Projeto de Intervenção 2013/2017

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Transcrição:

Projeto de Intervenção 2013/2017 Agrupamento de Escolas de Mogadouro Mudar para Crescermos Juntos

2

Índice 1. Nota introdutória... 4 2. Caracterização do... 5 3. Análise SWOT: Pontos fortes Pontos fracos Oportunidades Ameaças... 6 4. Visão... 10 5. Missão... 10 6. Linhas de orientação da ação... 11 7. Metas e Plano estratégico... 13 8. Calendarização e Avaliação... 18 9. Conclusão... 19 Bibliografia... 20 3

1. Nota introdutória A construção de um projeto constitui, assim, um referencial para a definição de uma estratégia para a organização, na qual são identificadas a missão e a visão do seu futuro, tendo em conta quer as oportunidades quer as ameaças externas, quer as forças e fraquezas internas. Ele contribui, por isso, no âmbito de um processo de planeamento estratégico, para dar um sentido e finalidade à ação coletiva, permitindo, ao mesmo tempo, conceber, reunir e manobrar forças e energias, de maneira deliberada, para introduzir as mudanças consideradas necessárias para o desenvolvimento da organização. (Barroso, 2005, p. 132) O Projeto de Intervenção que se apresenta para apreciação por parte do Conselho Geral, está elaborado de acordo com o estipulado no Decreto-Lei nº 75/2008 de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, e representa o meu compromisso como candidata ao cargo de diretora para o quadriénio 2013/2017. Resultado de um processo de reflexão sobre a realidade do Agrupamento de Escolas de Mogadouro, a minha candidatura tem por base a experiência adquirida ao longo de quatro anos enquanto Subdiretora do Agrupamento, onde os princípios de equidade e de justiça pautaram a minha postura perante todos os membros da comunidade escolar. Trata-se de um compromisso baseado numa visão projetada e 4

numa missão delineada para o Agrupamento, a partir das quais defino um conjunto de linhas de orientação da ação e metas e explicito um plano estratégico, no sentido de assegurar o funcionamento eficaz e eficiente do Agrupamento e garantir a prestação de um serviço público de alta qualidade. Tal como refere João Barroso, no excerto transcrito no início esta Nota Introdutória, a base do futuro é o passado e o presente pelo que o meu conhecimento do Agrupamento me permitiu elencar as suas forças, as suas fraquezas, as suas oportunidades e as suas ameaças, como base na análise SWOT do mesmo. Entre muitos aspetos, este projeto de intervenção reforça a implementação de estratégias que visam a otimização da gestão e da liderança, o sucesso escolar com a constante melhoria dos resultados escolares, assim como as que se relacionam com a efetiva participação e envolvimento dos pais, da comunidade local e das diferentes áreas e setores do Agrupamento, por forma criar uma cultura de pertença com uma instituição com a qual todos se identificam. Desse modo e dentro das competências legalmente atribuídas, comprometo-me a exercer uma liderança democrática, dinâmica e participada, assente nos seguintes alicerces: determinação, cooperação, abertura à inovação e partilha de responsabilidade. Posto isto e tendo adotado como lema da minha candidatura Mudar para Crescermos Juntos, o presente Projeto de Intervenção pressupõe o envolvimento de todos os elementos da organização educativa num sem-fim de relações e interações intra et extra muros, com o objetivo de mobilizar a comunidade educativa, na medida em que começo por assumir o compromisso de desenvolver todos os esforços para atingir as metas deste Projeto, procurando: o envolvimento da comunidade, o investimento nas pessoas e a negociação e a construção de consensos. 2. Caracterização do Situado num Concelho onde economicamente as famílias são sustentadas por atividades ligadas predominantemente à agricultura e à prestação de serviços, o 5

Agrupamento é um espaço onde diariamente se tenta amenizar as diferenças e as dificuldades socioeconómicas, tratando todos com igualdade e justiça. À data, constituído pela Escola Básica e Secundária de Mogadouro (Escola sede), pela Escola Básica de Mogadouro (Jardim de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico), pelo Polo Educativo de Bemposta (Jardim de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico), pelo Jardim de Infância de Brunhoso e pelo Jardim de Infância de Castro Vicente, o Agrupamento recebe cerca de 900 alunos. Ao serviço dessas crianças e jovens, contam-se quase 120 educadores e professores, todos ciclos incluídos, e mais de 50 assistentes técnicos e operacionais, entre pessoal do Quadro, contratados e tarefeiros. É com esta comunidade que pretendo levar a bom termo este Projeto de Intervenção, investindo nos pontos fortes, propondo soluções para os pontos fracos, tirando partido das oportunidades e ultrapassando as ameaças. 3. Análise SWOT: Pontos fortes Pontos fracos Oportunidades Ameaças Com base nos relatórios da aplicação do plano de melhoria e na sua reformulação elaborados pela Equipa de Avaliação Interna, com base na análise dos resultados dos Inquéritos de Satisfação aplicados no âmbito da Avaliação Externa, e com base na informação recolhida em vários documentos produzidos por docentes do Agrupamento ao longo de quatro anos (relatórios de atividades, atas de reuniões de Departamento Curricular, de Ciclo, de Conselho de Turma, do Conselho Pedagógico e do Conselho Geral entre outra documentação), em termos de análise interna, optei por traçar o quadro do Agrupamento seguindo os parâmetros SWOT, de modo a identificar os principais pontos fortes (Strengths), pontos fracos (Weaknesses), no que diz respeito ao Ambiente Interno e as principais oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats), no tocante ao Ambiente Externo. Os resultados da análise SWOT estão resumidos nos quadros a seguir: 6

AMBIENTE INTERNO Pontos Fortes -Quadro de pessoal docente estável; -Boa gestão dos recursos humanos pessoal docente e não docente; -Taxa de sucesso da avaliação interna e externa dos alunos dos 1º e 2º ciclos de escolaridade acima da taxa nacional; -Implementação de medidas de combate ao insucesso escolar através do Projeto Mais Sucesso Escolar Tipologia Fénix e do Programa TEIP 3; -Bom funcionamento do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família e do Gabinete de Mediação e Orientação; -Existência de uma psicóloga a tempo inteiro ao serviço de todas as escolas do Agrupamento; -Oferta educativa diversificada (Cursos de Educação e Formação; Cursos Científico- Humanísticos; Cursos profissionais) -Novas instalações da Escola Básica de Mogadouro, para a Educação Pré-escolar e para o 1º Ciclo do Ensino Básico; -Existência de duas Bibliotecas Escolares com condições ótimos no que ao espaço e equipamentos dizem respeito; -Horário alargado da Biblioteca escolar da Escola sede; Pontos Fracos -Aplicação pouco consistente e sistemática das competências por parte dos responsáveis das estruturas de liderança intermédia condicionando a uniformidade nas opções pedagógicas adotadas, nas regras de organização interna e de funcionamento, e dificultando a sustentabilidade da noção de Agrupamento enquanto unidade coesa e coerente; -Articulação interdisciplinar pouco aprofundada; -Discrepância na exigência dos professores face à qualidade do aproveitamento dos alunos; -Taxa de sucesso da avaliação interna e externa dos alunos do 3º ciclo de escolaridade e do ensino secundário abaixo da taxa nacional; -Diminuição do interesse dos alunos pela escola e desvalorização da educação; -Número crescente de casos de indisciplina; -Insuficiente articulação e uniformização dos procedimentos e práticas dos docentes face à indisciplina; -Número considerável de retenções, por vezes repetidas; -Elevado número de anulações de 7

-Qualidade das parcerias do Agrupamento; -Empenho dos órgãos de administração e gestão, do pessoal docente enão docente em servir a comunidade e criar um ambiente mais seguro para os alunos de todas as escolas do Agrupamento; -Bom nível de apetrechamento ao nível do equipamento informático; -Bom trabalho desenvolvido no apoio prestado aos alunos com Necessidades Educativas Especiais, nomeadamente aos alunos com Currículo Específico Individual e aos da Unidade de Multideficiência; -Colaboração ativa com a Autarquia:.Transportes escolares;.apoio ao funcionamento da Educação Pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico;.Apoio no apetrechamento e manutenção de equipamento informático no 1º Ciclo do Ensino Básico;.Serviço de almoços para os alunos da Educação Pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico;.Atividades de Enriquecimento Curricular;.Apoio ao desenvolvimento do Plano Anual de Atividades do Agrupamento; -Abertura da Escola ao exterior. matrículas a disciplinas singulares no ensino secundário; -Falta de interesse na participação dos alunos dos 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário em atividades de complemento curricular; - Desadequação das salas específicas de Biologia e Geologia e de Física e Química para o ensino experimental; -Fraca participação dos pais e encarregados de educação nas atividades levadas a cabo sobre temáticas da vida escolar dos seus educandos; -Heterogeneidade nos perfis socioeconómicos, familiares e culturais dos alunos; -Cantina situada fora do recinto da Escola sede. 8

AMBIENTE EXTERNO Oportunidades -Uso otimizado da internet através das páginas eletrónicas do Agrupamento enquanto canais privilegiados de divulgação; -Desenvolvimento de uma rede de cooperação com empresas locais e distritais e com outras instituições educativas; -Promoção de uma oferta educativa adequada às especificidades socioeconómicas e culturais do concelho (áreas dos Cursos de Formação e Educação e dos Cursos Profissionais); -Estabelecimento de protocolos com instituições e associações de vários quadrantes da sociedade. Ameaças -Excesso de publicação de nova legislação, como fator de destabilização e condicionamento da organização do ano letivo e do funcionamento do Agrupamento; -Política educativa desfasada da realidade das zonas do interior do país; - Ausência total de progressão nas carreiras do pessoal docente e não docente; -Descrédito da imagem e perda gradual da autoridade do professor; -Progressiva desertificação das freguesias rurais com implicações a curto prazo no número de alunos a frequentar os vários ciclos de ensino; -Conjuntura nacional de crise com redução significativa dos diferentes orçamentos das instituições; -Possível criação de um Mega agrupamento inter-concelhio; -Implementação de Cursos de aprendizagem, propostos pelo IEFP; -Desinteresse de alunos relativamente à escola, devido à precaridade da situação socioeconómica das famílias; -Escassos recursos financeiros. 9

4. Visão É sabido que não se pode cumprir de forma responsável e consciente uma missão, sem ter uma visão, pelo que de seguida apresento a minha visão para o Agrupamento: Com todas as suas potencialidades físicas, materiais e humanas, o pode e deve tornar-se num Agrupamento de escolas de referência no Nordeste trasmontano, pelos ótimos resultados alcançados pelos alunos na avaliação interna e externa. 5. Missão Este Projeto de Intervenção pretende espelhar a minha forma de VER o Agrupamento no próximo quadriénio, ao garantir a realização da visão como estratégia de cumprimento da missão organizacional que almejo para a esta instituição escolar. Desse modo, ao definir como lema para este Projeto: Mudar para Crescermos Juntos, abraço a seguinte missão para o Agrupamento: construir, nos próximos quatro anos, uma organização unida em torno dos metas e objetivos a alcançar e empenhada coletiva e individualmente em atingi-los, contribuindo com o seu trabalho, para o esforço comum de mudança de mentalidades e acreditando que é possível criar uma geração de jovens adultos responsáveis enquanto cidadãos íntegros, porque a sociedade espera de modo cada vez mais exigente que a escola cumpra o papel fundamental de consciencializar os seus alunos para o exercício responsável dos seus deveres e direitos de cidadania e da qualificação profissional. Enquanto instituição por excelência onde circulam saberes e se testam conhecimentos multidisciplinares, à escola cabe a promoção do desenvolvimento do potencial humano assegurando a formação intelectual dos nossos alunos, preparandoos para o exercício da cidadania na construção do bem-estar, num mundo em 10

constante mudança. Assim, penso que a missão sonhada para o Agrupamento encerra os seguintes princípios: garantir um serviço educativo credível e de qualidade; integrar e valorizar o esforço e o papel de cada um; dotar os alunos de conhecimentos sobre si próprios e os outros; abrir se ao meio envolvente e aprender com ele; transmitir valores universais e inalienáveis; preparar os alunos para a integração na vida ativa; formar cidadãos autónomos e responsáveis; contribuir para o desenvolvimento da comunidade educativa em que se insere. 6. Linhas de orientação da ação Anteriormente a realização da visão foi apresentada como estratégia do cumprimento da missão, por sua vez, esta só é executada se do sonho se transitar para o plano do real. Assim, para concretizar a missão são projetadas linhas que vão orientar a minha ação e a de toda a comunidade escolar no próximo quadriénio. Essas linhas são divididas em quatro áreas fundamentais para a organização e administração escolar. À semelhança dos alicerces de uma edificação, a ação a desenvolver no Agrupamento vai assentar nas quatro linhas de orientação que a seguir se apresentam: Linha de Orientação da Ação 1 Gestão e Liderança Partilhada Com a necessidade de valorizar o papel dos vários intervenientes do processo educativo, surge uma nova cultura de responsabilidade exigida pela comunidade escolar, encabeçada pelo diretor, mas partilhada por todos os órgãos de gestão e de supervisão pedagógica, que devem ser consultados durante o processo de qualquer tomada de decisão. Esta linha orientadora abrange a visão estratégica, desde a conceção dos 11

documentos orientadores e/ou de referência do Agrupamento, à política de gestão dos recursos humanos, físicos e financeiros. Linha de Orientação da Ação 2 Sucesso Educativo e Organização Pedagógica Toda e qualquer ação organizacional tem sempre o propósito pedagógico de melhorar a qualidade das aprendizagens de modo a atingir o tão ambicionado sucesso educativo. Esta linha de orientação procura dar resposta a preocupações legítimas e estratégicas que giram em torno da melhoria da qualidade do sucesso escolar, da reflexão pró-ativa sobre as práticas pedagógicas e dos processos de integração e articulação na perspetiva do sucesso educativo. Linha de Orientação da Ação 3 Identidade e União da Agrupamento Na era da comunicação e da partilha de informação online, a ação do Agrupamento deve continuar a apostar no desenvolvimento ativo de uma cultura de divulgação do êxito, sem descurar a segurança dos membros da comunidade. Esta linha orientadora dá relevo a aspetos tais como: imagem do Agrupamento, comunicação interna e externa, qualidade do serviço prestado e impacto na comunidade. Linha de Orientação da Ação 4 Integração e Igualdade de Oportunidades Cada vez menos isoladas no seu perímetro territorial e numa perspetiva bilateral, as escolas devem abrir as suas portas a um público-alvo alargado e devem manter e/ou criar parcerias que possibilitem a abertura das portas de entidades que, apesar de não serem aparentemente vocacionadas, podem contribuir para a melhoria da ação educativa. Esta linha de orientação compreende áreas fulcrais como a oferta formativa, a inclusão e o sucesso escolar e as relações do Agrupamento com o exterior. 12

7. Metas e Plano estratégico Enquanto programa de intenções a concretizar, este Projeto de Intervenção como, foi dito no ponto anterior, assenta em quatro grandes linhas de orientação da ação. Para cada linha, foram definidas metas e respetivas estratégias, formando no seu conjunto, o Plano Estratégico a ser alcançado ao longo do quadriénio. Para cada linha de orientação apresento três a seis metas de acordo com a análise SWOT realizada no ponto 3 deste documento. Linha de Orientação da Ação 1 Gestão e Liderança Partilhada METAS a) Otimizar o desempenho das funções de coordenação das estruturas intermédias b) Contribuir para a satisfação profissional c) Melhorar o grau de eficácia e eficiência no Agrupamento PLANO ESTRATÉGICO (estratégia a implementar) i) Organização e gestão do Agrupamento tendo em conta uma liderança colaborativa entre os diferentes órgãos de gestão e entre estes e as diferentes estruturas intermédias; ii) Envolvimento dos professores nas decisões. i) Gestão racional dos recursos humanos do agrupamento; ii) Afetação do pessoal docente e não docente a tarefas e funções que melhor se enquadre ao respetivo perfil enquanto pessoa e profissional. i)consolidação de uma cultura de melhoria contínua tendo em vista o aumento do grau de satisfação, eficácia e eficiência do Agrupamento; ii)melhoramento do grau de satisfação 13

dos membros/utentes em relação ao nível do atendimento e da qualidade do serviço prestado pelos diversos setores/áreas do Agrupamento. Linha de Orientação da Ação 2 Sucesso Educativo e Organização Pedagógica METAS a) Melhorar os resultados escolares e a qualidade do sucesso:» Aumentar em 10% a taxa média de sucesso na avaliação interna de todo o Agrupamento, sendo que a atual 1 é de 80%;» Aumentar em 30% a taxa de ingresso dos alunos no ensino superior, sendo que a atual 2 é de 25%;» Diminuir para 3 valores, no máximo, a discrepância 2 entre a classificação interna de frequência e a classificação do exame nacional às diferentes disciplinas sujeitas a exame. b) Diminuir o número de ocorrências disciplinares na Escola sede:» Reduzir em 4% a aplicação de medidas disciplinares corretivas, sendo que a atual taxa 3 é de 5,5%; PLANO ESTRATÉGICO (estratégia a implementar) i)otimização da ação educativa; ii)manutenção da implementação de medidas de combate ao insucesso escolar; iii) Valorização do sucesso escolar dos alunos e promoção do mérito e de excelência, aliada à difusão de uma cultura de rigor e de exigência; iv) Reabilitação / Reformulação do propósito das duas salas de estudo existentes na Escola sede do Agrupamento. i) Implementação de medidas rigorosas de combate à indisciplina; ii) Ampla divulgação do Código de Conduta já existente no Agrupamento; iii) Criação da disciplina de Educação 1 Indicadores de medida: Resultados obtidos pelos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico ao Ensino Secundário, na avaliação final do 2º período, março de 2013. 2 Indicador de medida: Dados relativos ao ano letivo de 2011/2012. 3 Indicador de medida: Dados relativos ao final do 2º período, março de 2013. 14

» Reduzir em 1% a aplicação de medidas disciplinares sancionatórias, sendo que a atual taxa 3 é de 1,9%. c) Reduzir, na Escola sede, a percentagem de número de alunos que ultrapassam o limite legal de faltas injustificadas em 3%, sendo que a percentagem atual 3 é de 4,4% d) Reforçar a articulação entre ciclos nas áreas disciplinares estruturantes e) Promover uma avaliação adequada, rigorosa e em prol da aprendizagem cívica, como oferta complementar (dentro do legalmente possível e autorizado); iv) Elaboração de um manual de procedimentos para casos de indisciplina. i) Implementação de medidas de combate ao absentismo; ii)corresponsabilização dos pais e encarregados de educação no controlo da assiduidade dos seus educandos, através do contacto telefónico imediato no momento da ausência e abrindo o acesso à plataforma WebUntis. i) Implementação de uma cultura de articulação curricular, num perspetiva vertical e horizontal; ii)calendarização de momentos e espaços de trabalho cooperativo e colaborativo que permitam uma adequada gestão e organização curriculares; iii)divulgação das «Boas Práticas» educativas levadas a cabo pelos docentes, através das páginas eletrónicas e do jornal do Agrupamento. i) Harmonização da avaliação das aprendizagens por via da uniformização dos documentos a utilizar no Agrupamento; ii) Monitorização da aplicação por todos 15

os docentes dos critérios de avaliação aprovados pelo Conselho Pedagógico. i) Criação de uma Escola de Pais; f) Corresponsabilizar a família pelo percurso escolar dos alunos ii) Dinamização de momentos períodos de lazer/reflexão sobre temas de interesse sobre a vida escolar dos jovens. Linha de Orientação da Ação 3 Identidade e União do Agrupamento METAS a) Reforçar a imagem do Agrupamento enquanto espaço social e educativo, com relevo no desenvolvimento da comunidade em que está inserido b) Otimizar a eficácia e a eficiência da gestão e circulação da informação no Agrupamento c) Promover o sucesso dos alunos d) Promover uma cultura de segurança da comunidade escolar PLANO ESTRATÉGICO (estratégia a implementar) i) Publicação sistemática das atividades curriculares e extracurriculares, projetos, parcerias, protocolos, resultados escolares e participação em atividades nas páginas eletrónicas do Agrupamento; ii) Criação da edição online do jornal escolar Eco das Palavras. i) Desmaterialização documental, privilegiando o uso exclusivo do correio eletrónica para troca de informação entre todos os membros da comunidade escolar. i) Divulgação dos nomes dos melhores alunos de cada ano de escolaridade no final de cada período; ii) Manutenção do Quadro de Excelência e do Quadro de Valor, previsto no Regulamento Interno do Agrupamento. i) Implementação do sistema do cartão eletrónico para controlo de entrada e 16

saída da Escola sede, de todos os membros/utentes; ii) Criação de uma equipa multidisciplinar para operacionalizar a implementação de medidas de segurança; iii) Construção de uma cantina dentro do recinto escolar da Escola sede. Linha de Orientação da Ação 4 Integração e Igualdade de Oportunidades METAS a) Privilegiar a formação de acordo com as preferências e o perfil dos alunos b) Desenvolver as «Boas Práticas» já existentes com vista à promoção do sucesso e integração dos alunos com necessidades educativas especiais c) Consolidar uma relação bilateral escola-meio PLANO ESTRATÉGICO (estratégia a implementar) i) Manutenção de oferta educativa/formativa diversificada e criação de cursos de dupla certificação decorrentes das necessidades da comunidade educativa. i) Promoção da inclusão educativa e social e igualdade de oportunidade bem como a preparação e o prosseguimento de estudos, preparando para a vida ativa e para a transição para a vida ativa. i)desenvolvimento de parcerias e redes com outros organismos; ii) Concretização e articulação de estratégias de prevenção e de intervenção em parceria com outras instituições comunitárias em várias vertentes educativas: saúde, problemas de aprendizagem, comportamento de risco, integração social e profissional, 17

ambiente entre outras; ii) Manutenção das boas relações institucionais com a Autarquia. 8. Calendarização e Avaliação A maior parte das propostas apresentadas no plano estratégico devem ser lançadas no terreno a partir do início do próximo ano letivo 2013/2014, de acordo com uma calendarização previamente definida nos órgãos próprios e tendo em conta a prioridade atribuída a cada estratégia. Todavia a reflexão sobre a sua exequibilidade e consequente tomada de decisão deve ser preparada ainda durante o último Conselho Pedagógico do ano letivo 2012/2013. Tratando-se de um projeto, claro está que deve ser considerado como um documento inacabado sujeito a ajustes periódicos de acordo com a avaliação, pelo que se propõe que o presente projeto seja alvo de três tipologias de avaliação: Avaliação contínua durante o processo, mediante monitorização do desenvolvimento da implementação das estratégias; Avaliação anual no final de cada ano letivo, com base nos diversos relatórios de todas as atividades e ações programadas e desenvolvidas à luz deste Projeto. Avaliação útil e importante para detetar obstáculos na concretização do Projeto; Avaliação final no final do quadriénio, para efetuar um balanço final do inicialmente projetado. Para além destas três fases e tipologias de avaliação, continuar-se-á a implementar a Avaliação Interna, e consequentes planos de melhoria. Por fim, dentro de três ou quatro anos, o Agrupamento estará novamente sujeito à Avaliação Externa levada a cabo pela Inspeção Geral da Educação e Ciência. 18

9. Conclusão A liderança não tem a ver com poder ou autoridade organizacional. Não tem a ver com fama ou fortuna. ( ) E definitivamente não tem a ver com ser-se um herói. A liderança tem a ver com relacionamentos, com credibilidade e com aquilo que se faz. ( ) A liderança é problema de todos. (Kouses&Posner, 2009, pp. 369-371) Implementar este Projeto implica contar com o apoio de uma equipa interna coesa, constituída por professores, pessoal não docentes, alunos, pais e encarregados de educação, e pela comunidade local. Uma equipa que interaja, que ajude ao crescimento moralmente saudável das crianças e jovens e que adote o Agrupamento de Escolas de Mogadouro como uma organização participada por todos no desenvolvimento de uma ampla panóplia de atividades que sirvam para alcançar as metas propostas. Nesse sentido, do responsável máximo do Agrupamento, para além dos atos de gestão de rotina, nos planos pedagógico, administrativo e financeiro, que contribuem para o bom funcionamento diário da instituição, deve sobressair a sua capacidade para mobilizar todos os atores em torno de uma ideia de liderança de um Projeto, assim como em torno de uma causa pela qual valha a pena lutar. Assim torna-se necessário desenvolver no Agrupamento uma cultura de participação, no sentido de implementar novos métodos de trabalho, a cultura do próprio trabalho e a criação de condições para um modelo de gestão que possibilite lideranças, embora, pautadas pela negociação e compromisso, assumam padrões elevados de eficácia, eficiência e de qualidade no serviço público prestado. Em suma, enquanto candidata ao cargo de diretora para o quadriénio 2013/2017 pretendo que o sucesso do seja determinado pela minha capacidade em mostrar que todos podemos crescer e ser um pouco melhores todos os dias. Esta premissa passa obviamente pela forma como a minha liderança for capaz de tratar as particularidades dos contextos e dos múltiplos ambientes educativos. Numa reformulação libre do velho ditado a união faz a força ocorre-me dizer a união faz o sucesso, só assim podemos 19

Bibliografia Decreto-Lei nº 137 de 2 de julho, alteração ao Decreto-Lei nº 75/2008 de 22 de abril. (s.d.). Diário da República, 1ª série - nº 156-2 de julho de 2012-3340-3364. Barroso, J. (2005). Políticas Educativas e Organização Escolar. Lisboa: Universidade Aberta - Temas Universitários. Kouses&Posner. (2009). O Desafio da Liderança. Casal de Cambra: Caleidoscópio_Edições. Pires, M. T. (2011). A construção do projeto de intervenção de um Agrupamento de Escolas do Nordeste Transmontano. Obtido em 21 de abril de 2013, de Biblioteca Digital: https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/6839/1/projeto%20de%20intervenc%cc%a7a %CC%83o%20final%20dezembro.pdf Relatórios internos da aplicação do Plano de Melhoria, elaborados pela Equipa de Avaliação Interna Resultados dos Inquéritos de satisfação aplicados no âmbito da Avaliação Externa a pedido da Inspeção Geral da Educação e Ciência Vários documentos produzidos no seio no (relatórios de atividades, atas das estruturas de gestão e de supervisão pedagógica) Relatório Semestral do Programa TEIP3 - abril 2013 Relatório Semestral do Projeto Mais Sucesso Escolar - Tipologia Fénix - abril 2013 Mogadouro, 29 de abril de 2013 () 20