Romeu Luiz Bogoni. Disciplinas Técnicas



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Transcrição:

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO FICHA PARA CATÁLOGO Título: Utilização de uma fonte de recursos hídricos, através da educação ambiental, utilizando como modelo poços tubular profundo no alto curso do Ribeirão Surucuá, no município de Paranavaí (PR). Autor: Romeu Luiz Bogoni Escola de Atuação: Colégio Estadual Marins Alves de Camargo - EFMT Município da escola: Paranavaí Núcleo Regional da Educação: Paranavaí Orientador: Profª Drª Vanda Maria Silva Kramer Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Paraná Campus de Paranavaí. Disciplina/Área : Disciplinas Técnicas Produção Didático-pedagógica: Unidade Didática Relação Interdisciplinar: Não Público Alvo: Alunos Localização: Rua bahia, s/n. centro Apresentação: Palavras-chave: A Bacia do Ribeirão Surucuá em seu alto curso tem uma extensão de 2.000 m, a maioria das propriedades ao redor é abastecida com água potável fornecida pela Companhia Paranaense de Águas do Paraná SANEPAR, mas em função do custo, é inviável utilizá-la em atividade agrícola ou comercial. Nesse contexto essa Unidade didática se justifica por propor aos alunos do curso Técnico de Meio Ambiente do Colégio Marins Alves de Camargo, alternativas para construção de poços tubulares profundos de pequena vazão. O objetivo geral é educar cidadãos para que possam agir em seu meio ambiente de forma efetiva, viabilizando ações educativas e articulando o conjunto de saberes, atitudes e sensibilidades ambientais, destacando a política pública no que se refere à utilização dos Recursos Hídricos do Município. Mais especificamente, pretende-se orientar 10 alunos dos primeiro, segundo e terceiro ano do Curso citado para que sejam multiplicadores e venham auxiliar os moradores da região do Ribeirão, para regularizarem seus poços de acordo com a legislação vigente. Para tanto será ofertado aos envolvidos um mini curso sobre a construção de poço e orientações básicas sobre como preencher formulários e documentos que legalizam o uso dos mesmos. Na ação final elaborar-se-á com os alunos uma cartilha educativa do passo a passo da perfuração de um poço tubular profundo. Educação Ambiental;Recursos hídricos; Ribeirão Surucua

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA UNIDADE DIDÁTICA UTILIZAÇÃO DE UMA FONTE DE RECURSOS HÍDRICOS, ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, UTILIZANDO COMO MODELO POÇOS TUBULARES PROFUNDOS NO ALTO CURSO DO RIBEIRÃO, SURUCUÁ NO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ (PR). Área: Disciplinas Técnicas Professor PDE: Romeu Luiz Bogoni IES: -UNESPAR-Campus de Paranavaí Orientadora: Profª Drª Vanda Maria Silva Kramer Paranavaí 2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMDENTO EDUCACIONAL - PDE ROMEU LUIZ BOGONI UTILIZAÇÃO DE UMA FONTE DE RECURSOS HÍDRICOS, ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, UTILIZANDO COMO MODELO POÇOS TUBULARES PROFUNDOS NO ALTO CURSO DO RIBEIRÃO, SURUCUÁ NO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ (PR). Material Didático Pedagógico no formato de Unidade Didática, apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, sob orientação da Professora Doutora Vanda Maria Silva Kramer. Paranavaí 2011

1- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 1.1. Professor PDE: Romeu Luiz Bogoni 1.2.Área PDE: Disciplinas Técnicas 1.3. NRE: Paranavaí 1.4. Professora Orientadora IES: Profª Drª Vanda Maria Silva Kramer 1.5. IES vinculada: UNESPAR-CAMPUS PARANAVAI 1.6. Escola de Implementação: Colégio Estadual Marins Alves de Camargo - EFMT 1.7. Público objeto de intervenção: Alunos do Curso Técnico de Meio Ambiente 2 TEMA DE ESTUDO: Políticas Públicas Municipais e a Educação Ambiental no que se refere à utilização dos recursos hídricos em Paranavaí. 3 TÍTULO: Utilização de uma fonte de recursos hídricos, através da educação ambiental, utilizando como modelo poços tubular profundo no alto curso do Ribeirão Surucuá, no município de Paranavaí (PR). 4 JUSTIFICATIVA: A água é uma substância essencial à vida. A distribuição de água doce no planeta é desigual, pois depende das relações entre a evaporação e a precipitação, e a capacidade da reserva de água na superfície (lagos e rios) e nas águas subterrâneas. Já a disponibilidade de água está sempre relacionada com o número de habitantes e formas de utilização de uma determinada região. A Bacia do Ribeirão Surucuá em seu alto curso tem uma extensão de 2.000 metros, a maioria das propriedades ao redor é abastecida com água potável fornecida pela Companhia Paranaense de Águas do Paraná SANEPAR, mas em função do custo, é inviável utilizá-la em atividade agrícola ou comercial. Apesar da existência de um manancial de águas superficiais com boa vazão, são impróprias para o consumo, até mesmo para os animais, em função de contaminação. Portanto, seria muito importante a utilização de poço artesiano para

abastecer os moradores dessa região. Nesse contexto esse projeto se justifica por propor aos alunos do curso Técnico de Meio Ambiente do Colégio Marins Alves de Camargo, buscar alternativas para construção de poços tubulares profundos de pequena vazão. O tema é de grande relevância para o colégio e alunos, pois abordará as Políticas Públicas Municipais no que se refere ao Meio Ambiente e a Utilização de Recursos Hídricos Municipais, unindo assim a teoria estudada em sala de aula com a prática. Dessa forma, os alunos poderão intervir nas políticas públicas, interagindo com o município, avaliando os processos e os resultados dessas políticas. Através dessas condutas estarão exercendo seus direitos de cidadão, responsáveis pelo desenvolvimento sustentável do município. Pois somente a educação gera o progresso.

APRESENTAÇÃO É papel da escola ajudar os alunos a construírem uma consciência global das questões relativas ao meio em que vivem, para que possam assumir uma postura ativa em relação à melhoria da qualidade de vida no ambiente em que estão inseridos. Diante disso, conhecer os problemas ambientais e sociais causados pela urbanização sem planejamento, torna-se relevante. O objetivo dessa Unidade Didática é educar cidadãos para que possam agir em seu meio ambiente de forma efetiva, viabilizando ações educativas e articulando o conjunto de saberes, atitudes e sensibilidades ambientais, destacando a política pública no que se refere à utilização dos Recursos Hídricos do Município. A Bacia do Ribeirão Suruquá, foco desse estudo, tem seu alto curso uma extensão de 2.000 metros, a maioria das propriedades ao redor é abastecida com água potável fornecida pela Companhia Paranaense de Águas do Paraná SANEPAR, mas em função do custo, é inviável utilizá-la em atividade agrícola ou comercial. Cabe lembrar, que a maioria dos moradores da região do Ribeirão Suruquá não tem conhecimento da Legislação Ambiental sobre os recursos hídricos, e os poços existentes nas propriedades estão sem outorga de utilização ambiental. A educação ambiental é vista como um elemento indispensável para se conseguir criar e aplicar estratégias sustentáveis para a solução dos problemas acima citados, e o objetivo será orientar os alunos para que possam auxiliar esses moradores a encontrarem uma alternativa viável e econômica. Dessa forma, esse material orientará alunos dos primeiro, segundo e terceiro ano do Curso Técnico em Meio Ambiente para que se tornem multiplicadores e venham auxiliar os moradores da região do alto curso do Ribeirão Suruquá, para regularizarem seus poços de acordo com a legislação vigente; Pretende ainda, constituir-se como um instrumento de pesquisa à professores da rede estadual de educação do Estado do Paraná que também preocupam-se com os recursos hídricos de seu Município.

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA UNIDADE DIDÁTICA INFORMAÇÕES AO LEITOR Essa Unidade Didática aborda um problema ambiental existente no Município de Paranavaí-Pr, dessa forma, a primeira ação a ser desenvolvida será a caracterização do Município, para que você Caro Leitor seja inserido em nossa realidade. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ O município de Paranavaí foi criado com o desmembramento de Mandaquari, pela Lei Estadual nº 790 de 14 de dezembro de 1951, seu nome foi veio da junção de dois topônimos indígenas: Paraná (Grande Rio) e Ivaí (Rio de água suja e barrenta). Hoje a cidade é centro de um município de 1.202,4 km² de área, onde vivem de acordo com o censo de 2010, 81.595 mil habitantes, dando uma densidade demográfica de 67,88 h/km². Faz parte do Município de Paranavaí os seguintes distritos: Sumaré, Graciosa, Deputado José Afonso (conhecido como Quatro Marcos), Piracema e Mandiocaba. Cristo Rei também era um distrito de Paranavaí, mas o exôdo rural provocou a saída do cartório de registro civil (condição para ser considerado distrito) e hoje é um povoado. Faz divisa os municípios de Amaporã, Guairaçá e Terra Rica a oeste, Santo Antonio do Caiuá, São João do Caiuá e Alto Paraná a leste, Tamboara, Nova Aliança do Ivai, Amaporã e Mirador a sul. Paranavaí está localizado geograficamente na região noroeste do estado do Paraná com uma área de 1.140km². Possui pequenos cursos d'áqua e grandes rios. O maior é o Paranapanema, que separa o Município do Estado de São Paulo.

Fonte: www.ibge.gov.br O Município está inserido na dinâmica de duas grandes bacias do Noroeste do Estado, as bacias do Rio Paranapanema e Ivaí, a sede urbana de Paranavaí,localiza-se entre as nascentes dos Ribeirões Paranavaí e Surucuá, afluentes do Rio Ivaí. Fonte: www.institutodasaguas.pr.gov.br

A captação de água para o abastecimento do Município se faz através do Riubeirão Araras, tributário do Ribeirão Paranavaí, bem como por meio de alguna poços particulares, ocasionalmente a captação é feita no Ribeirão Floresta também afluente do Ribeirão Paranavaí. O município é banhado por vários cursos de água, como córregos e Ribeirões. Cita-se abaixo: Córregos: Angatuba, Vinte e Oito, Bicudo, São Francisco, Santa Mônica, Piuva, Barreiro, Ouro Verde, Prata, Alegria, São Pedro, Índio, Água Jeanina e Xaxim. Ribeirões: Coroa do Frade, Caiuá, Jacaré, Araras, Vinte e Dois, Floresta e Suruquá. Bacia do Ribeirão Surucuá, foco desse estudo, tem seu alto curso uma extensão de 2.000 metros. Fonte: Erni Lindenberg

Na ilustração abaixo, área de Pesquisa na Microbacia do Ribeirão Surucuá, em propriedade com acesso ao manancial de recursos hídricos superficiais, com as nascentes aflorando próximo à Polícia Rodoviária Federal e Parque de Exposição Arthur da Costa e Silva, na margem da Rodovia Federal 376. Fonte: Erni Lindenberg SUGESTÃO DE LEITURA Cartilha Nascentes protegidas e recuperadas, elaborada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos-SEMA, disponível no endereço eletrônico:http://www.meioambiente.pr.gov. br/modules/conteudo/conteudo.php? Fonte: O autor conteudo=140

1ª ATIVIDADE ENTREVISTA PARA COLETA DE DADOS Os entrevistados serão 25 moradores da área de estudo. 1. Quantas pessoas adultas moram na casa? 2. Quantas crianças/adolescentes moram na casa? 3. A água utilizada para o abastecimento doméstico vem de onde? 4. A água utilizada para o abastecimento pecuário e agrícola vem de onde? 5. Há na propriedade um poço artesiano? Onde fica? 6. Quem perfurou o poço? A perfuração foi autorizada pelos orgãos legais? 7. Você sabe onde se dirigir e quais documentos preencher para legalizar o seu poço? INFORMAÇÃO AO LEITOR Desde os primórdios da civilização as águas subterrâneas são utilizadas pelo homem através de poços rasos escavados. Foi atribuído aos chineses o início da atividade de perfuração. Em 5.000 anos antes do tempo atual, eles já perfuravam poços com centenas de metros de profundidade. O termo "poço artesiano" data do século XII, ano de 1126, quando foi perfurado na cidade de Artois, na França, o primeiro poço desse tipo. Segundo Tundisi (2004), quando a própria pressão natural da água é capaz de levá-la até à superfície, temos um poço artesiano. Quando a água não jorra, sendo necessária a instalação de aparelhos para a captação, tem-se um poço semi-artesiano. Esses poços são tubulares e profundos. Existe também o poço caipira, que obtém água dos lençóis freáticos - rios subterrâneos originados em profundidades pequenas. Devido ao fato de serem rasos, os poços caipiras estão mais sujeitos às contaminações por água da chuva e até mesmo por infiltrações de esgoto. No Brasil, observou-se nas últimas décadas um aumento da utilização da água subterrânea para o abastecimento público.

2ª ATIVIDADE REGISTRO FOTOGRÁFICO Procedimento: Os alunos serão orientados a fotografar com autorização do proprietário, os poços da propriedade. Essas fotografias serão tiradas no mesmo dia da entrevista. O objetivo é identificar os poços existentes e proceder o mapeamento. Exemplo de imagens que espera-se obter dos alunos. SUGESTÃO DE LEITURA Fonte: Ademir de Sousa Para aprofundar o conhecimento, fazer a leitura do texto Aproveitamento para Consumo no Abastecimento Rural e Urbano.O texto faz parte livro Preservação e Recuperação das Nascentes (de água e de vida). Disponível para baixar no endereço eletrônico:http://www.agrofloresta.net/200 9/06/preservacao-e-recuperacao-denascentes-de-agua-e-de-vida/

3ª ATIVIDADE Vídeos: Proteção das Nascentes e Córregos Cultivando Água Boa Na Tv Multimídia será exibido a Reportagem proteção das Nascentes e Córregos, realizada pela RPC TV, com duração de 2 minutos e 07 segundos. O vídeo está disponível no endereço eletrônico http://www.cultivandoaguaboa.com.br/video/reportagem-rpctv-protecao-dasnascentes-e-corregos. Na sequência será exibido o Vídeo Cultivando Água Boa, com duração de aproximadamente 19 minutos. O vídeo está disponível no endereço http://www.cultivandoaguaboa.com.br/video/video-cultivando-agua-boa Questionamentos sobre os vídeos: Qual o tema central dos vídeos? Que ideia defende e o que se quer demonstrar? O que te chamou a atenção nas exibições? eletrônico:

INFORMAÇÃO AO LEITOR Vale destacar que grande parte das cidades brasileiras com população inferior a 5.000 habitantes, com exceção do semiárido nordestino e das regiões formadas por rochas cristalinas, têm capacidade de ser atendidas pelas reservas subterrâneas. Tanto em nível mundial como nacional, o aumento crescente da utilização das reservas hídricas subterrâneas se deve ao fato que, geralmente, elas apresentam excelente qualidade e um custo menor, afinal dispensam obras caras de captação, adução e tratamento. Águas subterrâneas correspondem às águas que infiltram no subsolo, preenchendo os espaços formados entre os grânulos minerais e fissuras das rochas. Essas águas tendem a migrar continuamente, abastecendo nascentes, leitos de rios, lagos e oceanos. O potencial hídrico subterrâneo é inegavelmente maior do que o potencial dos rios e lagos (águas superficiais). No entanto, a perfuração de poços para captação de águas situadas em lençóis, com variada profundidade, ainda não está economicamente viável a muitos usuários que necessitam de águas com uma qualidade potável adequada (CARTILHA DO PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS, 2004). 4ª ATIVIDADE AÇÃO COMUNITÁRIA Palestra com um agente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos SEMA, para os alunos e moradores do Ribeirão Surucuá, promovendo uma ação comunitária sobre as vantagens do poço artesiano. Oportunizando aos ouvintes um tira dúvidas, com um profissional capacitado, sobre a utilização de qualquer fonte de água conforme orienta as Leis: Federal Estadual.

DICAS IMPORTANTES As águas subterrâneas captadas através da tubulação de poços tubulares profundos, tem que ter um projeto técnico, feito por um profissional habilitado. Lei nº 7663/91, o empreendimento destinado à eventual extração de água subterrânea dependerá da licença de execução da obra junto ao órgão responsável pela água e energia elétrica do Estado. Caso o poço construído não seja utilizado, deverá ser providenciado o tamponamento. Na utilização imediata do poço é obrigatória a obtenção da outorga de direito de uso da água. Os responsáveis por poços irregulares ou clandestinos, quando descobertos, são obrigados a pagar uma multa que pode chegar a R$12 mil. De acordo com o Instituto das Águas do Paraná, se uma pessoa quiser fazer uso das águas de um rio, lago ou mesmo de águas subterrâneas, terá que solicitar uma autorização, concessão ou licença (outorga) ao Poder Público

5ª ATIVIDADE GLOSSÁRIO Pesquisar no laboratório de informática em quelquer site de busca, os seguintes conceitos: Água subterrânea Mata Ciliar Artesianismo Poço Freático Vazão Outorga SUDERHSA Poço Tubular Profundo Poço Semi artesiano Manômetro Manancial Aquífero Nascente Microbacia Esses conceitos serão organizados na formam de um glossário.

INFORMAÇÃO AO LEITOR A construção de um poço deve ser executada obedecendo às normas da ABNT. O projeto aprovado pelo órgão regulador deverá ser executado por empresa com registro no CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, acompanhado por um técnico capacitado. É de extrema importância que o usuário acompanhe a execução da obra de acordo com o projeto aprovado, para conhecimento dos testes de vazão e profundidade do poço tubular profundo. Um poço artesiano é assim denominado quando as águas fluem naturalmente do solo, num aquifero confinado, sem a necessidade de bombeamento. Geralmente a sua profundidade é maior que a de um poço convencional, e em geral suas águas são mais puras e com mais sais minerais. Em sua utilização normal para uso residencial, as águas são captadas através de canos. Poço artesiano é aquele perfurado em aquíferos artesianos ou confinados, podendo ser jorrante ou não. De acordo com Tourrucoô (2004) poço tubular ou poço profundo é um poço circular de diâmetro reduzido, perfurado com equipamento especializado formando uma estrutura hidráulica que, bem projetada e construída, permite a extração econômica de água de camadas profundas do subsolo constituídas por um ou mais aquíferos. De um modo geral, é revestido internamente com tubos denominados geomecânicos, a fim de evitar a entrada de água indesejável e não permitir o desmoronamento de camadas instáveis de terreno que foram atravessados, e de tubos com filtros por onde aflui a água. Internamente com tubos denominados geomecânicos, a fim de evitar a entrada de água indesejável e não permitir o desmoronamento de camadas instáveis de terreno que foram atravessados, e de tubos com filtros por onde flui a água. Poço tubular profundo cuja pressão da água não é suficiente para a sua subida à superfície, necessitando instalação de equipamento no interior do poço para efetuar o bombeamento da água, é chamado de semiartesiano.

6ª ATIVIDADE Minicurso Em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Paranavaí, será ofertado aos alunos participantes do projeto, um minicurso sobre a construção de poços artesianos, com enfoque em poço tubular profundo. O objetivo é prepará-los para que repassem aos moradores do Ribeirão Surucuá. No minicurso receberão informações sobre: Normas para cavar o poço; Dimensionamento do projeto de poço tubular profundo; Onde Instalar o poço; O que determina a profundidade de um poço; Métodos de perfuração; Manutenção do poço. Fonte: Scielo.br

7ª ATIVIDADE LEGALIZAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS Conforme a Lei Federal nº 9433/89 e Lei Estadual 12743/89, todos os usuários de recursos hídricos no Paraná devem solicitar autorização para a utilização da água. Nessa atividade, os alunos conhecerão os formulários necessários e como preenchê-los, para na sequência, auxiliarem os moradores do Ribeirão Surucuá, regulamentarem seus poços.

ATIVIDADE FINAL CARTILHA EDUCATIVA Enfim, depois do levantamento de todos os dados e informações será elaborado pelos alunos uma cartilha educativa do passo a passo da perfuração de um poço artesiano. Essa cartilha será entregue aos moradores do Ribeirão Surucuá e ficará disponível na Biblioteca do Colégio Marins Alves de Camargo, como fonte de pesquisa aos novos alunos que ingressarem no Curso Técnico de Meio Ambiente. A Cartilha será elaborada de acordo com a ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. AVALIAÇÃO A avaliação será feita em todos os momentos das atividades propostas, sendo considerado a participação e o envolvimento dos alunos nos debates e na realização das atividades solicitadas. Dessa forma, o processo avaliativo ocorrerá a partir da participação e produção dos alunos.

REFERÊNCIAS AB SABER, A. N. (Re) conceituando Educação Ambiental. RJ: CNPq, MAST, 1991. DIAS, G. F. Educação Ambiental Princípios e Práticas, São Paulo. Global, 1998. Disponível em: http://www.cenedcursos.com.br/educacao-ambiental-e-coletaseletiva-do-lixo.html. Acesso em janeiro de 2011. ABÍLIO, Francisco José Pegado. Ética, Cidadania e Educação Ambiental. In: Andrade, Maristela Oliveira Meio Ambiente e Desenvolvimento: bases para uma formação interdisciplinar. João Pessoa PB: Editora Universitária da UFPB, 2008. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004:2004. Recursos Hídricos. Rio de Janeiro: 2004. BEZERRA, M.L. Desenvolvimento Urbano Sustentável. 2002. Disponível em: http://www.fundaj.gov.br. Acesso em dezembro de 2010. BRASIL. Lei nº 9795/99, Dispõe sobre a educação ambiental no Brasil. CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental e formação de sujeito ecológico, São Paulo: Ed. Cortez, 2008. CALHEIROS,Rinaldo de Oliveiara, TABAI, Fernando César Vitti, BOSQUILIA, Sebastão Vainer, CALAMARI,Márcia. Preservação e Recuperação das Nascentes, (de água e de vida). 5ª ed. -2.008 CLEARY, Robert W. Águas Subterrâneas. São Paulo, 1989. GADOTTI, R. F. Avaliação da contaminação das águas superficiais e subterrâneas adjacente com o lixo da cidade de São Carlos. Dissertação de mestrado. USP. São Paulo: 1997. GUIMARÃES, M. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas: Papirus, 1995. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2006. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/br/home/presidência/notícia. Acesso em dezembro de 2010. MEIRELLES, H.L. Direito Municipal Brasileiro. 8ª ed. São Paulo: Malheiros, 1996; PIRACICABA, Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Preservação e Recuperação das Nascentes (de água e de vida), 1ª ed.piracicaba SP, Brasil -junho/2.004 SOUSA, N. J. Desenvolvimento econômico. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009. CLEARY, Robert W. Águas Subterrâneas. São Paulo, 1989 TUNDISI, Jose Galizia, TUNDISI,Takako Matsumura. A Água. 2ª ed. 2.009. Ministério do Meio Ambiente - MMA, Programa de Águas Subterrâneas. Águas Subterrâneas. Brasília DF 2001.