TIPO DE DECISÃO DETERMINARAM REGISTRO. NEGARAM REGISTRO. RESTABELECERAM A LEGALIDADE.



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Transcrição:

Tipo Processo AUDITORIA DE ADMISSÃO Número 006431-02.00/10-1 Exercício 2009 Anexos 000000-00.00/00-0 Data 13/04/2011 Publicação 20/05/2011 Boletim 523/2011 Órgão Julg. TRIBUNAL PLENO Relator CONS. MARCO PEIXOTO Gabinete MARCO PEIXOTO Origem EXECUTIVO MUNICIPAL DE ALEGRETE EMENTA ADMISSÕES. CONCURSO PÚBLICO. REGISTRO. CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO. REGISTRO. NEGATIVA DE REGISTRO. NEGATIVA DE EXECUTORIEDADE DE LEIS MUNICIPAIS. CESSAÇÃO DA ILEGALIDADE ADMINISTRATIVA. Concurso Público. Atendimento aos requisitos constitucionais e legais para o ingresso no serviço público. Registro. Contratos por prazo determinado realizados de acordo com a legislação vigente. Registro. Contratação temporária realizada em afronta aos princípios insertos no inciso IX do artigo 37 da Constituição da República. Negativa de Registro. Contratações temporárias desconstituídas. Cessação da ilegalidade administrativa. Negativa de executoriedade de Leis Municipais. TIPO DE DECISÃO DETERMINARAM REGISTRO. NEGARAM REGISTRO. RESTABELECERAM A LEGALIDADE. REFLEG CF/88, art. 37, incs. II e IX, art. 71, inc. X, e art. 198, 4º; EC 51/06; LF 11350/06, art. 9º; LM 4251/09 (Alegrete); LM 4330/09 (Alegrete); LM 4381/09 (Alegrete); LM 4382/09 (Alegrete); LM 4402/09 (Alegrete); LM 4413/09 (Alegrete); LM 4414/09 (Alegrete); LM 4422/09 (Alegrete); LM 4427/09 (Alegrete); LM 4432/10 (Alegrete);

LM 4433/10 (Alegrete); LM 4434/10 (Alegrete); LM 4468/10 (Alegrete); LM 4493/10 (Alegrete); LM 4509/10 (Alegrete); LM 4510/10 (Alegrete); LM 4517/10 (Alegrete); LM 4545/10 (Alegrete); Res-RITCE 544/00, art. 10, inc. XVII. NOVAREF Súmula Vinculante 10 STF; Súmula 347 - STF; Súmula 266 STJ; Par. MPC/TCE 1464/11. PRECEDE Proc. 842-02.00/09-1; Proc. 10019-02.00/09-6. RELATÓRIO Trata o presente Processo do exame da legalidade, para fins de registro, das admissões ocorridas no EXECUTIVO MUNICIPAL DE ALEGRETE, no período compreendido entre 01-11-2009 e 30-07-2010, realizado pelo Serviço Regional de Auditoria de Sant Ana do Livramento, o qual identificou a ocorrência de 154 (cento e cinqüenta e quatro) atos de admissão de pessoal, sendo 35 admissões por Concurso Público e 119 decorrentes de Prazo Determinado. A Equipe Técnica, por meio do Relatório de Auditoria, manifesta-se pelo registro dos 35 atos efetuados por concurso público, indicados no Modelo I, Título 1, Item 2 (fls. 177 e 178), eis que realizados nos termos do caput e inciso II do artigo 37 da Constituição Federal, com alerta, entretanto, quanto às falhas já constantes no Processo n 842-02.00/09-1, no sentido de evitar a reincidência em futuros competitórios, sob pena de responsabilização da respectiva autoridade competente. Da mesma forma, sugere o registro dos 02 atos de admissão decorrentes de contratação por prazo determinado, constantes no Modelo I, Título 2, Item 4 (fl. 178), realizados de acordo com o disposto no artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, cabendo, contudo, a verificação em futura auditoria do cumprimento dos prazos contratuais. Em continuidade, manifesta-se pela negativa de registro aos 105 atos de admissão decorrentes de prazo determinado, indicados no Modelo II, Título 2, Item 53 (fls. 178 a 184), por contrariarem o disposto no inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal, e sugere que seja declarada sanada a ilegalidade administrativa, em relação aos 12 atos também decorrentes de contratos por tempo determinado, em razão de já se encontrarem desconstituídos, arrolados no Modelo V, Título 2, Item 23 (fls. 184 a 186), com a devida responsabilização da autoridade competente (fls. 162 a 187). O Ministério Público junto a este Tribunal de Contas pronuncia-se por meio do Parecer n 1.464/2011, da lavra do Senhor Adjunto de Procurador Ângelo Grabin Borghetti, em anuência parcial à Equipe Técnica, com exceção dos atos decorrentes das Leis Municipais n s 4.410/2009, 4.421/2009, 4.462/2009, 4.510/2010, 4.447/2010, para os quais sugere o registro dos atos. Opina,

também, pela negativa de executoriedade às Leis Municipais n s 4.251/2009, 4.330/2009, 4.381/2009, 4.382/2009, 4.402/2009, 4.413/2009, 4.414/2009, 4.422/2009, 4.427/2009, 4.432/2010, 4.433/2010, 4.434/2010, 4.468/2010, 4.493/2010, 4.509/2010, 4.510/2010, 4.517/2010 e 4.545/2010, e pela conseqüente negativa de registro aos 68 atos de admissão delas decorrentes, sugerindo, neste particular, que a Colenda Câmara decline sua competência ao Tribunal Pleno, a teor do disposto na Súmula n 10 do Supremo Tribunal Federal STF (fls. 190 a 195). É o RELATÓRIO. Passo ao VOTO. Inicialmente, destaco a Decisão n 1C-0154/2011, proferida pela Colenda Primeira Câmara, em Sessão de 15-03-2011, no sentido da declinação da competência para o Egrégio Tribunal Pleno, nos termos da Súmula Vinculante n 10, do Supremo Tribunal Federal STF (fl. 197). Do exame dos autos, verifico a regularidade dos 35 atos de admissão efetuados pelo Concurso Público n 01/2008 para diversos cargos, dispostos no Modelo I, Título 1, Item 2 (fls. 177 e 178), cujo certame já foi analisado no Processo n 842-02.00/09-1, cuja decisão foi pela regularidade dos atos, realizados nos termos do caput e inciso II do artigo 37 da Constituição Federal. Entretanto, ratifico e reitero os apontamentos já efetuados pelo Agente Ministerial sobre a necessidade de alertar a Auditada sobre a irregularidade atinente à exigência de idade mínima no ato da inscrição para o concurso, porquanto o momento correto de serem exigidos os requisitos não só o de idade, como também o diploma de escolaridade e a habilitação para o cargo é o da posse, conforme a Súmula n 266 do Superior Tribunal de Justiça STJ. Também, estão em condições de registro os 02 atos de admissão nas funções de Engenheiro Agrônomo e Médico Veterinário, decorrentes de contratação por prazo determinado realizados com base na Lei Municipal n 4.447/2010, tendo em vista as vagas abertas com o falecimento de Engenheiro Agrônomo e exoneração de Médico Veterinário, arrolados no Modelo I, Título 2, Item 4 (fl. 178), em vigor na data da auditoria, eis que realizados de acordo com o disposto no artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal. Em relação as 36 admissões de Motoristas e Operadores de Máquinas decorrentes das Leis Municipais n s 4.410/2009, 4.421/2009, 4.447/2010 e 4.510/2010, constato que a Auditada realizou o Concurso Público n 01/2007, o qual se encontra sob judice, conforme alegado nas justificativas apresentadas, razão pela qual optou por contratar por prazo determinado servidores para aquelas funções como a forma mais adequada. Verifiquei, também, no site oficial da Auditada (www.alegrete.rs.gov.br), a homologação da Classificação Final do Concurso Público por meio do Edital n 011/2011, que ocorreu no dia 20 de janeiro do corrente ano. Assim, na mesma linha de entendimento do Agente Ministerial, entendo que as 36 admissões indicadas no Modelo II, Título 2, Item 53 (fls. 179 a 184), estão em condições de receber registro por este Tribunal de Contas. Também, em anuência ao Agente Ministerial, verifico que a admissão do Arquiteto, decorrente da Lei Municipal n 4.462/2010, indicada no Modelo II, Título 2, Item 53 (fl. 183), igualmente está em condições ser chancelada, já que realizada estritamente em função da necessidade de substituir servidor efetivo em seu período de férias e licença prêmio, ou seja, admissão por período temporário, em consonância com o disposto no artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal. Prosseguindo, entendo que devem ser registradas as 18 admissões de Professores de Educação Física, Filosofia, Matemática, Pedagogia, Português/Espanhol e Sociologia, autorizadas pelas Leis Municipais n s 4.382/2009, 4.422/2009 e 4.468/2010 e as 02 admissões de Oficineiro de Atividades Culturais, efetuadas com base na Lei Municipal n 4.509/2010, todas arroladas no Modelo II, Título 2, Item 53 (fls. 179, 181, 183, e 184). De acordo com as justificativas apresentadas pela Auditada, embora tenha

realizado o Concurso Público n 01/2008, para diversos cargos do Magistério, não há mais servidores aguardando nomeação (conforme análise conjunta do Processo n 842-02.00/09-1), além de ter ocorrido a necessidade de substituir Professora de Matemática que se aposentou. Apesar de entender pelo registro dos atos acima, recomendo que a Origem adote, no menor prazo possível, as medidas necessárias no sentido de providenciar a abertura de novo certame público nos termos do inciso II do artigo 37 da Constituição Federal, objetivando suprir as lacunas hoje existentes em seus Quadros de Pessoal. No tocante as 03 admissões, decorrentes da Lei Municipal n 4.493/2010 de Técnicos Agropecuários, constato que as mesmas foram efetuadas para suprir necessidades junto às Escolas Municipais de Ensino Básico EMEBs tanto da Zona Urbana quanta da Zona Rural de Alegrete, e a admissão de Geólogo efetuada com base na Lei Municipal n 4.545/2010, ocorreu para que o profissional atuasse na elaboração de projetos de mineração de cascalhos para liberação junto à FEPAM; todos arrolados no Modelo II, Título 2, Item 53 (fls. 183 e 184) e em condições de registro. Todavia, saliento, novamente, que por se tratarem de cargos de natureza permanente, deve o Executivo Municipal providenciar a abertura de Concurso Público para suprir as vagas existentes. Entretanto, tenho entendimento diverso quanto à admissão decorrente da Lei Municipal n 4.402/2009 para Médico, disposta no Modelo II, Título 2, Item 53 (fl. 179), já que a mesma foi destinada ao atendimento do Programa Estratégia de Saúde da Família (Atuais PACS e PSF), para a qual cabe ressaltar o Parecer da Auditoria n 03/2005 (acolhido pelo Tribunal Pleno, em Sessão de 25-01-2006): sendo atividade pertinente ao Programa PACS/PSF de caráter permanente, a via constitucional de recrutamento de pessoal é a do concurso público, não a do contrato emergencial. Ademais, é de conhecimento público que a Constituição Federal, através da Emenda n 51, de 14-02-2006, a qual incluiu o 4 do artigo 198 dispôs sobre a admissão de Agentes Comunitários de Saúde, nos seguintes termos: os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. Cito, ainda, a Lei Federal n 11.350, de 05-10-2006, a qual prevê no seu artigo 9, que a contratação de Agentes Comunitários de Saúde deve ser realizada mediante prévio Processo Seletivo Público de provas ou de provas e títulos. Além disso, esses profissionais prestam serviço público de caráter preventivo e de vigilância, imprescindível para o controle das doenças e promoção da saúde da população e, por conseguinte, de caráter permanente. Considero irregulares os 07 atos admissionais nas funções de Médico Clínico-Geral, Assistente Social, e Motorista, decorrentes das Leis Municipais n s 4.251/2009, 4.330/2009 e 4.381/2009, arroladas no Modelo II, Título 2, Item 53 (fls. 178 e 179), uma vez que esta Corte de Contas, já nos autos do Processo n 10019-02.00/09-6 (Colenda Primeira Câmara, em Sessão de 04-05-2010), negou registro aos atos então decorrentes daquelas Leis, os quais foram realizados em desacordo ao disposto no artigo 37, inciso IX, da Carta da República. Também cabe razão à Equipe Técnica e ao Agente Ministerial quanto à sugestão de negativa de registro aos 36 atos decorrentes das Leis Municipais n s 4.413/2009, 4.414/2009, 4.427/2009, 4.432/2010, 4.433/2010, 4.434/2010, 4.517/2010, cujas admissões foram feitas essencialmente para atender a programas sociais, como por exemplo: Centro de Referência de Assistência Social CRAS, Atendimento do Programa PROJOVEM Adolescente, Atendimento do Programa Farmácia Popular do Brasil, todos com características de natureza permanente, que devem ser supridos necessariamente por concursos públicos. Contudo, quanto à sugestão de negativa de executoriedade das Leis

Municipais n s 4.251/2009, 4.381/2009, 4.382/2009, 4.402/2009, 4.413/2009, 4.414/2009, 4.422/2009, 4.433/2010, 4.468/2010, 4.493/2010, 4.509/2010, 4.510/2010 e 4.545/2010, apresentada pelo Agente Ministerial, não vislumbro, aqui, ser o caso, uma vez que referidos instrumentos legais não mais produzem efeitos, pois que todos os atos deles decorrentes estão desconstituídos. Neste sentido, verifico que se encontra prejudicada a denegatória de executoriedade pretendida, já que resultaria inócua. Entretanto, na esteira da manifestação Ministerial, entendo que, nos termos da Súmula n 347 do Supremo Tribunal Federal, deve ser negada executoriedade às Leis Municipais n s 4.330/2009, 4.427/2009, 4.432/2010, 4.434/2010 e 4.517/2010, bem como seja negado registro aos atos de admissão delas decorrentes. Ainda, no que tange as 06 admissões decorrentes das Leis Municipais n s 4.410/2009, 4.421/2009, 4.422/2009 e 4.468/2010, arroladas no Modelo V, Titulo 2, Item 23 (fl. 185), entendo que, por todas as razões já elencadas anteriormente, estão em condições de registro. Por fim, considero cessada a ilegalidade administrativa, em relação aos 06 atos de admissão decorrentes das Leis Municipais n s 4.427/2009, 4.330/2009, 4.432/2010 e 4.434/2010 efetuados por prazo determinado, dispostos no Modelo V, Titulo 2, Item 23 (fls. 184 a 186), os quais, embora irregulares, já se encontram desconstituídos. Ante o exposto, VOTO: a) pelo registro dos 35 atos de admissão decorrentes de concurso público, indicados no Modelo I, Título 1, Item 2 (fls. 177 e 178), realizados nos termos do caput e inciso II do artigo 37 da Constituição Federal, com alerta, entretanto, quanto às falhas constantes no Processo n 842-02.00/09-1, no sentido de evitar a reincidência em futuros competitórios, sob pena de responsabilização da respectiva autoridade competente; b) pelo registro dos 02 atos de admissão decorrentes de contratação por prazo determinado, em vigor na data da auditoria, constantes no Modelo I, Título 2, Item 4 (fl. 178), realizados de acordo com o disposto no artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, cabendo, contudo, a verificação em futura auditoria do cumprimento dos prazos contratuais; c) pelo registro dos 61 atos de admissão decorrentes de contratação por prazo determinado, constantes no Modelo II, Título 2, Item 53 (fls. 178 a 185), realizados de acordo com o disposto no artigo 37, inciso IX, da Constituição da República; d) pelo registro dos 06 atos de admissão decorrentes de contratação por prazo determinado, constantes no Modelo V, Título 2, Item 23 (fl. 185), realizados de acordo com o disposto no artigo 37, inciso IX, da Constituição da República; e) pela negativa de registro aos 14 atos de admissão decorrentes das Leis Municipais n s 4.251/2009, 4.381/2009, 4.402/2009, 4.413/2009, 4.414/2009 e 4.433/2010, efetuados por tempo determinado, constantes no Modelo II, Título 2, Item 53 (fls. 178 e 182), em desacordo ao disposto no artigo 37, inciso IX, da Carta Magna; f) pela negativa de executoriedade às Leis Municipais n s 4.330/2009, 4.427/2009, 4.432/2010, 4.434/2010 e 4.517/2010, bem como seja negado registro aos 30 atos de admissão delas decorrentes, constantes no Modelo II, Título 2, Item 53 (fls. 178 a 184), realizados em desacordo ao disposto no artigo 37, inciso IX, da Carta Federal; g) por considerar cessada a ilegalidade administrativa em relação aos 06 atos de admissão por tempo determinado, relacionados no Modelo V, Titulo 2, Item 23 (fls. 184 a 186), os quais, embora irregulares, já se encontram desconstituídos; h) pelo alerta à autoridade competente da necessidade de cientificação dos interessados acerca do inteiro teor desta decisão, especialmente quanto ao disposto nos itens e" e "f" deste Voto; i) pela fixação do prazo de 30 (trinta) dias para que a autoridade competente promova e comprove, perante esta Corte de Contas, após o trânsito em

julgado da presente decisão, a desconstituição dos atos referidos nos itens e" e "f" deste Voto, nos termos do Regimento Interno deste Tribunal de Contas RITCE; j) transcorrido o prazo fixado no item i, retro, sem que tenha havido a desconstituição dos atos, pela imediata sustação destes, consoante o disposto no artigo 71, inciso X, da Constituição da República, combinado com o artigo 10, inciso XVII, do RITCE, devendo esse fato ser comunicado ao Órgão de Origem, bem como ao Poder Legislativo de Alegrete, para as providências cabíveis; k) por alertar o atual Administrador de que a não-adoção de providências saneadoras atinentes aos atos considerados irregulares, após o trânsito em julgado, poderá ensejar fixação de débito e imposição de penalidade pecuniária, medidas essas passíveis de aplicação quando do exame das futuras Contas; e l) pela verificação, em futura auditoria, do cumprimento da presente decisão. DECISÃO Decisão nº TP-0301/2011 O Tribunal Pleno, à unanimidade, acolhendo o voto do Conselheiro-Relator, por seus jurídicos fundamentos, decide: a) pelo registro dos 35 (trinta e cinco) atos de admissão decorrentes de concurso público, indicados no Modelo I, Título 01, item 002 (folhas 177 e 178), realizados nos termos do caput e inciso II do artigo 37 da Constituição Federal, com alerta, entretanto, quanto às falhas constantes no processo n 842-02.00/09-1, no sentido de evitar a reincidência em futuros competitórios, sob pena de responsabilização da respectiva Autoridade competente; b) pelo registro dos 02 (dois) atos de admissão decorrentes de contratação por prazo determinado, em vigor na data da auditoria, constantes no Modelo I, Título 02, item 004 (folha 178), realizados de acordo com o disposto no artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, cabendo, contudo, a verificação em futura auditoria do cumprimento dos prazos contratuais; c) pelo registro de 61 (sessenta e um) atos de admissão decorrentes de contratação por prazo determinado, constantes no Modelo II, Título 02, item 053 (folhas 178 a 184), realizados de acordo com o disposto no artigo 37, inciso IX, da Constituição da República; d) pelo registro de 06 (seis) atos de admissão decorrentes de contratação por prazo determinado, constantes no Modelo V, Título 02, item 023 (folha 185), realizados de acordo com o disposto no artigo 37, inciso IX, da Constituição da República; e) pela negativa de registro aos 14 (quatorze) atos de admissão decorrentes das Leis Municipais n s 4.251/2009, 4.381/2009, 4.402/2009, 4.413/2009, 4.414/2009 e 4.433/2010, efetuados por tempo determinado, constantes no Modelo II, Título 02, item 053 (folhas 178 a 182), em desacordo ao disposto no artigo 37, inciso IX, da Carta Magna; f) pela negativa de executoriedade às Leis Municipais n s 4.330/2009, 4.427/2009, 4.432/2010, 4.434/2010 e 4.517/2010, bem como seja negado registro aos 30 (trinta) atos de admissão delas decorrentes, constantes no Modelo II, Título 02, item 053 (folhas 178 a 184), realizados em desacordo ao disposto no artigo 37, inciso IX, da Carta Federal; g) seja considerada cessada a ilegalidade administrativa em relação aos 06 (seis) atos de admissão por tempo determinado, relacionados no Modelo V, Título 02,

item 023 (folhas 184 a 186), os quais, embora irregulares, já se encontram desconstituídos; h) pelo alerta à Autoridade competente da necessidade de cientificação dos Interessados acerca do inteiro teor desta decisão, especialmente quanto ao disposto nos itens "e" e "f"; i) pela fixação do prazo de 30 (trinta) dias para que a Autoridade competente promova e comprove, perante esta Corte, após o trânsito em julgado, a desconstituição dos atos referidos nos itens "e" e "f" desta decisão, nos termos do Regimento Interno deste Tribunal; j) transcorrido o prazo fixado no item "i", retro, sem que tenha havido a desconstituição dos atos, pela imediata sustação destes, consoante o disposto no artigo 71, inciso X, da Constituição da República, combinado com o artigo 10, inciso XVII, do Regimento Interno desta Corte, devendo esse fato ser comunicado ao Órgão de Origem, bem como ao Poder Legislativo de Alegrete, para as providências cabíveis; k) pelo alerta ao atual Administrador de que a não-adoção de providências saneadoras atinentes aos atos considerados irregulares, após o trânsito em julgado, poderá ensejar fixação de débito e imposição de penalidade pecuniária, medidas essas passíveis de aplicação quando do exame das futuras contas; l) pela verificação, em futura auditoria, do cumprimento da presente decisão; m) após publicada a decisão, pelo arquivamento do processo.