PROJETO APLICATIVO PROPOSTA DE ROTEIRO DE INSPEÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA OS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA.



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Transcrição:

INSTITUTO SIRIO LIBANÊS DE ENSINO E PESQUISA GESTÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA- GVISA 2ª EDIÇÃO TURMA: SALVADOR GRUPO AFINIDADE 03 PROJETO APLICATIVO PROPOSTA DE ROTEIRO DE INSPEÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA OS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA. Projeto Aplicativo entregue como exigência para o Curso de Especialização em Gestão em Vigilância Sanitária, oferecido pelo Instituto Sirio-Libanês de Ensino e Pesquisa Salvador Janeiro 2014

GRUPO AFINIDADE-GAF 03 FACILITADOR: Yara Oyram Ramos Lima DISCENTES: Ana Claudia de Sá Teles Minnaert Cíntia Pinho Bittencourt Gilmara Araújo Sales Ione Carvalho Pimentel de Oliveira Lilian Nunes de Oliveira Machado Maria Luiza Moraes Guimarães Nadia Simões Nelivalda Costa Silva Renata Silva Pereira

INTRODUÇÃO A Vigilância Sanitária é parte integrante da Saúde Coletiva e atua no gerenciamento dos riscos sanitários, com o intuito de eliminar e/ou minimizar a possibilidade de agravos e danos à saúde ocasionados pelo consumo de bens e prestação de serviços impróprios para o consumo humano. Os riscos podem ser decorrentes dos novos modos de vida e do uso e consumo de novos materiais, novos produtos, novas tecnologias, novas necessidades, em suma, de hábitos e de formas complexas da vida coletiva, que são as consequências necessárias do desenvolvimento industrial e do que lhe é imanente: o consumo (Luchese, 2001). O controle dos riscos sanitários é a luz que direciona a ação dos profissionais deste campo do saber. Através das ações de vigilância sanitária, o Estado interfere nas questões relativas à segurança sanitária dos alimentos, adotando medidas que visam regulamentar a produção e comércio de produtos, no intuito de garantir a saúde pública. Entende-se risco sanitário como a probabilidade de ocorrer um determinado evento que pode causar dano. Segundo Czeresnia (2004), a sociedade contemporânea é definida como sociedade do risco, destarte, este conceito deve ser o elemento central não apenas na tomada de decisões, mas também no direcionamento das ações de promoção de saúde e na adoção de estratégias de intervenção nesta área. Segundo Beck (1992), a relação do indivíduo com o risco é mediada pela confiança no conhecimento de especialistas. Para Chavitarese e Pedro (2005) a modernidade é indissociável da emergência de uma visão de mundo que articula a experiência de um sujeito autoconsciente de suas possibilidades de identificar os riscos e de gerenciá-los e, na medida do possível, eliminá-los. Assim, os sujeitos devem lançar mão da razão como uma forma de ter o controle e a previsão em relação ao perigo. Estes autores referem que frente ao cenário de imprevisibilidade que a sociedade moderna nos coloca, o conceito de gestão dos riscos se fortalece e pressupõe uma (certa) capacidade de controle por parte de sujeitos que habitam este cotidiano incerto. Nesse contexto, o sujeito gestor do risco, deve estar apto a identificar, mensurar e calcular as melhores estratégias para evitar ou minimizar riscos. Contudo, esta ação não deve se dar meramente no plano individual, ela deve estar inserida em um projeto coletivo. O risco é um efeito dos processos de subjetivação e hibridação que produz nossa concepção de nós mesmos e nossa visão de mundo. Diante desse contexto, é imprescindivel que a vigilância sanitária, enquanto órgão estatal que atua no gerenciamento dos riscos tenha uma ação homogênea, sólida, embasada

em fundamentos cientificos e técnicos, o que irá fortalecer sua ação enquanto gestor dos riscos sanitários. Na prática profissional, observa-se que, geralmente, a ação da vigilância sanitária na área de alimentos tem ocorrido de forma desarticulada. Onde o técnico toma decisões a partir de achismos e com base no bom senso, o que não contribui para o monitoramento e controle dos agravos à saúde e não torna efetiva a sua ação na gestão do risco sanitário. Assim, o processo decisório apresenta alta carga de subjetividade, o que não torna a ação de vigilância sanitária padronizada e com uma forte carga de pessoalidade. Desta forma, torna-se de suma importância a utilização, por parte dos fiscais, de um instrumento que norteie a sua prática, tendo como base a legislação sanitária e o conhecimento técnico cientifico produzido na área de segurança alimentar. Espera-se, assim, que a gestão do risco sanitário seja o alicerce da ação fiscalizatória, direcionando as decisões do profissional no momento da inspeção sanitária para superar a predominância da subjetividade do ato decisório. A proposta deste projeto é oferecer um roteiro de inspeção que embase as ações da vigilância sanitária na área de alimentos, com a adoção de critérios técnico e científicos na avaliação e gerenciamento dos riscos sanitários existentes nos processos de manipulação de alimentos na cidade de Salvador, Bahia. O instrumento aqui proposto servirá para avaliação e categorização dos serviços de alimentação, servindo de alicerce para as ações de fiscalização e concessão do Alvará de Saúde. A uniformização do processo de trabalho de fiscalização na área de alimentos será um marco para a vigilância sanitária, pois se espera que a equipe identifique, mensure e adote condutas uniformes, de acordo com o diagnóstico encontrado e após a sua consolidação, haja melhor alinhamento das práticas sanitárias e melhorias dos serviços de alimentação, de maneira que o consumidor possa adquirir produtos alimentares seguros. Este projeto constituirá um avanço nas ações de vigilância sanitária na área de alimentos, pois através de um sistema de avaliação do risco a ser aplicado na caracterização dos serviços de alimentação, tendo como base o risco sanitário, buscar-se-á a uniformização das ações de Visa, com a identificação dos itens de maior impacto na qualidade sanitária dos estabelecimentos inspecionados.

OBJETIVO GERAL Propor um instrumento para gerenciamento do risco sanitário, a ser aplicado nas inspeções na área de alimentos, na cidade de Salvador, Bahia. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Elaborar um instrumento para gerenciamento de risco sanitário, a ser aplicado nas inspeções na área de alimentos, na cidade de Salvador, Bahia. Sensibilizar o gestor e os profissionais de Visa para utilização do instrumento, nas inspeções sanitárias na área de alimentos. METODOLOGIA O presente projeto aplicativo consiste na proposição de uminstrumentopara gerenciamento do risco sanitário, a ser aplicado durante as inspeções dos serviços de alimentação. Seguindo o formato de um check-list, ele traz um sistema de pontuação que expressa a associação de cada ponto com o risco a ele associado. Espera-se assim, avaliar o grau de cumprimento das Boas Práticas na preparação de alimentos, com o intuito de garantir um alimento de qualidade ao consumidor. Cabe ressaltar, que as Boas Práticas representam as medidas que devem ser implementadas, a fim de minimizar eventuais danos à saúde. O projeto aplicativo foi desenvolvido no Município de Salvador-Bahia, no período de novembro de 2013 a maio de 2014, em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal de Salvador-Bahia, sendo dividido em cinco etapas: 1. Análise do roteiro para Categorização dos Serviços de Alimentação dos Aeroportos das Cidades-Sede da Copa do Mundo 2014, elaborado pela ANVISA, publicado pela Portaria nº. 817, de 10 de maio de 2013, e disponibilizado no sistema de gestão de risco SAGARANA e do Roteiro para o Comércio Varejista Lanchonete e Similares e para Restaurantes, publicado na Portaria SMS-G, nº 2619/2011, elaborado pela Subgerência de Alimentos, da Gerência de Produtos e Serviços de Interesse da Saúde, Coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de São Paulo 2. Elaboração do roteiro de inspeção sanitária, com base nos documentos acima descritos e da legislação pertinente: RDC 216/2004, que no caso brasileiro, é a legislação que regulamenta as Boas Práticas na área de alimentos e a lei Municipal 5504/99,

e o Código Sanitário da Prefeitura Municipal de Salvador, que complementa o ato normativo federal. 3. Aplicação do roteirodurante 14 dias pela equipe do noturno da Visa de Salvador-Bahia. Três duplas de profissionais aplicaram o roteiro entre os dias 08 a 14 de abril de 2014, após prévio treinamento sobre o preenchimento do instrumento. O roteiro foi aplicado nas inspeções para liberação de Alvará de Saúde em restaurantes, bares e similares. 4. Feed-back da equipe que aplicou o roteiro 5. Avaliação da experiência Inicialmente, analisamos os guias para Categorização dos Serviços de Alimentação dos Aeroportos das Cidades-Sede da Copa do Mundo 2014, elaborado pela ANVISA e o Roteiro para o Comércio Varejista Lanchonete e Similares e para Restaurantes, elaborado pela Subgerência de Alimentos, da Gerência de Produtos e Serviços de Interesse da Saúde, Coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de São Paulo. Esses documentos foram selecionados por serem instrumentos já validados e incorporados às práticas de Visa, no gerenciamento de risco na área de alimentos. Após a análise, verificou-se que esses documentos apresentavam algumas lacunas. O roteiro da Anvisa não englobava pontos críticos como o gerenciamento de resíduos, adequação do fluxo de produção. Seu foco estava no controle da água potável. Além disso, ele apresentava-se extenso e com preechimento demorado e cansativo, pois muitas das questões necessitavam um tempo considerável com perguntas a serem feitas ao proprietário do estabelecimento, o que poderia ser uma dificuldade durante uma inspeção de rotina para liberação de Alvará de Saúde. Verificou-se também que esse guia não abrangia a realidade dos estabelecimentos pequenos, como lanchonetes e restaurantes populares, mais comuns na realidade muncipal, estando mais direcionada a verificação do cumprimento da legislação do que a avaliação da adoção das Boas Práticas de Produção. Em relação ao roteiro Subgerência de Alimentos, da Gerência de Produtos e Serviços de Interesse da Saúde, Coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de São Paulo, esse estava mais próximo da realidade do município, contudo a falta de um sistema de pontuação foi considerado um ponto falho, desde quando a proposta da equipe era ter um roteito que direcionasse o profissional no processo de decisão, a partir de um sistema que quantificasse o risco. O roteiro de São Paulo consistia mais em um check list, que direcionava o olhar do fiscal, sem uma avaliação do risco, a partir de um sistema de valores.

Diante desse contexto, a proposta da equipe foi propor um novo instrumento, de fácil preenchimento, onde as lacunas dos roteiros analisados fossem superadas. Um roteiro mais próximo e adequado a sua realidade de trabalho e que uniformizasse o olhar dos fiscais, bem como auxiliasse o seu processo de decisão. Os roteiros utilizados como base foram analisados e alterados, as questões foram mescladas e outras foram inseridas. Cada questão recebeu uma pontuação, seguindo o modelo do roteiro da Anvisa. O valor foi estipulado de acordo com associação do item e a ocorrência de contaminação física, química ou biológica do alimento, ou seja, cada ponto abordado recebeu uma pontuação baseada em critérios de risco diferentes, a partir do grau de risco associado à contaminação do alimento. Para tanto, avaliou-se cada ponto dos regulamentos considerados e de cada roteiro, a fim de identificar aqueles que impactavam mais diretamente na qualidade sanitária do produto e aqueles de menor impacto, para então atribuir um valor que correspondesse a determinado grau de associação. As questões foram classificadas em três categorias: a) AD Adequado, a ser selecionada quando o estabelecimento avaliado apresentava adequado em relação ao requisito descrito; b) IN Inadequado, a ser selecionada quando o estabelecimento avaliado apresentava inadequado em relação ao requisito descrito; c) NA Não se aplica, a ser selecionada quando o requisito não era aplicável ao estabelecimento avaliado. O técnico selecionava a opção que melhor representava a situação observada no momento da inspeção. As questões também foram categorizadas de acordo com o grau de associação a surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos- DTA, com pontuação de 1 a 4. Esse valor refletia a probabilidade de ocorrência de DTA. O número quatro significando maior associação à probabilidade de ocorrência de DTA e um, a menor. Este critério foi denominado grau de associação. Com base na legislação sanitária, os itens foram distribuídos em três grupos distintos: imprescindíveis, necessários e recomendados. O não cumprimento de um item imprescindível implicaria na emissão de Auto de Infração e poderia acarretar na interdição do estabelecimento. Os itens necessários definiam as condições para controle dos riscos, o seu não cumprimento implicaria em emissão de uma notificação e não liberação do Alvará de Saúde; em uma segunda inspeção a persistência da não concordância poderia levar a emissão de um Auto de Infração. Os itens recomendados eram aqueles que não eram determinados pela legislação utilizada, porém seu cumprimento poderia trazer maior controle do risco sanitário e melhorias no processo produtivo; o não cumprimento desse item não

acarretaria emissão de termo legal e não impediria a liberação do Alvará de Saúde do estabelecimento. O sistema de pontuação construído resultou do somatório dos pontos de cada item pontuado. Ressalva-se, novamente, que o item só foi pontuado quando o estabelecimento não cumpria o requisito descrito. Assim, quanto maior a pontuação, maior o número de falhas e pior o desempenho do estabelecimento. A nota final permitiu um diagnóstico da situação encontrada, facilitando o monitoramento dos estabelecimentos na área de alimentos e a avaliação da ação de vigilância sanitária. A fim de facilitar a utilização e o preenchimento, o roteiro apresentava uma pagina inicial de identificação do estabelecimento, contendo 20 questões das quais 14 eram descritivas, sendo que poderiam ser preenchidas antes de se realizar a inspeção, o restante das questões de identificação, bem como o roteiro em si era de múltipla escolha. Após finalização, o roteiro foi colocado em fase de testes, para avaliar sua clareza, aplicabilidade, seu impacto nas atividades de rotina e sua efetividade no gerenciamento do risco sanaitário na área de alimentos. A equipe optou por não estar envolvida na aplicação do roteiro, para não interferir na sua avaliação e para permitir sua avaliação com neutralidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO O desenvolvimento do roteiro foi uma etapa importante no processo de reflexão do grupo acerca do seu processo de trabalho. Durante as inspeções, muitas vezes o achismos, o bom senso orietam nosso olhar, além disso, a falta de conhecimetno técnico faz com que muitos fiscais se sintam inseguros diantes de situações comuns no seu dia a dia. Refletimos sobre a comlexidade do nosso campo de atuação e como a subjetividade muitas vezes impera no momento de tomarmos decisões. Assim, elaboramos o roteiro para que ele sirva de direcionamentos para os fiscais no momento da inspeção, para que o conhecimetno técnico científico seja de fato a base da sua intervenção. A utilização do roteiro previa Como pontos positivos, foram ressaltados no processo de execução dessa proposta os seguintes aspectos: A aplicação do roteiro permitiu a uniformização das ações nos estabelecimentos na área de alimentos, pois ele serviu de guia para os fiscais durante as inspeções, apontando os aspectos que deveriam ser observados e categorizando cada ponto a partir do grau de risco a ele associado. Ele demonstrou ser factível, como instrumento de alinhamento das práticas de fiscalização e norteador do gerenciamento do risco, principalmente por abranger os aspectos definidos pela legislação que deve embasar a ação do profissional. l

As questões contemplaram os diversos itens que devem ser avaliados, durante a inspeção sanitária, na área de alimentos, tendo o foco no risco. O fato de o risco sanitário estar associado a um valor facilitou sua avaliação e contribuiu para harmonização do processo decisório. Contudo, algumas falhas, que ocorreram durante o processo de aplicação do instrumento, impactaram negativamente na avaliação da sua eficácia, pois iterferiram na fase de validação do instrumento. Inicialmente houve certa resistência da chefia da Visa municipal em adotar o instrumento proposto na rotina do serviço, pois, segundo ela, ele iria de encontro ao roteiro elaborado pela Anvisa. Foram esclarecidos os principais pontos que diferenciavam os dois documentos e salientado as vantagens da proposta do instrumento sugerido pela equipe. Após esse esclarecimento, a chefia da Visa municipal concordou em utiliz-a-lo nas inspeções da equipe do comando noturno, em um curto período de tempo. Outra dificuldade que deve ser salientada refere à aplicação do instrumento pela equipe de fiscais, esta foi prejudicada por vários fatores, como: O tempo de aplicação do instrumento foi limitado para que as resistências fossem superadas e para um treinamento efetivo da equipe que o aplicou. Não foi possível fazer uma avaliação da adequação do roteiro ao processo de trabalho dos fiscais e sua interferência no processo decisório, no que tange a liberação ou não do Alvará de Saúde ou emissão de termos legais, pois o curto espaço de tempo disponibilizado para realização do Porjeto Aplicativo não foi suficiente para um trabalho de avaliação junto com a equipe da Visa; Ocorreram interrupções do período de aplicação dos roteiros, devido a greves que aconteceram no período destinado a sua aplicação; Resistência da equipe em aderir ao projeto. Eles consideraram que o roteiro seria mais uma atividade na rotina do serviço, que iria tornar o trabalhao mais demorado e complexo. Além disso, a falta de disponibilidade dos fiscais para utilizar o roteiro, levou ao preenchimento errado ou mesmo roteiros preenchidos de forma incompleta. Limitações operacionais da equipe que aplicou o roteiro, como falta de veículo, inspeções apenas para cobrar notificaçãoo que ocasionou dias sem aplicação do roteiro. Falhas no processo de sensibilização dos técnicos para utilização do instrumento, o que agravou a resistência dos profissionais em utilizá-lo e avaliar sua eficácia e a sua contribuição para o processo de trabalho da Visa. Apesar de ser um avanço significativo para qualificação das ações na área de alimentos, tendo em vista a minimização das subjetividades e o foco no risco, as equipes que

o aplicaram considerou a utilização do intrumento um fator complicador da sua rotina. Eles salientaram a duplicidade de alguns pontos e que o seu preenchimento demandava maior tempo no estabelecimento e tornava o trabalho mais demorado. Outro ponto que salientaram é que o roteiro deveria ser aplicado na primeira inspeção, pois uma vez utilizado em reinspeções, com notificações anteriores, certamente revelaria outras irregularidades que passaram despercebidamente na visita anterior, o que demandaria nova notificação ou autuação. Esta argumentação da equipe reafirma a necessidade e importância da utilização de instrumentos que direcionem a inspeção e o papel deste no monitoramento da situação sanitárias dos estabelecimentos.. Os fiscais não utilizaram o roteiro para direcionar seu processo decisório, como era o objetivo, para eles a aplicação do roteiro podia ir de encontro ao posicionamento do fiscal e interferir em seu poder discricionário. Assim, é provável que tenha ocorrido certa resistência, por parte dos fiscais na utilização do instrumento, seja devido a constatação da necessidade de alterar o processo de trabalho atualmente realizado, ou por exigir uma ação mais técnica e menos subjetiva. A falta de sensibilização da equipe de Visa, para inserção do roteito porposto no PA foi um ponto negativo a ser considerado e um dificultador na finalização da nossa proposta de validação do instrumento. Para que a presente proposta signifique realmente uma mudança no processo de trabalho em Visa torna-se necessário um envolvimento maior da chefia para que esta adote o roteiro como um instrumento no gerenciamento do risco sanitário na área de alimentos, sem esse apoio será difícil superar as resistências internas e estabelcer uma nova forma de atuação em vigilância sanitária. CONCLUSÃO O roteiro de inspeção para área de alimentos proposto neste trabalho mostrou-se um recurso viável, sistematizado, objetivo e útil para a prática de gerenciamento dos riscos sanitários, desde que ele seja incorporado como documento base nas ações de inspeção. Contudo, por significar uma mudança no processo de trabalho, sua adoção deve estar inserida em um programa estruturado de educação permanente de todos os profissionais envolvidos nos serviços de alimentação e estar apoiada pela gestão. A melhoria dos serviços de inspeção sanitária prestados está diretamente relacionada às condições dos serviços de fiscalização, o que exige uma reavaliação e reflexão das práticas dos profissionais de vigilância sanitária.

Apesar das dificuldades e da não finalização da proposta como planejada inicialmente, sugerimos a continuidade do projeto aplicativo. Que o roteiro apresentado não se transforme em mais um check list a ser preenchido, mas que represente uma mudança real da ação profissional, um instrumento de embase a inspeção dos profissionais de vigilância sanitária no gerenciamento do risco sanitário. REFERÊNCIAS

1. Anvisa, Gerência Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados. Categorização dos Serviços de Alimentação dos Aeroportos das Cidades-Sede da Copa do Mundo 2014. 2. Anvisa. Categorização dos Serviços de Alimentação: elaboração e validação da lista de avaliação. Disponível em <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/hotsite_categorizacao/index.html>. Acessado em 20/01/2014. 3. Beck, Ulrich, Risk Society. Towards A New Modernity. Londres: Sage Publications, 1992. 4. BRASIL, Ministério da Saúde, Anvisa. RDC N 216, que dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação, 2004. Disponível em <http://www.pr.senac.br/pas/resolucao216.pdf> Acessado em 20/05/2014. 5. Chevitarese L. & pedro, R.: Risco, Poder e Tecnologia: as virtualidades de uma subjetividade póshumana.in: Anais do Seminário Internacional de Inclusão Social e as Perspectivas Pós-estruturalistas de Análise Social. Recife: CD-ROM, 2005, 27p. 6. Czeresnia, Dina. Ciência, técnica e cultura: relações entre risco e práticas de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n.2, Apr. 2004. Disponível em <http:// www. scielo.br/scielo.php?scrip t= sci_arttext&pid = S0102-311X2004000200012&lng =en&nrm =iso>. Acesso em 15 Jan. 2014. 7. Lucchese, Geraldo. Globalização e regulação sanitária: os rumos da vigilância sanitária no Brasil. [Doutorado] Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 2001. 329 p. 8. São Paulo, Secretaria Municipal da Saúde, Coordenação de Produtos e Serviços de Interesse da Saúde, Subgerência de Alimentos. Portaria SMS-Gnº 21619/11.Roteiro de Inspeção Comércio Varejista Restaurantes e Similares. ANEXOS ANEXO I

ROTEIRO DE INSPEÇÃO IDENTIFICAÇÃO 1) Razão social: 2) Nome de fantasia: 3) Alvará de Saúde: 4) CNPJ / CPF: 5)CGA: 6) Fone: 7) Fax: 8) E-Mail: 9) Endereço (Rua/ Av.): 10) Complemento: 11) Bairro: 12) Distrito Sanitário: 13) Município: 14) CEP: 15) Classificação Nacional da Atividade Econômica (CNAE): ( ) Restaurantes e similares ( ) Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas ( ) Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 16) Número de refeições servidas diariamente: ( ) até 100 ( ) 101 a 300 ( )301 a 1000 ( )1001 a 2500 ( )acima de 2500 17) Número de pessoas envolvidas nesta atividade econômica/ n funcionários: ( ) de 1 a 4 ( ) 5 a 9 ( ) 10 a 19 ( ) 20 ou mais 18) Tem responsável pelas Boas Práticas? ( ) Sim ( ) Não Formação Acadêmica: ( ) Curso de Capacitação ( ) Nível técnico.qual? ( )Nível Superior.Qual? 19) Responsável Legal/ Proprietário do Estabelecimento 20) Possui Alvará Sanitário? ( ) Sim ( ) Não ( ) Em processo de regularização ( ) Não se aplica INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO Selecione AD (Adequado) quando o estabelecimento CUMPRE o requisito Selecione IN (Inadequado) quando o estabelecimento NÂO cumpre o requisito. Selecione NA (Não se Aplica) quando o requisito não é aplicável ao estabelecimento avaliado. AVALIAÇÃO DA EMPRESA

1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA 2.1 Instalações sanitárias possuem lavatórios de mãos e os produtos destinados à higiene pessoal (papel higiênico, sabonete líquido inodoro e antisséptico, coletores com tampa e acionados sem contato manual e toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos). 2.2 Os arredores estão livres de sucatas, lixo, animais e outros possíveis agentes contaminantes. 2.3 As paredes, tetos, piso, portas e janelas estão revestidos de material de fácil limpeza, bom estado de conservação, sendo livres de sujidades, rachaduras, buracos, Responsável pela Avaliação AD IN A I NA TIPO N DO ITEM GRAU DE ASSOCIAÇÃO 1.1 Utiliza-se exclusivamente IMPRESCINDÍVEL 2 água potável para manipulação de alimentos (água de abastecimento público ou solução alternativa com potabilidade atestada semestralmente por meio de laudos laboratoriais). 1.3 Instalações dispõem de IMPRESCINDÍVEL 2 conexões com rede de esgoto ou fossa séptica. 1.5. Reservatório devidamente NECESSÁRIO 2 tampado e conservado (livre de rachaduras, vazamentos, infiltrações, descascamentos dentre outros defeitos). 1.6 Material que reveste NECESSÁRIO 2 internamente o reservatório de água não compromete a qualidade da água. 2. ESTRUTURA AD IN NA TIPO DO ITEM GRAU DE ASSOCIAÇÃO IMPRESCINDÍVEL 1 NECESSÁRIO 1 IMPRESCINDÍVEL 1

goteiras, descascamentos, infiltrações e bolores 2.4 O local possui ventilação suficiente para proporcionar conforto térmico. 2.5 As instalações elétricas estão bem conservados sem fios aparentes ou descascados. 2.6 Intensidade e a distribuição da iluminação é adequada 2.7 Luminárias protegidas contra quedas acidentais e explosão, em adequado estado de conservação e higiene. 2.8 O sistema de esgoto está sem refluxo, odores e livre de vazamento 2.9 O número de equipamentos e mobiliário é compatível com o volume de produção. 3. HIGIENIZAÇÃO DE MÓVEIS, EQUIPAMENTOS, UTENSÍLIOS, INSTALAÇÕES 3.1 Instalações, equipamentos, móveis e utensílios mantidos em condições higiênico-sanitárias apropriadas. 3.3 Materiais utilizados na higienização de instalações e equipamentos são distintos daqueles usados para higienização de alimento. 3.4 Diluição, tempo de contato e modo de uso ou aplicação dos produtos saneantes obedece às instruções recomendadas pelo fabricante. 3.5 Produtos saneantes regularizados pelo MS 4. CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS 4.1 Controle de vetores e pragas urbanas executados por empresa especializada devidamente regularizada e documentado. NECESSÁRIO 1 NECESSÁRIO 1 NECESSÁRIO 1 NECESSÁRIO IMPRESCINDÍVEL 1 NECESSÁRIO 1 AD IN NA TIPO DO ITEM GRAU DE ASSOCIAÇÃO IMPRESCINDÍVEL 3 NECESSÁRIO 3 RECOMENDADO 3 NECESSÁRIO 3 AD IN NA TIPO DO ITEM GRAU DE ASSOCIAÇÃO IMPRESCINDÍVEL 2

4.2 Existências de um conjunto NECESSÁRIO 2 de ações eficazes e contínuas com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação de vetores e pragas urbanas 4.3 Edificações, instalações, NECESSÁRIO 3 equipamentos, móveis e utensílios livres da presença de animais, incluindo vetores e pragas urbanas. 5. MANIPULADORES AD IN NA TIPO DO ITEM GRAU DE ASSOCIAÇÃO 5.1 Lavam cuidadosamente as NECESSÁRIO 3 mãos ao chegar ao trabalho, antes e após manipular o alimento, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após usar os sanitários e sempre que se fizer necessário 5.2 Não fumam e falam quando NECESSÁRIO 3 desnecessário, cantam, assobiam, espirram, cospem, tossem, comem, manipulam dinheiro ou praticam outros atos que possam contaminar o alimento durante o desempenho das atividades. 5.3 Os funcionários NECESSÁRIO 3 responsáveis pela manipulação apresentam-se asseados, cabelos protegidos, sem adornos, unhas curtas, limpas e sem esmalte; não utilizam maquiagem e piercing. 5.4 As mãos estão limpas, livre NECESSÁRIO 3 de ferimentos, se existirem, estão protegidos com cobertura à prova de como água luvas de borracha. 5.5 Os funcionários usam NECESSÁRIO 3 uniformes exclusivo para o trabalho, de cor clara, limpos, bem conservados e sapatos fechados. Nome Completo:

5.6 A barba está feita, o bigode NECESSÁRIO 3 aparado. 5.7. O local de manipulação NECESSÁRIO 3 possui pia exclusiva para lavagem das mãos, abastecida com sabonete líquido antiséptico, papel toalha 6. MATÉRIA - PRIMA, AD IN NA TIPO DO ITEM GRAU DE INGREDIENTES E EMBALAGENS ASSOCIAÇÃO 6.1. Matérias-primas, NECESSÁRIO 2 ingredientes e embalagens utilizados para preparação em condições higiênicas sanitárias adequadas. 6.2. Utilização das matérias IMPRESCINDÍVEL 2 primas e ingredientes respeita o prazo de validade ou se observa a ordem de entrada. 6.3 Matérias-primas fracionadas IMPRESCINDÍVEL 2 adequadamente acondicionadas e identificadas com, no mínimo, as seguintes informações: designação do produto, data de fracionamento e prazo de validade após abertura ou retirada da embalagem original. 6.4 Temperatura das matériasprimas NECESSÁRIO 2 e ingredientes perecíveis verificada na recepção. 6.5 O gelo utilizado em IMPRESCINDÍVEL 2 alimentos fabricado a partir de água potável e mantido em condição higiênico-sanitária. 7. PREPARO DO ALIMENTO AD IN NA TIPO DO ITEM GRAU DE ASSOCIAÇÃO 7.1 Descongelamentos IMPRESCINDÍVEL 4 conduzido conforme orientação do fabricante e utilizando uma das seguintes técnicas: refrigeração à temperatura inferior a 5ºC ou em forno de micro-ondas quando o alimento for submetido imediatamente a cocção e não se recongela. Assinatura:

7.2 Tratamentos térmico garante que todas as partes do alimento atinjam a temperatura acima de 70º C, que assegure a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. 7.3 Possuem termômetro comprovadamente calibrado para a aferição da temperatura dos alimentos 7.4 Após o resfriamento, alimento preparado conservado sob refrigeração a temperaturas menos 5ºC, ou congelado à temperatura igual menos 18ºC. 7.10 Horti-frutis são higienizados com produtos adequados, regularizados e aplicados de forma a evitar a presença de resíduos. 7.6 Evita-se o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semi-prontos e prontos para o consumo. 7.7 Temperaturas do alimento preparado no resfriamento menos de 60ºC a 10ºC em até 2 horas. 7.8 A manipulação dos produtos perecíveis, quando realizada em temperatura ambiente, respeita o prazo máximo de 30 minutos ou de 2 horas em área climatizada entre 12 C e 18 C. 7.9 Alimentos frios, que dependam somente de temperatura para sua conservação permanecem no máximo a 10 C por 4 horas ou entre 10 C e 21 C por 2 horas no máximo, ou a -18 C, em caso de congelamento, até sua comercialização. 7.10 Os produtos semiprontos, perecíveis, estão identificados e mantidos sob refrigeração. Data da Avaliação: / /. IMPRESCINDÍVEL 4 IMPRESCINDÍVEL 4 NECESSARIO 4

7.11 O óleo de fritura não apresenta alteração de cor, odor ou presença de espuma, aquecido na faixa de 160 C a 180 C, com tolerância a 190 C. Encontra-se adequadamente armazenado. 7.12 Resíduos de óleo de fritura acondicionados em recipientes rígidos, fechados, fora da área de produção e comercializados por empresas especializadas no reprocessamento. 8.ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE E EXPOSIÇÃO DO ALIMENTO PREPARADO AD IN NA TIPO DO ITEM GRAU DE ASSOCIAÇÃO 8.1 Alimento preparado armazenado sob refrigeração ou congelamento identificado com no mínimo as seguintes informações: designação, data de preparo e prazo de validade. 8.2 Prazo máximo de consumo do alimento preparado e conservado sob refrigeração é de 5 dias, caso a temperatura de conservação seja igual ou inferior a 4ºC. Quando forem utilizadas temperaturas superiores a 4 C e inferiores a 5 C, o prazo máximo de consumo é reduzido 8.3 Alimento preparado e conservado sob refrigeração mantido à temperatura igual a 5ºC ou inferior. 8.4 As preparações consumidas quentes, expostas ao consumo em distribuição ou espera, permanecem sob controle de tempo e temperatura mínima de 60 C por 6 horas ou abaixo de 60 C por 1 hora no máximo. 8.5 Temperatura dos equipamentos de exposição regularmente monitorada RESULTADO FINAL

8.6 Alimentos preparados, mantidos na área de armazenamento ou aguardando o transporte, identificados (designação do produto, data de preparo e o prazo de validade) e protegidos contra contaminantes. 8.7 Armazenamento e transporte ocorrem em condições de tempo e temperatura que não comprometam a qualidade higiênico- sanitária do alimento preparado 8.8 Alimentos frios, que dependam somente da temperatura para sua conservação permanecem no máximo a 10 C por 4 horas ou entre 10 C e 21 C por 2 horas no máximo. Alimentos que não observarem critérios de tempo/temperatura são desprezados. 8.9 As preparações consumidas quentes, expostas ao consumo em distribuição, expostas ao consumo em distribuição ou espera, permanecem sob controle de tempo e temperatura mínima de 60 C por 6 horas ou abaixo de 60 C por 1 hora no máximo. Alimentos que não observarem critérios de tempo/temperatura são desprezados. 8.10 Planilhas de controle de temperatura de câmaras, balcões, congeladores e equipamento térmicos. 8.11 Alimentos e produtos NECESSARIO 4 alimentícios acondicionados em recipientes com tampa, atóxicos e /ou sacos plásticos de primeiro uso. CONDUTA ADOTADA

9. RESPONSABILIDADE, AD IN NA TIPO DO ITEM GRAU DE DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO ASSOCIAÇÃO 9.1 Possui um responsável NECESSÁRIO 1 pelas atividades de manipulação de alimentos (responsável técnico, proprietário ou funcionário designado) devidamente capacitadas. 9.2 Possui registro de IMPRESCINDIVEL 1 higienização do reservatório de água, sendo higienizado em intervalo máximo de seis meses e mantidos registros da operação. 9.3 Empresa segue o Manual de NECESSÁRIO 1 Boas Práticas e os Procedimentos Operacionais Padronizados. 9.4 Cópias dos atestados ASO, NECESSÁRIO 1 com realização de exames clínicos semestrais estão disponíveis para a AS. 9.6 Possui registro de contole NECESSARIO 1 térmico dos alimentos 10. RESÍDUOS AD IN NA TIPO DO ITEM GRAU DE 10.1 O lixo é acondicionado em sacos plásticos separados, seco do orgânico e depositado em recipientes com tampa acionada com o pé. 10.2 Os recipientes são de fácil limpeza e lavados, sempre que necessário. 10.3 A área de manipulação livre de acumulo de lixo 10.4 O estabelecimento com local próprio e adequado ao armazenamento externo do lixo, protegido de chuva, sol, acesso de pessoas estranhas, animais moscas e roedores. 10.5 O lixo disposto na via pública está acondicionado de modo a impedir vazamentos e odores. ASSOCIAÇÃO NECESSARIO 1 NECESSARIO 1 IMPRESCINDIVEL 1 RECOMENDADO 1 NECESSARIO 1

ANEXO II CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DATA ATIVIDADE CUMPRIMENTO 04/11/13 Construção da árvore de problemas Sim 02/12/13 Definição de problemas e objetivos Sim 09/12/13 Construção do projeto aplicativo-definição do Sim objeto pesquisa 10 a 20/12/13 Elaboração do projeto aplicativo no ambiente virtual Sim 06/01/14 Encontro presencial para aprimorar o roteiro Sim 07/01/14 Encontros no ambiente virtual para trabalhar o roteiro 13/01/14 Encontro presencial para finalização da proposta de roteiro do projeto aplicativo 14/01/14 Finalização da proposta preliminar Sim 15/01/14 Encaminhar proposta preliminar do projeto aplicativo para a facilitadora 20/01/14 Devolução da proposta preliminar com as correções e sugestões da facilitadora 20/01/14 a 02/02/14 Finalização do projeto aplicativo 03/02/14 Apresentação do projeto aplicativo em sala de aula 10/02/14 Apresentação da proposta aos gestores Sim 28/02/14 a 04/03/14 Aplicação do roteiro de inspeção proposto pela equipe teste /piloto 10/03/14 Consolidação e avaliação dos resultados Sim 17/03/14 Apresentação dos resultados Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Avaliação do Projeto Aplicativo Curso: Gestão em Vigilância Sanitária Grupo Afinidade: GAF 3 Facilitador(a): Yara Oyram Ramos Lima Data: 28/07/2014 Título do PA: PROPOSTA DE ROTEIRO DE INSPEÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA OS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA II AVALIAÇÃO DO PA ASPECTOS DA AVALIAÇÃO 1 CONTEXTUALIZAÇÃO O PA reflete análise de contexto? Há uma coerência entre o contexto descrito e a abrangência e a proposta? Há elementos do contexto que justifiquem a proposta? 2 RELEVÂNCIA S O PA explicita a importância do problema para a organização, o sistema de saúde, a sociedade ou determinados grupos populacionais? 3 OBJETIVOS Os objetivos estão claramente definidos? Os objetivos específicos estão coerentes com o objetivo geral? 4 FUNDAMENTAÇÃO O PA apresenta e discute o problema/necessidade baseado em literatura específica, atualizada e adequadamente citada e em referenciais teóricos S e/ou empíricos reconhecidos, de modo que a análise dos dados esteja referenciada em evidências? 5 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO A proposta de aplicação se encontra claramente definida? Há uma descrição clara das atividades ou dos instrumentos que serão S utilizados? As estratégias estão coerentes com os objetivos? As em ações específicas são intermediárias ou desdobramentos da ação geral? 6 GESTÃO DO PLANO Há previsão de equipe com definição de tarefas? Há previsão de mecanismos de monitoramento e avaliação? Há previsão de orçamento? S Há coerência entre indicadores/critérios de avaliação e os resultados esperados? Há uma definição de temporalidade/cronograma para realizar as ações e do monitoramento ou avaliação? CONCEITO S I/PM S S S

7 VIABILIDADE O projeto é viável? Há coerência, factibilidade e institucionalização das ações em relação à análise de cenários e aos recursos necessários e ao alcance dos objetivos (legitimação e validação no serviço/região; pactuação com os atores relevantes)? 8 Há coerência entre o PA e os princípios do curso? S [Levar em conta o perfil de competência] Legenda S: satisfatório; I: insatisfatório; PM: precisa melhorar S S