Um Compromisso Sério com a UTAD

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Transcrição:

Um Compromisso Sério com a UTAD [MANIFESTO ELEITORAL] A primeira eleição de um Conselho Geral, em fevereiro de 2009, marcou o início de um novo ciclo no governo da UTAD. Esta nova experiência de funcionamento da Universidade sugere que o Conselho Geral é um órgão que, pelas suas competências e composição, permite potenciar o desenvolvimento de uma cultura autónoma que o diferencia dos restantes órgãos da UTAD, podendo assumir- se como um novo modelo de governo da instituição, mais aberto à sociedade e pró- ativo em termos de governação. A reforma das instituições de ensino superior exige que o Conselho Geral tenha um papel reforçado, que crie novas dinâmicas, assumindo- se como elemento estratégico, capaz de desenvolver massa crítica para delinear caminhos e soluções, à medida que a experiência de funcionamento deste novo modelo se consolida. O papel do Conselho Geral pode traduzir- se numa nova postura de governação, procurando influenciar a estrutura executiva mas, sobretudo, incidindo na aprovação e desenvolvimento do plano estratégico, estimulando a captação de receitas e outras actividades promotoras da sustentabilidade da instituição Torna- se crucial que as estruturas universitárias e os seus responsáveis evoluam neste modelo de governação, de modo a que a missão do Conselho Geral possa ser reforçada, fortalecendo consensos dentro da academia, facilitando mecanismos de gestão moderna da instituição e projetando a sua imagem na sociedade. A escolha de elementos externos deve ser pautada por critérios de competência reconhecida e relevante para o exercício do cargo, o que é determinante para consolidar novas dinâmicas do Conselho Geral, a par da eleição de membros da academia com um alargado conhecimento do funcionamento da UTAD. A mudança, a renovação e a reforma da UTAD exige que a academia se envolva num debate construtivo sobre os seus principais desafios, de forma a melhor preparar o futuro. Neste contexto, lançamos três temas de reflexão envolvendo questões estratégicas, sobre os quais a Universidade deve superar a sua fragmentação e concentrar os seus esforços: Estratégia & Governação, Investigação & Internacionalização, e Formação & Qualidade. O programa de ação que se apresenta de seguida, submetendo- o ao escrutínio dos doutores, pretende dar continuidade à reflexão e diálogo dinamizados por um grupo de colegas das diversas áreas científicas e que já foram publicamente divulgados (www.futuroja.com). Mantendo a mesma convicção e determinação, continuaremos a incentivar e a acolher a participação de todos os que quiserem pensar a Universidade e dar corpo a este projeto porque acreditamos que dele depende o Futuro da UTAD.

1- Envolver a Academia num Projeto de Futuro No cenário atual de crise económica e de identidade, nacional e europeia, é fundamental assegurar um diálogo transparente e aberto, preservando a coesão institucional entre as diferentes estruturas de governação da universidade e respeitando os modos de organização e do saber. A UTAD tem de definir um rumo centrado numa estratégia assente num diagnóstico holístico, contemplando as dimensões externa e interna, assim como o levantamento dos recursos e ações de benchmarking com instituições nacionais e internacionais de dimensão idêntica. 2- Afirmar a Universidade e privilegiar uma cultura de mérito A concretização da missão e da visão da Universidade pressupõe o respeito pelos valores e princípios que a identificam, privilegiando a ética profissional e institucional, caraterizando- se por uma cultura de transparência e de valorização do mérito. A valorização de princípios de liderança forte na definição de uma estratégia para a instituição, mas com um maior envolvimento das pessoas nas decisões, que se traduza no seu compromisso efetivo constitui um real agente motivador. 3- Garantir a sustentabilidade da instituição A redução do financiamento das instituições de ensino superior no próximo ano, com particular incidência na UTAD, exige uma visão de curto prazo orientada para a

fixação de receitas e otimização de recursos, sem esquecer uma visão estratégica para o Futuro. A avaliação do atual modelo de governação, das mais- valias e da marca identitária da Universidade é uma exigência na definição de linhas estratégicas a adotar no sentido de inverter o seu declínio e conquistar um futuro sustentável. 4- Incentivar a abertura à sociedade e uma nova ambição internacional A aposta na definição de cenários de parceria ao nível do ensino, investigação e cooperação, deve considerar a possibilidade de acordos setoriais em certas áreas. É fundamental promover o desenvolvimento de estratégias com enquadramento institucional, visando a criação de formatos de cooperação e de meios de interface entre o mundo científico e o meio empresarial, dos poderes públicos e autárquicos, das infraestruturas tecnológicas e dos serviços. 5- Implementar uma carteira de novas atividades económicas A sustentabilidade da UTAD exige potenciar novos formatos de angariação de financiamento em atividades de investigação, de prestação de serviço e de candidaturas a projetos europeus, fomentando ligações com o tecido empresarial, autarquias e outras instituições, valorizando certas unidades e tornando- as competitivas num mercado concorrencial. A ligação ao exterior, designadamente uma aproximação ao poderes políticos nacional e local, administração pública, empresas e suas associações, pólos de competitividade e clusters, é determinante para potenciar um aumento de receitas e a realização de atividades socialmente responsáveis.

6- Valorizar a investigação e uma cultura empreendedora A valorização do conhecimento exige a definição de prioridades de investigação, em contextos de reorganização dos centros de investigação e inserção em redes temáticas, pólos de competitividade e clusters, visando dinamizar a criação de spin- offs e start- ups e apoiando, prioritariamente, as atividades de maior sustentabilidade económica, social e ambiental. 7- Apostar num ensino de qualidade e em novas ofertas educativas A aposta na criação de novas ofertas educativas deve atender a uma visão global da instituição e a orientações decorrentes da reforma educativa, exigindo um acompanhamento do mercado, em termos de preferências de escolha dos cursos pelos alunos e indicadores de empregabilidade. A melhoria da atratividade da oferta educativa e a sua relevância no mercado de trabalho pode potenciar medidas para consolidar o ensino pós- graduado em contextos de aprendizagem ao longo da vida. 8- Fomentar políticas de qualidade e sistemas de garantia A valorização de políticas de modernização e de atratividade da Universidade deve traduzir- se na flexibilidade de procedimentos administrativos e de proximidade na gestão da instituição. Exige ainda a adoção de uma cultura de qualidade, considerando indicadores de garantia dessa qualidade, envolvendo a sistematização

de padrões e operações, a implementação de normas e a aplicação das recomendações da European University Association. 9- Tornar o Campus mais atrativo e dinâmico A afirmação da UTAD como um espaço distinto e criativo, do ponto de vista cultural, humanístico e tecnológico, deve envolver uma dimensão moderna que integre perspetivas estéticas, artísticas, desportivas, paisagísticas e ambientais, à luz do conceito das futuras Universidades Inteligentes. Esta identidade visual deverá constituir a base de uma nova imagem da instituição para o Futuro, devendo a ligação à sociedade envolver dinâmicas de inteligência coletiva e de inovação, em que as redes institucionais e temáticas assumam uma posição central. 10- Reforçar o papel do Conselho Geral O reforço do papel do Conselho Geral exige a escolha de personalidades externas a cooptar, seguindo critérios objetivos de garantia de acompanhamento da atividade docente, cultural e de investigação, e promover uma reflexão sobre a escolha do futuro Reitor, de acordo com os superiores interesses da Universidade. Implica ainda garantir que a governação da UTAD seja baseada em princípios gerais de partilha de poder, de accountability ou prestação de contas, de envolvimento dos stakeholders, de orientação para o consenso, de transparência, de eficiência e eficácia e de responsabilidade perante a sociedade. Para mais informações consultar o site: http://www.futuroja.com