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MEMÓRIAS DAS LUTAS Mapeamento da Campanha Salarial Unificada 2012 dos Servidores Municipais do Ceará

Memórias das Lutas Diagnóstico da Campanha Salarial Unificada 2012 dos Servidores Municipais do Ceará Fortaleza - Ceará

Expediente Uma publicação da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), construída em parceria com a Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIieese) instalada na entidade sindical, com estudo elaborado pela técnica responsável: Rosilene de Sousa Cruz - socióloga e a contribuição na coleta de dados da pesquisadora Iamara Moreira. Rua Padre Barbosa de Jesus, 820, Fátima - Fortaleza/Ce CEP 60.040-480 Fone/Fax: (85) 3226.1788 E-mails: fetamce@fetamce.org.br / comunicacao@fetamce.org.br Diretoria Executiva Enedina Soares da Silva Presidenta - Caucaia José Valter Alves Saraiva Vice-Presidente - Piquet Carneiro e Região Maria Ozaneide de Paula Secretária Geral - Aquiraz Luciene de Oliveira Alves Secretária de Administração e Finanças - Quixadá e Região Ana Claudia de Melo Pereira Secretária de Organização e Política Sindical - Pentecoste Nadja Carneiro de Souza Secretária de Formação - Ubajara Djan Carlos Lopes Pinheiro Secretário de Política Sociail - Milhã e Região Édila Maria Vasconscelos Sec. de Assuntos Jurídicos - Irauçuba Maryane Costa Correia Sec. de Juventude - Ocara Magnaldo Barros Franco Sec. de Comunicação - Várzea Alegre Ivaneiça Vieira da Costa (Mima) Sec. da Mulher Trabalhadora - Eusébio Francisco de Matos Junior Sec. de Saúde do Trabalhador - Crato Carla Pricila Gomes Sec. de Combate ao Racismo - Quixeramobim José Airton da Silva Sec. do Meio Ambiente - Ibiapina Antônio Marcos P. Santos Sec. de Relações do Trabalho - Tabuleiro do Norte Rafael Fernandes Ferreira Sec. de LGBT - Jaguaribe Suplentes da Dir. Executiva Vilaní de Souza Oliveira Maracanaú José Quirino de Oliveira Antonina do Norte Francisco Barroso de Paulo Umirim Oziel da Costa Cabral Santana do Acaraú Carmem Silvia Ferreira Santiago Barreira Maria das Graças Costa Quixadá e Região Francisco Jerônimo do Nascimento Itapipoca, Tururu e Uruburetama Sebastiana Rodrigues Faustino (Netinha) Itapipoca, Tururu e Uruburetama Conselho Fiscal EFETIVOS Edimilria do Nascimento Cruz Beberibe Francisca Neiva Esteves da Silveira Quixadá e Região Terezinha G. Barros Ferreira Ipaumirim SUPLENTES Francisco Rubinildo de Lavor Itapipoca, Tururu e Uruburetama Antônia Gonçalves Paiva Ipaporanga Luzimar Ferreira Ribeiro Trairi Textos: Enedina Soares, Rafael Mesquita e Rosilene Cruz Jornalista Responsável: Rafael Mesquita (MTb CE 2432 JP) Revisão: Alan Rodrigues (MTb CE 2625 JP) Projeto Gráfico: Maherle Tiragem: 2.000 exemplares

Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese) Direção Nacional Direção sindical executiva Presidente: Antônio de Sousa Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de Osasco e Região - SP Secretária Executiva: Zenaide Honório APEOESP Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - SP Vice-Presidente: Alberto Soares da Silva Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de Campinas - SP Diretor Executivo: Edson Antônio dos Anjos Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Máquinas Mecânicas de Material Elétrico de Veículos e Peças Automotivas da Grande Curitiba - PR Diretor Executivo: Josinaldo José de Barros Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Materiais Elétricos de Guarulhos Arujá Mairiporã e Santa Isabel - SP Diretor Executivo: José Carlos Souza Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo - SP Diretor Executivo: Luis Carlos de Oliveira Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo Mogi das Cruzes e Região - SP Diretora Executiva: Mara Luzia Feltes Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramentos Perícias Informações Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul - RS Diretora Executiva: Maria das Graças de Oliveira Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco - PE Diretora Executiva: Marta Soares dos Santos Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo Osasco e Região - SP Diretor Executivo: Paulo de Tarso Guedes de Brito Costa Sindicato dos Eletricitários da Bahia - BA Diretor Executivo: Roberto Alves da Silva Federação dos Trabalhadores em Serviços de Asseio e Conservação Ambiental Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo - SP Diretor Executivo: Ângelo Maximo de Oliveira Pinho Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - SP Direção Regional Ricardo de Paula Sindicato dos Bancários do Ceará Sebastiana Faustino Rodrigues (Netinha) Fetamce Francisco Adjaildo da Silva Nobre STI Sapatos, Bolsas e Luvas do Ceará Francisco Altamiro Irineu SE Comércio de Fortaleza Mirton Peixoto Sindjorce Marcos Pereira da Silva Fetrace Joelbia maia bezerra chaves Sindeletro José Olivande Nogueira - Sinteti Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio diretor técnico Ademir Figueiredo coordenador de estudos e desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira coordenador de relações sindicais Nelson Karam coordenador de Educação Rosana de Freitas coordenadora administrativa e financeira Equipe Regional Reginaldo Silva José Ediran Magalhães Teixeira Bruna Frazão Elizama Paiva Rosilene Cruz Sidilene Aguiar Técnica Responsável: Rosilene De Sousa Cruz Equipe de Crítica e Revisão Técnica: Ediran Teixeira Rogério Limonti Bruna Frazão Roberto Sugiyama

SUMÁRIO Crescimento...11 Notas de uma luta!...13 A gestão da comunicação sindical...15 Capítulo 1 - Quadro Geral...17 A análise do Dieese no estado do Ceará...18 Capítulo 2 - Regional Metropolitana...29 Capítulo 3 - Regional Maciço de Baturité...39 Capítulo 4 - Regional Cariri...49 Capítulo 5 - Regional Crateús...59 Capítulo 6 - Regional Ibiapaba...69 Capítulo 7 - Regional Iguatu...79 Capítulo 8 - Regional Itapipoca...89 Capítulo 9 - Regional Sertão Central...99 Capítulo 10 - Regional Sobral... 109 Capítulo 11 - Regional Jaguaribe... 119

Memórias das Lutas

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Crescimento Por Enedina Soares Presidenta da Fetamce Do ponto de vista estadual, a Fetamce se tornou a segunda maior organização sindical do Ceará O presente material traz o registro do ano de 2012, que acreditamos ser um período que se mostrou um divisor de águas na história de atuação do movimento sindical dos trabalhadores das prefeituras do Ceará. Pelos resultados conferidos até aqui, podemos afirmar que houve um impulso na interlocução entre o executivo municipal e as entidades dos trabalhadores nas 146 cidades onde a Federação está organizada. Parte deste resultado é fruto do investimento em pesquisa, através da instalação da Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Socioeconômicos) na entidade, que passou a questionar os números oficiais das prefeituras e a apresentar as reais condições econômicas e de direitos dos servidores dos municípios, além da aprimoração da política de comunicação da organização sindical, dando visibilidade e debate público às questões de interesse dos trabalhadores do setor público. Um investimento forte em planejamento e organização sindical. Nesse sentido, também destacamos o fato de a maioria dos municípios do Ceará passarem a pagar, em 2012, a meta salarial básica no serviço público que é o atendimento do salário mínimo. Uma das principais reivindicações da Fetamce, prevista em Lei, que se concretizou somente neste ano. Mas, por mais que tenhamos tido uma grande mobilização no atendimento dos pisos salariais, ainda assistimos a um quadro de desrespeito às leis que orientam as remunerações, como os planos de carreira locais e a Lei do Piso Nacional do Magistério, categoria esta que figura como um dos grupos que mais sofrem com o descumprimento de seus direitos. Podemos afirmar preliminarmente, conforme o levantamento que segue adiante, que somente uma cidade, entre as pesquisadas, cumpre completamente com a Lei do Piso dos Professores. De acordo com o colhido pela pesquisa da Fetamce, é preciso ainda fortalecer e cobrar a pauta reivindicada, tendo em vista que em 2012, nas demais categorias que englobam o serviço público, como profissionais da saúde, administrativos, da guarda municipal, técnicos e outros, temos dados 11

muito insuficientes. Tais realidades só podem ser revertidas positivamente com união e fortalecimento da organização dos trabalhadores, iniciadas nos locais de trabalho. Por tudo isso, a Fetamce tem na ação sindical geral e, mais profundamente, local, o seu alicerce. O avanço da pauta dos trabalhadores - visível nos últimos meses - é resultado de um processo histórico de amadurecimento, ao longo de mais de 20 anos, das lutas por uma política municipal decente, que carrega como fundamental o fortalecimento dos valores democráticos e onde seja assegurado, essencialmente, o Direito à Cidade. Evidenciamos ainda a necessidade de concurso para todos os cargos no serviço público, como uma forma de fortalecimento da luta, já que a organização da categoria depende de servidores de carreira, levando em consideração a grande dificuldade de mobilizar o número cada vez maior de contratados temporários; profissionais estes que não gozam de direitos como férias, 13º salário e outras garantias, ou seja, sujeitos desinvestidos do direito de, efetivamente, reivindicar por melhores condições de trabalho, amarrados pelas correntes da política partidária. Não se faz política sindical sem profundidade ideológica e conhecimento. Foi apostando nisso que a nossa Federação chegou ao patamar de desenvolvimento que hoje se vislumbra, já que, do ponto de vista estadual, a Fetamce se tornou a segunda maior organização sindical do Ceará. Para nós, isso representa um avanço significativo do sindicalismo, mesmo no cenário de crise apontado para o século XXI, mostrando alternativas de atuação para o movimento sindical de nosso País. Sendo assim, nas próximas páginas, apresentamos um mergulho nos dados coletados pela pesquisa Dieese/Fetamce, material totalmente inédito e pioneiro no campo dos servidores municipais, que aproxima o nosso olhar diante do cenário de organização e dos benefícios conquistados pelos servidores em campanha salarial em todo o Estado. No bojo do debate se apresenta a necessidade de aprofundarmos em nossos movimentos de negociação seguintes às demandas do conjunto dos servidores, o que implica mais investimento em pesquisa e ação sindical. Por fim, caros companheiros de luta, afirmamos que só alcançaremos plenamente a garantia das condições de trabalho decente para os trabalhadores do sistema municipal de saúde, educação, assistência social, infraestrutura urbana, segurança e outros serviços essenciais à qualidade de vida da população e que formam o funcionalismo público das cidades do Ceará, quando toda a sociedade compreender plenamente o papel e os direitos dos servidores públicos. 12

Notas de uma luta! Por Diretoria Estadual da Fetamce Ao produzir um balanço das principais conquistas e batalhas perpetradas pelos servidores municipais do Ceará, a direção da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) acredita que o saldo é positivo, ainda que as demandas por direitos para os trabalhadores reúna grandes desafios. Dois mil e doze foi um ano de muito compromisso em que vimos que o movimento sindical dos trabalhadores do setor público pulsou por direitos. A grande pauta do ano teve início já em dezembro de 2011, quando do lançamento da 10ª Campanha Salarial Unificada dos servidores, em evento na Assembleia Legislativa do Ceará. O movimento, que eclodiu pelas cidades do Estado, foi marcado por grande dificuldade de negociação, imposta pelas administração das prefeituras, que se negavam a receber os trabalhadores, ao passo que as instituições ligadas aos prefeitos repercutiam o discurso de ausência de recursos. Diante disso, o movimento ganhou contornos mais fortes, marcado por paralisações e greves, assim como audiência junto a instituições. O impasse persistiu mesmo depois de ser realizado movimento em todo o País em prol da Educação, com grande movimentação no Ceará, e do envolvimento de organizações como a Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Ministério Público Estadual e Associação dos Prefeitos e Municípios do Ceará (Aprece). Chegamos a ter dezenas de municípios em greve ou estado de greve. Constamos em repetidas pesquisas, ao longo do ano, quais as cidades que não estavam cumprindo a demanda legal da Lei do Piso do Magistério. Um assunto que repercutiu tanto, a ponto de quase todos os dias, de maio a outubro, termos na imprensa cearense informações das reivindicações das categorias de servidores em todo o Ceará. Por outro lado, pautamos a sociedade para o debate em torno da manutenção dos serviços públicos, através do desenvolvimento da Plataforma dos Servidores para as eleições municipais. A demanda foi construída tendo em vista que há um histórico lento da evolução de direitos nos municípios dos servidores de todo o Estado, que resolveram apostar no estabelecimento de compromissos com os candidatos a prefeitos e a vereadores nas eleições de 2012, através da submissão aos postulantes a cargos públicos da assinatura da Plataforma Estadual Por um Município Decente e Democrático, documento 13

que agrupa dezenas de propostas trabalhistas e de políticas públicas para os municípios. O documento foi assinado como compromisso por candidatos em mais de 45 prefeituras do Estado. A Federação agora pauta os temas defendidos na Campanha Salarial 2013. Outro acontecimento importante para os servidores em 2012 foi a mobilização em torno da defesa do patrimônio público e o combate ao desmonte das prefeituras pós-eleições. Em um esforço produzido em parceria com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o Ministério Público do Estado e a Procuradoria de Combate aos Crimes contra a Administração Pública (Procap) foram denunciadas mais de 60 prefeituras do Estado por práticas de desmonte, além da vigilância ter oportunizado o combate a outros problemas de má administração, como o caso de corte salariais e demissões em massa. O esforço é extremamente positivo, tendo em vista que mostra a faceta mais negativa da situação dos trabalhadores, que é o desrespeito, quase que generalizado, aos direitos trabalhistas, práticas evidentes de corrupção e um uso absurdo da máquina pública para interesses privados e eleitorais. Como vemos, é preciso ainda muito mais para superar o quadro de desigualdade nas cidades cearenses. Por isso, em 2012, a mobilização dos servidores contou também com o impulso em outras frentes, como no tocante ao combate ao assédio moral. A Fetamce realizou uma campanha estadual, chamada de Assédio Moral Eu Digo Não!, a qual percorreu as dez regiões do Estado e iniciou debates locais em mais de 140 municípios. A ideia da campanha é difundir entre os servidores de variadas categorias do Ceará a necessidade de se combater e denunciar qualquer violência cometida contra os trabalhadores em exercício de suas funções. Mas ainda há muito mais a fazer e lutar em defesa do funcionalismo e do povo das cidades cearenses. Vamos à luta, com a missão de levar o nosso movimento a cada canto deste Estado, afinal, só conscientes de sua condição de explorados, é que os trabalhadores projetam a transformação das relações de trabalho, enquanto projetam as revoluções na própria sociedade. 14

A gestão da comunicação sindical Por Rafael Mesquita Jornalista/Assessor de Comunicação da Fetamce As demandas sociais são o princípio da notícia A experiência de comunicação social da Fetamce, reformulada em setembro de 2011, quando do investimento na contratação de jornalista profissional, mostrou como a assessoria de comunicação pode ajudar uma entidade sem fins lucrativos a atingir seus objetivos. Nosso pressuposto inicial é de que os temas advindos do trabalho em assessoria de imprensa de organizações sociais muitas vezes podem sobrepor- -se aos temas colhidos nas assessorias de imprensa de empresas, por exemplo, pois o privado representa, na maioria das vezes, temas menos relevantes ou menos impactantes do que as discussões sobre cidadania, ética, desenvolvimento humano e meio ambiente, que são eminentemente de interesse público, o que, para nós, é a justificativa e o objetivo da informação jornalística. Portanto, se o jornalismo deve ser o objeto do interesse público, as organizações sindicais que partilham de valores de solidariedade, direitos humanos, desenvolvimento sustentável e etc. são as melhores fontes para a imprensa, para a sociedade e para o desenvolvimento da esfera pública. As assessorias de imprensa e comunicação de organizações sociais seriam o foco ideal da informação pública, pois projetam não só o desenvolvimento político, mas afirmam a coletividade. Nessa lógica, a montagem da Assessoria de Comunicação da Fetamce aproveitou esse terreno fértil para a difusão de informação, o que levou a uma enorme possibilidade de visibilidade. Además, o conteúdo do trabalho da organização era essencialmente de interesse da esfera pública, possibilitando a ultrapassagem da mera relação face a face, que até então desempenhava isoladamente com seus públicos. A chegada do trabalho da Federação ao espaço midiático extrapolou o espaço do atendimento direto, gerando a possibilidade de importantes mudanças de percepção da luta dos servidores municipais cearenses. Sendo assim, cumprimos um alto poder pedagógico. 15

Dessa forma, exemplos recentes no campo do entretenimento e da informação comprovam o poder que o debate público produzido nos meios de comunicação pode fazer, especialmente quando se tratam de questões ligadas ao preconceito, do caso ao estigma imposto à organização laboral, sindical, operária. Foi através da Fetamce e suas estratégias de mídia que o Ceará despertou para a discussão do desmonte municipal, do piso salarial dos professores e do assédio moral, além de importantes outros trabalhos. Na mídia, as organizações sindicais encontram lastro para o seu projeto de transformação social. Tudo isso porque as demandas sociais são o princípio da notícia e isso deve ser o compromisso do jornalista lotado em assessoria, redação ou outra esfera qualquer da comunicação social. O uso que damos à comunicação é de mobilidade interna e externa, ao motivar e trabalhar a produtividade, no primeiro caso, e de posicionamento junto aos públicos externos, no segundo caso. Sendo assim, o mix de comunicação empregado na seleção dos canais de comunicação, na elaboração da mensagem, na implementação das ações, na mensuração dos resultados e no gerenciamento e coordenação da comunicação integrada teve como um dos pilares a produção própria de notícias em geral para o site da entidade. E, aos mensurarmos o esforço de comunicação envolvido, destacamos muita visibilidade e confiança extrema como fonte alcançada e, especialmente, o respeito da comunidade. Sendo assim, de acordo com relatório sobre o desempenho da Assessoria de Comunicação no ano de 2012, o número de acessos do site, foram surpreendentes: 228.054 acessos; uma média de cerca de 20 mil acessos por mês. O que importa ser dito aqui é que, e isso podemos falar por experiência própria, não dá para se trabalhar a assessoria de comunicação em uma organização, movimento ou sindicato se não se estiver realmente envolvido pelos compromissos dessa entidade. Podemos apostar que o trabalho em um sindicato, quando realizado com verdade, é um caminho de conhecimento e sem retorno. É preciso vivenciar para entender e isso não nos torna menos profissionais, respondendo diretamente aos mais conservadores. 16

1 CAPÍTULO A análise no Estado do Ceará QUADRO GERAL 17

A análise do Dieese no estado do Ceará Por Rosilene Cruz Socióloga/Técnica do Dieese As campanhas salariais, no âmbito do setor público municipal, enfrentaram, ao longo dos anos, as mesmas dificuldades, por parte dos governos municipais: a falta de recursos para concessão de reajustes salariais, por melhorias nas condições de trabalho e uma ausência de políticas que busquem a qualificação e valorização do servidor público municipal. Em meio a esse discurso, como se já não bastasse, o servidor convive com o discurso de Lei de Responsabilidade Fiscal, que se mostra ultrapassada por estar desalinhada ao atual momento da sociedade brasileira, no qual temos uma vigorosa política de valorização do salário mínimo, responsável pelo aumento do consumo das famílias no País, e ainda, da política de valorização dos professores, através do Piso Salarial Nacional, que aos poucos recoloca a centralidade do professor no processo educativo. Além disso, ainda verificamos que, em diversas ocasiões, os gestores públicos mistificam a realidade, uma vez que subestimam as receitas realizadas e superestimam as despesas de pessoal. Desta maneira, o embate entre sindicatos e administrações municipais é realizado observando as minúcias da lei, pois os governos tentam valer-se a todo o momento de artifícios contábeis para se esquivarem da negociação com os servidores públicos. Este embate com os governos nos últimos anos aponta a necessidade de subsídios para que os servidores municipais, tão desprovidos de dados técnicos, possam preparar-se conjunturalmente para desmistificar esse discurso dos governantes. Em contraponto a este cenário, a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) decidiu criar um registro de suas campanhas salariais através de um diagnóstico participativo onde as fontes são levantadas pelos sindicatos de servidores municipais filiados à Federação. O primeiro levantamento da Campanha Salarial 2012 teve um desdobramento de dez relatórios elaborados pela Subseção do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) instalada na Fetamce e contou com 130 municípios dos sindicatos sócios da Federação. Com o 18

objetivo de subsidiar a luta dos trabalhadores no serviço público e possibilitar dados para suas próximas negociações, estes relatórios trazem informações setoriais e regionalizadas de acordo com a organização espacial da entidade. As informações coletadas revelam e levam a uma análise comparativa dos pisos, dos reajustes de diversas categorias em cada regional. No material, incluem-se especialmente dados gerais relevantes à luta dos profissionais da Educação no Ceará pela implantação e consolidação da Lei do Piso do Magistério, tendo em vista que o Mapeamento da Campanha Salarial 2012 aponta esta como uma ferramenta para seguir fomentando a luta dos trabalhadores, em especial a Educação. Para o levantamento da Campanha, foram contatados 146 municípios (alguns com dois sindicatos servidores/professores). Deste universo, 12,31% não informaram os dados consultados. Portanto, a base de dados analisada obteve um total de 130 sindicatos filiados. Piso salarial da Educação Piso Fetamce x Piso do MEC O Ministério da Educação estipulou, para o ano de 2012, o piso do magistério da Educação Básica em R$ 1.451 para profissionais de nível médio. O reajuste foi de 22,22%, em relação ao valor do piso de 2011: R$ 1.187. Porém, nas contas da Fetamce, o piso deveria ser de R$ 1.773 no ano em questão, para ter valor retroativo a 2009, primeiro ano de validade da Lei do Piso Nacional do Magistério. Sendo assim, o Ministério da Educação não cumpre a Lei, pois o órgão não reajustou os salários dos professores logo no primeiro ano de validade da Lei do Piso, gerando um histórico inferior de remuneração para os profissionais. No entanto, a Lei é bastante objetiva quanto ao tema e traz, em seu Artigo 5º, a seguinte demanda: O piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009. Parágrafo único: A atualização de que trata o caput deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno ( ). 19

O MEC só veio regulamentar a questão a partir de janeiro de 2010, depois utilizando o piso de 2010 como base para reajustar o piso de 2011 e de 2012, o que gerou uma sequência de reajustes e inferiores ao valor real. Portanto, na prática, o piso nunca foi corrigido conforme a Lei. Resultados Do quadro pesquisado, 40,6 % são municípios que estão pagando o piso do nível 1 (profissionais com Ensino Médio) acima do piso do MEC. Os que seguem com o piso do médio igual ao piso orientado pelo MEC são 53,9%; 5,5% pagam abaixo do valor orientado pelo MEC. Alguns, mesmo com reajuste além de 22,22%, ainda ficam abaixo dos R$ 1.451,00. Para o piso de R$ 1773,16, defendido pela Federação, em 2012, 99,22% dos municípios Para o piso cearenses de R$ 1773,16, não pagam defendido o piso defendido pela Federação, pela Fetamce. em 2012, Somente 99,22% 0,78% dos municípios paga o piso para cearenses o nível não pagam médio o defendido piso defendido pela organização pela Fetamce. sindical. Somente 0,78% paga o piso para o nível médio defendido pela organização sindical. Em 2012, 99,22% dos municípios cearenses não pagaram o piso de R$ 1.773,16, defendido pela Fetamce Quando analisamos os maiores pisos e os menores pisos distribuídos por regional, Quando encontramos analisamos os a maiores preponderância pisos e os do menores município pisos de Altaneira, distribuídos que por lidera regional, a lista, com um encontramos piso de a preponderância R$ 1976,00, e, na do lanterna, município figurando de Altaneira, como que o pior lidera piso a lista, municipal com um para o nível 1, piso de R$ está 1976,00, a cidade e, de na Itapiúna. lanterna, figurando como o pior piso municipal para o nível 1, está a cidade de Itapiúna. 20

Quando analisamos os maiores e os menores pisos distribuídos por regional, encontramos a preponderância de Altaneira, que liderou a lista, com um piso de R$ 1.976,00, e, como o menor piso municipal para o nível 1, a cidade de Itapiúna. Já no nível 2, grupo em que estão incluídos os profissionais graduados, temos o maior piso na cidade de Brejo Santo, com R$ 2.240,08 em remuneração para professores. Já o pior piso está no município de Caririaçu, R$ 1.059,18. 21

Já no nível 2, grupo em que estão incluídos os profissionais graduados, tivemos o maior piso na cidade de Brejo Santo, com R$ 2.240,08. O menor piso, por sua vez, encontrou-se em Caririaçu: R$ 1.059,18. Na categoria professores com especialização Brejo Santo também lidera o ranque, com R$ 2.522,68 de salário base para o grupo e, em último lugar, temos Caririaçu, mais uma vez, com apenas R$ 1.237,54 de salário para esta parcela. 22

Na categoria professores com especialização, Brejo Santo também liderou o ranking, com R$ 2.522,68 de salário-base para o grupo; em último lugar, Caririaçu, com R$ 1.237,54 de salário para esta parcela. Quando o tema foi profissionais com nível mestrado, ressalvamos a informação de que 37,98% dos pesquisados não informou dados em relação ao grupo. E, destes que responderam ao nosso questionário, encontramos a informação de que Santa Quitéria lidera em termos salariais, com R$ 4.261,52, enquanto Jucás apresenta o pior piso para quem tem mestrado, com somente R$ 1.567,08 de remuneração. 23

Para os profissionais com mestrado, ressaltamos que 37,98% dos pesquisados não informaram dados em relação ao grupo. Dos que responderam ao nosso questionário, Santa Quitéria liderou em termos salariais, com R$ 4.261,52, enquanto que Jucás apresentou o menor piso, com R$ 1.567,08. MESTRE: MAIORES PISOS R$ 4.261,52 R$ 3.428,00 R$ 3.079,94 R$ 2.903,52 R$ 2.885,50 SANTA QUITERIA PENAFORTE ALTANEIRA ANTONINA DO NORTE HORIZONTE MESTRE: MENORES PISOS R$ 1.776,11 R$ 1.773,62 R$ 1.767,00 R$ 1.736,01 R$ 1.567,08 IGUATU CARIUS ARARIPE MIRAIMA JUCAS 24

No último nível pesquisado, dos doutores, 44,62% do universo de pesquisa não informaram dados em relação ao nível. Dos municípios que responderam ao questionário, Santa Quitéria, mais uma vez, foi líder do ranking, com R$ 4.687,67 de salário; Jucás, outra vez, ficou no último posto, com R$ 1.610,61. DOUTORES: MAIORES PISOS R$ 4.687,67 R$ 4.284,00 R$ 3.831,69 R$ 3.764,30 R$ 3.660,91 SANTA QUITERIA PENAFORTE BATURITE ALTANEIRA CAUCAIA DOUTORES: MENORES PISOS R$ 1.945,79 R$ 1.944,32 R$ 1.879,26 R$ 1.848,05 R$ 1.610,61 IPUEIRAS CROATA MIRAIMA ARARIPE JUCAS 25

EDUCAÇÃO - OUTRAS CONQUISTAS Também observamos outras conquistas na área da Educação, que seguem de maneira muito diversa, tendo em vista que contamos com pouca informação, neste caso. O que mais foi pontuado entre os entrevistados foram as conquistas relativas à destinação de 1/5 (4,62%) e 1/3 (8,46%) da carga horária para planejamento; 44,62% dos municípios não tiveram nenhuma conquista na Educação, além do reajuste para professores, e 42,30% tiveram outras conquistas. ABONO FUNDEB ABONO FUNDEB Quanto Quanto ao abono ao ou abono rateio das ou sobras rateio dos das recursos sobras do dos Fundeb, recursos 59,23 do % dos Fundeb, sindicatos 59,23% dos informados sindicatos fecharam o ano o com ano bonificações com bonificações para a educação; para a 36,92% Educação; não tiveram 36,92% não tiveram abono abono e 2, 31% e não 3,85% responderam. não responderam. 26 DEMAIS CATEGORIAS

DEMAIS CATEGORIAS Nas demais categorias, que englobam Saúde, Administrativo, Guarda Municipal, técnicos e outros, temos dados ainda muito incipientes. Pouco se foi informado em relação às remunerações no que toca índices de reajustes e datas-bases. As conquistas destas categorias se centram em garantir insalubridade, adicional noturno, reajuste salarial, gratificações e outras, acompanhem: As tabelas e gráficos que seguirão apresentam dados de diversas categorias presentes no serviço público. Os dados correspondentes à Educação compõe, em sua imensa maioria, quase que a totalidade do relatório, uma vez que as informações repassadas para as demais categorias estejam ainda informadas de maneira incipiente. NOTAS METODOLÓGICAS: 1 - As informações que embasam este estudo foram extraídas de questionários aplicados aos sindicatos sócios e/ou próximos à Fetamce. Os dados levantados foram disponibilizados pelas entidades em atividades estadual da Federação, ou via ligação telefônica, e/ou internet, nos períodos de abril de 2012 a fevereiro de 2013. Em atividades percorrendo as dez regionais, em novembro e dezembro de 2012, a Fetamce juntamente com a Subseção do Dieese, apresentou dados preliminares nas regionais com o objetivo de validar ou retificar e/ou as informações que são de exclusiva responsabilidade dos sindicatos informantes. Depois de fechado o período de coleta de dados, as informações foram remetidas à Subseção do Dieese para sistematização dos dados e elaboração dos relatórios. 27

2 - Os dados aqui apresentados têm valor indicativo e buscam captar tendências da negociação salarial nos municípios cearenses. 3 - O painel de informações utilizado não permite extrapolações para além do conjunto exposto neste trabalho, dado que não se trata de amostra estatística. 4 - Cada registro de município refere-se a um sindicato de servidores (em alguns casos, tem-se no mesmo município o sindicato de servidores e outro de professores). Caso os dois sindicatos tenham sidos consultados, os questionários são unificados, formando apenas um em que cada direção informa dados correspondentes às suas categorias. Portanto, foram estabelecidos contatos iniciais com os 141 sindicatos sócios da Federação mais listagem de sindicatos próximos disponibilizados pela Diretoria da Fetamce. Destes, 130 municípios/sindicatos disponibilizaram informações, passando a ser este número o universo do presente estudo analisado. 5 - O levantamento foi subdividido em dez relatórios, de acordo com a organização geográfica da Fetamce, representada em dez regionais. Foram realizadas informações gerais englobando cada regional. 6 - Foram analisadas todas as categorias da Educação no tocante aos docentes dos níveis médio, graduados, especialista, mestre e doutor. Assim como também outras diversas categorias que aparecem no campo da Educação e as demais categorias de área administrativa e saúde. Dentre elas estão: técnico de enfermagem, guardas municipais, agentes de endemias, bombeiros, eletricistas, vigias, motoristas, agentes de trânsito e mais. Vale ressaltar que para as demais categorias, exceto Educação, os dados disponibilizados são incipientes, de maneira que cada uma delas tem sua data-base diferenciada das demais, e não foram repassadas estas informações para o levantamento. Isso impossibilita um dado elementar e necessário, como saber qual o ganho real destas categorias. 7 - Foram excluídos desta pesquisa os sindicatos sócios ou próximos da Federação dos quais não se obteve nenhuma informação. 28

2 CAPÍTULO Relatório Diagnóstico Campanha Salarial 2012 Servidores Públicos Municipais do Ceará METROPOLITANA 29

Regional Metropolitana O Ceará é composto por 184 municípios. A Fetamce tem em seu quadro de sócios 141 sindicatos filiados, em alguns casos, até dois sindicatos (de professores e de servidores) por municípios. A divisão espacial da Federação é feita em dez regionais: Metropolitana; Baturité; Vale do Jaguaribe; Iguatu; Cariri; Sertão Central; Itapipoca; Sobral; Crateús e Ibiapaba. A Regional Metropolitana é composta por 15 sindicatos (Aquiraz, Beberibe, Cascavel, Caucaia, Eusébio, Guaiúba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Pacajus, Pacatuba, São Gonçalo do Amarante, Chorozinho e Pindoretama) que são sócios ou mantém uma relação de proximidade com a base da Fetamce. Sua área de abrangência agrega Fortaleza e região em volta. Constam nas planilhas desta Regional somente os municípios que responderam ao questionário através das informações disponibilizadas pelos sindicatos filiados. No tocante às informações da Educação, especificamente professores de nível médio 40 horas (tabela 01), a Regional apresentou, em seu universo pesquisado, um percentual de 69,23% de municípios que pagavam salários acima do piso de R$ 1.451,00 (orientado pelo MEC - Ministério da Educação); e 30,77%, igual ao piso do MEC. Nenhum município desta Regional apresentou salário dos professores de nível médio abaixo de R$ 1.451,00. Porém, ao olharmos para o piso defendido pela Fetamce, nenhum município, do quadro informado, conseguiu atingir o valor inicial de R$ 1.773,16. Outro dado relevante é que o percentual de reajuste para 2012, orientado pelo MEC, foi 22,22% para o nível médio. Este índice difere do setor privado, que se move em torno do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC. No tocante à Educação, o MEC se ampara na variação do cálculo Valor Aluno, considerando o ano anterior. No caso específico desta Regional, a média de reajuste para o nível médio, em 2012, foi de 15,31%, e remuneração média, de R$ 1.523,03. Veja os percentuais de reajustes por municípios na tabela 01. 1 A Fetamce defende um piso para o nível médio de R$ 1.773,16. Este piso é superior ao orientado pelo MEC uma vez que o ano de contagem da lei do piso seria 2008 e o MEC só passa a contar 2009. Este debate quanto à implementação da Lei do Piso se coloca em pauta muito antes da decisão final do STF, da implementação da Lei do Piso do Magistério a partir de 2011. 2 O valor anual mínimo por aluno corresponde ao valor de referência para os anos iniciais do Ensino Fundamental urbano, e representa o menor repasse por aluno destinado as redes de ensino da Educação Básica. O seu valor é determinado contabilmente após a distribuição da complementação da União. 30

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS REG. SINDICATOS SÓCIOS POR MUNICÍPIOS REAJUSTE MÉDIO MÉDIO - SALÁRIO INICIAL 40H REGÊNCIA REMUNERAÇÃO (PISO MÉDIO + REGÊNCIA) REFERÊNCIA PISO MEC REFERÊNCIA PISO FETAMCE AQUIRAZ 27,50% R$ 1.537,65 0,00% R$ 1.537,65 ACIMA DO PISO DO MEC EM: 5,97% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 13,28% BEBERIBE 22,22% R$ 1.451,00 0,00% R$ 1.451,00 IGUAL AO PISO DO MEC EM: 0% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 18,17% CASCAVEL 22,22% R$ 1.488,09 0,00% R$ 1.488,09 ACIMA DO PISO DO MEC EM: 2,56% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 16,08% CAUCAIA 6,07% R$ 1.451,12 15,00% R$ 1.668,79 ACIMA DO PISO DO MEC EM: 0,01% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 18,16% EUSÉBIO 15,00% R$ 1.707,20 0,00% R$ 1.707,20 ACIMA DO PISO DO MEC EM: 17,66% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 3,72% GUAIÚBA 16,00% R$ 1.451,00 0,00% R$ 1.451,00 IGUAL AO PISO DO MEC EM: 0% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 18,17% HORIZONTE 15,00% R$ 1.479,74 15,00% R$ 1.701,70 ACIMA PISO MEC EM: 1,98% ABAIXO PISO FETAMCE EM: 16,55% ITAITINGA 15,00% R$ 1.488,46 0,00% R$ 1.488,46 ACIMA PISO MEC EM: 2,58% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 16,06% MARACANAÚ 10,00% R$ 1.675,00 0,00% R$ 1.675,00 ACIMA DO PISO DO MEC EM: 15,44% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 5,54% MARANGUAPE 15,00% R$ 1.591,92 8,00% R$ 1.719,27 ACIMA DO PISO DO MEC EM: 9,71% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 10,22% PACAJUS 22,00% R$ 1.576,15 15,00% R$ 1.812,57 ACIMA DO PISO DO MEC EM: 8,63% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 11,11% REG. METROPOLITANA TABELA 01. PACATUBA 7,00% R$ 1.451,00 0,00% R$ 1.451,00 IGUAL AO PISO DO MEC EM: 0% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 18,17% SÃO GONÇ. DO AMARANTE 6,00% R$ 1.451,00 0,00% R$ 1.451,00 IGUAL AO PISO DO MEC EM: 0% ABAIXO DO PISO DA FETAMCE EM: 18,17% MÉDIA 15,31% R$ 1.523,03 FONTE: SINDICATOS DE SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO CEARÁ - ELABORAÇÃO: DIEESE - SUBSEÇÃO FETAMCE 31

Os dados apresentados nas tabelas 02 e 03 (próximas páginas) são informações ainda no campo da Educação, no universo pesquisado da Regional Metropolitana, em particular, dos professores de níveis: graduado; especialista; mestre e doutor. A partir deste ponto, a forma de análise não segue a metodologia da tabela 01 (nível médio). Diferentemente do docente de nível médio, não há um piso nacional que norteia esses profissionais e as diferenciações que existem entre as carreiras no magistério, encontram-se, a cada data- -base, com seus índices de reajustes menos elevados. Para os professores graduados, a média de reajuste no salário inicial para 40 horas semanal e/ou 200 horas mensal foi de 17,52%. Enquanto que, para os especialistas, essa média foi 13,46%. Observa-se uma lógica proporcionalmente inversa, em que, quanto maior a titulação, menor o índice de reajuste. No comparativo com a classe anterior, a Regional Metropolitana registrou uma diferença dos professores de nível médio para os de nível graduado em um patamar de 20,18%. Enquanto que o comparativo dos especialistas com os graduados revelou variação média de 11,63%, como mostra a tabela 02. Ainda sob a ótica da média dos índices de reajustes e o crescimento percentual entre os níveis na carreira docente, a tabela 03 identifica um cenário para os níveis de mestre e doutor, consideravelmente semelhante com os resultados acima mencionados na tabela 02. A média nos índices de reajustes para os professores mestres foi de 18,90%; e para os professores doutores, cerca de 19,00%; apenas 0,10 pontos percentuais. No comparativo entre o especialista e mestre, a maior média de crescimento ficou em torno de 15,94%. Porém, seguindo a lógica de quanto maior a titulação, menor é o índice de reajuste, a média de crescimento do mestre para o doutor atingiu um 8,99%. Essa constatação da lógica do inverso pode ser observada quando se acompanha o comportamento da diferença de crescimento entre os menores níveis (de médio para graduado: 20,18%) para os maiores (do mestre para o doutor: 8,99%), o que revela uma redução na variação de 11,99 pontos percentuais. Vale ressaltar que, para os níveis de mestre e doutor, os dados analisados da Regional Metropolitana apresentaram uma redução significativa de informação na tabela 03. O levantamento de dados aqui analisados não foi suficiente para constatar se a ausência de informação é consequência da falta cargo nos municípios ou se é falta de profissional qualificado naquelas titulações (Ver tabelas 02 e 03). 32

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS REG. SINDICATOS SÓCIOS POR MUNICÍPIOS REAJUSTE GRADUADO GRADUADO - SALÁRIO INICIAL 40H REGÊNCIA REMUNERAÇÃO (PISO GRADUADO + REGÊNCIA) RELAÇÃO GRADUADO C/ O MÉDIO REAJUSTE ESPECIAL. ESPECIALISTA - SALÁRIO INICIAL 40H REGÊNCIA REMUNERAÇÃO (PISO ESPECIALISTA + REGÊNCIA) RELAÇÃO ESPECIAL. C/ GRADUADO AQUIRAZ 27,50% R$ 2.006,28 0,00% R$ 2.006,28 30,48% 10,00% R$ 2.206,91 0,00% R$ 2.206,91 10,00% BEBERIBE 15,00% R$ 1.668,00 0,00% R$ 1.668,00 14,96% 10,00% R$ 1.834,80 0,00% R$ 1.834,80 10,00% CASCAVEL 22,22% R$ 2.016,62 0,00% R$ 2.016,62 35,52% 20,00% R$ 2.419,94 0,00% R$ 2.419,94 20,00% CAUCAIA 30,00% R$ 1.886,46 15,00% R$ 2.169,43 30,00% 15,00% R$ 2.169,42 15,00% R$ 2.494,83 15,00% EUSÉBIO 15,00% R$ 1.944,78 0,00% R$ 1.944,78 13,92% 15,00% R$ 2.221,57 0,00% R$ 2.221,57 14,23% GUAIÚBA 16,00% R$ 1.597,00 0,00% R$ 1.597,00 10,06% 16,00% R$ 1.729,27 0,00% R$ 1.729,27 8,28% HORIZONTE 15,00% R$ 1.990,40 15,00% R$ 2.288,96 34,51% 10,00% R$ 2.189,89 15,00% R$ 2.518,37 10,02% ITAITINGA 15,00% R$ 1.818,56 0,00% R$ 1.818,56 22,18% 10,00% R$ 2.000,41 0,00% R$ 2.000,41 10,00% MARACANAÚ 10,00% R$ 2.016,22 0,00% R$ 2.016,22 20,37% 10,00% R$ 2.436,70 0,00% R$ 2.436,70 20,85% MARANGUAPE 15,00% R$ 1.757,17 8,00% R$ 1.897,74 10,38% 15,00% R$ 1.939,60 8,00% R$ 2.094,77 10,38% PACAJUS 22,00% R$ 1.737,08 15,00% R$ 1.997,64 10,21% 22,00% R$ 1.874,87 15,00% R$ 2.156,10 7,93% REG. - METROPOLITANA TABELA 02. PACATUBA 10,00% R$ 1.665,92 0,00% R$ 1.665,92 14,81% 10,00% R$ 1.707,56 0,00% R$ 1.707,56 2,50% SÃO GONÇ. DO AMARANTE 15,00% R$ 1.668,65 R$ 1.668,65 15,00% 12,00% R$ 1.868,88 0,00% R$ 1.868,88 12,00% MÉDIA 17,52% R$ 1.828,70 20,18% 13,46% R$ 2.046,14 11,63% FONTE: SINDICATOS DE SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO CEARÁ - ELABORAÇÃO: DIEESE - SUBSEÇÃO FETAMCE 33

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS REG. SINDICATOS SÓCIOS POR MUNICÍPIOS REAJUSTE MESTRE MESTRE - SALÁRIO INICIAL 40H REGÊNCIA REMUNERAÇÃO (PISO MESTRE + REGÊNCIA) RELAÇÃO MESTRE C/ ESPECIAL. REAJUSTE DOUTOR DOUTOR - SALÁRIO INICIAL 40H REGÊNCIA REMUNERAÇÃO (PISO DOUTOR + REGÊNCIA) RELAÇÃO DOUTOR C/ MESTRE AQUIRAZ 15,00% R$ 2.307,22 0,00% R$ 2.307,22 4,55% 20,00% R$ 2.407,53 0,00% R$ 2.407,53 4,35% BEBERIBE 12,00% R$ 1.868,16 0,00% R$ 1.868,16 1,82% 0,00% CASCAVEL 25,00% R$ 2.520,77 0,00% R$ 2.520,77 4,17% 30,00% R$ 2.722,45 0,00% R$ 2.722,45 8,00% CAUCAIA 25,00% R$ 2.711,78 15,00% R$ 3.118,55 25,00% 35,00% R$ 3.660,91 15,00% R$ 4.210,05 35,00% HORIZONTE 15,00% R$ 2.885,50 15,00% R$ 3.318,33 31,76% 20,00% R$ 2.388,00 15,00% R$ 2.746,20-17,24% ITAITINGA 10,00% R$ 2.200,46 0,00% R$ 2.200,46 10,00% 10,00% R$ 2.420,51 0,00% R$ 2.420,51 10,00% MARACANAÚ 10,00% R$ 2.842,82 0,00% R$ 2.842,82 16,67% 10,00% R$ 3.248,98 0,00% R$ 3.248,98 14,29% MARANGUAPE 15,00% R$ 2.305,91 8,00% R$ 2.490,38 18,89% 15,00% R$ 2.544,91 8,00% R$ 2.748,50 10,36% PACAJUS 22,00% R$ 1.997,62 15,00% R$ 2.297,26 6,55% 0,00% REG. - METROPOLITANA TABELA 03 SÃO GONÇ. DO AMARANTE 40,00% R$ 2.616,00 R$ 2.616,00 39,98% 50,00% R$ 2.803,31 R$ 2.803,31 7,16% MÉDIA 18,90% R$ 2.425.62 15,94% 19,00% 8,99% FONTE: SINDICATOS DE SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO CEARÁ - ELABORAÇÃO: DIEESE - SUBSEÇÃO FETAMCE 34

Ainda referente à Educação, a planilha 04 e os gráficos 1 e 2 identificam referente dados quanto à Educação, às outras a planilha conquistas 04 e gráficos na Educação, 01 e 02 exceto identificam reajustes dados sala- quanto às Ainda outras conquistas riais. Das na informações educação, exceto mapeadas reajustes na salariais. tabela 04, Das duas informações delas (abono mapeadas salarial na tabela e a 04, duas delas implantação (abono salarial de 1/3 para e a implantação planejamento) de apresentam 1/3 para planejamento) bastante relevância apresentam como bastante relevância o desdobramento como o desdobramento da Lei da Nacional Lei Nacional do Piso do Piso do do Magistério e a lei Lei do do FUNDEB. Fundeb. Esta última regula Esta última um percentual regula um mínimo percentual de 60% mínimo da receita de total 60% do da FUNDEB receita total para do pagamentos Fundo de salários para aos profissionais pagamentos do de magistério. salários aos Uma profissionais vez que os municípios do magistério. não atingem Uma vez esse que percentual os mínimo, municípios ao final do não ano letivo, atingem o que esse falta percentual pra atingir mínimo, os 60% é ao distribuído final do ano em forma letivo, de o abono que (ou rateio) através falta pra de atingir alguns os critérios 60% é selecionados distribuído em pela forma gestão de do abono executivo (ou rateio), com a finalidade através de cumprir de os alguns procedimentos critérios legais. selecionados No entanto, pela o abono gestão é do repassado Executivo, ao professor, com a finalidade mas não o de leva a cumprir os procedimentos legais. No entanto, o abono é repassado ao professor, mas não o leva a um incentivo à carreira nem tampouco favorece a qualifi- um incentivo à carreira nem tampouco favorece a qualificação e valorização dos profissionais do Magistério. cação e valorização dos profissionais do magistério. Veja o caso Veja da regional o caso da metropolitana, Regional Metropolitana, onde a pesquisa na constatou qual a que pesquisa 61,54% constatou dos municípios que compõem que 61,54% essa regional, dos municípios terminaram que o a ano compõem de 2012 terminaram recebendo abono o ano do recebendo FUNDEB. Em contrapartida, abono 38,46% do Fundeb. dos informantes Em contrapartida, não tiveram 38,46% rateio em dos 2012. informantes Veja a Gráfico não tiveram 01 e a tabela rateio em 2012. Veja o gráfico 1 e a tabela 04. 04. Gráfico 1. Reg. Metropolitana - Rateio FUNDEB. Gráfico 1. Região Metropolitana - Rateio Fundeb A segunda informação também é um debate pertinente para os professores dos municípios cearenses. A Lei Nacional do Piso anda longe de ser cumprida em sua íntegra. Se, de uma maneira desigual, os docentes vêm lutando para implantar, implementar e consolidar a Lei do Piso, de outra maneira combinada, a redução da carga horária para fazer valer 1/3 das atividades extraclasse (a fim de melhor planejar suas ações enquanto educador social) é parte da Lei do Piso e tem sido um grande desafio. 35

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS REG. SINDICATOS SÓCIOS POR MUNICÍPIOS RATEIO - A PARTIR DO 14º SALÁRIO AQUIRAZ Sim Não houve BEBERIBE Não 1/5 do planejamento OUTRAS CONQUISTAS NA EDUCAÇÃO CASCAVEL Não Secretário escolar adequado ao Plano de Cargos Carreiras e Salários PCCRs CAUCAIA Sim Pagamento de 60% e transporte para o magistério EUSÉBIO Não Não houve GUAIÚBA Sim 1/3 de planejamento para professores HORIZONTE Sim Implantação de 1/3 do planejamento; gratificação dos profissionais das escolas de tempo integral; gratificação de desempenho escolar ITAITINGA Sim 4 dias pagos para planejamento; PCCS para secretário escolar; psicopedagogos; pedagogas e manipuladores de alimentos MARACANAÚ Não 1/5 redução de carga horária MARANGUAPE Sim Ajuda de custo no deslocamento para quem mora fora do município (R$ 40,00 por mês) REG. - METROPOLITANA TABELA 04 PACAJUS Sim Retorno dos quinquênios PACATUBA Não Não houve SÃO GONÇ. DO AMARANTE Sim Não houve FONTE: SINDICATOS DE SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO CEARÁ - ELABORAÇÃO: DIEESE - SUBSEÇÃO FETAMCE 36

Como se observa na tabela 04 e no gráfico 2, a Regional Metropolitana teve, em seu universo pesquisado, cerca de 15,38% de implantação de 1/3 para planejamento. Um percentual semelhante foi da aplicação para 1/5 de redução da carga horária; 30,77% foi o cenário apresentado pela Regional dos que tiveram nenhuma conquista na Educação. Trinta e oito ponto quarenta e seis por cento correspondem a dados não informados. Veja o gráfico 2 Gráfico 2. Reg. Metropolitana - Outras conquistas na Educação. Quanto às conquistas das demais categorias, exceto Educação, a Regional apresentou um quadro diverso de categorias, índices de reajustes e salários. Dentre as informações disponibilizadas, as que sobressaem são reajustes salariais, risco de vida (16,67%), produtividade (16,67%); insalubridade (8,33%); adicional noturno (16,67%); Plano de Cargo, Carreira e Remuneração - PCCR (8,33%) e salário mínimo para quem recebia abaixo (8,33%). Vinte e cinco por cento não tiveram nenhuma conquista, além de reajuste salarial. Ressalta-se a necessidade de ampliar as informações sobre a data-base das categorias citadas, principalmente daquelas que tem como parâmetro de reajuste salarial o INPC, a fim de mensurar os índices de ganho real para estas categorias. É pertinente salientar que a base de dados aqui informada para as demais categorias ainda se encontra de maneira incipiente para uma análise mais profunda. Ver tabela 05 abaixo. 37

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS REG. SINDICATOS SÓCIOS POR MUNICÍPIOS CONQUISTAS NAS DEMAIS CATEGORIAS (EXCETO EDUCAÇÃO) CATEGORIAS (EXC. EDUC.) PERCENTUAL REMUNERAÇÃO, JÁ CONTENDO REAJUSTE AQUIRAZ Reajuste Salarial Aux. de enfermagem 30,00% R$ 859,30 BEBERIBE Reajuste do salário mínimo em janeiro - - - CASCAVEL CAUCAIA EUSÉBIO GUAIÚBA HORIZONTE Reajuste salarial - Eletric. e bombeiro (20% base); aux. de enfermagem 6,50% Implementação do risco de vida - 20% produtividade para algumas categorias de servidores da saúde. Implementação do risco de vida de 40% para servidores do raio X. Reajuste do salário mínimo para serv. do nível fundamental e médio Reajuste salarial da guarda municipal (17,43%); aux. de enfermagem (13%); saúde - curso técnico (7%) e nível superior - saúde (7%) Insalubridade para garis e área da saúde; adicional noturno para vigilantes e motoristas, implantação do salário mínimo em janeiro para todas as categorias Reajuste salarial nível médio (14%); superior (8%); Gratificação de produtividade de R$ 150,00. Eletric, bombeiros e aux. de enfermagem 6,5% a 20% Eletric. e bombeiro (R$ 1.244,00); aux. de enfermagem (R$ 628,50) Servidores de saúde - - Guarda municipal, aux. de enfermagem, téc. em radiologia, médico Garis, área de saúde, vigilantes e motoristas. - 17,43% a 13% e 7% Guarda municipal (R$ 640,00); aux. de enfermagem (R$ 680,00); téc. radiologia (R$ 806,93); sup. saúde (R$ 2.241,52); médico (R$ 4.483,06). - - 8% e 14%, respectivamente Ass. social, contador, eng. agrônomo, médico veterinário (R$ 2.678,63); médico (R$ 4.899,26); enfermeiro, nutricionista, psicólogo, farmacêutico (R$ 2.678,63); aux. serv. gerais (R$ 630,03); agente adm. (R$ 698,52); agente de saúde pública (R$ 748,27) mais R$ 150,00 de gratificações. Agente de trânsito (R$ 801,57) REG. - METROPOLITANA TABELA 05 MARACANAÚ PCCR Todos os servidores - - MARANGUAPE Não houve - - - PACAJUS Risco de vida para vigias, gratificação para aux. e téc. de enfermagem, gratificação, risco de vida e adicional noturno para agente trânsito. Vigias, aux. e téc. de enfermagem; agente de trânsito. 40% para vigia; R$ 300 de gratificação para téc. de enfermagem; agente de trânsito 25% adicional noturno mais R$ 300,00 de gratificação Vigia (R$ 870,80); aux. e téc. (R$ 822,00); agentes de trânsito (R$ 1.750,00). PACATUBA Não houve - - - SÃO GONÇ. DO AMARANTE Não houve - - - FONTE: SINDICATOS DE SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO CEARÁ - ELABORAÇÃO: DIEESE - SUBSEÇÃO FETAMCE 38