II SEMANA DE ENGENHARIA NUCLEAR UFRJ

Documentos relacionados
SIMPOSYUM. Siting of New Nuclear Plants and Irradiated Fuel (24-28 JUNE, 2013) Panel 5: The Nuclear Industry in Latin America

Panorama Atual da Energia Nuclear no Brasil

Painel 3 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ALTERNATIVAS. Nivalde de Castro Coordenador do GESEL Instituto de Economia da UFRJ

Energia Nuclear: DESMISTIFICAÇÃO & DESENVOLVIMENTO. SENADO FEDERAL AUDIÊNCIA PÚBLICAP Brasília, 20 de outubro de 2009 SENADO FEDERAL

PONTOS CRÍTICOS DE SUCESSO E FRACASSO DOS PROJETOS PREVISTOS NO PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

A Energia Elétrica no Brasil e o Papel da Geração Termonuclear

4º CURSO SOBRE O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO PARA A MAGISTRATURA

Características do potencial hidroenergético COPPE-UFRJ

The importance of Nuclear Energy for the Brazilian Electrical System Sustainability

Energia, Desenvolvimento e Energia Nuclear

IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS SBSE 2012

Mário Menel Presidente

Ecologia, Ambiente e Engenharia Elétrica. Carlos Marcelo Pedroso

Orpet J M Peixoto Vice Presidente ABDAN Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares

Geração Elétrica. Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO WORKSHOP DE INFRAESTRUTURA ENERGIA O FUTURO DA ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL

X EDIÇÃO DA CONFERÊNCIA PCH Mercado & Meio Ambiente

As Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro

Visão Geral do Setor

FÓRUM DA MATRIZ ENERGÉTICA Tendências Dificuldades Investimentos Política para Energias Alternativas: Biomassa, Solar, Eólica, Nuclear, Gás, PCH

Energia Eólica Agosto / 2016

ITAIPU: MODELO PARA APROVEITAMENTOS HIDRELÉTRICOS DE GRANDE PORTE

ENERGIA NUCLEAR E SUSTENTABILIDADE. Einstein no Terceiro Milênio 19 de ABRIL de 2011

Painel 6 Expansão das Energias Renováveis. Amilcar Guerreiro Economia da Energia e do Meio Ambiente Diretor

João Roberto Loureiro de Mattos

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

NECESSIDADE DE RECURSOS HUMANOS NAS EMPRESAS

O Futuro da Energia Nuclear no Brasil

A Energia na Cidade do Futuro

Políticas para Energias Renováveis e Nuclear. na América Latina. O Caso Brasil. Rio de Janeiro - Brasil, 28 de Agosto de 2018

SEMINÁRIO RECURSOS ENERGÉTICOS DO BRASIL: PETRÓLEO, GÁS, URÂNIO E CARVÃO Rio de Janeiro 30 de setembro de Clube de Engenharia

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Relatório de Pesquisa Indicadores Mundiais do Setor Elétrico: Março Julho 2008

Planejamento nacional e Integração elétrica regional. Amilcar Guerreiro Diretor de Estudos de Energia Elétrica

Mudança de Paradigma do Sistema Elétrico Brasileiro e Papel das Energias Complementares

INOVAÇÕES AMBIENTAIS ENERGIA Fundação Dom Cabral 07/06/2011

Elbia Gannoum. Presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica)

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS DEZEMBRO DE 2015

A GERAÇÃO EÓLICA E OS DESAFIOS PARA A OPERAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO

Sistema Elétrico Brasileiro no Mundo

Energia nuclear. Othon Luiz Pinheiro da Silva 1. 1 Presidente da Eletrobrás Eletronuclear.

Fontes Renováveis de Energia: viabilidade da criação de um fundo especial de fomento às energias eólica e solar

Geração de Energia Elétrica

Energia Eólica Setembro 2016

APRESENTAÇÃO GERAÇÃO DISTRIBUÍDA FIESC/APESC

FÓRUM DE DEBATES DO JORNAL GGN AS HIDROELÉTRICAS DA AMAZÔNIA E O MEIO AMBIENTA

Lista de exercícios No. 4. EN Energia, meio ambiente e sociedade

Energia Eólica Agosto / 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA TEMA 4: FONTES DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE

O futuro e os limites da Energia Elétrica no Brasil

FONTES ENERGÉTICAS. Prof. Dr. Adilson Soares Site:

Energia Eólica Segurança na oferta de energia

Energia Eólica Junho / 2016

Plano Nacional de Energia 2030

O PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO E A FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

AMEAÇAS E OPORTUNIDADES PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

II Seminário da Matriz Energética O Modelo Energético Brasileiro Plano de Expansão e a Diversificação da Matriz

ENERGIA movimentando a vida

Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura

Energia Eólica. Elbia Melo. Presidente Executiva

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Apoio do BNDES ao Setor Elétrico

ENERGIAS ALTERNATIVAS

POLÍTICA ENERGÉTICA PLANO NACIONAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA

ANEXO B. DADOS MUNDIAIS DE ENERGIA

Perspectivas de la Generación Nucleoeléctrica en América Latina y Caribe

Energia Eólica Sandro Yamamoto Maio, 2016

Ministério de Minas e Energia Hidrelétricas sem Reservatórios Seremos cobrados pelas gerações futuras?

UM PANORAMA ATUAL DA MATRIZ ENERGÉTICA DO BRASIL

Amilcar Guerreiro Diretor de Estudos Econômicos e Energéticos Empresa de Pesquisa Energética - EPE

Energia Eólica Elbia Gannoum

POLÍTICA ENERGÉTICA. Mauricio T. Tolmasquim Presidente

Apoio do BNDES ao Setor de Energia Solar Agosto 2016

ABINEE TEC Matriz Energética. Plano Decenal: Tendências, Dificuldades e Investimentos Políticas para Fontes de Energia

MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

Geração Elétrica. Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen

Disciplina: Recursos Energéticos e Meio Ambiente. 2- Introdução. Professor: Sandro Donnini Mancini. Fevereiro, 2016

A Energia Nuclear no Brasil

X CONFERENCIA DE PCHS 2016

Características Centrais do SEB

V JORNADAS INTERNACIONALES DE ENERGÍA EÓLICA. Energia Eólica. Brasil x Uruguai

PERSPECTIVAS DO SETOR ELÉTRICO 2018 A 2022

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA

Sistemas de Potência e Energia

Energia Solar Integração e Desenvolvimento

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

O GRUPO CPFL ENERGIA. Grupo com mais de 100 anos de história. Maior grupo privado do setor elétrico nacional

ABINEE TEC SUL. Seminário e Mostra de Produtos Eletroeletrônicos. Valter Luiz Cardeal de Souza Eletrobrás Diretor de Engenharia.

Eficiência energética. Panorama da energia. 2 º. semestre, 2017

A BIOELETRICIDADE SUCROENERGÉTICA Situação atual e perspectivias

2 nd Coaltrans Brazil

BIOELETRICIDADE: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS. Zilmar José de Souza

Disciplina: Eletrificação Rural

SETOR DE CELULOSE E PAPEL

PUC + ENERGIA POLÍTICA PARA AS ENERGIAS RENOVÁVEIS NOVEMBRO 2012

WORKSHOP MODELAGEM CLIMÁTICA E A TERCEIRA COMUNICAÇÃO NACIONAL. Experiências de Estudos de Impactos das Mudanças de Clima nas Energias Renováveis

Seminário Inserção de Fontes Renováveis no Brasil

EXPANSÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL PDE2026

ABINEE TEC Painel - Financiamento e Perspectivas do Setor Elétrico. José Drumond Saraiva

Transcrição:

II SEMANA DE ENGENHARIA NUCLEAR UFRJ

Os motivos para a opção nuclear no mundo permanecem os mesmos de antes de Fukushima: 1) ENERGIA DE BASE (contínua e estável por longos períodos) EM GRANDE QUANTIDADE (Angra 2 ~ 1,8 milhões de HP) 2) BAIXO CUSTO DE PRODUÇÃO (inferior aos concorrentes) 3) BAIXO IMPACTO AMBIENTAL 4) NÃO EMITE GCES, ESTANDO ISENTA DE (futuras) TAXAS DE EMISSÃO DE CO2

PORQUE PRECISAMOS DE ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 Canadá 16.531 EUA 12.574 Austrália 10.170 Japão Coréia Rússia 5.665 6.359 7.413 Consumo Anual de Eletricidade por habitante África do Sul Portugal Brasil... China Índia 487 1.281 2.081 4.383 4.375 90 a Posição Inferior a Chile e Argentina Metade do consumo de Portugal kilowatts.hora / habitante / ano Fonte: Internacional Energy Annual 2005

PORQUE PRECISAMOS DE ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL IDH x Consumo per capita de eletricidade Fonte: Lighting the way, InterAcademy Council, 2007

PORQUE PRECISAMOS DE ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL HARVARD

PORQUE PRECISAMOS DE ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL IDH baixo é isto UFRJ 2011

PORQUE PRECISAMOS DE ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL

PORQUE PRECISAMOS DE ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL f INSUMOS MÃO DE OBRA ENERGIA ENERGIA: SOMOS CARENTES

PORTIFÓLIO DISPONÍVEL PARA GERAÇÃO NA BASE 1) HIDRÁULICA (potencial a ser esgotado ao longo da década de 20)!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 2) CARVÃO 3) GÁS NATURAL 4) NUCLEAR (pode vir a ser uma das fontes de sustentação de base do nosso sistema elétrico) Renováveis (eólica, solar, pch, biomassa) não são geração de base. São complementares, entretanto são descontínuas e dispersas.

Estimativas Energéticas 2050 Brasil Estimativa de potência instalada total (cenário inercial) 300.000 MWe Estimativa nuclear: 45 unidades de 1000MWe (50% hidro; 16% térmica; 10% eólica; 14% nuclear)

Criação de postos de trabalho ~225.000 postos na construção ~125.000 postos na operação Postos diretos, indiretos e induzidos DIRETOS: empregados construção/operação INDIRETOS: empregados na cadeia de suprimento INDUZIDOS: empregados na economia em geral

CRIAÇÃO DE VALOR R$ 56 bilhões na construção R$ 18 bilhões/ano na operação Se não investirmos na energia nuclear, em 2050 todo o investimento material e humano feito até agora será perdido. Perda total em postos de trabalho, valor agregado e impostos

DESAFIO Transformar a indústria nuclear nacional numa atividade econômica sustentável, criadora de valor Construir no prazo, escopo e orçamento é o desafio. Uma vez construída, operar é altamente superavitário

SALTO TECNOLÓGICO: AP-1000

FLUXO DE CAIXA NUCLEAR

ETAPAS DO EMPREENDIMENTO NUCLEAR, sob a ótica de controle de riscos empresariais 1. Existência de mercado e viabilidade econômica 2. Seleção de sítio 3. Seleção de tecnologia 4. Formação da estrutura de capital 5. Financiamento do projeto 6. Análise e mitigação de riscos de cada etapa 7. Gestão do projeto durante a construção e montagem

IMAGEM DA USINA NUMA ÁREA FORTEMENTE CANDIDATA

SALTO TECNOLÓGICO: geração III+ - simplicidade, modularidade, padronização - core catcher (retém o núcleo fundido, preservando a contenção última barreira) - passivo (não requer AC para a proteção). Utiliza leis da natureza, tais como gravidade, convecção natural, etc. Nas condições de Fukushima (black out total) a usina preservaria sua condição de segurança, evitando qualquer dano ao núcleo.

Exemplo de Salto Tecnológico SIMPLIFICAÇÃO DAS USINAS PADRONIZAÇÃO DAS USINAS MODULARIZAÇÃO DAS USINAS

SALTO TECNOLÓGICO: AP-1000

ESTRUTURA DE CAPITAL Estrutura de capital com mais de um proprietário para reduzir o risco indivial. Solução: SPE ou PPP Participação do capital privado

Projeto do Financiamento Solução distinta do CORPORATE FINANCE

CENTRAL NUCLEAR COM 6 REATORES INVESTIMENTO TOTAL R$ 42 Bilhões CAPACIDADE INSTALADA 6600 MW FATOR DE CAPACIDADE De 85% a 90% PRODUÇÃO ANUAL BRUTA 50,58 Milhões de MWh RECEITA ANUAL BRUTA (valor referência R$ 150,00 MWh) Estimada em R$ 7,2 Bilhões CUSTO TOTAL ANUAL (PRODUÇÃO + FORWARD) R$ 3,102 Bilhões MARGEM DE LUCRO R$ 4,1 Bilhões PERÍODO DE INVESTIMENTOS 17 Anos

DADOS COMPARATIVOS OPERACIONAIS CHESF Capacidade Instalada: 10.615 MW Fator de Capacidade: 53% (2009) Produção Anual Bruta: 46,40 Milhões de MWh X FURNAS Capacidade Instalada: 9.910 MW Fator de Capacidade: 63% (2008) Produção Anual Bruta: 55,60 Milhões de MWh CENTRAL COM 6 REATORES Capacidade Instalada = 6600 MW Fator de Capacidade = de 85% a 90% Produção Anual Bruta = 50,58 Milhões de MWh BELO MONTE Capacidade Instalada: 11.233 MW Fator de Capacidade: 41% (estimado) Produção Anual Bruta: 40,04 Milhões de MWh

DADOS COMPARATIVOS FINANCEIROS Receita Anual da Central R$ 7,2 bilhões Orçamento 2009 de Pernambuco R$ 16 bilhões (2x) Orçamento 2009 da Bahia R$ 21 bilhões (3x) Orçamento 2009 de Alagoas R$ 5,8 bilhões (81%) Orçamento 2009 de Sergipe R$ 5,1 bilhões (71%)

UM BENCHMARK PARA O PROJETO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO CASE: TENNESSEE VALLEY AUTHORITY (TVA) A TVA é a maior companhia de energia pública dos EUA e um exemplo de agência de desenvolvimento regional. Atingindo mais de 9 milhões de pessoas, em uma área de 80.000 milhas quadradas em 7 estados, foi responsável pelo enriquecimento da região aos níveis das regiões mais ricas dos EUA. O desenvolvimento regional foi obtido num período de 20 anos de atividades (1930 1950).

ESTE INVESTIMENTO PODE EXCEDER A CAPACIDADE DO CAPITAL DO ESTADO AS PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL PRIVADO É ESSENCIAL EMPRESAS ASSOCIADAS DA ABDAN - É uma iniciativa criadora de valor; - Mais de 50% das usinas nucleares do mundo pertencem ao capital privado; - A indústria nuclear é rentável e segura Bardella, Construtora Norberto Odebretch, Siemens, Confab Industrial, Construtora Andrade Gutierrez, Framatome ANP, Sulzer Brasil, EBE (Empresa Brasileira de Engenharia), NUCLEP (Nuclebras Equipamentos Pesados), ELETRONUCLEAR (Eletrobrás Termonuclear), Westinghouse Nuclear, ALSTOM, Concremat, Marte Engenharia, INB (Indústrias Nucleares do Brasil), Engevix Engenharia, Furnas Centrais Elétricas, Leme Engenharia, Jaraguá Equipamentos, Industriais, Iberdrola Consultoria e Serviços do Brasil, Construções e Comércio Camargo Corrêa, UTC Engenharia, MEGATRANZ ALE Heavylift & Transporte, EDF Brasil, Queiroz Galvão; As oportunidades para o capital privado excedem a construção e operação das usinas

VISÃO Esta visão não é nova (central com até 6 usinas) Outros já tiveram esta mesma visão décadas atrás, e a transformaram em realidade. De fato, 28 vezes esta visão se transformou em realidade, envolvendo mais de 100 usinas.

Japão 8206 MWe Canadá 6830Mwe Ucrânia 6000MWe Coréia 5900MWe

Coréia 5900Mwe França 5528MWe França 5706MWe França 5448MWe

Japão 4710 MWe Japão 4400MWe Canadá 4405MWe Japão 4400MWe

Rússia 4000Mwe USA 3921MWe Canadá 3636MWe França 3748MWe

França 3824MWe França 3820MWe França 3804MWe França 3748MWe

França 3742MWe Suécia 3711MWe USA 3494MWe Japão 3478MWe

Japão 3392MWe Suécia 3295 MWe Coréia 3137MWe França 3122MWe