamento humano exclusivo são inúmeros, pois reúnem os nutrientes ideais, inúmeras vantagens imunológicas e psicológicas, crescimento harmonioso da face, promovendo a maturação das funções do sistema estomatognático, além do vínculo afetivo entre mãe e filho, que é extremamente importante (5-6). O AM mantém seus benefícios também a longo prazo. Estudos recentes mostram que crianças amamentadas tendem a apresentar menor prevalência de obesidade na infância. A ingestão excessiva de proteínas, comum em crianças alimentadas com fórmulas infantis, poderia induzir a obesidade. Essa ingestão protéica acima das necessidades pode estimular a secreção de insulina e do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF1), o que aumentaria atividade adipogênica e a diferenciação de adipócitos com possíveis repercussões na adolescência e durante a vida adulta (1,7). Outra importante vantagem do AM é o custo. A amamentação é uma fonte de economia para a família, especialmente nos países em desenvolvimento, onde grande parte da população pertence aos níveis socioeconômicos mais baixos (8). Pois muitas vezes as mulheres de classes desfavorecidas oferecem ao filho uma mamadeira excessivamente diluída, 73

e com risco de contaminação durante o preparo do leite, o que pode ocasionar doenças e desnutrição (9). O fato de o Brasil ser um país em desenvolvimento, com um número significativo de famílias com baixa renda, demonstra à importância dessa ação ser não só sensibilizada, mas também conscientizada entre as mães. O AME também pode ser um adequado método de anticoncepção natural se mantido corretamente nos primeiros cinco meses após o nascimento do bebê (3). Sendo um método fácil e natural de planejamento familiar. Sendo o enfermeiro também um educador em saúde, deve orientar a importância e a necessidade do AME para o lactante e as inúmeras vantagens para a mãe, a família e a sociedade. Aproveitando todas as possíveis oportunidades de contato com a mulher desde o inicio da gestação, no prénatal, nos grupos educativos, seguindo este acompanhamento durante o processo do parto dando enfoque especial nas primeiras horas após o nascimento da criança, e depois durante o retorno para casa e em suas consultas de rotina (10-11). Em cada uma dessas fases, o enfermeiro devidamente capacitado exerce um trabalho com consequências satisfatórias. A enfermagem tem como função: educar, incentivar e orientar a população a trabalhar na prevenção de doenças e manter a saúde estando o indivíduo já saudável. Fornecer as informações sobre o AME e de como este gesto de amor produz além de vínculo afetivo, nutrição adequada para seu filho e benefícios gerais a todos, é dever de todos profissionais de saúde em especial do enfermeiro que é um cuidador em saúde. Dentro da família, as avós e o pai são os maiores influenciadores, devendo também obter os esclarecimentos necessários sobre AM (12-13). O contexto de cada gestação é determinante para o seu desenvolvimento, bem como para a relação que a mulher e a família estabelecerão com a criança, desde as primeiras horas após o nascimento. Interfere, também, no processo de amamentação e nos cuidados com a criança e com a mulher. Um contexto favorável fortalece os vínculos familiares, condição básica para o desenvolvimento saudável do ser humano (14). O Brasil vem, desde a década de 1980, desenvolvendo estratégias para apoiar a promoção e proteção do AM por meio de iniciativas de capacitação de recursos humanos, apoio aos Hospitais Amigos da Criança, produção e vigilância das normas nacionais de comercialização de alimentos infantis, campanhas nos meios de comunicação e apoio à criação de bancos de leite humano, entre outras (15). Considerando o contexto apresentado, este estudo objetivou apresentar uma revisão da literatura sobre a situação do AM no país, estudando as principais causas de desmame precoce, tendências e aspectos relacionados à assistência de enfermagem. MÉTODO Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão da literatura na qual foram considerados materiais indexados na base de dados SciELO. Para a pesquisa de tais materiais, foi utilizada a expressão AM, estabelecendo-se os seguintes critérios para composição da amostra: publicações do tipo artigo original de pesquisa e que ocorreram nos últimos seis anos, publicadas em idioma português. A análise dos materiais inicialmente considerou a leitura dos resumos e verificação dos critérios estabelecidos. Sendo selecionado um determinado artigo, foi feito o download do arquivo seguida da impressão e leitura do mesmo. Esta leitura permitiu a classificação dos materiais em categorias temáticas. A partir deste processo foram criadas as seguintes categorias: Situação do aleitamento, Fatores determinantes do desmame e Percepção das mães. Foram analisados 40 artigos, dentro destes, 30 foram utilizados para a realização da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Situação do aleitamento materno no Brasil No Brasil, foi criado em 1981, o Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM), que reforçava a amamentação como ato natural, instintivo, inato e biológico. Após onze anos em 1992, foi implantada a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IAHC), definida como um esforço mundial para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. A Iniciativa conta com estratégias educativas que contemplam todo o ciclo gravídico-puerperal; os hospitais devem garantir condições às mulheres, tanto no hospital como fora dele, para continuarem o AME até os seis meses de vida do bebê (9). No Brasil já são 355 maternidades credenciadas na IHAC, sendo que a cada três anos ocorre uma reavaliação para que se mantenha o credenciamento (16). Durante a revisão bibliográfica foi verificada a situação do AM e AME em algumas regiões brasileiras. Verificou-se que a maioria das crianças (87,3%) é amamentada no primeiro mês de vida. Essa proporção decresce para 77,5% aos 120 dias, e para 68,6% aos 180 dias. Os maiores percentuais de prevalência em relação ao AM são encontrados nas regiões Norte e Centro-Oeste nas diferentes idades. Já em relação ao AME a prevalência se mostrou maior na Região Sul do país (17). A prevalência em relação ao AM nas regiões do país demonstrou que a Região Norte apresentou 90,9% aos 30 dias e 76,7 aos 180 dias; a Região Nordeste 85,9% e 64,8%; a Região Centro-Oeste 90,2% e 73,1%; a Região Sudeste 83,5% e 62,6%; a Região Sul 82,5% e 60,8%; em relação às respectivas idades (17). Já em relação ao AME nas mesmas regiões acima citadas demonstrou prevalência na Região Norte 47,0% aos 30 dias e 7,0% aos 180 dias; Região Nordeste 49,9% e 8,4%; Região Centro-Oeste 44,4% e 6,2%; Região Sudeste 38,2% e 6,7%; e Região Sul 58,5% e 10,2%; em relação às respectivas idades (17). De uma forma geral o percentual de crianças alimentadas exclusivamente com leite materno é baixo já no primeiro mês de vida (47,5%). Na idade de 120º dias, a proporção estimada foi 17,7% e, aos 180 dias, 7,7%. A Região Sul 74

destaca-se com as maiores prevalências para todas as idades (17). Demonstrando que um melhor desempenho em relação AM não implica necessariamente a mesma posição em relação ao AME. Pesquisas realizadas em quatro municípios nordestinos observaram que 99,0% das mães iniciam a amamentação logo após o nascimento do filho, porém 72,0% delas introduziram água ou chá já no primeiro dia de vida da criança. Neste contexto, a prevalência de AME aos seis meses foi de 0,6% (18). Em Fortaleza, os percentuais de crianças com 30 e 120 dias de vida alimentadas somente com leite materno corresponderam a 73,4% e 29%, respectivamente. Em Recife, as taxas de amamentação, nas mesmas idades, situaram-se em 34,1% e 17,3%. No entanto, aos 180 dias, ambas as localidades apresentaram prevalências semelhantes dessa modalidade de aleitamento: Fortaleza com 10,2% e Recife com 10,3% (17) não se mantendo assim uma maior prevalência para o AME na região de Fortaleza, como esperado por ter apresentado um melhor desempenho nos primeiros de dias. No Estado da Paraíba, apenas 22,4% das crianças menores de quatro meses receberam AME, e em Cuiabá a prevalência em menores de seis meses foi de 34,5% que mantiveram o AME (19). Estudos realizados em 84 municípios do estado de São Paulo verificaram uma prevalência de AME aos quatro meses entre 0% e 45%, sendo superior a 20% em apenas 32% dos municípios (20). Em outro estudo realizado no Estado de São Paulo demonstrou que a mediana encontrada para o AME foi 90 dias e para AM 120 dias. A prevalência do AME com um mês de vida foi de 66,2%, decaindo para 2,3% aos seis meses. E em 1,6% dos casos as crianças nunca haviam recebido AM (6). Na cidade de Guarapuava no Paraná o AME apresentou média de 60 dias, mostrando se superior que a média nacional que é de 24 dias, e a média do próprio Sul dos País que é de 39 dias (18). Estudos observaram que a prevalência de AME aumentou de 13% em 1995 para 29,6% em 2004 (18). Nas regiões brasileiras mais desenvolvidas, o padrão de AM é semelhante ao dos países desenvolvidos, ou seja, mulheres mais instruídas e de melhor nível socioeconômico amamentam por mais tempo (5). Uma justificativa para diferentes condutas dos grupos populacionais em relação à amamentação são moduladas, em sua maioria, por preferências pessoais, culturais, circunstâncias sociais e econômicas, características demográficas e aplicação de programas voltados para evitar o desmame precoce (1,21). O Brasil por ser muito extenso territorialmente, é diversificado em relação aos dados mencionados, por isso as variações de aleitamento natural observadas sugerindo a grande heterogeneidade do AM e AME em diferentes realidades brasileiras. Pesquisas brasileiras mostram que as mães que obtiveram maior sucesso no AM eram as mais velhas, mais instruídas, casadas, mães de crianças de pele branca com experiência anterior positiva com o aleitamento e consequentemente motivação maior, com boa orientação de pré-natal e apoio de outras pessoas para o amamentar especialmente do marido (5,20). A experiência bem sucedida em relação ao aleitamento do filho anterior predispõe a mulher a amamentar um novo bebê durante mais tempo e de forma exclusiva (8,10). Estimativas de prevalência ao AME se mostraram associada positivamente com a escolaridade materna de doze anos ou mais de estudo (22). Sendo experientes, mulheres já estruturadas com certo grau de instrução e melhor compreensão das informações recebidas, tendem a aceitar melhor o aleitamento como um benefício tanto para o bebê quanto para si próprio. Com o apoio de um companheiro conhecedor dos benefícios, se forma um conjunto de incentivo ao aleitamento que tende a prevalecer por um período mais longo e de maneira mais eficiente sendo realmente AME. A partir do sexto mês a prevalência do AM se inverte, sendo maior entre as mais pobres, fato talvez explicado por razões de dificuldades econômicas, que impedem a complementação com outros alimentos ou, até mesmo, com outros tipos de leite (5). Fatores que contribuem para o desmame precoce Um estudo realizado no Estado de São Paulo observou que mães adolescentes, assim como as de mais idade, com 5 a 11 anos de estudo, com profissões de nível técnico, ou desempregadas e as que não tinham um companheiro, ofereceram leite materno aos seus filhos por menos tempo. Tendo também relação a cor da pele da criança, pois as negras e pardas foram amamentadas por menos tempo (20). A baixa escolaridade paterna e materna, o trabalho da mãe fora de casa, e o uso de chupeta ou mamadeira foram os principais fatores relacionados à suspensão precoce do AM (21-23). O uso de mamadeiras e chupetas interfere nas funções de mastigação, sucção e deglutição, sendo capaz de alterar a musculatura dos órgãos fonoarticulatórios. Quando introduzidas precocemente acredita-se que possam gerar confusão dos bicos, devido diferenças encontradas na sucção da mama e no bico artificial. A chupeta tem forte associação com o desmame precoce, de forma que crianças que não a usam apresentam maior prevalência e duração do aleitamento materno quando comparada com as que utilizam (6,24). A escolaridade materna apresenta duplo resultado, pois mulheres com menos anos de estudo tem maior dificuldade de aderir às informações recebidas além de normalmente trabalhar em locais que não fornecem reais benefícios e apoio. E as mulheres com mais anos de estudo tem mais conhecimento e amamentam mais por conhecer os benefícios do aleitamento, e em contrapartida normalmente são mulheres com alguma profissão o que leva ao retorno ao trabalho, o que implica limitações a amamentação de forma exclusiva (8). Se tornando um fator de preocupação, pois muitas mulheres não amamentam ou desmamam precocemente com medo que o bebê sofra com a ausência da adaptação quando ela retornar ao trabalho. Em relação a ocupação profissional da mãe, os índices de desmame são 75

elevados quando o número de horas trabalhadas pela mãe excedem a 20 horas semanais e quando após o término de seu trabalho há também a necessidade de realizar trabalhos domésticos (5). Tendo com consequência cansaço e desgaste físico. A falta de apoio nas instituições e de condições ambientais para a ordenha do leite, como a falta de berçários, são as maiores dificuldades encontradas por essas mães. Sendo fundamental para uma trabalhadora manter o AME após o término da licença maternidade a existência de creches e de apoio institucional para ir amamentar durante o expediente (5,25). A ausência de informações também é um grande fator para o desmame precoce. Estudos demonstraram que muitas mães não sabiam diferenciar AM de AME, acreditando ser AME se o único leite oferecido for o materno, ainda que já esteja comendo frutas e/ou tomando sucos (25). Diferenças políticas de aleitamento materno adotadas pelas maternidades refletiram-se nas diferenças de prevalência de aleitamento na primeira hora. As maternidades privadas tendem a não adotar nenhuma política de promoção do aleitamento materno (26). O tipo de parto também foi considerado um fator de desmame precoce. O parto cesárea dificulta tanto a ida para o alojamento conjunto quanto o início precoce da amamentação. Mães com parto operatório apresentam maior dificuldade em aleitar, devido ao mal posicionamento ou ao inadequado envolvimento afetivo. Além disso, a cesárea retarda ou dificulta as primeiras mamadas por alterar as respostas endócrinas da mãe e do recém-nascido logo após o parto, indicando que o ato cirúrgico provoca dor e sonolência, e o uso de anestésicos e analgésicos afeta a interação mãe/bebê (3,27). Dificultando assim o primeiro contato entre mãe e filho, ocasionando um retardo do vínculo afetivo e do tão esperado apego. Em um estudo foram observados bebês nascidos de mães saudáveis, com gestações sem complicações. Os bebês foram colocados sobre o abdômen da mãe logo após o parto. Metade deles foi retirada após vinte minutos e a outra ficou por tempo indefinido. Depois de aproximadamente vinte minutos, os que ficaram sobre a mãe movimentaram-se em direção a mama e, após algum tempo, sugaram vigorosamente. E os bebês que foram retirados tiveram que ser ensinados a mamar (27). O apoio de familiares como a própria mãe ou sogra também é de grande relevância, pois são os exemplos mais próximos e reais da puérpera. Segundo uma pesquisa realizada mães amamentadas por menos de um mês também apresentaram maior risco de não amamentar os seus filhos (28). A introdução de sucos, chás, alimentos além de leites artificiais são muitas vezes incentivados pela avó ou sogra, que acreditam serem esses complementos para real nutrição da criança. Devido a mitos ainda existentes em nossa sociedade relacionados ao valor nutritivo do leite materno. As avós são cuidadoras significativas no âmbito familiar. Transmitem seus conhecimentos e sua cultura, e são valorizadas e respeitadas por sua experiência e vivência especialmente nos cuidados com os recém nascidos (12). Sendo muitas vezes fonte de informações desatualizadas e repletas de crendices. Pois foi justamente o que aprenderam e vivenciaram. Muitas delas tiveram filhos nas décadas de 60 e 80, quando o AM não era tão valorizado, em especial o exclusivo. As taxas de AM nessa época eram baixas, o uso de água e chá era recomendado pelos pediatras e imperava a crença do leite fraco ou pouco leite. As avós transmitem às suas filhas a sua experiência, acreditando ser o mais adequado (6). E o fato de a criança ter se desenvolvido normalmente acredita-se ser essa a melhor orientação. Algumas atitudes precisam ser construídas- desconstruídas- reconstruídas a partir das interações de negociação por meio do processo interpretativo usado pelas mulheresavós ao tratar das questões relacionadas a essa prática (13). Reforçando a necessidade de se incluir as avós em programas de promoção e incentivo ao AM e a participação no processo de amamentação vivenciado pelo ser mulher que amamenta; colaborando para que as filhas ou noras se sintam mais seguras e confiantes ao aleitarem, uma vez que receberam cuidados, apoio e incentivo, adquirindo deste modo, experiências mais positivas que serão transmitidas futuramente (12,26). A falta de apoio e incentivo do companheiro também é fator de desmotivação para manter AM. É constatada que a presença de suporte social do marido está associada à menor incidência de sintomas de depressão pós-parto. Mães separadas, ou sem companheiro e provenientes de famílias não-nucleares apresentam maior freqüência de sintomas depressivos (29). Mães deprimidas referem além da falta de apoio, isolamento, cansaço e problemas físicos de saúde, como fatores que contribuem para o estado depressivo (29). O que pode justificar menor vínculo afetivo com a criança, paciência e cuidados com a mesma podendo levar a um desmame precoce. A amamentação mesmo sendo um processo biologicamente determinado é fortemente marcada por fatores socioculturais. Muitas mulheres são influenciadas ao desmame devido a mitos e crenças sobre o valor nutricional do leite materno. A literatura expressa como os mitos, crenças e tabus internalizados pelas mães, durante sua formação cultural, no que diz respeito ao AM, tais como produção insuficiente de leite, leite fraco, dificuldade com a pega do bebê, choro do filho e prejuízo a estética corporal (5,30). Percepção das mães sobre o processo de AM A importância das mulheres para se promover a amamentação é reconhecida, mas o campo das políticas nem sempre reflete a ótica destas, desprezando que os seios pertencem as mulheres e que elas não são chamadas a opinarem e a decidirem na política do AM. Após o parto, é socialmente esperado que as mães estejam prontas, acolhedoras e desejosas da amamentação. Muitas vezes as mulheres não têm a chance de revelar seus reais desejos e suas condições físicas e emocionais para desenvolver essa função (9). Além de muitas vezes se sentirem impotentes e culpadas 76

decorrente de algum problema com a amamentação como fissuras, mamilos planos e/ou invertido ou hipogalactia (10). Muitas mulheres têm conhecimento sobre os benefícios do AM para si própria, como a recuperação do peso gestacional, a involução uterina e a consequente diminuição de sangramento uterino, secundaria a produção de ocitocina que ocorre durante a mamada; a diminuição do risco de câncer de mama e de ovário, entre outras vantagens. Estas informações trazem um caráter de autocuidado, mas que nem sempre é focado no cuidado à mulher no ciclo gravídicopuerperal. Pois geralmente essas informações possuem um caráter autoritário, repetitivo e raramente oportuniza troca de saberes de maneira igualitária entre as mulheres e os profissionais de saúde (10). As mulheres sentem-se fortemente influenciadas por aspectos culturais, referindo à relevância da opinião de familiares e profissionais da saúde: as experiências próprias em aleitar, a influência dos padrões estéticos de beleza, e a construção de laços afetivos entre mãe filho por meio do AM, o que condiciona culturalmente a figura da boa mãe como aquela que amamenta (10). Não podendo muitas vezes expor seus reais desejos, pelo temor de ser mal interpretada e ser vista como uma não boa mãe. Faltando muitas vezes para sua tomada de decisão um diálogo empático e compreensível. Cabe a mulher detentora do corpo feminino, o direito de gestar, parir e amamentar. Aos profissionais de saúde cabe o acolhimento a estas mulheres, a compreensão do seu modo de vida e o respeito às suas opiniões (9). Para assim apoiá-la, esclarecer suas dúvidas, e exercer um real cuidado, incentivando e participando deste processo. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Brasil vem apresentando melhoria em relação à saúde publica voltada para assistência à saúde da mulher gestante. Com programas de capacitação profissional, consultas de acompanhamento de pré-natal, grupos educativos, exames complementares e assistência hospitalar voltada para o parto natural. Além de incentivo aos hospitais públicos com credenciamentos para o IHAC. E constantes orientações sobre os benefícios do AM através de folders informativos e campanhas publicitárias com personalidades influentes. Concluiu-se que o AM no Brasil pode ser considerado satisfatório, porém o AME preocupante. A ausência de informações é um fator de grande relevância, pois a mãe se encontra em um momento de grande fragilidade e temor. E as influências de familiares, repleta de mitos e costumes errôneos são grandes contribuintes para o desmame precoce. O medo da ausência de adaptação do lactante quando a mãe retorna ao trabalho e as ausências de apoio nas instituições onde prestam serviços são grandes contribuintes para o desmame precoce. A falta do papel efetivo de educador e incentivador da promoção em saúde do enfermeiro são os grandes responsáveis pelo desmame precoce. O profissional de saúde responsável pela assistência à mulher requer não apenas conhecimento sobre amamentação, mas também necessita de habilidades clínicas e de aconselhamento. O aconselhamento em amamentação implica ajudar a mãe a tomar decisões de forma empática, saber ouvir, dar apoio e sugestões, além de desenvolver a confiança. É importante que as mães se sintam encorajadas a prosseguir com o aleitamento natural, sendo necessário que o enfermeiro atue já na sala de parto, para que as mães sejam imponderadas a amamentar ali mesmo, respeitando suas particularidades e diversidades socioculturais, para que se sintam apoiadas e construam o vínculo afetivo. Já em relação aos serviços particulares oferecidos, deve haver uma maior fiscalização do Ministério da Saúde para o incentivo ao AM. Este incentivo deve iniciar no pré-natal, ter enfoque especial ainda na sala de parto e nos primeiros dias de puerpério ainda no hospital, onde a mulher estará sensível e repleta de duvidas sobre a amamentação. Além de maior prevalência ao parto natural. As creches onde essas mães vão confiar A segurança e educação de seus filhos deve ter espaço para a ordenha do leite, e oferecimento do mesmo. Além de incentivo para que se mantenha exclusivo até o sexto mês de vida e complementar até os dois anos. Apesar de formalmente convencidos das vantagens e benefícios da amamentação, são poucos os profissionais de saúde que se dedicam a esclarecer as gestantes e puérperas sobre a importância do AME. A orientação deve começar no pré-natal, orientando a mulher sobre todos os potenciais benefícios do AM, para que avalie e construa suas escolhas. Sendo de grande importância essa abordagem também aos familiares, principalmente a figura avó e paterna, que estarão presente nos primeiros dias, onde se apresenta as primeiras duvidas e temores, e serão os possíveis cuidadores dessa mãe e desse bebê. REFERÊNCIAS 1. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia Alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. 2. Pedras CTPA, Pinto EALC, Mezzacappa MA. Uso do copo e da mamadeira e o aleitamento materno em recémnascidos e a termo: uma revisão sistemática. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2008; 8(2): 163-9. 3. Narchi NZ, Fernandes RAQ, Dias LA, Novais DH. Variáveis que influenciam a manutenção do aleitamento materno exclusivo. Rev Esc Enferm USP. 2009; 43(1): 87-94. 4. Accioly E, Costa VM, Faria IG, Lacerda EM. Práticas de nutrição pediátrica. São Paulo: Atheneu; 2006. 5. 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