DESEMPENHO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM 2002

Documentos relacionados
DESEMPENHO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM JANEIRO DE 2003

PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM ABRIL DE 2003: DEMANDA INTERNA DEPRIMIDA AFETA INDÚSTRIA

PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM AGOSTO DE 2003: FREIO NA RECESSÃO

PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM MAIO DE 2003: O SETOR DE BENS DE CONSUMO DURÁVEIS TEM O PIOR DESEMPENHO

PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM JANEIRO DE 2004: AVANÇOS E RECUOS

PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM NOVEMBRO DE 2003:

Conjuntura PRODUÇÃO INDUSTRIAL

Indústria Geral - Crescimento % com relação Mês Anterior Produção Física com Ajuste Sazonal 1,6 1,3 1,3 0,1 0,4 0,3 -0,3 -0,6 -1,1-1,7

PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM ABRIL DE 2004: FÔLEGO CURTO

DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2002

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Março Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Diretoria de Pesquisas Coordenação de Indústria PIM-PF BRASIL. Resultados de Fevereiro de 2017

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Março Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Janeiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Setembro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Diretoria de Pesquisas Coordenação de Indústria PIM-PF BRASIL. Resultados de Maio de 2017

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Novembro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM FEVEREIRO DE 2004: OUTRA VEZ EM RETRAÇÃO

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Junho Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Junho Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Fevereiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

A ECONOMIA NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2003 CRESCIMENTO MODESTO PUXADO PELA INDÚSTRIA

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Janeiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Coeficientes de Exportação e Importação

Contas Nacionais Trimestrais

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Outubro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

O Desempenho Industrial: Sem Forças Para Crescer

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Fevereiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Janeiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Outubro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Janeiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Agosto Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Fevereiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Resultados do 2º trimestre de 2012

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Novembro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 2º Trimestre/2016

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Julho Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Janeiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

INDX registra aumento de 2,41% em julho

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Julho Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Diretoria de Pesquisas Coordenação de Indústria PIM-PF REGIONAL. Resultados de Janeiro de 2017

INDX registra queda de 1,66% em março

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Setembro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Economia Brasileira cresce 0,8% no terceiro trimestre de 2018 com crescimento em todos setores e componentes da demanda

Pressão Inflacionária. DEPECON / FIESP Fevereiro de 2005

RIO EXPORTA Boletim de comércio exterior do Rio de Janeiro

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Março Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

O DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2003 ECONOMIA, INDÚSTRIA E INVESTIMENTO EM QUEDA

Comércio Internacional: Impactos no Emprego. Março 2009 DEREX / DEPECON / DECONTEC 1

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Julho/2016

PRODUÇÃO INDUSTRIAL Outubro de 2013

A Economia Brasileira em 2007 e Perspectivas para 2008

PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

Resultados do 1º trimestre de 2012

GARGALOS DA INDÚSTRIA

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 3º Trimestre/2016

ano XIX n 2, Fevereiro de 2015

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Agosto Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

ano I, n 5, setembro de 2011

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Outubro/2016

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 1º Trimestre/2016

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Dezembro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Fevereiro/2017

ano XVII, n 7, julho de 2013

A atividade industrial paulista cresceu 3,5% em 2017

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Maio/2016

Resultados do 3º trimestre de 2012

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Agosto/2016

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

Produção Industrial Julho de 2014

Inflação, nível de atividade e setor externo: o desempenho dos principais indicadores da economia brasileira

Produto Interno Bruto Estado de São Paulo Fevereiro de 2016

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Contas Nacionais Trimestrais

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

EMPREGO INDUSTRIAL EMPREGO JUNHO DE º SEMESTRE DE 2012

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Abril 2016

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

COMENTÁRIOS. O emprego industrial, que ficou praticamente estável nos últimos três. meses, recuou 0,6% em novembro frente a outubro, na série livre de

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Índice de Preços ao Produtor varia 0,31% em agosto 27/09/2017

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

1. Economia. Evolução do PIB Trimestral Variação (%) acumulada ao longo do ano, mesmo período do ano anterior

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Maio/2017

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

186/15 02/12/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Indústria PIM-PF REGIONAL. Resultados de Julho de 2017

Transcrição:

DESEMPENHO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM 2002 De acordo com os dados da pesquisa industrial mensal do IBGE, a produção industrial brasileira terminou o ano de 2002 com um crescimento médio de 2,4%. Na comparação com dezembro de 2001, a expansão da produção industrial foi de 5,5%. A indústria de transformação apresentou um crescimento médio anual de 1,4% e expandiu 7% na comparação com dezembro de 2001. O Resultado da Produção Industrial em 2002 A produção física industrial brasileira cresceu 2,4% em 2002. É um resultado modesto, mas significativo se são levados em conta os vários fatores adversos que se apresentaram nesse ano, tais como: o desemprego maior e o declínio da renda real da população, que concorreram para deprimir o mercado interno consumidor; a incerteza e a instabilidade financeira que amedrontaram o investidor e o consumidor, deprimindo ainda mais o mercado interno; o caro e escasso crédito bancário, fator que levou à retração dos valores reais das vendas a prazo. Ademais, na maior parte do ano as exportações declinaram. Também é significativo o fato de que o crescimento industrial em 2002 foi sustentado por uma recuperação da indústria ocorrida no segundo semestre e, em particular, no último trimestre desse ano, quando a indústria geral evoluiu 6,4%. É importante frisar esse ponto para realçar que a indústria inicia 2003 com perspectiva de crescimento, a despeito do aumento taxas de juros na economia. Segundo nossas projeções, a indústria poderá crescer 3% no primeiro trimestre de 2003. As análises sobre o desempenho industrial no ano passado corretamente assinalaram que os fatores de dinamismo atuantes vieram da produção extrativa mineral (que foi o segmento industrial que mais cresceu: 10,7%) em função da produção de petróleo, da atvividade exportadora no segundo semestre e da agropecuária, cujo crescimento estimulou a demanda por insumos, implementos e máquinas agrícolas produzidos pelo setor industrial. Os recursos liberados do FGTS também contribuíram como fator de sustentação da demanda interna. Desempenho da Produção Industrial em 2002 1

Agregamos, no entanto, que para a forte reativação da indústria no último trimestre, onde passa a se destacar a indústria de transformação, foi decisiva a reativação da demanda interna, sobretudo de bens duráveis de consumo, a qual encontrava-se travada desde a crise de energia em 2001. É preciso observar que, em parte, o grande crescimento industrial do último trimestre de 2002, reflete o resultado do último trimestre de 2001, que serve de base de comparação. Nesse trimestre, a indústria e, particularmente, a indústria de bens duráveis - enfrentava a fase mais aguda do racionamento de energia. De qualquer maneira, a reativação da demanda de bens duráveis ocorreu e, como convém assinalar, essa reativação não foi promovida nem por um crescimento da renda real da população, nem pelo crédito, pois a primeira de fato caiu, enquanto o crédito, como já foi assinalado, tornou-se mais caro e mais escasso. Certamente, foram as camadas de renda mais alta cuja demanda de bens duráveis encontrava-se comprimida desde a crise de energia e para quem o crédito influi menos na decisão de consumo, as responsáveis por essa reativação. Trata-se, portanto, de uma reativação industrial que beneficiou-se de um consumo represado (além dos demais fatores já assinalados) e que por isso mesmo terá fôlego curto se outros fatores não entrarem em cena. Dentre esses fatores, destaca-se a redução da taxa de juros e o maior acesso ao crédito por parte do consumidor. Acreditamos que a continuidade do crescimento industrial após o primeiro trimestre de 2003 estará na dependência da ampliação do crédito ao consumo. Por outro lado, as exportações de manufaturados, cujo crescimento em 2002 foi de apenas 0,3%, deverão contribuir mais expressivamente para o crescimento industrial no corrente ano. A indústria também poderá contar com a substituição de importações como um outro fator de dinamismo. Os dados abaixo ilustram a trajetória do setor industrial brasileiro em 2002. Indicadores Conjunturais da Indústria em 2002 Variação % Segmentos Acumulado Dez 02/Dez 01 no Ano Classe de Indústria Indústria Geral 5,5 2,4 Indústria Extrativa Mineral -4,0 10,7 Indústria de Transformação 7,0 1,4 Categorias de Uso Bens de Capital 0,5-1,1 Bens Intermediários 7,4 3,1 Bens de Consumo 2,1 0,7 Duráveis 8,8 2,8 Semiduráveis e não Duráveis 0,5 0,2 Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal. Elaboração Própria. Desempenho da Produção Industrial em 2002 2

20 Produção Industrial por Categoria de Uso - Variação Trimestral em % 15 15,3 12,2 10 7,5 6,4 10,4 5,7 8,5 6,9 7,1 6,3 5 3,3 1,9 3,1 3,6 3,0 2,1 0 0,0-0,4 0,4-2,1-5 -3,6-4,4-3,5-3,4-10 Indústria Geral Extrativa Mineral Transformação 1º 2001 2º 2001 3º 2001 4º 2001 1º 2002 2º 2002 3º 2002 4º 2002 25 Produção Industrial por Categoria de Uso - Variação Trimestral em % 21,6 20 18,2 15,6 15 13,1 11,9 10,9 10 8,1 7,7 6,0 5 0 2,5-0,2-1,8 2,8 1,1-1,7 4,0 2,5-2,1-2,1 2,3 1,8 1,8 0,7 1,0 0,0-0,3-0,1-5 -4,6-5,3-10 -8,6-10,8-11,2-15 Bens de Capital Bens Intermediários Bens de Consumo Duráveis Bens Semiduráveis e Não Duráveis 1º 2001 2º 2001 3º 2001 4º 2001 1º 2002 2º 2002 3º 2002 4º 2002 Fonte: IBGE Pesquisa Industrial de Produção Física. Elaboração Própria Desempenho da Produção Industrial em 2002 3

Classes e Gêneros de Indústrias Selecionados Variação Acumulada em 2002 em % Material Elétrico e de Comunicação -11,8 Couros e Peles -3,8 Vestuários, calçados e artefatos de tecidos -2,2 Madeiras -2,2 Indústrial de Transformação 1,4 Indústria Geral 2,4 Borracha 3,1 Produtos Alimentares 4,0 Mecânica 9,9 Fumo 22,8 Indústria Geral e Setores Selecionados - Variação em 2002 em % Indústria Geral 2,4 Indústria ferroviária - inclusive reparação 27,7 Indústria do fumo 22,8 Tratores e máquinas rodoviárias - inclusive peças e acessórios Adubos, fertilizantes e corretivos para o solo Extração de petróleo e gás natural Indústria naval - inclusive reparação Celulose e pasta mecânica Fabricação de outros veículos Conservação de frutas e legumes - inclusive sucos e condimentos Alimentos para animais Óleos vegetais em bruto Indústria do açúcar 13,4 13,2 12,4 12,0 10,5 10,4 9,3 8,8 8,3 7,3 Equipamentos para produção e distribuição de energia elétrica -24,0 Material para aparelhos eletrônicos e de comunicação -19,7 Automóveis, utilitários, caminhões e ônibus Artigos do vestuário e acessórios -4,4-4,0 Desempenho da Produção Industrial em 2002 4

O Desempenho Industrial por Classe e Gênero Industriais, Categoria de Uso em Dezembro de 2002 Em dezembro, descontadas as influências sazonais, a indústria geral apresentou uma queda de 1,8% em relação ao mês anterior, interrompendo uma seqüência de seis meses de resultados positivos. Para tanto contribuíram as retrações tanto da indústria extrativa mineral (-7%), como da indústria de transformação (-1,8%), que vinha liderando a recuperação industrial nos últimos dois meses. O declínio da indústria extrativa mineral é conseqüência da paralisação técnica para manutenção dos campos petrolíferos no mês de dezembro. Na indústria de transformação, a grande maioria gêneros pesquisados pelo IBGE apresentou desempenho negativo na comparação com o mês de novembro. Para este resultado pode ter contribuído o choque de expectativa causado pela elevação expressiva da taxa básica de juros da economia, que subiu de 18% a.a. para 25% a.a., bem como a piora observada no nível de emprego e renda. Produção Industrial Brasileira em Dezembro de 2002 em % 10,7 7,0 5,5 2,4 1,4-1,8-1,4-4,0-7,0 Dez02/Nov02 (com ajuste) Dez02/Dez01 No Ano Indústria Geral Extrativa Mineral Indústria de Transformação Desempenho da Produção Industrial em 2002 5

Gêneros de Indústrias Selecionados Variação em Relação ao Mês Anterior com Ajuste Sazonal em % Material de transporte -0,2 Material elétrico e de comunicação -0,3 Têxtil -0,5 Fumo -1,8 Produtos alimentares -2,3 Farmacêutica -2,7 Mobiliário -4,5 Mecânica -4,5 Transformação de produtos de minerais não-metálicos -4,6 Borracha -6,9 Perfumaria, sabões e velas -14,6 A produção industrial por categoria de uso também apresenta na série com ajuste sazonal uma variação negativa comparativamente a novembro para todos os segmentos. Observa-se, contudo, o declínio acentuado de um dos segmentos de maior valor agregado: bens de capital (-8,5%). Os setores de bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não-duráveis apresentaram queda, respectivamente, de 1,5% e 1,3%, o que pode ser explicado pela elevação da inflação e pela queda do nível de emprego. Desempenho da Produção Industrial em 2002 6

Variação da Produção Industrial por Categoria de Uso em % 7,4 8,8 3,1 2,1 2,8 0,5 0,7 0,5 0,1-1,1-0,7-1,4-1,5-1,3-8,4 Bens de capital Bens intermediários Bens de consumo Bens de consumo duráveis Dez02/Nov02 Dez02/Dez01 No Ano Semiduráveis e não duráveis Desempenho Industrial: Brasil e Países Selecionados O crescimento industrial brasileiro em 2002 deverá se situar em um nível melhor do que o desempenho dos países desenvolvidos e inferior ao dos proncipais países emergentes. Como mostra o indicador de variação da produção industrial nos últimos doze meses, o ano de 2002 não foi favorável para os países desenvolvidos. Até outubro de 2002, na maioria deles a produção industrial encontrava-se em retração, destacando-se Japão (-4,5%) e Reino Unido (-4,4%). A retração nos EUA acumulou 2% e na zona do Euro, 1,7%. Países de economia emergente obtiveram resultado muito melhor, como nos casos da Coréia (crescimento de 6,1%) e Irlanda (5,6%), além de Turquia e República Checa. A exceção é o México que acumula até outubro um crescimento industrial negativo. Desempenho da Produção Industrial em 2002 7

Brasil e Países Selecionados: Produção Industrial em 2002 - Variação % Alemanha (Out) -2,3 Área do Euro (Out) -1,7 Brasil (Dez) 2,4 Canadá (Out) -0,3 Coréia do Sul (Out) 6,1 Espanha (Out) -0,9 Estados Unidos (Out) -2,0 França (Out) -1,3 Irlanda (Out) 5,6 Itália (Out) -3,1 Japão (Out) -4,5 México (Out) -0,9 Reino Unido (Out) -4,4 República Checa (Out) 8,7 República Eslováquia (Out) 5,4 Polônia (Nov) 0,8 Turquia (Out) 5,2 Acumulado em 12 meses Fonte: IBGE (Brasil) e OECD - Main Economic Indicators, January 2003. Elaboração Própria. Desempenho da Produção Industrial em 2002 8