PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM AGOSTO DE 2003: FREIO NA RECESSÃO
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- Ana Júlia Antas Fagundes
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1 PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM AGOSTO DE 2003: FREIO NA RECESSÃO De acordo com o IBGE, a produção industrial brasileira cresceu 1,5% em agosto na comparação com o mês de julho, na série com ajuste sazonal. Em relação a agosto de 2002, houve queda, pela quinta vez consecutiva, na indústria geral (-1,8%) e na indústria de transformação (-2,2%), refletindo, sobretudo, o baixo dinamismo do mercado interno. O indicador do desempenho industrial acumulado entre janeiro e agosto registra queda de 0,5% em relação ao mesmo período de Nos últimos doze meses, houve acréscimo de 1,7% (contra 2,1% registrados em julho). Estes resultados sugerem que a indústria parou de cair, mas ainda não indicam uma retomada do crescimento industrial. Por categoria de uso, observa-se, na série livre de influências sazonais, expressiva recuperação do setor de bens de consumo duráveis (5,2%) em comparação com o mês de julho. Em contraposição, o desempenho do setor de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis foi negativo, com declínio de -0,8%. Na comparação com igual mês do ano anterior, a contração deste segmento foi bastante expressiva: -7,8%. Também apresentaram resultados negativos, em relação a agosto de 2002, os setores de consumo duráveis (-3,8%) e de bens de capital (-3,1%). Desempenho da Produção Industrial em agosto A produção industrial cresceu 1,5% em agosto na comparação com o mês anterior, descontadas as influências sazonais. Este foi o melhor resultado apresentado pela indústria em Na comparação com agosto de 2002, a atividade industrial retraiu 1,8%. Na variação acumulada no ano, a indústria apresentou igualmente uma queda (- 0,5%) em relação ao igual período de Embora positiva a taxa anualizada (1,7%) ficou abaixo do resultado do mês de julho (2,2%), o que indica desaceleração. Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 1
2 150 Evolução da Indústria Geral ago/00 out/00 dez/00 fev/01 abr/01 jun/01 ago/01 out/01 dez/01 fev/02 abr/02 jun/02 ago/02 out/02 dez/02 fev/03 abr/03 jun/03 ago/03 Indice de Base Fixa Mensal sem Ajuste Sazonal Indíce Acumulado: igual período do Ano Anterior Igual mês do ano anterior Indice de Base Física Mensal com Ajuste Sazonal Indice Acumulado: últimos 12 meses Indicadores Conjunturais da Indústria em Agosto de 2003 Variação % Segmentos Ago03/Jul03 Acumulado Acumulado Ago03/Ago02 (com ajuste) no Ano em 12 Meses Classe de Indústria Indústria Geral 1,5-1,8-0,5 1,7 Indústria Extrativa Mineral 0,3 1,7 2,0 3,9 Indústria de Transformação 1,3-2,2-0,8 1,4 Categorias de Uso Bens de Capital 1,5-3,1-2,6-1,2 Bens Intermediários 1,2 0,1 0,9 3,0 Bens de Consumo 0,4-7,0-4,4-1,8 Duráveis 5,2-3,8-4,7 1,2 Semiduráveis e não Duráveis -0,8-7,8-4,3-2,6 Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal. Elaboração Própria. Resultado da Indústria por Categoria de Uso Por categoria de uso na série com ajuste sazonal, observa-se um aumento expressivo no segmento de bens de consumo duráveis (5,8%) entre os meses de julho e agosto. Também apresentaram resultado positivo os segmentos de bens de capital (1,5%) e de bens intermediários (1,2%). Já o setor de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis contraiu 0,8% em relação a julho, registrando queda pelo terceiro mês consecutiva. Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 2
3 Variação da Produção Industrial por Categoria de Uso (%) 5,2 3,0 1,5 1,2 0,1 0,9 0,4 1,2-1,2-3,1-2,6-1,8-3,8-4,4-4,7-0,8-2,6-4,3-7,0-7,8 Bens de capital Bens intermediários Bens de consumo Bens de consumo duráveis Semiduráveis e não duráveis Ago03/Jul03 (com ajuste) Ago03/Ago02 12 meses No Ano Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, os setores da indústria por categoria de uso apresentaram declínio em agosto de 2003, à exceção do segmento de bens intermediários (0,1%). Nesta série, o destaque foi a forte retração do setor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-7,8%), reflexo da queda da renda real e do aumento do desemprego. Neste segmento, os destaques foram as taxas negativas das indústrias de artigo de vestuário e farmacêutica, ambas - 22,9%. O setor de bens de consumo duráveis declinou 3,8% em relação a agosto de 2002, pressionado pela retração da indústria de mobiliário (-15,4%) e eletrodomésticos (7,9%). A contração só não foi mais forte graças ao aumento da produção de motocicletas (18,6%) e de automóveis (1,9%). No setor de bens de capital, cujo declínio em relação a agosto de 2002 foi de -3,1%, apenas os produtos da indústria mecânica apresentaram resultado positivo (7,6%), em virtude do bom desempenho do subsetor de máquinas agrícolas. Em contraste, houve expressiva contração na produção de bens de capital na indústria metalúrgica (-30,8%), material elétrico e comunicação (-16,6%), mobiliário (-14,4%) e material de transporte (-10,1%). Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 3
4 Na variação acumulada nos oito primeiros meses do ano, apenas o segmento de bens intermediário apresentou resultado positivo (0,9%) em virtude de sua articulação com a agroindústria e com produção de petróleo. Nas demais categorias de uso, os indicadores mostram retração: bens de consumo duráveis (-4,7%), bens de consumo semiduráveis e nãoduráveis (-4,3%) e bens de capital (-2,6%). Os indicadores da produção industrial nos últimos doze meses mostram a expansão dos setores de bens intermediários (3,1%) e bens de consumo duráveis (1,2%), enquanto os segmentos bens de consumo semiduráveis e não-duráveis e bens de capital as taxas anualizadas são negativas (respectivamente, -2,6% e -1,2%). Gêneros e Ramos da Indústria de Transformação Na série dessazonalizada, em agosto, indústria de transformação cresceu 1,3% em relação ao mês de julho. Além das indústrias vinculadas às exportações e ao agronegócio, também apresentaram resultado positivo algumas indústrias voltadas para o mercado doméstico, como perfumaria (5,1%), matérias plásticas (4,4%) e mecânica (2,9%). Gêneros de Indústrias Selecionados Variação em Relação ao Mês Anterior com Ajuste Sazonal (%) Madeira -3,3 Borracha Vestuários, calçados e artefatos de tecidos Mobiliário Material elétrico e de comunicação Bebidas -1,9-1,8-1,6-1,1-0,9 Couros e peles 2,5 Têxtil 2,9 Mecânica 2,9 Produtos de matérias plásticas 4,4 Perfumaria, sabões e velas 5,1 Fumo 39,9 Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 4
5 Na comparação com agosto de 2002, a retração da produção na indústria de transformação (-2,2%) pelo quinto mês consecutivo é em parte explicada pela forte contração nos seguintes gêneros industriais: fumo (-41,5%), farmacêutica (-22,9%), bebidas (-16,8%), vestuários, calcados e artefatos (-16%) e mobiliário (-11,4%). Dentre os gêneros que apresentaram desempenho positivo se destacam: borracha (7,8%) e mecânica (6,4%). Gêneros de Indústrias Selecionados Variação em Relação a Igual Mês do Ano Anterior (%) Borracha 7,8 Mecânica 6,4 Metalúrgica 1,0 Material de transporte -0,5 Química -0,7 Perfumaria, sabões e velas -1,1 Indústria Geral -1,8 Indústrial de Transformação -2,2 Produtos de matérias plásticas -9,5 Mobiliário -11,4 Vestuários, calçados e artefatos de tecidos Bebidas -16,0-16,8 Farmacêutica -22,9 Fumo -41,5 Em termos da variação acumulada no ano, os indicadores revelam que a indústria de transformação contraiu-se em-0,8% % entre janeiro e agosto em relação ao mesmo período de As principais pressões negativas originaram-se: da indústria farmacêutica (-19,6%), da indústria de vestuário e calçados (-14,8%) e da indústria de matérias plásticas (-11,9%), dentre outras. As influências positivas foram exercidas, principalmente, pelas indústrias mecânica (9,1%), borracha (5,6%) e metalúrgica (5,4%). O indicador da produção industrial acumulada no ano revela o bom desempenho dos ramos industriais vinculados à indústria extrativa, às exportações e à agricultura: indústria naval (67,6%), café (26,8%), fundidos e forjados de aço (19,2%), celulose (16,6%), tratores e máquinas (13,8%), fabricação de outros veículos (13,2%), destilação de álcool (10,8%) e siderurgia (10,2%). Em contraste, continuaram registrando quedas acentuadas: a indústria de equipamento para produção e distribuição de energia elétrica (-30,4%), indústria de conservas alimentares (- 22,3%), artigos de vestuário (-20,4%), indústria farmacêutica (-19,6%) e aparelhos de áudio e vídeo (-17,6%). Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 5
6 Classes e Gêneros de Indústrias Selecionados Variação Acumulada no Ano (%) Farmacêutica -19,6 Vestuários, calçados e artefatos de tecidos -14,8 Produtos de matérias plásticas -11,9 Fumo -9,3 Mobiliário Têxtil -9,0-8,3 Indústrial de Transformação -0,8 Indústria Geral -0,5 Papel e papelão 3,0 Madeira 3,4 Couros e peles 3,8 Metalúrgica 5,4 Borracha 5,6 Mecânica 9,1 Indústria Geral e Setores Selecionados Variação Acumulada no Ano (%) Equipamentos para produção e distribuição de energia elétrica Conservação de frutas e legumes - inclusive sucos e condimentos Artigos do vestuário e acessórios Indústria farmacêutica Aparelhos receptores de TV, rádio e equipamentos de som Indústria ferroviária - inclusive reparação Artigos de material plástico Peças e estruturas de concreto, cimento e fibrocimento Cimento e Clínquer Beneficiamento, fiação e tecelagem de fibras têxteis naturais Indústria do fumo Indústria do mobiliário Extração de carvão mineral Indústria da borracha Petroquímica básica e intermediária Aparelhos e equipamentos elétricos - inclusive eletrodomésticos, máquinas de escritório Máquinas, equipamentos e instalações - inclusive peças e acessórios Extração de minerais metálicos Siderurgia Destilação de álcool Fabricação de outros veículos Tratores e máquinas rodoviárias - inclusive peças e acessórios Celulose e pasta mecânica Fundidos e forjados de aço Indústria do café Indústria naval - inclusive reparação Indústria Geral -30,4-22,3-20,4-19,6-17,6-16,8-13,3-13,1-12,3-9,4-9,3-9,0-9,0-0,5 5,6 5,6 6,6 8,2 8,9 10,2 10,8 13,2 13,8 16,6 19,2 26,8 67,6 Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 6
7 Variação em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (%) Média 1991= Segmentos ago/01 set/01 out/01 nov/01 dez/01 jan/02 fev/02 mar/02 abr/02 mai/02 jun/02 jul/02 ago/02 set/02 out/02 nov/02 dez/02 jan/03 fev/03 mar/03 abr/03 mai/03 jun/03 jul/03 ago/03 Classe de Indústria Indústria Geral 0,0-1,4-3,0-1,7-6,4-1,2-1,2-3,5 6,3-0,8 0,8 3,4 1,0 5,6 8,9 4,8 5,2 2,8 4,0 0,7-3,8-0,4-2,1-2,0-1,8 Indústria Extrativa Mineral 4,7-0,9-10,0-2,4-1,1 7,1 5,1 13,2 13,7 18,8 13,4 10,4 14,7 11,4 22,3 4,4-4,0 4,2 6,7 3,8 3,5 1,6-7,0 2,3 1,7 Indústria de Transformação -0,5-1,5-2,2-1,6-7,2-2,3-2,0-5,4 5,4-2,9-0,6 2,6-0,5 4,9 7,5 4,8 6,6 2,6 3,7 0,2-4,8-0,7-1,5-2,5-2,2 Categorias de Uso Bens de Capital 16,1 5,0 9,5 0,0-2,6-3,8 4,4-5,3 6,9-5,6-1,3-1,1-11,0-0,8 2,4 5,3 0,5 2,9 0,8-1,9-6,7-0,5-5,5-5,8-3,1 Bens Intermediários -2,1-3,0-5,3-3,8-7,0-1,8-1,3-2,9 5,0 0,7 2,3 3,5 2,9 6,3 9,9 6,9 6,8 5,0 4,4 3,6-1,6-0,2-2,5-0,7 0,1 Bens de Consumo -0,9-0,3-2,0 1,6-5,7 1,2-2,7-4,8 9,1-4,0-3,1 3,4-0,3 4,2 6,5-0,9 2,4-3,6 3,2-6,4-10,6-2,8-1,7-4,7-7,0 Duráveis -14,8-10,3-8,1-7,1-19,2-3,9-10,6-10,7 10,0-10,1-5,4 9,0 6,3 17,7 17,4 9,0 9,0 5,6 10,3-14,8-13,1-7,6-2,4-6,3-3,8 Semiduráveis e não Duráveis 3,0 2,4-0,4 4,1-1,8 2,6-0,2-2,8 8,8-2,0-2,4 2,1-1,8 1,0 3,8-3,5 0,8-5,9 1,2-3,8-9,7-1,4-1,5-4,3-7,8 Gêneros da Indústria de Transformação Transf. prod. de min. não-metálicos -2,1-6,1-2,4-4,0-2,9-5,7-4,5-3,7 3,3-3,9-0,8-0,8-3,4 3,1 4,1 6,2 0,8 1,6 0,9-6,9-10,8-6,1-7,1-6,3-8,5 Metalúrgica -3,4-2,8-0,2-4,5-4,4-1,5-2,8-7,1 1,0-5,4 2,1 4,3 5,1 7,6 10,0 11,8 16,0 11,1 6,4 7,8 1,9 5,9 5,5 4,1 1,0 Mecânica 6,3-1,9 1,6-4,9-7,9-2,6 1,8-1,6 9,8 2,2 6,0 6,8 5,7 19,0 20,1 20,2 18,5 11,7 12,8 9,3 8,4 13,6 6,9 4,8 6,4 Material elétrico e de comunicação 2,5 0,4-6,9-0,2-13,7-3,0-15,7-20,8-5,6-16,6-10,4-9,3-17,5-10,2-9,0-16,1-2,8-10,8 7,1-1,2-12,6-13,7-7,8-8,0-8,3 Material de transporte -6,2-3,9-7,3-1,4-14,0 2,2-4,1-12,8 3,3-12,9-8,4 2,3-3,1 10,3 20,8 15,1 16,5 10,5 11,3-4,2-10,8-2,8-0,5-4,5-0,5 Madeira 1,3 4,1 8,2 3,7-1,0-4,7-0,2-5,0 3,1-4,9-4,6-2,8-4,8 1,6 0,4-2,2-0,8 9,0 7,3 8,9-1,7 0,3 0,7 5,1-1,5 Mobiliário -3,1-6,1 4,2-0,8-6,2-0,1 6,4 2,7 20,7-9,0-7,8 0,2-3,9 5,4 2,8-4,3-2,0-4,1 4,3-20,2-20,0-3,6-5,6-7,0-11,4 Papel e papelão -0,6-0,2-1,5-0,8-1,8 1,3 0,9-1,4 2,4-0,8 1,5-1,2 5,1 1,5 5,6 4,9 4,7 2,5 5,3 3,2 2,6 2,8 3,6 5,8-1,4 Borracha -6,9-9,1-3,9-8,0-10,1-6,3-4,4-7,7 5,7-4,6-0,3 4,4-3,4 7,6 10,5 16,2 27,1 6,5 5,9 4,7-1,5 4,4 10,2 7,1 7,8 Couros e peles -14,1-9,0-4,8-2,8-5,4-8,1-11,6-14,7-2,8-8,5-11,3 7,9 0,1-3,4 3,0 1,9 5,7 11,8 11,9 1,7 2,3 10,4 4,4-6,1-3,4 Química 1,1 1,5-5,9 1,0-7,3-1,1-1,9-2,3 3,1 4,4 0,3 4,2-0,1-0,1 4,9 3,6 1,4-0,2-1,6 3,4 1,3-1,6-1,5-2,4-0,7 Farmacêutica 5,1-3,1-6,5-2,6 25,5 14,9 21,3 16,1 18,6-0,9-6,0 8,3-12,7-1,3 5,1-4,5-15,8-15,5-7,8-27,7-25,0-18,6-10,9-23,9-22,9 Perfumaria, sabões e velas -4,7-5,7-5,3-12,3-17,5-10,0 0,4-5,8 0,6-9,2 2,6-6,9 4,8 10,1 14,6 16,6 14,2 2,6 2,4-6,1-8,0 3,5-0,2 3,3-1,1 Produtos de matérias plásticas -12,1-12,6-8,4-6,7-9,9-5,4-1,9-6,9 7,1-10,8-4,8-6,5-4,6 2,3 7,9 4,5 4,3-5,8-3,5-16,1-20,8-14,2-13,5-10,6-9,5 Têxtil -7,1-9,5-4,0-5,0-9,8-1,7-3,3-8,5 5,2-4,7-1,7 2,4-1,8 3,7-1,5 0,7 4,3-4,4-5,0-7,1-15,2-8,2-10,2-8,3-7,1 Vestuários, calçados e art. de tecidos -5,7-11,8-6,5-9,8-9,6-6,1-6,5-2,0 15,3-2,8-5,5 2,9-5,1 5,1-3,5-2,4-2,2-8,8-4,9-20,0-25,1-17,3-9,0-13,0-16,0 Produtos alimentares 6,7 6,6 7,5 6,1-5,9-5,5 4,8-0,7 14,4 5,2 4,9 6,0 4,9 8,7 9,5-0,1 5,2 2,1-0,5 0,0-5,1 3,5-3,5-0,6-1,1 Bebidas -4,1-2,4-2,6-3,8-1,4-10,9-2,2-6,8-2,3-2,7-2,2 4,9 9,7 0,6 10,8 9,1 0,0 3,9 3,8-7,3-15,6-0,1-11,4-9,5-16,8 Fumo -69,2-6,6 2,8-5,0 3,8 18,6 44,6 32,8 42,9 17,7 8,7 9,4 58,2 4,3 0,1 2,1-8,0-8,8 13,2 17,7-3,7-6,3-19,8-60,0-41,5 Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal. Elaboração Própria. Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 7
8 Tendências da Indústria Os indicadores de tendência elaborados pelo IEDI mostram que ainda não sinais de recuperação nem para a indústria geral nem para a indústria de transformação. Em termos das categorias de uso, há sinais de que em todos os segmentos (exceção para o semiduráveis e não-duráveis) o processo recessivo da indústria foi estancado desde julho. Sinais da retomada da produção industrial só deverão aparecer no último trimestre do ano, refletindo o aumento do consumo de bens duráveis, o qual tem sido estimulado pelas medidas de política creditícia implementadas pelo governo nos últimos meses. 220 Indicador de Tendência da Indústria = dez/99 mar/00 jun/00 set/00 dez/00 mar/01 jun/01 set/01 dez/01 mar/02 jun/02 set/02 dez/02 mar/03 jun/03 Tendência - Ind. Transformação Tendência - Ind. Extrativa Tendência - Ind. Geral Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal. Elaboração Própria. Obs: Os dados de tendência utilizam o filtro de Kalman (metodologia desenvolvida por Andrew Harvey). Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 8
9 170 Indicador de Tendência da Indústria Categorias de Uso = dez/99 abr/00 ago/00 dez/00 abr/01 ago/01 dez/01 abr/02 ago/02 dez/02 abr/03 ago/03 Tendência - Ind. Bens de Capital Tendência - Ind. Bens Duráveis de Consumo Tendência - Ind. Bens Não Duráveis de Consumo Tendência - Ind. Bens Intermediários Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal. Elaboração Própria. Obs: Os dados de tendência utilizam o filtro de Kalman (metodologia desenvolvida por Andrew Harvey). Brasil e Países Selecionados O desempenho da produção industrial do Brasil e alguns países selecionados, mensurada pela média nos últimos doze meses e pela comparação do mês atual com o mesmo mês do ano anterior é apresentado a seguir. A despeito da defasagem existente na série divulgada pela OCDE, alguns resultados são interessantes. Na análise do indicador dos últimos doze meses, observa-se que a produção industrial cresceu a taxas expressivas apenas no Japão (4,1% em junho) e Irlanda (6,9% em maio), dentre os países desenvolvidos da amostra. Em contraste, a atividade industrial permaneceu retraída no Reino Unido (-1,4%), França (-0,5%) e Itália (-0,3%). Para o conjunto dos países em desenvolvimento selecionados observa-se uma variação positiva no período de doze meses. O destaque cabe à Coréia, cuja indústria acumula uma variação de 5,8% em junho, à Turquia e à República Tcheca, com taxas de expansão de, respectivamente, 8,9% e 8,3% em doze meses terminados em maio de A indústria japonesa expandiu 1,6% em junho de 2003 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Tal resultado positivo ocorreu pelo sétimo mês consecutivo. Registra-se, contudo, uma redução acentuada no vigor do crescimento, expressa em taxas mensais declinantes desde março (4,4%). Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 9
10 A produção industrial também cresceu no Reino Unido (2,3%), Alemanha (0,7%) e Espanha (0,9%) na comparação com maio de Nos demais países centrais, a produção industrial apresentou variação negativa na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A retração mais expressiva ocorreu na Itália: -3,1% em maio. Dentre os países em desenvolvimento, uma vez mais, apenas o Brasil e o México apresentaram contração na atividade industrial em relação ao igual mês do ano anterior, respectivamente: - 1,8% em agosto e -1,4% em maio. Salienta-se o aumento da produção industrial na Coréia do Sul (6,5%) e na Polônia (5,6%) em relação a junho de Brasil e Países Selecionados: Variação da Produção Industrial (%) Alemanha (Mai/03) Área do Euro (Mai/03) Brasil (Ago/03) Coréia do Sul (Jun/03) Espanha (Mai/03) Estados Unidos (Jun/03) França (Mai/03) Hungria (Mai/03) Irlanda (Mai/03) Itália (Mai/03) Japão (Jun/03) México (Mai/03) Reino Unido (Mai/03) República Checa (Mai/03) Polônia (Jun/03) Turquia (Mai/03) -3,1-0,7-1,8-1,0-0,5-1,5-0,3-1,4-1,4 0,7 0,7 0,4 1,0 0,9 0,6 0,3 1,7 2,0 1,6 2,3 4,3 4,4 4,1 5,3 5,6 5,6 5,9 5,8 6,5 6,9 8,3 8,9 Acumulado em 12 meses Igual Mês do Ano Anterior Fonte: IBGE (Brasil) e OECD - Main Economic Indicators, August Elaboração Própria. Produção Industrial em Agosto de 2003: Freio na Recessão 10
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