Pensamento Crítico Aula 1, 22-9-06 Texto 1 extraído de The Collected Papers of Bertrand Russell Muitas pessoas ortodoxas falam como se competisse aos cépticos provar falsos os dogmas recebidos em vez se competir aos dogmáticos comprová-los. Isto, é claro, é um erro. Se eu sugerisse que entre a Terra e Marte há um bule de loiça a deslocar-se em torno do Sol numa órbita elíptica, ninguém poderia refutar a minha afirmação desde que tivesse o cuidado de acrescentar que o bule é demasiado pequeno para se observar mesmo com os telescópios mais poderosos. Mas se, por não poderem mostrar que a minha afirmação é falsa, eu afirmasse que era uma presunção intolerável da razão humana duvidar dela, seria correcto pensarem que eu estava a dizer um disparate. Original: Many orthodox people speak as though it were the business of sceptics to disprove received dogmas rather than of dogmatists to prove them. This is, of course, a mistake. If I were to suggest that between the Earth and Mars there is a china teapot revolving about the sun in an elliptical orbit, nobody would be able to disprove my assertion provided I were careful to add that the teapot is too small to be revealed even by our most powerful telescopes. But if I were to go on to say that, since my assertion cannot be disproved, it is intolerable presumption on the part of human reason to doubt it, I should rightly be thought to be talking nonsense. Texto 2 Texto de Isabel Leal, http://www.isabelleal.infinito.com.pt/one/ind/x2yv2w.htm São crianças tão terrestres como seus pais, a única diferença é sua tarefa espiritual de impulsionar mudanças na humanidade. Os especialistas chamam estas crianças de crianças Índigo, e atribuem-lhes grande dose de intuição, inclusive telepatia, qualidades de prever o futuro, e até reconhecer a presença de seres etéreos como as fadas e os duendes que segundo alguns, nos rodeiam. Além disso, têm a capacidade de ver os espectros da luz, ouvir todos os tipos de sons, e apresentam uma relevante hipersensibilidade táctil. Como se isso fosse pouco, alguns ainda chegam ao mundo com o dom da cura. As crianças Índigo nascem em todas as classes sócio-económicas e caracterizam-se, basicamente, por possuir um novo estado de consciência mais evoluído que o da
maioria das pessoas. Contudo, também existem certos traços físicos que distinguem estas crianças: Podem ser magros, têm olhos grandes, geralmente canhotos ou ambidestros. Comem pouco, e inclusive, alguns são vegetarianos por não suportar a carne. As crianças Índigo não aceitam a imposição nem a autoridade, recusam a manipulação, a falsidade e a desonestidade. Muito menos aceitam os velhos truques de disciplina baseados no medo e na culpa. Existem palavras chaves durante o processo de ensino destes pequenos, que devem ser administradas de acordo com sua idade biológica, baseados nas Sete Leis Espirituais para os Pais. Por exemplo, até o primeiro ano de vida, os vocábulos essenciais são amor, afecto e atenção. Os bebés devem ser tocados, abraçados, sentir segurança e também é necessário brincar com eles. Depois, entre o primeiro e o segundo ano, destaca-se os termos liberdade, respeito e estimulo. Durante esta etapa eles experimentam o desapego dos pais. Não se pode condiciona-los através do medo. Temos que evitar que a criança associe a dor, ao mal ou à fraqueza. Caso contrário, não haverá espaço para o crescimento espiritual. Mérito, explorar e aprovar, são as palavras chaves entre os 2 e 5 anos. Época na qual o menor passa do Eu sou para o Eu Posso. Se for reprimido e não se sentir encorajado, ele será um adulto incapaz de enfrentar qualquer desafio. Entre os 5 e 8 anos, a criança já assimila conceitos mais abstractos. Por isso podem ser administrados termos como: dar, repartir, aceitar, verdade e não julgar. Eles adoram dividir quando sentem amor. Mas se aprendem que para dar, é preciso perder algo, nunca saberão o verdadeiro significado da entrega. E quanto à verdade, devem aprender que vem acompanhada de um sentimento agradável e não como um precedente de um problema, caso fosse ocultada. Depois, entre os 8 e 12 anos, agora não tão pequenos, eles aprendem como e porque funcionam as coisas. Nesta etapa as palavras chaves são: juízo, independência, discriminação e reflexão. Entre os 12 e 15 anos, a criança já na adolescência, exige que os pais utilizem termos como a experiência, a responsabilidade e estar alerta. As que aprendem as lições de
educação espiritual, têm total confiança nos seus pais. De outro modo, podem sentir-se confusos. Os colégios e os demais centros educativos, devem estar atentos para reconhecer a presença das crianças Índigo dentro das salas de aula. Estes alunos não correspondem aos métodos de ensino tradicionais. Pelo contrario, aprendem de forma reflexiva e participante, não através de memorização. Por isso, não se deve estranhar que muitos destes pequenos sejam classificados como crianças problemas, já que se dispersam com grande facilidade durante as aulas. Isabel Leal, 2003 Texto 3 Há quem diga que a violência na televisão não tem efeito no comportamento dos espectadores. No entanto, se o que se mostra na televisão não afectasse os espectadores, a publicidade não os influenciaria a comprar certos produtos. Mas sabemos que a publicidade influencia, por isso a violência na televisão tem que afectar os espectadores.
Exercício 1 Esquematize os seguinte argumentos: 1-Porque devo deixar de fumar? Em primeiro lugar, por uma questão de saúde. Parar de fumar diminui o risco de morte prematura. Os ex-fumadores vivem em média mais anos do que os fumadores e reduzem o risco de virem a sofrer de uma doença cardiovascular, de cancro ou de doenças respiratórias graves e incapacitantes. Vale a pena parar de fumar em qualquer idade. Os benefícios são tanto maiores, quanto mais cedo se parar de fumar. 2- Qual é o propósito da vida? http://www.mormon.org/learn/0,8672,1121-2,00.html Alguma vez você já pensou que a vida não pode ser simplesmente viver um dia após o outro? A vida é mais do que isso; muito mais! A sua vida tem um propósito divino. Deus, o seu Pai Celestial, preparou um plano maravilhoso para que você seja feliz. Quando nos damos conta de que Deus tem um plano para nós, fica mais fácil de entender o motivo de estarmos nesta Terra. Deus quer que todos os filhos progridam e se tornem mais semelhantes a Ele. O tempo que passamos na Terra dá-nos a oportunidade de desenvolver-nos e progredir. Estar aqui permite que você: - Receba um corpo físico. - Utilize o arbítrio para escolher entre o bem e o mal. - Aprenda e ganhe a experiência que o ajudará a tornar-se mais semelhante ao seu Pai Celestial. Se você seguir o plano de nosso Pai Celestial, poderá voltar a viver com Ele e com os seus entes queridos (e o mesmo acontecerá com todos os filhos do Pai); você terá mais paz nesta vida e alegria eterna na vida futura.
Exercício 2 Há quem defenda que o propósito das relações sexuais nos seres humanos é principalmente a reprodução. Por outro lado, há quem defenda que na nossa espécie o comportamento sexual é uma de muitas formas de interacção social e que a reprodução é apenas uma das suas funções. Assuma que os dados de que dispõe são os expostos nos parágrafos abaixo e construa um argumento defendendo a posição que estes melhor suportam. Para o seu argumento seleccione apenas o que considerar relevante. Dados a considerar: 1. Em muitos animais o período fértil das fêmeas é anunciado por marcas visuais, olfactivas, ou por grandes alterações no comportamento, e a actividade sexual do macho varia de acordo com estas alterações. 2. Nos anos sessenta, o movimento Norte Americano de contracultura levou milhões de jovens a defender o conceito de amor livre, e de propor a libertação do acto sexual das antigas restrições morais, sociais, e religiosas. 3. Na espécie humana a ovulação é imperceptível quer para as mulheres quer para os homens. 4. Dissociar o acto sexual da reprodução é um passo importante para garantir a igualdade entre os sexos, não limitando as mulheres a uma vida essencialmente familiar e permitindo-lhes opções de carreira profissional e independência económica. 5. Na espécie humana, o acto sexual tem cerca de 10% de probabilidade de resultar em concepção. 6. Em todas as sociedades humanas o acto sexual é visto como um acto de grande importância, por vezes com significado simbólico e místico. 7. Na maioria dos animais, a probabilidade de concepção por cada acto sexual é alta, e em alguns casos como o de peixes ou insectos um acto sexual resulta em milhares de concepções. 8. Nas religiões dominantes no Ocidente o sexo é visto como um acto visando primeiramente a reprodução, e em alguns casos é mesmo condenada qualquer tentativa de interferir com o papel reprodutivo do acto sexual.