Roberto Jaques ABHO Associação brasileira de Higienistas Ocupacionais



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Transcrição:

Roberto Jaques ABHO Associação brasileira de Higienistas Ocupacionais

XV CONGRESSO ATUAÇÃO RESPONSÁVEL As Propostas da ABHO para a Revisão do Anexo 11 da NR 15 15 Roberto Jaques Vice Presidente de Educação e Formação Profissional i

Sobre exposto Nível de Ação LT Protegido

Para efeito da NR 09 PPRA, em seu item 9.1.5, consideram se se riscos ambientaisos agentesfísicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, emfunção de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. blhd Para os agentesbiológicos o risco ocupacional consiste em estar enquadrado no Anexo 14 Agentes Biológicos da NR 15, levando em conta também a classificação contida no Anexo I e II da NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.

9.3.5.1. Deverão e ser adotadas as medidas das necessárias suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dosriscos ambientais semprequeforem verificadas umaou mais das seguintes situações: a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites it previstos it na NR 15 ou, na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists ACGIH, i ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico legais estabelecidos;

Agentes Biológicos são classificados conf. Anexo da NR-32: Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano. Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. 6

Entenda se como controle previstos na legislação vigente, as seguintes ações de forma sistematizada: Informação ao empregado; realização deindicadores biológicosde exposição, além de audiometria, espirometria, etc.; Caracterização do agente no campo Risco Ocupacional da Atividade no ASO; Utilização de EPIs; Treinamento sobre o Risco Ocupacional e sobre as melhores formas de proteção; Monitoramento periódico da exposição.

Limite de Tolerância da NR 15 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

Continuação O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das concentrações ultrapassar os valores fixados no quadro nº 1. Para os agentes químicos que tenham Valor Teto assinalado no Quadro nº 1(TABELA DE LIMITES DE TOLERÂNCIA) considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das concentrações obtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixados no mesmo quadro.

NR 15 - QUADRO Nº 1 TABELA DE LIMITES DE TOLERÂNCIA AGENTES QUÍMICOS Valor teto Absorção também p/pele Até 48 horas/semana ppm* mg/m3** Grau de insalubridade a ser considerado no caso de sua caracterização Acetaldeído 78 140 máximo Acetato de cellosolve + 78 420 médio Acetato de éter monoetílico de etileno glicol (vide acetado de cellsolve) - - - Acetato de etila 310 1090 mínimo Acetileno Axfixiante simples - Acetona 780 1870 mínimo Acetonitrila 30 55 máximo Ácido acético 8 20 médio Ácido cianídrico + 8 9 máximo Ácido clorídrico + 4 5,5 máximo Ácido crômico (névoa) - 0,0404 máximo Ácido etanóico (vide ácido acético) - - - * ppm - partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado. ** mg/m3 - miligramas por metro cúbico de ar.

NR-15 ANEXO Nº 11 Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância......... Todos os valores fixados no Quadro nº 1 como Asfixianes Simples determinam que nos ambientes de trabalho, em presença destas substâncias a concentração mínima de oxigênio deverá ser de 18% (dezoito por cento) em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente.

Continuação Valor máximo = L.T X FD Onde: L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro Nº 1. F.D. = fator de desvio, segundo defenido no Quadro nº 2 Quadro nº 2 L.T. F.D. (ppm ou mg/m 3) 0 a 1 3 1 a 10 2 10 a 100 1,5 100 a 1000 1,25 acima de 1000 1,1

Portaria Nº 14 (20/12/1995) / MTb Anexo 13 A na NR 15 VRT Valor de Referência Tecnológico se refere à concentração de benzeno no ar considerada exequível do ponto de vista técnico, definido em processo de negociação tripartite. O VRT deve ser considerado como referência para osprogramas de melhoria contínua das condições dos ambientes de trabalho. O cumprimento do VRT é obrigatório e não exclui risco à saúde. VRT MPT corresponde à concentração média de benzeno no ar ponderada pelo tempo, obtida na zona respiratória, para uma jornada de trabalho de 8 (oito) horas. Valores estabelecidos para os VRT MPT: 2,5 ppm para as empresas siderúrgicas 1,0 ppm para as demais empresas abrangidas no Anexo

NBR 14787 Espaço confinado Atmosfera de risco é qualquer concentração de O 2 abaixo de 19,5% ou acima de 23% em volume.

NBR 14787 Espaço confinado Atmosfera de risco é a concentração atmosférica de qualquer substância cujo L.T. seja publicado na NR do MTE ou em recomendação mais restritiva (ACGIH) e que possa resultar na exposição do trabalhador acima desse L.T.

Documentation of the TLV and BEIS

Definição dos TLVs TLV - Limites de Exposição TLVs referem-se às concentrações das substâncias químicas dispersas no ar e representam condições às quais, acredita-se, que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, dia após dia, durante toda uma vida de trabalho, sem sofrer efeitos adversos à saúde.

Definição de TLV (ACGIH ) TLV TWA TWA = Concentração média ponderada no tempo, para uma jornada normal de 8 horas diárias e 40 horas semanais, à qual, acredita se, que a maioria dos trabalhadores possa estar repetidamente exposta, dia após dia, durante toda a vida de trabalho, sem sofrer efeitos adversos à saúde.

Limite de Exposição Valor Teto (TLV C) TLV-C É a concentração que não deve ser excedida durante nenhum momento da exposição no trabalho. Se medições instantâneas não estiverem disponíveis, a amostragem deverá ser realizada pelo período mínimo de tempo suficiente para detectar a exposição e comparar com o Limite de Exposição-Valor Teto (TLV-C).

Limite de exposição Exposição de curta duração (TLV-STEL) TLV-STEL - É um limite de exposição MPT em 15 min., que não deve ser ultrapassado em qualquer momento da jornada, mesmo que a concentração MPT (TWA) em 8 horas esteja dentro dos LEOs MPT. O TLV-STEL é a concetração a qual, acredita-se que os trabalhadores possam estar expostos continuamente por um período curto sem sofrer: 1)irritação; 2)lesão tissular crônica ou irreversível; 3)efeitos tóxicos dose-dependente; ou 4)narcose em grau suficiente para aumentar a predisposição a acidentes, impedir auto salvamento ou reduzir significativamente a eficiência no trabalho.o TLV-STEL não protegerá necessariamente contra esses efeitos se o TLV-TWATWA diárioi for excedido. O TLV-STEL geralmente suplementa o limite de exposição média ponderada (TLV-TWA), TWA) nos casos em que são reconhecidos efeitos agudos para substâncias cujos efeitos tóxicos primários são de natureza crônica;

Continuação No entanto, o TLV-STEL não pode ser uma referência de exposição independente, isolada. Exposição acima do TLV-TWA, mas abaixo do TLV-STEL, devem ter duração inferior a 15 minutos, e não devem ocorrer mais que quatro vezes ao dia. Deve existir um intervalo mínimo de 60 minutos entre as exposições sucessivas nesta faixa.

Digressões acima dos Limites de Exposição (Valores Máximos Permissivéis) Para muitas substâncias com limite médiaponderada (TLV-TWA), não existe um TLV-STEL. Todavia, as digressões acima do TLV-TWA devem ser controladas, mesmo quando o TLV-TWA de 8 horas esta dentro dos limites recomendados. Os limites de digressão (valores máximos permissíveis) aplicam-se àqueles TLV-TWAs que não possuam TLV-STELs. As digressões nos níveis de exposição do trabalhador podem exceder três vezes o TLV-TWA, por um período totalt máximo de 30 minutos, durante toda a jornada de trabalho diária e, em hipótese alguma, podem exceder cinco vezes o TLV-TWA. Deve-se garantir, entretanto, que o TLV- TWA adotado não seja ultrapassado.

MAK value (alemão) concentração máxima permitida de uma substância química (um gás, vapor ou material particulado) na atmosfera do locall de trabalho, blh a qual geralmente não tem nenhum efeito adverso conhecido sobre a saúde do trabalhador e nem causa nenhum distúrbio, mesmo que a pessoa esteja exposta repetitivamente durante longos períodos de tempo.

OES (Occupational Exposure Standard) Reino Unido evidência científica disponível disponível permitida para a identificação, com razoável certeza, de uma média de concentração por um período de referência, a qual não existe nenhuma indicação de que a substância seja injuriosa para os trabalhadores se eles estiverem expostos dia após dia àquela concentração.

Referências de Limites de Exposição LEGISLAÇÃO (LT) NR 15 e seus anexos ACGIH (TLV) Citada na NR 9 NIOSH possui lista de limites e também documentos completos de fundamentação Criteria for a Recommended Standard para vários agentes físicos e químicos. OSHA (PEL) limites legais dos EUA ISO várias normas, incluindo vibrações, calor. UNIÃO EUROPÉIA diretrizes mínimas ocupacionais para agentes ambientais. Os países membros podem ser mais restritivos.

Documentation of the TLV and BEIS

LIMITES DE EXPOSIÇÃO PARA O BENZENO U S A & Canadá ORGANIZAÇÃO PADRÃO LIMITE FONTE AGENCY FOR TOXIC Acute Inhalation MRL 0.05 ppm Rozen, Toxicol Lett 20:343 (1984) SUBSTANCES DISEASE Intermediate Inhalation MRL 0.004 ppm Li, Biomed Environ Sci 5(4):349 (1992) REGISTRY (ATSDR) (MRL = Minimum Risk Level) AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS (ACGIH) TLV (Threshold Limit Value) TWA (Time Weighted Average) STEL (Short Term Exp. Limit) 0.5 ppm THRESHOLD LIMIT VALUES FOR CHEMICAL SUBSTANCES 2.5 ppm (ACGIH, 1997) NATIONAL INSTITUTE FOR REL 0.1 ppm Table 1: NIOSH Recommended Safety OCCUPATIONAL SAFETY & (Recommended Exposure Limit) and Health Standards for Hazardous HEALTH (NIOSH) CEILING (15 min.) 1 ppm Agents in the Workplace (NIOSH 1992) OCCUPATIONAL SAFETY & PEL (Permissible Exposure Limit) 1 ppm HEALTH ADMINISTRATION (OSHA) STEL (Short Term Exp. Limit) 5 ppm 29 C.F.R. 1910.1028 (OSHA 1987) CANADA LABOR CODE Reference Concentration (8 hr.) STEL (Short Term Exp. Limit) 0,5 2,5 CAREX, Canada

LIMITES DE EXPOSIÇÃO PARA O BENZENO Países e instituições Valores de referência (em ppm) CEE (Diretiva 2004/37/CE ) 1,0 (TWA) Alemanha -TRK : semelhante ao VRT adotado no Acordo do benzeno no Brasil -OEL (AGS) Bélgica França Itália Espanha Suécia Suíça Reino Unido Dinamarca 1,0 e 2,5 (abandonado em 2004) 1,0 (TWA) 1,0 (TWA) 1,0 (TWA) 1,0 (TWA) 10(TWA) 1,0 0,5 (TWA) 3,0 (STEL) 0,5 (TWA) 1,0 (TWA) 05(TWA) 0,5 1,0 (STEL)

Diretiva 2004/37/CE do Parlamento Europeu e do Conselho

Memorando Circular no 8 /DIRSAT/INSS Em 8 de julho de 2014. Aos Representantes Técnicos da Perícia Médica nas Superintendências Regionais, Chefes de Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador e Peritos Médicos Previdenciários nas Gerências Executivas. Assunto: Orientações para análise de enquadramento de Atividade Especial na exposição ao agente químico Benzeno. 1. A Diretoria de Saúde do Trabalhador tem recebido diversos questionamentos acerca da analise dos benefícios de Aposentadoria Especial relacionados ao agente químico benzeno e, considerando: a) o disposto no Manual de Aposentadoria Especial, Resolução PRES/INSS, de 25/04/2012, sobre o potencial carcinogênico dos hidrocarbonetos aromáticos; b) o parecer técnico da FUNDACENTRO, em anexo, de 13 de julho de 2010, que concluiu pela ineficiência iê i dos equipamentos de proteção coletiva e/ou individual para elidirem os riscos na exposição ao Benzeno; c) que o parecer supracitado, embora elaborado com base em empresas específicas, possui elevada relevância e deve ser aplicado a todo e qualquer q estabelecimento em que haja exposição ao Benzeno. 2. Orientamos aos peritos médicos que, na análise dos benefícios de Aposentadoria Especial oriundos da exposição ao agente químico Benzeno, seja adotado o critério qualitativo e que não sejam considerados na avaliação os equipamentos de proteção coletiva e/ou individual, uma vez que os mesmos não são suficientes para elidir a exposição a este agente químico. Atenciosamente, DORIS TEREZINHA LOFF FERREIRA LEITE Diretora de Saúde do Trabalhador Substituta

Práticas no Brasil e em outros países País Recomendação/Ano Limite de Exposição em db Incremento de Duplicação de Dose considerado Mais Seguro (ou q) Governamental Técnica Estados Unidos OSHA/1983 90 5 NIOSH/1998 85 3 ACGIH/1996 85 3 Departamento Defesa /1996 85 3 Exército Americano/1994 85 3 Força Aérea Americana/1993 85 3 INCE- International Institute of Noise Control Engineering 85 3 União Européia Diretriz 2003/10/CE 87 3 Brasil MTE-NR-15 Anexo I, 1978 85 5 Fundacentro- NHO- 01/1999 85 3 Previdência Social- Decreto 4.882/2003 85 3

CONCEITO Nível de Ação Conceito NR 9, conforme 9.3.6.2 alínea b 0,5 do LT / LE (dose > 50% para ruído) Ações previstas na NR 9 Informar o trabalhador Incluir no PCMSO Adotar as primeiras medidas de controle

Comparação LTs x TLVs - 52,3% dos Limites de Tolerância (LTs) da NR-15 se encontram acima dos valores preconizados atualmente pela ACGIH, que constituíram a base original dessa norma, ou seja, estão desatualizados, apresentando claros riscos à saúde dos trabalhadores, sendo que: - Há LTs mais de 100 vezes superiores aos recomendados (2%) - 13% dos LTs são mais de 30 vezes superiores aos recomendados; - 16% dos LTssão mais de 10 vezes superiores aos recomendados; dd - 24% dos LTs são mais que o triplo dos recomendados pela ACGIH. Levantamento e próximos 2 slides realizados para Moção da ABHO ao MTE (2010)

Comparação LTs x TLVs

Comparação LTs x TLVs

V CONGRESSO BRASILEIRO DE HIGIENE OCUPACIONAL XVII ENCONTRO BRASILEIRO DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS MOÇÃO SOBRE A NR 15 Moção que os congressistas, a Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais ABHO e demais entidades discriminadas dirigem ao Ministério do Trabalho e Emprego. São Paulo, setembro de 2010 Introdução Com base no artigo 200 da CLT, o Ministério do Trabalho e Emprego editou a Norma Regulamentadora nº 15 (NR 15) por meio da Portaria 3214/78. Contudo, essa NR está, em sua quase totalidade, estacionada há mais de 32 anos. Como resultado, os trabalhadores em nosso País estão expostos de forma inadequada a muitos agentes ambientais, conforme se mostrará. O caminho da atualização já foi parcialmente iluminado pela NR 9, tornando os valores vigentes da ACGIH automaticamente válidos, para os casos não previstos na NR 15. É de urgência revisar a própria NR 15, dando lhe atualidade e capacidade para a proteção da saúde do trabalhador, sem a distorção que ora ocorre, pois nela nem todos estão igualmente protegidos.

Observe se que tal urgência torna se verdadeira emergência, ao considerarmos o PAC, com o avanço da atividade industrial, as obras para as Olimpíadas e as obras para a Copa do Mundo que virãonos próximos anos, o que exigirá Normas atualizadas para reger as relações do trabalho versus doença. É dessas questões que a presente Moção deseja considerar: que, em uma área do conhecimento em constante evolução, não é possível limobilizar um documento técnico legal lquase totalmente por mais de 32 anos; que, neste V Congresso da ABHO, foram catalisados os anseios de muitos foros de discussão, e foi especialmente evidenciada qualitativa i e quantitativamente i a desatualização da NR 15, como se sumariza a seguir; que, em face de tal desatualização, trabalhadores deixam de ser adequadamente protegidos, sendo mais que provável uma maior incidência de doenças ocupacionais, inclusive as de alta gravidade.

Considerando que, na análise apenas dos agentes químicos, sem levar em conta os agentes físicos e biológicos, ficou evidente neste evento que: 52,3 % dos Limites de Tolerância (LTs) da NR 15 se encontram acima dos valores preconizados atualmente pela ACGIH, que constituíram a base original dessa norma, ou seja, estão desatualizados, apresentando claros riscos à saúde dos trabalhadores, sendo que: Há LTs mais de 100 vezes superiores aos recomendados (2%) 13 % dos LTssão mais de 30 vezes superiores aos recomendados dd 16 % dos LTs são mais de 10 vezes superiores aos recomendados 24% dos LTs são mais do que o triplo dos recomendados

Considerando especialmente que: O governo, em seu sistema de normas legais de proteção ao trabalhador brasileiro, no qual se insere a NR 15, é responsável por mantê las atualizadas e em boa aplicabilidade para o fim a que se destinam e que a inércia do Poder Público em proceder a essa revisão gera lhe o risco de suportar ações judiciais arguindo de sua responsabilidade civil por tal omissão. Os doentes prematuros implicam maior sobrecarga ao sistema previdenciário, não só na prestação pecuniária, como também nos tratamentos de saúde, onerando o INSS, em uma proporção desconhecida, mas que pode ser surpreendentemente relevante As estruturas sociais de apoio técnico e legal (entidades técnicas governamentais e civis, instituições e associações), diante de tal lapso na proteção laboral, devem alertar o Governo para tais riscos e buscar colaborar com ele; assim sendo, a ABHO e as demais entidades a seguir discriminadas não se furtarão a tal missão, no sentido de posicionar esta advertência e de trabalhar na sua resolução, colocando seus especialistas à disposição de V. Sas.

Este Congresso exorta o MTE e a ele recomenda que: Promova a imediata revisão da NR 15 como um todo, de forma ordenada e integral, garantindo lhe a unidade e a adequada coerência, que assegure sua aplicabilidade como instrumento de prevenção; Estabeleça Grupo Técnico Especial, na CTPP, com a participação dos especialistas da ABHO e das entidades que assinam este documento, a fim de organizar e conduzir o tão esperado processo de revisão; Traga ainda, para o bojo das Normas Regulamentadoras, as determinações legais claramente ocupacionais que já começam a se editar de forma esparsa, prejudicando profissionais, agentes de inspeção, trabalhadores e empregadores, em sua ação da proteção da saúde laboral, como por exemplo os casos de TI e TIC (DL 6945 de 21/8/2009), a nova lei sobre Radiações Não Ionizantes (Lei 11.934/2009) e as determinações sobre óxido de etileno (Portaria Interministerial n 4/91). (assinaturas e entidades...)

A OSHA (Occupational Safety and Health Administration), agência governamental norte americana anunciou no final de outubro passado que, ante a desatualização dos seus próprios limites permitidos de exposição ocupacional (PELs) oficiais, os empregadores deveriam se basear nos limites de exposição mais rigorosos e mais protetores para a saúde dos trabalhadores, sempre que sejam recomendados por outras agências ou organizações reconhecidas. No caso dos EUA são os da NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health), as da Cal/OSHA (agência estadual da Califórnia, considerada a mais avançada e progressista das agências estaduais dos EUA) e as da ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienist). Para isso aosha disponibilizou bl um site com Limites de Exposição Ocupacional (Annotated Permissible e Exposure Limits), no qual as tabelas de limites permitidos de exposição (PELs) da OSHA são comparados com os RELs da NIOSH, os PELs da Cal/OSHA e os TLVs da ACGIH para diversos produtos químicos. https://www.osha.gov/dsg/annotated pels/tablez 1.html Fonte: Revista Proteção Nº 264 (2013)

Obrigado pelo convite e por vossa atenção!!! Roberto Jaques 21 99921 7064 jaques@petrobras.com.br jq robertojaques@uol.com.br