06/05/2019. Análise de Risco de Cárie. Fatores Protetores. Fatores Patológicos. Risco: probabilidade de que algum dano ocorra.

Documentos relacionados
Aspectos microbiológicos da cárie dental. Conceitos Etiologia Profa Me. Gilcele Berber

ECOLOGIA BACTERIANA DA BOCA. Weyne, S.C.

Slide 1 FLAVIA PARDO SALATA NAHSAN. Slide 2. Cárie Dentária (THYLSTRUP; FEJERSKOV, 1994) Slide 3. ç ç (HUME, 1997)

Promoção de Saúde na Prática Clínica

anos 12 anos meses anos

Cárie Dental Conceitos Etiologia Profa Me. Gilcele Berber

transmissão LUZ reflexão absorção

CÁRIE CONCEITO CONCEITO CONCEITO CONCEITO 06/04/15. X remineralização

FAMÍLIA. Caso complexo Amélia. Fundamentação teórica Etiologia e epidemiologia da cárie dentária. Especialização em SAÚDE DA

Disciplina de Odontologia em Saúde Coletiva I

30/03/2018. Índices epidemiológicos em saúde bucal. Prof. Samuel Jorge Moysés 30/03/2018

Unidade: A Cárie Dentária. Unidade I:

Odontopediatras e Médicos Pediatras: os benefícios dessa Integração

SAÚDE BUCAL. Cuidados Problemas Tratamento Dicas

RAIO-X DA BOCA SECA: ENTENDA O QUE É E SEUS PRINCIPAIS SINTOMAS

Sorria, mostre o que você tem de melhor!

PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM ESCOLARES DE 6 A 10 ANOS DE UMA CIDADE SEM FLUORETAÇÃO NA ÁGUA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO

Aspectos microbiológicos da Cárie Dental

ANEXO A. Figura 1 - Cromatograma / CLAE - EEP Ivinhema/MS Fonte: Pavanelli, 2006.

A Relação da Dieta com Periodontia e Cárie

TESTES SALIVARES E MICROBIOLÓGICOS NA AVALIAÇÃO DO RISCO DE CÁRIE EM ALUNOS DE ODONTOLOGIA. Almeida P C, Crosariol, S K, Canettieri A C V

MEDICINA PREVENTIVA SAÚDE BUCAL

... que o nervo do dente é chamado Polpa e é responsável pela nutrição e sensibilidade dental?

PREFEITURA MUNICIPAL DE BOM DESPACHO-MG PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO - EDITAL 001/2009 CARGO: ODONTÓLOGO CADERNO DE PROVAS

com o seu paciente Família Clinpro. Tecnologia em prevenção.

Biofilmes bucais. Biofilmes bucais/placa bacteriana. Hipótese ecológica da placa. Colonização. microflora. hospedeiro. ambiente

PROGRAMA DE MEDICINA PREVENTIVA. Saúde Bucal

Influência da estocagem da solução de ácido clorídrico na determinação da capacidade tampão da saliva *

Guia da Família para a Saúde Bucal

COLEÇÃO MANUAIS DA ODONTOLOGIA AMPLIADA, REVISADA E ATUALIZADA

CONTROLE QUÍMICO E MECÂNICO DO BIOFILME

4 Diagnóstico e sua importância para o tratamento da cárie

A alimentação é importante para os meus dentes e para a minha saúde? Sabias que há alimentos que protegem os dentes?

ÍNDICES DE ATAQUE DE CÁRIE

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde 1ª Edição 1ª Reimpressão

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Periodontite. Sua saúde começa pela boca!

EXAME CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO

(22) Data do Depósito: 25/02/2015. (43) Data da Publicação: 20/09/2016

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Odontogeriatria. Para você que já completou 60 anos.

MANCHA DENTAL EXTRÍNSECA: REVISÃO DE LITERARUA.

HIGIENE BUCAL SAIBA A IMPORTÂNCIA E AS VANTAGENS DE UMA BOA HIGIENE ORAL

Técnicas em Higiene Dental

POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE 1 - À concepção do Sistema Único de Saúde (SUS), regulado pelo poder do Estado, corresponde: a) uma noção autoritária de p

A PREVENÇÃO faz a diferença

SISTEMA DIGESTÓRIO E ESTOMATOGNÁTICO

Inclusão do Cirurgião Dentista na Equipe Multiprofissional no Tratamento de Pacientes de Álcool e Drogas

CLASSE IV. RESTAURAÇÕES EM DENTES ANTERIORES ( complexas) Lesões de cárie Fraturas (Trauma) CLASSE IV - Lesões Cariosas. CLASSE IV - Fraturas

Unidade: Biofilme e Cárie Dentária. Unidade I:

Saúde Bucal e Demência Prevenção e Tratamento

300 QUESTÕES DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O CARGO DE CIRURGIÃO-DENTISTA

Banca: Prof. Dr. Wilson Galhego Garcia - Orientador - (FOA/Unesp)

1.11 Equipe Executora Número de Docentes Número de Discentes Número de Técnicos Pessoal Externo

Pet com hálito fresco melhora até seu consultório.

CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAUDE MENTAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NUTRIÇÃO NO IDOSO

CURSOS ICMDS ODONTOPEDIATRIA

BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 03 GLICÍDIOS E LIPÍDIOS

Políticas de promoção de saúde Urubatan Medeiros Doutor (USP) Professor Titular UERJ/UFRJ

Decisão de tratamento restaurador baseada em evidências científicas

DISCIPLINA ESTUDOS PREVENTIVOS EM CARIOLOGIA TEMA:

MODELO DE BULA. Esta bula é continuamente atualizada, favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE TAMPONANTE DA SALIVA UMA AULA PRÁTICA DE BIOQUÍMICA

ARTIGO ORIGINAL. Poggel, 506, Cep , Lavras-MG, 2

TUDO O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE: SAÚDE BUCAL

Placa bacteriana espessa

A SAúde bucal dos brasileiros

Pesquisa ABHA 2013 mau hálito em idosos

RECOMENDAÇÕES SOBRE USO DE PRODUTOS FLUORADOS NO ÂMBITO DO SUS/SP EM FUNÇÃO DO RISCO DE CÁRIE DENTÁRIA

Unidade: Cariologia - histórico e evolução. Unidade I:

Auxiliar de Consultório Dentário

Livro Eletrônico Aula 00 Dentística Restauradora para CLDF (Consultor legislativo - Dentista)

FÁTIMA BARK BRUNERI LORAINE MERONY PINHEIRO UNIVERSIDADE POSITIVO

Métodos de auto aplicação

Instruções de Uso. 3M ESPE Clinpro White Varnish

Carie dentaria entre crianças de creches publicas na faixa etária de 0 a 5 anos

FOLHETO INFORMATIVO. Cada ml da solução contém 3,25mg de fluoreto de sódio (equivalente a 0,05mg de ião fluoreto/gota).

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Faculdade de Odontologia. Mariana Canano Séllos

DOS TECIDOS BUCAIS. Periodontopatias. Pulpopatias. Periapicopatias TIPOS: -INCIPIENTE -CRÔNICA -HIPERPLÁSICA. Causada pelo biofilme bacteriano

Esmalte com Clorexidina Benefícios em pacientes com gengivite crônica.

OdontoPrev. Sorria: você está sendo bem cuidado.

PROGRAMA DE PREVENÇAO INFANTIL QS KIDS SORRISO SAUDÁVEL PRA VIDA INTEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso

Universidade de São Paulo Faculdade de Odontologia

Permite a presença constante de fluoreto no meio bucal, que atua no momento em que o meio sofre desafios cariogênicos; Devem possuir flúor solúvel,

FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS VI JORNADA ACADÊMICA DE ODONTOLOGIA (JOAO) PAINEIS ÁREA 1: DENTÍSTICA, PRÓTESE DENTÁRIA E DISFUNÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR

MICROABRASÃO DO ESMALTE

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

GUIA DA SAÚDE ORAL MATERNO INFANTIL

Etiologia. cárie dentária

Saúde bucal. Simples hábitos evitando sérios problemas.

Avaliação da abrasividade de dentifrícios clareadores sobre esmalte humano pela téc-

A maioria dos alimentos precisa ser transformada para entrar nas células e realmente nutrir o organismo.

Sheila Cavalca CORTELLI Profa. Adjunta de Periodontia Faculdade de Odontologia da Universidade de Guarulhos UnG

X Encontro de Extensão

Título do Trabalho: O uso do xilitol em goma de mascar como coadjuvante no controle da placa bacteriana.

Sandra Ulinski Aguilera

RESTAURAÇÃO DE MOLAR DECÍDUO COM RESINA COMPOSTA DE ÚNICO INCREMENTO RELATO DE UM CASO CLÍNICO

Aliança para um Futuro Livre de Cárie Prevenir AGORA para um Futuro Livre de Cárie Um Recurso de Saúde Oral

SAÚDE BUCAL. Você sabe quantos dentes de leite você tem?

E L R A C B U B O E D S Ú R AS LA S FAOM VA

Transcrição:

Análise de Risco de Cárie Risco: probabilidade de que algum dano ocorra. Profa. Dra. Marcia P.A.Mayer Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Biomédicas Departamento de Microbiologia Laboratório de Microbiologia Oral Objetivo: predizer se novas lesões de cárie vão se desenvolver ou se as lesões iniciais vão continuar se desenvolvendo. - permite o estabelecimento de terapia individualizada, de acordo com as necessidades. -melhora a relação custo-benefício. - pode ser usada para detectar subpopulações de maior risco. Fatores Patológicos Bactérias cariogênicasestreptococos do grupo mutans, lactobacilos Função salivar reduzida Ingestão frequente de carboidratos fermentáveis adaptado de Featherstone et al, 2002 Fatores Protetores Saliva -Fluxo salivare componentes Fluoretos Antibacterianos clorexidina e xilitol Remoção mecânica placa Caries management by risk assessment Fatores Patológicos Bactérias cariogênicas estreptococos do grupo mutans, lactobacilos Função salivar reduzida Ingestão frequente de carboidratos fermentáveis Fatores Protetores Fluxo salivar e componentes - Fluoretos Antibacterianosclorexidina e xilitol Remoção mecânica placa Caries management by risk assessment, Volume: 41, Issue: 1, Pages: e53-e63, First published: 25 January 2013, DOI: (10.1111/cdoe.12031) adaptado de Featherstone et al, 2002 1

Fatores de risco/ indicadores de risco: 1. Exame clínico indicadores de risco 2. Anamnese dieta cariogênica(fator de risco) - medicamentos ou doenças que reduzem o fluxo salivar(fator de risco) 3. Testes auxiliares quantidadee funçãoda saliva / quantidade de bactérias associadas à cáries(fatores de risco) 1. Exame clínico da cavidade bucal Experiência passada de cárie OR em estudo longitudinal de 6 anos avaliando 12 954 indivíduos(domejean etal 2011) Atividade de cárie Presença de lesões de cárie iniciais ativas -OR, 2,77 Presença de lesões cavitadas OR: 8,21 Restaurações nos últimos 3 anos OR: 1,46 Característicase localização das lesões. Superfícies de risco recém expostas. ácidos Yanagisawa & Miake, 2003 Dissolução de cristal de HA a dissolução começa pela periferia do cristal Microrradiografia de lesão de cárie em esmalte. Yanagisawa & Miake, 2003 Yanagisawa & Miake, 2 2

Para o exame clínico de cárie dental, sempre há a necessidade da remoção mecânica do biofilme dental!!! mancha branca International Caries Detection and Assessment System (ICDAS) Hígido Lesão esmalte visível a sêco https://www.icdas.org Lesão esmalte visível (molhado) Cavitação Destruição esmalte e sombra na dentina Cavitação Destruição dentina Community Dentistry and Oral Epidemiology 41, ( 1): e41-e52, 2013 Atividade de cárie: Ativa ou Inativa - potencial de estagnação de placa: alto ou baixo -cor : brancaou amarelada, -brilho : opaca ou brilhante, -Superfície : cavitada ouhígida, - textura: rugosa/amolecida ou lisa/endurecida Com Dent Oral Epidemiol 41 (1): e41-e52, 2013 Mancha Branca Lesão de cárie ativa: - estagnação de placa, recoberta por placa, gengivite branca, aspecto de giz, e rugosa à sondagem leve. Lesão de cárie inativa: - sem placa (limpeza eficiente ou sem estagnação de placa, - lisa, - escurecida. Cavidade Cárie ativa: lesão amarela, textura amolecida à sondagem, coberta por placa, gengivite Cárie inativa: dura a sondagem, brilhante, amarronzada, livre de placa 3

Índice de placa International Caries Detection and Assessment System (ICDAS) integrado ao International Caries Classification and Management System ICCMS Placa visível nos incisivos OR: 2.55 não é associado ao potencial cariogênico do biofilme. Mas, dentes sem placa não tem cárie!! Sítios com maior retenção de placa maior risco à cárie Permite a integração dos dados clínicos (ICDAS) com informações amplas do paciente, de maneira a determinar o planejamento do tratamento. Melhor qualidade de informação para propiciar o diagnóstico apropriado, prognóstico e tratamento clínico da cárie em nível individual e de saúde pública. Community Dentistry and Oral Epidemiology Volume 41, Issue 1, pages e41-e52, 25 JAN 2013 DOI: 10.1111/cdoe.12025 http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/cdoe.12025/full#cdoe12025-fig-0001 ICDAS e critérios para determinação da atividade de lesões de cárie score descrição ativa inativa 0 Nenhumaalteração após secagem(5s) 1 Alterações no esmalte após secagem Superfície Superfície do esmalte esbranquiçada, 2 Alterações distintasno esmalte esbranquiçada/amarelada amarronzada ou com perda de brilho, escurecida, brilhante, 3 Destruição do esmalte visualizada como rugosa, área de endurecida e lisa. manchabranca ou descoloração estagnação de placa 4 Sombra visível na dentina Provavelmenteativa 5 Cavidadena dentina Dentina amolecida à Dentina dura à sondagem sondagem,brilhante 6 Cavidadeextensa na dentina Fatores de risco/ indicadores de risco 2. Anamnese Características sócio econômicas Doenças e medicamentos associados a cárie Dieta análise da dieta como um todo -frequência e quantidade de ingestão de carboidratos fermentáveis Uso de flúor, uso de xilitol Hábitos de higiene oral, uso de clorexidina R.S. Guedes et al. J DENT RES 2014;93:101S-107S Prevalência de cárie em crianças na cidade de São Paulo, em relação à renda familiar ceod 5 anos média 1,57 Doençase Medicamentosqueinterferemno riscoa cárie: Por alteração no acesso da saliva respiradores bucais Poralteraçãodo fluxoe composiçãoda saliva: Síndromede Sjogren, HIV, artritereumática, lupus, diabetes, psicoses, stress, asma radiação na região de cabeça e pescoço medicamentos-diminuiçãodo fluxosalivar -antidepressivos, antihistamínicos, antihipertensivos, anoréxicos, anti-parkison, diuréticos e anticonvulsivantes Poralteraçõesno padrãoda dieta respiradoresbucais, asmáticos, gravidez Pela ingestão de medicamentos de alto conteúdo de carboidratos fermentáveis 4

N = 30 30 N = 30 30 Velocidade de fluxo salivar e capacidade tamponante da saliva Cárie após radioterapia de região de cabeça e pescoço Sal.normal Sal.deficiente Curva de ph do biofilme dental após bochecho com glicose Strahlenther Onkol. 2012 Jan;188(1):21-8. ph do biofilme após desafio com 10% sacarose em crianças asma (A) e controle (C) Respirador bucal o acesso da saliva é menor principalmente na região anterior Crianças com asma tem: > gengivite > cárie < velocidade de fluxo salivar < ph inicial e final do biofilme dental v 70 60 50 40 30 8 7 6 5 4 3 20 2 10 1 Stensson et al., 2010 0 RN RB Grupos índice gengival 0 RN RB Grupos ceos - cárie Nascimento Filho et al., 2004 Fatores de risco/ indicadores de risco 2. Anamnese Sinais de Redução Severa de Fluxo Salivar Características sócio econômicas Doenças e medicamentos associados a cárie Dieta análise da dieta como um todo -frequênciae quantidade de ingestão de carboidratos fermentáveis Uso de flúor, uso de xilitol Hábitos de higiene oral, uso de clorexidina http://aluro.co.nz/news/drymouth.aspx 5

Alta frequência de ingestão de carboidratos fermentáveis (>8X/dia OR: 1.77) Bowen, 1993 Sacarose...1,0 Cereal 7% de açúcar...0,93 Ceral com 61% de açúcar...0,93 Balas cobertas de chocolate...0,91 Batatas fritas (chips)...0,84 hamburguer...0,77 pretzels...0,78 maçãs...0,77 caramelos...0,73 Chocolate em barra...0,71 Cereal não adoçado...0,45 Amido de milho...0,45 Leite com chocolate (sem açúcar)...0,38 Pipoca......0,38 Salgadinho de milho...0,30 Semente de girassol...0,23 Uvas passa...1,40 Bolacha recheada de chocolate...1,41 Cárie de mamadeira: Adição de açúcar na mamadeira, principalmente à noite!! Maior incidência de cárie Ingestãode > 10% de açúcarlivredo total de energia ingerida(calorias/kilojaules) Ingestãode > 10 kg açúcarlivre /pessoa/ano(~ 5% do total de energia ingerida) Açúcar livre: mono e disacarídeos adicionados aos alimentos e bebidas pelo fabricante, cozinheiro ou consumidore açúcarnaturalmentepresenteem mele sucosde frutas. Recomendações OMS - http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/nbk285537/pdf/toc.pdf Contéudo da mamadeira % crianças com lesão de cárie (Mancha branca ativa) Leite com açúcar 61,3% Leite puro 29,4% OR= 2,08*, p<0,05 >risco Relação entre hábitos de dieta e Risco de cárie em crianças de 18-36 meses >3 ingestões de alimentos entre as refeições /dia >8 ingestões de alimentos/dia Fatores de risco/ indicadores de risco: 1. Exame clínico 2. Anamnese 3. Testes auxiliares: função da saliva: velocidade de fluxo salivar capacidade tamponante da saliva testes microbiológicos: níveis salivares de lactobacilos níveis salivares de Estreptococos do grupos mutans 6

Velocidade de fluxo salivar (VFS) Indicações do exame Indivíduos com ingestão de medicamentos associados a redução de fluxo salivar Crianças com asma Idosos >65 anos (redução de VFS em 20% dos casos) Pacientes com superfícies radiculares recém expostas ou superfícies radiculares cariadas Sinal do batom, queixas de boca sêca. Velocidade de Fluxo Salivar determina a velocidade de produção de saliva estimulada (ml/min) 1. mastigar um pedaço de goma até que fique macio. 2. a mastigação continua por 5 minutos 3. Depositar a saliva em intervalos em um tubo coletor. 4. Mais que 1,0 ml/minuto - VFS normal Determinação da Capacidade tamponante da Saliva Dentobuff Strip System Coloque uma gota de saliva estimulada na fita de teste Compare com a escala padrão Níveis salivares de Lactobacilos Relação com sítios retentivos na cavidade bucal frequênciade ingestão de carboidratos fermentáveis ph final. Azul 6,0 Alta. Verde 4,5-5,5 Média. Amarelo 4,0 Baixa Capacidade Tamponante da saliva ~ 100.000 UFC lactobacilos / ml de saliva = estimulada Sugere Alta frequência de ingestão de carboidratos fermentáveis Dentocult LB Compare o número de colônias na lâmina com uma escala padronizada 7

Níveis salivares de estreptococos do grupo mutans(sm) Refletem o número de sítios colonizados por SM. >12 anos > 1.000.000 12 a 36 meses >1.000 UFC SM/ ml de saliva estimulada Sugere Alto Risco de cárie* 86,5% sensibilidade 93,4% especificidade Klock e Krasse, 1979 Crianças com 12 a 36 meses de idade Determinação dos níveis salivares de SM SM baixo/int. alto ± 2,4 ±3,6 * início do estudo sem placa com placa sem Cavidade com Cavidade ±2,1 ± 2,5 ± 3,1 ± 2,8 * sem MB+C com MB+C ± 1,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 * Mann-Whitney, p<0,01 incidência de cárie em 1 ano (MB+C) ± 4,0 * Método Strip Mutans Compare o número de colônias com uma escala padronizada 8

Modelos de predição com múltiplos fatores : aumentam a acurácia da predição. permitem o melhor entendimento do processo permitem o estabelecimento de medidas individualizadas, e dos intervalos de rechamada. Kutsch et al. J Prosthet Dent 2014;111:280-285 Protocolo para pacientes com mais de 6 anos-adultos SAFER CAMBRA (caries management by risk assessment) Risco de cárie Baixo S A F E R Selantes Saliva antibact Fluoreto Fatores Estilo de RXs erianos (tópico) que > vida reminer. hábitos Não Teste salivar não dentrifrício Recessão Promover 24-36 opcional gengival hábitos de meses dieta saudáveis Recham ada Cada 6 meses Featherstone et al. 2007 ; Young & Featherstone, 2013 Mode rado Alto Extre mo Recomendado de acordo com o código ICDAs Sim Bactérias cariogênicas e vfs/cap. tampão Xilitol, clorexidina Retestar para bactérias cariogênicas após 1 mês e repetir se necessário Dentifrício, bochecho. 0.05% NaF diário Verniz a cada 4 6 mêses Dentifrício com 5000 ppm NaF, bochecho. 0.05% NaF r Verniz a cada 3 4 mêses Caries management by risk assessment, 41: 1: e53-e63, 2013, DOI: (10.1111/cdoe.12031) Suplementação se houver alteração nos exames de vfs ou função da saliva Suplementaçao se F náo for sufuciente Requerido se tiver xerostomia 18 4 24 meses 6 meses 6 3 18 meses 4 meses A Cada 6 A cada 3 mêses, meses até que não sejam detectada s novas lesões de cárie http://www.mah.se/fakulteter-ochomraden/odontologiska-fakulteten/avdelning-ochkansli/cariologi/cariogram https://www.icdas.org/ Doméjean et al. J Calif Dent Assoc 2011;39:709-15.. J Calif Dent Assoc. 2007;35(10):703-7, 710-3. 9

<10 4 UFC/ml 10 4-10 5 UFC/ml 10 5-10 6 UFC/ml >10 6 UFC/ml Comparável aos níveis salivares de lactobacilos >10 5 UFC/ml = 3 UFC lactobacilos/ml de saliva 10