Módulo: Insuficiência Coronária - Diagnóstico e Tratamento



Documentos relacionados
2000 Nacional Heart Attack Alert Program: diretrizes para protocolos e programas de UDTs

Sugestões para o rol. Núcleo Amil de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Suzana Alves da Silva Maria Elisa Cabanelas Pazos

INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS

PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II

Marco Aurélio Nerosky Hospital Cardiológico. Costantini

TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA CARDIOVASCULAR. Renato Sanchez Antonio Santa Casa RP

Avaliação da dor torácica no serviço de urgência. Carina Arantes Interna de formação específica de cardiologia

Atualização de Angina Instável e IAM sem supra ST AHA/ACC Guideline

Teste ergométrico: e teorema de Bayes

Objetivo da participação:

ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO DAS DOENÇAS CORONÁRIA E CAROTÍDEA CONCOMITANTE

CARACTERÍSTICAS DO ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM DOR PRECORDIAL NO PRONTO ATENDIMENTO DE UM HOSPITAL GERAL

Avaliação cardiológica na triagem da doença coronariana em pacientes assintomáticos

XXII CONGRESSO NACIONAL DO DEPARTAMENTO DE ERGOMETRIA, EXERCÍCIO, REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR, CARDIOLOGIA NUCLEAR E CARDIOLOGIA DO ESPORTE.

SEGUIMENTO DO DOENTE CORONÁRIO APÓS A ALTA HOSPITALAR. Uma viagem a quatro mãos

Dissecção Aguda da Aorta

Abordagem da Dor Torácica Aguda. Jeová Cordeiro de Morais Júnior

Conduta no Paciente Pós-Infarto com ou sem Angina

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL

TEP - Evolução. Após episódio de TEP agudo, em 85 a 90% dos casos ocorre. trombólise espontânea ou farmacológica e recanalização do vaso

Curso de Revisão para Enfermagem em Intervenção Cardiovascular 2012

CONTROVÉRSIAS EM CORONARIOPATIA AGUDA:

ASSUNTO. Associação entre Protocolo Manchester de Classificação de Risco e. Protocolo de Dor Torácica GRUPO BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

MARCADORES CARDÍACOS

Stents farmacológicos e diabetes

CASO CLÍNICO DAC III. HOSPITAL VERA CRUZ CAMPINAS SP

Imagem da Semana: Radiografia de tórax

AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA CARDIOVASCULAR NO PÓS- OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

Boletim Científico. Preditores de disfunção ventricular esquerda, após plastia mitral: efeitos da fibrilação atrial e hipertensão pulmonar.

PROTOCOLO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ Capítulo JCI Responsável pela elaboração Número do documento Data da 1ª versão

TES TE T S E ER GOMÉTRIC GOMÉTRIC (Te ( ste de esforço ç )

Interpretação de um Teste sob a Visão Epidemiológica. Eficiência de um Teste

A PROVA DE ESFORÇO É INDISPENSÁVEL NO ALGORITMO DIAGNÓSTICO DE ISQUEMIA Luís Martins Brízida Assistente Hospitalar Graduado de Cardiologia Serviço de

30 de Abril 5ª feira Algoritmo de investigação: TVP e Embolia Pulmonar. Scores de Wells

Custo-efetividade do stent farmacológico: A busca da adequação para ampliação da sua utilização. Denizar Vianna

EHJ: doi: /eurheartj/ehq277

Comparação da força da musculatura respiratória em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) com os esperados para a idade e sexo

a. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS DE AVALIAÇÃO Objetivos do tratamento pré-hospitalar da síndrome coronariana aguda

DOR TORÁCICA: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO Marques, C.P.¹, Rubio, L.F.², Oliveira, M.S.³, Leit e, F.M.N. 4, Machado, R.C.

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Dr Achilles Gustavo da Silva

EFEITO DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA REGULAR NO RISCO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO PERFIL LIPÍDICO.

AULA 11: CRISE HIPERTENSIVA

XV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen.

Na comemoração anual do Dia Mundial da Criança cumpre recordar que o bem estar das crianças se realiza, ou não, no seio das famílias e que as

Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9

A Prática Cardiológica no Cenário da Alta Complexidade

16/04/2015 CÂNCER DE PULMÃO. Rastreamento do Câncer de Pulmão: Solução ou Complicação?

RASTREAMENTO (Screening)

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DA PARAÍBA RISCO CIRÚRGICO. 9/7/2003 Dr. José Mário Espínola - AMPB 1

arcadores laboratoriais nas síndromes coronarianas agudas: lbumina modificada pela isquemia (IMA

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

8º SIMPÓSIO DE CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA PARA O CLÍNICO

Tratamento do Aneurisma da Aorta Abdominal por Cateter. anos, principalmente nos últimos cinqüenta anos. Uma doença antes não tratável, hoje

O papel da intervenção coronária percutânea no tratamento da angina estável e isquemia silenciosa

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores.

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

X FÓRUM PRESENÇA ANAMT 2011 SEMINÁRIO ANAMT/ABMT 2011 Rio de Janeiro, 12 a 14 de novembro de 2011

Implicações Prognósticas da Cintilografia Miocárdica Perfusional na Avaliação da Doença Arterial Coronariana

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

Abordagem intervencionista na síndrome coronária aguda sem supra do segmento ST. Roberto Botelho M.D. PhD.

RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Raniê Ralph Pneumo. 18 de Setembro de Professora Ana Casati. Trombo-embolismo pulmonar (TEP)

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 115. Recomendação Final


XVII Jornada Brasileira de Enfermagem em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST

Ressonância Magnética Cardíaca & Angiotomografia Cardíaca

Disfunção erétil Resumo de diretriz NHG M87 (julho 2008)

Administração dos riscos cardiovasculares Resumo de diretriz NHG M84 (segunda revisão, janeiro 2012)

Cardiologia Hemodinâmica

TEMAS LIVRES PÔSTERS APROVADOS DO XII CONGRESSO SERGIPANO DE CARDIOLOGIA. Observação:

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE - EAD INSTITUTO DE AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE

Paulo Henrique dos Santos Corrêa. Tecnólogo em Radiologia

CURSO NACIONAL DE RECICLAGEM EM CARDIOLOGIA DA REGIÃO SUL ANGINA ESTÁVEL ABDOL HAKIM ASSEF

Doença arterial periférica Resumo de diretriz NHG M13 (segunda revisão, fevereiro 2014)

Justificativa Depende dos exames escolhidos. Residência Médica Seleção 2014 Prova Clínica Médica Expectativa de Respostas. Caso Clínico 1 (2 pontos)

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA

Lendo artigos científicos em fisioterapia (adaptado de "Pedro Searching Data Base - Tutorial - Reading Clinical Trials in Physiotherapy)

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Roberto Esmeraldo R3 CCP

COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA Posicionamento Oficial Exercício para Pacientes com Doença Arterial Coronariana

69º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA Setembro - BRASÍLIA - DF. O que o Cardiologista Não Deve Fazer ou Recomendar

SABADOR. Apresentadora: Renée Sarmento de Oliveira Membro da equipe de Cardiologia/Coronária HBD. Professora de Clínica Médica da UNIRIO

Ateroembolismo renal

Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial- 2º ano Módulo nº5- Semiologia Psíquica Portefólio de Psicopatologia Ana Carrilho- 11ºB

30/07/2013. Rudolf Krawczenko Feitoza de Oliveira Grupo de Circulação Pulmonar / UNIFESP - EPM. PIOPED (n=117) ICOPER (n=2.210)

RASTREAMENTO EM CÂNCER CRITÉRIOS EPIDEMIOLÓGICOS E IMPLICAÇÕES

Apresentamos a ClinicalKEY da Elsevier. A pesquisa mais inteligente e as respostas mais rápidas para as suas questões médicas.

Doenças Desencadeadas ou Agravadas pela Obesidade

CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE

Dengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica

Uso do Dímero D na Exclusão Diagnóstica de Trombose Venosa Profunda e de Tromboembolismo Pulmonar

Imagem da Semana: Tomografia computadorizada, exame de líquor e EEG

Prof. Orientador :Antonio Henrique Semençato Junior Centro de Reabilitação Dom Bosco RESUMO

Sociedade Brasileira de Cardiologia I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência

SIMPÓSIO DE ELETROCARDIOGRAMA

Transcrição:

Módulo: Insuficiência Coronária - Diagnóstico e Tratamento Aula 1: Dor Torácica na Sala de Emergência: Estratificação de Risco Dr. Marco Aurélio Nerosky HCC

Caso Clínico 51 anos. Feminino. 7 meses após IAM anterior e ATC de DA. Dor torácica atípica recente. Circulation 2007;115;1762-1768

Caso Clínico Exame físico inocente. ECG inespecífico e marcadores normais. Após Rota sem alterações:teste Ergométrico inconclusivo. Circulation 2007;115;1762-1768

AngioTC: Stent DA pérvio. Circulation 2007;115;1762-1768

AngioTC: Nova lesão não calcificada severa 1/3 médio da CD. Circulation 2007;115;1762-1768

CAT: Stent DA pérvio Circulation 2007;115;1762-1768

CAT: Lesão crítica 1/3 médio da CD. Circulation 2007;115;1762-1768

Usefulness of 64-Slice Cardiac Computed Tomographic Angiography for Diagnosing Acute Coronary Syndromes and Predicting Clinical Outcome in Emergency Department Patients With Chest Pain of Uncertain Origin Circulation 2007;115;1762-1768

Dor Torácica na Sala de Emergência: Estratificação de Risco Marco Aurélio Nerosky Estagiário - HCC

Introdução 5 a 8 milhões de casos de dor torácica atendidos por ano nos EUA. 5 a 10% de todos os atendimentos emergenciais. De metade a 2/3 dos pacientes com dor torácica internados acabam não confirmando uma causa cardíaca para os seus sintomas.

Introdução Muitos emergencistas internam a maioria dos pacientes, já que: 15 a 30% na verdade tem IAM ou angina instável. Somente metade apresenta alterações clássicas de ST no ECG de chegada. Menos da metade dos IAM sem supra de ST apresentam elevação da CK-MB na admissão.

Introdução Por outro lado: 2 a 3% dos pacientes que realmente estão sofrendo IAM são liberados da sala de emergência, e essa taxa chega a 11% em alguns hospitais. Neste grupo, taxa de óbito: 35%. 40 mil indivíduos com IAM não reconhecido por ano nos EUA. Ann Emerg Med 2000; 35: 449-61. N Engl J Med 2000; 342: 1163-70.

Unidades de Dor Torácica Criadas nos anos 60, tornaram-se o local ideal para investigar e tratar os pacientes com IAM. Excelentes resultados e bom custoefetividade. Com o passar do tempo, resultado satisfatório desencadeou um excesso de internações desnecessárias. Mais da metade dos pacientes internados nas unidades coronarianas não tinham, na verdade, síndrome coronariana aguda. Circulation 1994; 89: 872-81.

Unidades de Dor Torácica Leitos de alta complexidade e alto custo passaram a ser ocupados também por pacientes de baixa probabilidade de doença e baixo risco, resultando em aumento de demanda desses leitos, saturação das unidades coronarianas e utilização subótima dos recursos.

Unidades de Dor Torácica Estudos: possibilidade de promover alta qualidade assistencial ao menor custo se utilizadas estratégias que acelerem o processo assistencial e que tenham alta acurácia, reduzindo o tempo de permanência e taxa de internação desnecessários. J Am Coll Cardiol 1994; 24:1249-59. Am J Cardiol 1997; 80: 563-8. JAMA 1997; 278:1670-6. Ann Intern Med 1998; 129: 845-55. N Engl J Med 1998; 339:1882-8.

Arq Bras Cardiol 2002; 79: 196-202.

Diagnóstico SCA representa cerca de 20% das causas de dor torácica nas salas de emergência e possui alta morbi-mortalidade. A abordagem inicial dos pacientes deve ser feita para confirmar ou afastar este diagnóstico. National Heart Attack Alert Program Working Group. Ann Emerg Med 1997; 29: 13-87.

Diagnósticos Diferenciais SCA D. Osteomusculares Síndromes Radiculares TEP PVM Dissecção Aguda da Aorta Pericardite Síndromes esofagianas Somatizações / T. Ansiedade / Distúrbios psicogênicos.

I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II ). Dor Torácica na Sala de Emergência

Anamnese e Exame Físico A característica anginosa da dor torácica tem sido identificada como o dado com maior poder preditivo de doença coronariana aguda. N Engl J Med 1979; 301:230-5. N Engl J Med 1979; 300: 1350. Ann Emerg Med 1997; 29: 166-8. Arq Bras Cardiol 2000; 74: 13-21.

Anamnese e Exame Físico História patológica pregressa» 80% dos pacientes têm história prévia de doença coronária. Infarto do miocárdio Angina prévia Revascularização miocárdica Doença vascular extra-cardíaca

Anamnese e Exame Físico Exame físico no contexto diagnóstico da SCA não é expressivo. Achados podem aumentar sua probabilidade: presença de 4ª bulha, sopro de artérias carótidas, diminuição de pulsos em MMII, aneurisma abdominal e seqüelas de AVC. Papel no diagnóstico das doenças nãocoronarianas causadoras de dor torácica, (PVM, pericardite,tep, etc.).

Anamnese e Exame Físico Dor torácica na SCA: Dor, desconforto, queimação ou opressão na região precordial ou retroesternal. Irradiação para ombro e/ou MSE, MSD, pescoço ou mandíbula. Náuseas, vômitos, ou dispnéia. Intermitente (AI), ou sustentada (IAM). Queixa atípica como mal estar, indigestão, fraqueza ou apenas sudorese, sem dor. Pacientes idosos e mulheres freqüentemente manifestam dispnéia como queixa principal no IAM, podendo não ter dor ou mesmo não valorizá-la o suficiente.

ECG Papel fundamental na avaliação de pacientes com dor torácica (DT). Baixo custo e ampla disponibilidade. Maioria dos pacientes que se apresenta com DT: ECG normal. ECG de admissão: Sensibilidade (IAM) de 45% a 60% quando se utiliza o supra de ST como critério. I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência. Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II )

Sensibilidade: ECG para 70%-90% se utilizadas alterações de infradesnível de ST e/ou alterações isquêmicas de onda T. para até 95% quando se realizam ECGs seriados com intervalos de 3-4h nas primeiras 12h pós-chegada ao hospital I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência. Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II )

ECG A especificidade do ECG de admissão para ausência de IAM varia de 80 a 95%. VPP para IAM está ao redor de 75-85% quando se utiliza o supradesnível do segmento de ST como critério diagnóstico. VPN é de cerca de 85-95% I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência. Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II )

ECG Em todo paciente com dor torácica na sala de emergência. (Grau de Recomendação I, Nível de Evidência B e D) Novo ECG em no máximo 3h após o 1º em suspeita de SCA ou qualquer outra doença cardiovascular aguda. (Grau de Recomendação I,Nível de Evidência B e D) Pela baixa sensibilidade do ECG: necessidade de testes simultâneos (marcadores de necrose miocárdica, eco e testes de estresse). (Grau de Recomendação I, Nível de Evidência B e D) I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência. Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II )

Marcadores de Necrose Miocárdica Marcadores de necrose miocárdica: todos com suspeita de SCA, obtidos na admissão e repetidos, pelo menos, uma vez nas próximas 6 a 9h. (Grau de RecomendaçãoI, Nível de Evidência B e D). Pacientes com DT e baixa probabilidade podem ter o seu período de investigação dos marcadores reduzido a 3h (Grau de Recomendação IIa, Nível de Evidência B). I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência. Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II )

Marcadores de Necrose Miocárdica CK-MB massa e/ou troponinas: marcadores de escolha para o diagnóstico definitivo de necrose miocárdica nesses pacientes. (Grau de Recomendação I, Nível de Evidência B e D) Dor torácica e supra de ST: coleta de marcadores é desnecessária para fins de tomada de decisão terapêutica. (Grau de Recomendação I, Nível de Evidência B) I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência. Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II )

I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II ). AHCPR: Agency of Health Care Policy Research

Outros Métodos Diagnósticos e Prognósticos I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência: Teste Ergométrico. Cintilografia Miocárdica. Ecocardiograma. Circulation: Angiotomografia Coronariana (?).

Teste Ergométrico Exclusão de doença coronariana. Nos pacientes com IAM e AI de alto risco já afastados: Sensibilidade e especificidade do teste positivo ou inconclusivo para eventos cardíacos está em torno de 75%. Identificação de subgrupo com pior prognóstico. Além disso, nesse grupo: VPN em torno de 98%. Am J Cardiol 2000;86: 289-92.

Teste Ergométrico Baixo custo e ampla disponibilidade. Taxa relativamente alta de falso-positivos. Lindsay J Jr, Bonnet YD, Pinnow EE. Routine stress testing for triage of patients with chest pain: Is it worth the candle? Ann Emerg Med 1998; 32: 600-03.

Cintilografia Miocárdica Em pacientes com dor torácica e ECG não-diagnóstico: Sensibilidade entre 90 e 100% para IAM Especificidade entre 65% e 80% para IAM Valor preditivo negativo > 98%

Cintilografia Miocárdica Pacientes com média ou baixa probabilidade de IAM. Críticas: Indisponibilidade do método nas salas de emergência. Demora na realização após um episódio de dor torácica.

I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II ). Dor Torácica na Sala de Emergência

I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência Arq Bras Cardiol 2002; 79(supl II ). Dor Torácica na Sala de Emergência

Ecocardiograma Para o diagnóstico de IAM: Sensibilidade entre 70 a 95%. Elevada taxa de falso-positivos VPP baixo. VPN de 85 a 95%

Ecocardiograma de Estresse Com dobutamina, no diagnóstico de DAC ou isquemia miocárdica: Sensibilidade : em torno de 90%, Especificidade entre 80 a 90% VPN de 98%

Ecocardiograma O eco de estresse ou a cintilografia de estresse poderão ser realizado em pacientes nos quais o teste ergométrico foi inconclusivo ou quando não se pôde realizá-lo (incapacidade motora, distúrbios da condução no ECG, etc) (Grau de Recomendação I, Nível de Evidência B e D)

Coronary Multidetector Computed Tomography in the Assessment of Patients with Acute Chest Pain From the Cardiac PET CT Program and Department of Radiology, Department of Emergency Medicine, and Cardiology Division, Massachusetts General Hospital and Harvard Medical School, and Harvard School of Public Health. Circulation 2006;114;2251-2260

Estudo prospectivo cego. 103 pacientes com dor torácica aguda sem alterações ao ECG e Marcadores de Lesão Miocárdica iniciais inalterados. Angiotomografia coronariana de 64 detectores antes da admissão e dados avaliados de acordo com a presença de placa aterosclerótica e/ou estenose arterial significativa. Circulation 2006;114;2251-2260

Objetivo primário: Determinar o padrão Angiotomográfico de DAC nos pacientes com e sem SCA. Objetivos secundários: Comparar os padrões Angiotomográficos com os diferentes níveis de risco de SCA e avaliar se as informações da placa fornecidas pela AngioTC acrescentariam algum valor aos fatores de risco convencionais e avaliação clínica. Circulation 2006;114;2251-2260

Circulation 2006;114;2251-2260

Circulation 2006;114;2251-2260

Circulation 2006;114;2251-2260

Foram avaliados: Obstrução luminal de 50% (correspondente a 70% de estenose à angiografia convencional invasiva). Qualquer placa aterosclerótica em 17 segmentos coronarianos. Circulation 2006;114;2251-2260

Circulation 2006;114;2251-2260 Dor Torácica na Sala de Emergência

Ausência de estenose ou placa: excluiu corretamente SCA em 100% dos pacientes (VPN 100%). Dificuldades com Stents prévios ou cirurgias prévias. Circulation 2006;114;2251-2260

52 anos. Feminino. DM, HAS, DLP. 30 Minutos de Dor Retroesternal. Projeção Axial do TCE e DA: Placa calcificada em DA e não calcificada no TCE. Circulation 2006;114;2251-2260

39 anos. Masculino. Dor torácica episódica 2 semanas antes da admissão. Circulation 2006;114;2251-2260 Placa parcialmente calcificada (seta preta), causando estenose crítica no 1/3 médio da Cx, antes do segundo ramo marginal.

Circulation 2006;114;2251-2260

Usefulness of 64-Slice Cardiac Computed Tomographic Angiography for Diagnosing Acute Coronary Syndromes and Predicting Clinical Outcome in Emergency Department Patients With Chest Pain of Uncertain Origin Circulation 2007;115;1762-1768

Consecutive patients presenting to the ER with possible ischemic chest pain were considered for study inclusion. Patients with intermediate risk and without clinically definite symptoms. Patients with high-risk features or clear evidence of an ACS were hospitalized and treated directly, whereas those with low risk were discharged from the ED. Circulation 2007;115;1762-1768

Eligible patients underwent a treadmill exercise test (modified Naughton protocol) during initial diagnostic triage before referral for MDCT. This was requested and performed in 26 (45%) of the 58 patients in the study sample. In all 26, exercise test was nondiagnostic or suspected to be inaccurate in relation to clinical features. Patients with a conclusively positive or negative treadmill test were hospitalized or discharged and not included in the MDCT study. Circulation 2007;115;1762-1768

Excluded: patients with contraindication to intravenous contrast agents or elevated serum creatinine, atrial fibrillation, frequent ventricular ectopy or a heart rate 90 bpm after initial ED evaluation were excluded. Circulation 2007;115;1762-1768

Circulation 2007;115;1762-1768

CT showed: normal coronary vessels (no or trivial atheroma) in 15 patients. nonobstructive plaque in 20 (MDCTnegative patients). Obstructive coronary disease (50% luminal narrowing) in 23 (MDCT-positive group). Circulation 2007;115;1762-1768

Results: Further investigation: Acute coronary syndrome was diagnosed in 20 of the 23 MDCT-positive patients. 15-month follow-up period: No deaths or myocardial infarctions in the 35 patients discharged from the ED after initial triage and MDCT findings. One patient underwent late percutaneous coronary intervention. Circulation 2007;115;1762-1768

Results: Sensitivity 100% [20/20]. Specificity 92% [35/38]. Positive predictive value 87% [20/23]. Negative predictive value 100% [35/35]. Circulation 2007;115;1762-1768

MDCT has the potential to change clinical practice with respect to ER triage in patients with chest pain of uncertain origin. The direct anatomic information provided by MDCT scanning may have a major impact on ED decision making, especially in patients in whom other tests are equivocal. Circulation 2007;115;1762-1768

54 anos. Masculino. Obeso. Suspeita de SCA. TE não diagnóstico. AngioTC: Coronárias normais. Circulation 2007;115;1762-1768