Orientações Básicas para o Trabalho de Fiscalização da Mensageiros da Luz Baseado no texto de Alex Polari para orientação da fiscalização do Reino do Sol adaptado pelo corpo de fardados da Mensageiros da Luz em reunião realizada em 17-02-2012. Este texto descreve Normas e Preceitos que deverão reger o comportamento dos estudantes da espiritualidade congregados na Mensageiros da Luz, servindo de orientação geral. O compromisso do fardamento Antes de abordarmos o que é ser fiscal, é importante considerarmos primeiro o que é ser Fardado. O ato de decidir fardar-se se reveste de profundo significado simbólico: ele representa o compromisso de empunhar a bandeira da espiritualidade, e particularmente da Doutrina. É o gesto em que, ao colocarmos a Estrela no peito nos identificamos com componentes do batalhão da Rainha da Floresta, e com ela nos ombreamos na realização dos objetivos maiores da Doutrina, quais sejam, individualmente, o de prosseguir com o processo de limpeza, cura e graduação através do qual vamos nos tornando seres mais preparados para acessar os conteúdos do nosso Eu Superior e, assim, seguir um curso de vida mais reto em direção a nossa evolução espiritual e, coletivamente, o de construirmos um instrumento pelo qual os Mestres intervenham em nosso planeta de modo a possibilitar a contínua ascensão da raça humana em direção à Luz. A expressão material deste compromisso é a filiação à Doutrina por intermédio do centro onde se realizam os trabalhos. Institucionalmente, ser fardado é ser participante das atividades prévias de manutenção do trabalho espiritual: Reuniões, trabalhos de manutenção do espaço físico e os trabalhos espirituais (Hinários oficiais, Concentrações, Trabalhos de São Miguel e de Cura, de acordo com o calendário organizado pelo centro). Há um pré-requisito básico e evidente é o de estar com a farda em dia e o de apresentar-se com pontualidade, bem como estar atualizado com suas contribuições sociais junto ao centro. FISCALIZAÇÃO A fiscalização atende duas necessidades básicas: 1) O zelo pelo encaminhamento do ritual nos moldes em que foi concebido; 2) O atendimento aos irmãos em passagem.
O Trabalho é algo vivo Regras são como balizas indicando o caminho e procedimento a serem seguidos, porém, o trabalho tem sua própria dinâmica, o olhar atento e sem preconceitos pode nos dar agilidade e sabedoria para agirmos de acordo com cada situação que se apresenta. Os fiscais devem confiar na sua mediunidade para atender aos irmãos, de modo a cumprir a contento sua função de facilitadores. Isto significa aparelhar-se da suavidade e da sutileza, buscando evitar todo o modo intervir de forma brusca nos processos do irmão em passagem. Ouvir muito e falar pouco Isso significa falar apenas o necessário, seja para dar uma informação importante ou um esclarecimento quando solicitado. Sempre cuidando para não entrar na armadilha das palavras, que acabam por não auxiliar em nada e sobrecarregam o irmão em atendimento. A hora para explicações é outra, não durante o trabalho. Para suavizar a negatividade são mais valiosas as emanações de confiança, carinho e amorosidade que podem ser transmitidas em silêncio. Evitar tocar nos irmãos em processo, salvo se solicitado ou quando seja evidente a necessidade de assistência corporal. Evitar expressões como não pode preferindo sempre seria bom ou seria melhor para você. Fora da corrente A função do fiscal é orientar e aconselhar sobre a volta ao salão, mas nunca forçar. Lembrando que a recomendação dos antigos e que não se permaneça por mais de três hinos fora do salão. Rebeldia e resistência Existem de fato as situações em que o irmão está ali, descumprindo as orientações gerais do Trabalho não por dificuldades maiores ou desconhecimento, mas sim por rebeldias e resistências do ego. Ainda assim é melhor que permaneça a suavidade é até mesmo a tolerância, é preferível a não ação. Um eventual endurecimento é mais prejudicial ao trabalho. Isto não significa absolutamente uma situação de passividade. O fiscal deverá registrar o fato, assim como qualquer comportamento que venha a ser prejudicial à harmonia e bom andamento do trabalho, no livro de ocorrências, de acordo com os parâmetros de atuação da casa, para que mais tarde o fato possa ser discutido em reunião com dirigente, fiscais e demais envolvidos. Evitar roupas pretas e vermelhas assim como cores escuras, lembrando que as cores de nossa bandeira são: verde, azul e branco. Observa-se, na maioria das igrejas uma preferência pelo branco para as partes acima da cintura. Recomenda-se também o não uso de roupas transparentes, cavadas, curtas assim como adereços alheios à farda. Ao passar tais informações o fiscal deve evitar a atitude beata e antipática, apenas
informar antes dos trabalhos, principalmente aos novatos, mas quando necessário, também lembrar os fardados. Posicionamento O fiscal deve buscar se posicionar de frente para o comando para facilitar a comunicação. São normas básicas: Só o fiscal pode acender velas no terreiro e sempre as dos pontos, combinados na reunião do dia 17-02. Quando sair para fazer a ronda, alimentar a fogueira, ou atender a um irmão fora do salão, o fiscal deve solicitar a um fardado de sua confiança que ocupe seu posto até seu retorno. O fiscal deve avisar o próximo na troca de seu turno. Para os Hinários foram designados casais que organizarão a equipe de fiscais do trabalho (ver calendário). Sugere-se que sejam feitos turnos de 30 a 40 Hinos por casal. Qualquer fardado presente deve estar apto para atender quando for solicitado para um turno de fiscalização. Irregularidades devem ser registradas no livro de ocorrências, dependendo da gravidade da ocorrência o comandante deve ser avisado imediatamente. Alas Nosso salão é sextavado constituído de três alas masculinas e três femininas. Uma ala é um conjunto de fileiras que irradia do centro do salão onde está a Estrela, que é nossa mesa central, até suas extremidades, e indica o posicionamento dos participantes tanto em trabalho bailado como em trabalho sentado. Inicia-se com três participantes na primeira fileira, e vai se ampliando consecutivamente para cinco, sete, onze. A depender da quantidade de fardados no trabalho. Em trabalhos com poucas pessoas prioriza-se que se feche a roda formada nas primeiras fileiras com fardados. No caso de faltar fardados, o não fardado mais antigo poderá ocupar lugar na mesa. Pessoas que pertenceriam a outras alas poderão ocupar lugares diferentes de forma que os presentes estejam distribuídos de forma equilibrada pelas alas. As três alas masculinas e femininas são assim distribuídas : Ala do comando, dos mais velhos, dos da casa. Ali posicionamos também expoentes da Doutrina, comandos de outras casas. Ala dos visitantes, composta por estes ou aqueles de faixa etária intermediária. Ala dos Moços composta por aqueles que não vivem relacionamento conjugal.
Critérios de composição das alas As alas devem ser organizadas pelos critérios de: Farda: Os Fardados devem ficar nas fileiras mais à frente, e puxando a fileira à direita. Altura: Os mais altos ficam à direita e nas fileiras de trás, no sentido crescente de frente para trás. Firmeza: Aqueles que comprovadamente cantam e mantém suas posições devem ter prioridade à frente sobre os outros. Fiscalização e abertura dos Trabalhos A Fiscalização se inicia com a Abertura do Trabalho, mas compreende a preparação da fogueira, a arrumação da Estrela, da preparação da defumação, que deve ser feita antes de todos os despachos ou quando o comandante solicitar e da vistoria prévia para a manutenção do salão, como as velas da mesa, os papéis higiênico sempre à vista, água na mesa e nos pontos de água, flores e incenso na mesa ( o incenso usado deve ser o padrão usado e escolhido pela casa, na falta do padrão, não usar incenso ). Firmando os Pontos na Abertura do Trabalho A Abertura dos Trabalhos é realizada por um casal de Fardados, que se dirige aos locais apropriados para firmar os pontos, quais sejam: o Cruzeiro, o Ponto de São Miguel e o Ponto da Porteira. O Cruzeiro é o emblema que expressa em seu maior grau nossa convicção do retorno do Cristo e representa a Doutrina de nosso chefe maior, Jesus Cristo, reconhecido na condição de divindade pelos espíritos encarnados e desencarnados. Por isso mesmo é um Ponto de luz onde se aproximam as almas necessitadas de ajuda durante os trabalhos. O Ponto de São Miguel é o do zelador e guardião do terreiro, dentro do espaço sagrado e durante o tempo dos rituais. Ponto da Porteira responde pela proteção externa, impedindo aqueles que por ventura possam desejar perturbar os Trabalhos de realizarem seu intento. (O Padrinho Sebastião confiou esse ponto ao Tranca Rua). Acende-se uma vela em cada ponto enquanto se rezam os três Pai Nossos e Aves Maria de forma intercalada. Recomenda-se concentração com um pedido interior junto aos espíritos de luz para efetuarmos essa jornada com seu amparo para a boa execução do Trabalho. Os Fiscais devem cuidar durante o trabalho em manter as velas dos pontos acesas. Posturas recomendadas aos participantes dos Trabalhos
Avisar aos fiscais ao sair se estão bem e aonde vão para não sobrecarregar a fiscalização procurando posteriormente. Passados três hinos, (lembrando que a recomendação dos antigos é não permanecer mais de três hinos fora), a fileira deve ser recomposta, com os participantes à esquerda do ausente preenchendo a vaga, ou da forma que parecer coerente ao fiscal. Para a primeira fileira a substituição deve ser mais rápida. Aquele que fica à direita puxando a fileira é responsável pelo alinhamento da mesma. A entrada e saída da fileira devem ser pela frente e a direita, ou da forma mais coerente para não perturbar ou assustar os irmãos concentrados. Deve-se esperar o final do hino para sair e entrar na corrente. Exceto em caso de limpeza imediata. Homens e mulheres devem restringir a sua movimentação às suas respectivas alas, não devendo circular em alas que lhe são alheias. Braços e pernas descruzados, assim como a coluna reta são posturas recomendados para a boa fluência da energia na corrente. Cantar e bailar é nosso trabalho, no entanto todos os participantes devem se esforçar para se manter no salão e realizá-lo. Não é recomendado o uso de substâncias diferentes ao Daime durante os Trabalhos. Todo o fardado deve portar seus hinários. Tratar com educação seus irmãos, assim como evitar intrigas e falações evitando a desarmonia e melhorando a qualidade do trabalho. Obedecer ao comando e a fiscalização deixando qualquer mal entendido para depois do trabalho. Zelar pelo silêncio durante as concentrações. Parâmetros para filiados e visitantes Deve-se buscar a pontualidade nos trabalhos, para tanto chegando ao local com antecedência necessária para que se cumpra seu fardamento, para que se passe na secretaria e pelo livro de presenças.