FUNDAÇÃO DE ESTUDOS SOCIAIS DO PARANÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO PARANÁ CURSO DE BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SAMBA



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Transcrição:

FUNDAÇÃO DE ESTUDOS SOCIAIS DO PARANÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO PARANÁ CURSO DE BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SAMBA CURITIBA 2005

ALEXANDRE DIEGO SETNER JOSÉ ALTAIR RIBEIRO JUNIOR SAMBA Trabalho realizado a disciplina de Redes de Sistemas de Informações FESP. professor : Airton Kuada CURITIBA 2006

SUMÁRIO RESUMO... 3 SAMBA... 5 BREVE HISTÓRIA DO SAMBA... 5 O QUE O SERVIDOR SAMBA FAZ... 7 INSTALANDO O SAMBA... 7 SAMBA E WINDOWS... 9 Quais as limitações do samba na integração com Windows NT?... 9 E quanto ao Windows 2000?... 9 Exemplo de como usar o SMB... 11 VARIÁVEIS INTERNAS DO SAMBA... 12 ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DO SAMBA... 14 EXEMPLOS DE CONFIGURAÇÃO DO SERVIDOR SAMBA... 14 Grupo de trabalho com acesso publico... 14 Grupo de trabalho com acesso por usuário... 14 COMPARTILHAMENTO DE IMPRESSÃO NO SERVIDOR SAMBA... 15 Configurando Linux como servidor de impressão Windows... 15 CONCLUSÃO... 18 BIBLIOGRAFIA... 19 2

RESUMO Dentro do novo contexto empresarial criado pela globalização, a tecnologia de informação fornece grandes inovações e atualizações para o mercado. O Samba,tecnologia que surgiu para o maior rendimento de servidores Unix com a possibilidade de maior interligação com a tecnologia Windows.Sua história, instalação, configuração, aplicação, são processos que tornam esta ferramenta tão importante no cenário da informação. 3

SAMBA INTRODUÇÃO Em uma rede é necessário compartilhar dados, por isso temos que pensar em obter o máximo em qualidade do Sistema/Aplicação que será o responsável por esta tarefa. O SAMBA é um conjunto de ferramentas capaz de interligar redes heterogêneas permitindo que máquinas Linux e Windows se comuniquem entre si, compartilhando serviços (arquivos, diretório, impressão) através do protocolo SMB (Server Massage Block)/ CIFS (Common Internet File System), equivalente à implementação Net-BEUI no Windows. Com o SAMBA, é possível construir domínios completos, fazer controle de acesso no nível de usuário, compartilhamento, montar um servidor WINS, servidor de domínio, impressão, etc. Na maioria dos casos, o controle de acesso e exibição de diretório no samba é mais minuciosos e personalizáveis que no próprio Windows. 4

SAMBA Em uma rede é necessário compartilhar dados, por isso temos que pensar em obter o máximo em qualidade do Sistema/Aplicação que será o responsável por esta tarefa. Com o SAMBA é possível compartilhar diretórios, impressoras, acessar arquivos na rede exatamente como em redes Microsoft. Mas neste caso, seu servidor é um Linux rodando uma aplicação específica. O Windows NT e o 2000 (assim como o NetWare 5 e outros presentes no mercado) são reconhecidos mundialmente por sua segurança e escalabilidade, mas o SAMBA possui muitas vantagens que podem se transformar em soluções e economia para sua empresa. Confira: Permite compatibilidade com estações Windows (de WfW a 2000) e servidores WinNT 4.0 e 2000. Entre servidores e estações linux (com Interface Gráfica por exemplo) a compatibilidade é total. O SAMBA é 100% configurável, com a grande vantagem de centralizar esta configuração em um único arquivo, o smb.conf. Sem dúvida é muito interessante ter a possibilidade de restaurar toda a configuração que disponibiliza seu Servidor de Arquivos (inclusive as permissões de acesso) através do backup de apenas 1 arquivo, em casos de desastre. Porém isso não quer dizer que não seja necessário o backup de outros arquivos de configuração... :) O Samba é um "software servidor" para Linux (e outros sistemas baseados em Unix) que permite o gerenciamento e compartilhamento de recursos em redes formadas por computadores com o Windows. Assim, é possível usar o Linux como servidor de arquivos, servidor de impressão, entre outros, como se a rede utilizasse servidores Windows (NT, 2000, XP, Server 2003). Este artigo faz uma abordagem introdutória ao Samba, mostrando suas principais características e um pouco de sua história. BREVE HISTÓRIA DO SAMBA O criador do Samba chama-se Andrew Tridgell, e é natural da Austrália. Quando escreveu o Samba, Andrew era ainda um estudante de ciência da computação na Universidade Nacional Australiana em Camberra. O Samba nasceu a partir de um problema que Andrew tinha, o de integrar um servidor Unix com um PC rodando DOS. Esta integração na verdade não era o problema, visto que ele possuía uma versão do NFS (Network File System) que permitia que o PC acessasse os arquivos do seu servidor Unix. O problema é que uma de suas aplicações exigia a interface NetBIOS. E daí, graças a este pequeno problema doméstico, o mundo inteiro e centenas de empresas podem hoje se beneficiar de um software de altíssima qualidade que chega mesmo a suplantar em performance e recursos os seus equivalentes da plataforma Microsoft. Escrever o Samba não foi tarefa das mais fáceis. À época as especificações do protocolo SMB (Server Message Block), utilizado pela Microsoft para realizar o compartilhamento de recursos entre seus computadores não era aberta. Andrew teve que realizar a engenharia reversa do protocolo utilizando um software de análise de rede (Packet Sniffer). Uma vez decifrado o modo de operação do protocolo SMB, Andrew fez a implementação do protocolo em seu computador Unix. Desta forma o seu computador Unix 5

aparecia na rede NetBIOS como um servidor de arquivos. Os sistemas de arquivos do servidor Unix podiam então ser montados e acessados por aplicações NetBIOS. Andrew publicou seu trabalho em 1992 e continuou trabalhando no código por mais algum tempo após o qual o projeto foi abandonado. Dois anos mais tarde Andrew precisou conectar seu sistema Linux com o computador Windows de sua esposa. Na falta de uma opção melhor, utilizou o seu próprio código.para sua surpresa, tudo funcionou perfeitamente. Nestes dois anos, mais uma surpresa agradável. A Microsoft tornou pública a especificação do protocolo SMB e da arquitetura NetBIOS. Com esta informação nas mãos ele retomou seu trabalho. Desde então a adesão ao Samba cresceu vertiginosamente. Existem hoje vários colaboradores e o projeto deixou de ser a iniciativa isolada de apenas uma pessoa. Sempre que uma nova versão é anunciada milhares de cópias são descarregadas das dezenas de sites Web que copiam o original localizado em http://www.samba.org. Além disto, existem já empresas que incluem o Samba na distribuição de seus sistemas Unix comerciais. O exemplo mais notável desta tendência é a empresa Silicon Graphics, que distribui uma versão adaptada do Samba. Mas a real medida do sucesso que o Samba tem feito no mercado é a sua menção nos famosos memorandos internos da Microsoft denominados Halloween Documents. Estes documentos internos da Microsoft vazaram para a comunidade que desenvolve software de fonte aberto na Internet. Nestes documentos são listados produtos de código aberto que podem vir a ameaçar o império da Microsoft. Entre eles encontra-se, é claro, o Samba. De seu início modesto como um projeto pessoal, o Samba conta hoje com uma equipe de cerca de 18 desenvolvedores espalhados por todo o mundo. Além dos usuários fiéis de universidades, que sempre procuram primeiramente os softwares de código aberto para resolver seus problemas, o Samba conta em sua lista de usuários pesos pesados da indústria como Xerox, Bank of America, Hewlett- Packard, Motorola, Saab, Ericsson, Siemens, o Exército Americano e muitos outros. No site do Samba existe um item chamado Survey, onde mais de 1500 usuários se registraram e emitiram suas opiniões sobre o software. Mas de onde vem o nome Samba? O nome Samba foi adotado visto que o nome original para seu software já ser uma marca registrada de outro produto. Andrew consultou então seu verificador ortográfico e procurou palavras que contivessem as letras SMB. A palavra Samba era uma delas. Desta forma tivemos, de forma indireta, uma contribuição para a disseminação de um produto muito brasileiro, o carnaval e o samba. 6

O QUE O SERVIDOR SAMBA FAZ Com o servidor Samba, é possível compartilhar arquivos, compartilhar impressoras e controlar o acesso a determinados recursos de rede com igual ou maior eficiência que servidores baseados em sistemas operacionais da Microsoft. Mas, neste caso, o sistema operacional utilizado é o Linux. O Samba é compatível com praticamente qualquer versão do Windows, como NT 4.0, 9x, Me, 2000, XP e Server 2003, além de máquinas com o Linux, é claro. Todo trabalho feito pelo Samba é provido de grande segurança, uma vez que há grande rigor nos controles dos recursos oferecidos. Tanto é que existem empresas que usam o Samba como solução para conflitos existentes entre diferentes versões do Windows. Como não poderia deixar de ser, o Samba também permite que sua configuração seja feita por meio de computadores remotos. Para os casos mais críticos, o administrador da rede pode até ser notificado de anormalidades por e-mail (para isso é necessário usar um script específico que busca informações nos arquivos de log e cria um arquivo que pode ser enviado via e-mail). INSTALANDO O SAMBA O Samba é um software livre que está disponível sob a licença GNU (GNU's not Unix). Muitas distribuições Linux já o incluem, mas caso queira instalá-lo, é possível baixá-lo de seu site oficial - www.samba.org. Neste, é possível notar que há pacotes específicos para as distribuições mais famosas, como Fedora, Mandriva, SuSE, Debian, entre outros. Isso significa que a instalação depende do tipo de pacote utilizado (tar.gz, RPM, deb, entre outros). Assim, como exemplo, os usuários do Debian devem usar o seguinte comando: apt-get install samba smbclient smbfs Se o pacote do Samba estiver no formato tar.gz basta digitar (depois de baixado): # tar -zxvf samba-a.b.c.tar.gz (onde a, b e c correspondem ao número da versão) Em seguida, basta entrar no diretório source e digitar:./configure --prefix=/usr/local/samba Por fim, digite: # make # make install O arquivo smb.conf Um fato que agrada muitos usuários do Samba é que sua configuração é feita em um único arquivo: o smb.conf. Esse arquivo geralmente fica localizado no diretório de instalação do Samba. 7

O arquivo smb.conf é estruturado da seguinte maneira: os parâmetros de configuração são agrupados em seções. Cada seção é identificada por um nome entre colchetes, por exemplo, [global]. A seguir, segue a descrição de três exemplos de seções pré-definidas no Samba: {global] - como o nome indica, contém configurações que afetam todo o Samba. Por exemplo,nome do servidor; [homes] - contém as configurações do diretório home para cada usuário; [printers] - contém as configurações que controlam impressoras compartilhadas. Abaixo segue um exemplo de um arquivo smb.conf com uma configuração bastante simples, pois serve apenas para explicar a estrutura do arquivo. Seus parâmetros são explicados em seguida. A numeração no início das linhas não é usada no arquivo e foi inserida pelo InfoWester apenas para facilitar a localização dos parâmetros: 1 [global] 2 # nome do servidor de arquivos 3 netbios name = infowester 4 # nome do grupo de trabalho ou do domínio 5 workgroup = iw 6 server string = Servidor Samba 7 security = user 8 [rede] 9 # diretório compartilhado 10 path = /iw/artigos 11 public = yes 12 browseable = yes 13 writable = no Explicando: - As linhas 1 e 8 contêm os nomes das seções; - As linhas 2, 4 e 9 são comentários. Você pode inserir o texto que quiser nelas e o Samba irá ignorá-las. Os comentários são usados para documentar funcionalidades ou fazer observações. Esse recurso também pode ser inserido no final de qualquer outra linha, bastando inserir o símbolo # antes do comentário; - A linha 3 - netbios name - contém o nome NetBIOS do servidor Samba; - A linha 5 - workgroup - recebe o nome do grupo de trabalho ou do domínio no qual o servidor Samba faz parte; - A linha 6 - server string - é uma identificação que o servidor Samba envia aos demais computadores da rede; - A linha 7 - security - contém o nível de acesso e pode receber vários "sub-parâmetros". Neste caso, user indica que para acessar o servidor é necessário que usuário faça uso de uma conta no Linux que, por sua vez, também deve ser usada no Windows; - A linha 10 - path - indica qual o diretório compartilhado, se for esse o caso; - A linha 11 - public - permite o acesso ao diretório sem a necessidade de senha (se preenchido com "yes"); 8

- A linha 12 - browseable - informa se o diretório é visível ou não. Se não for, mesmo assim é possível acessá-lo; - A linha 13 - writable - se tiver o termo "no", indica que o usuário apenas pode ler o conteúdo do diretório compartilhado, mas não pode alterá-lo. SAMBA E WINDOWS Quais as limitações do samba na integração com Windows NT? A grande limitação do samba é não poder FILIAR-SE, como SERVIDOR, a um DOMÍNIO, pois tal faculdade depende do protocolo SAM, cujo modus operandi não é divulgado pela Microsoft. Especificamente, o samba não pode: Ser BDC de um domínio NT, pois para ser BDC o samba teria de ter acesso ao SAM do PDC; Possuir BDCs. Ser um servidor agregado, cujos recursos e permissões são gerenciados de forma centralizada no PDC (vide: O que são domínios?). Ser um servidor de backup do WINS. ter servidores de backup do WINS. Por outro lado, o samba PODE, entre outras coisas: Ser um PDC, seja de clientes Windows 9x ou NT. Ser um servidor WINS, desde que não tenha de interagir com outros servidores WINS. Dar suporte a logons ao domínio (9x/NT). Dar suporte a roaming profiles (9x/NT). Autenticar a senha de um usuário junto a outro servidor samba ou NT, seja ou não um PDC. E quanto ao Windows 2000? O samba interage corretamente com o Windows 2000, desde que este último esteja configurado em MODO DE COMPATIBILIDADE COM NT 4. Nativamente, o Windows 2000 utiliza Kerberos e LDAP, e o samba ainda não oferece interoperabilidade com Windows nesses protocolos. Quando o samba pretende melhorar o suporte a domínios? A próxima grande revisão do samba, cognominada TNG (que corresponderá à versão 2.1.0 ou 3.0.0) deve trazer suporte mais ou menos completo ao DCE/RPC, e com isso traz de roldão uma melhor integração com domínios NT. 9

Não obstante, a versão estável do samba (2.0.x) tem incorporado algum suporte a domínios a cada revisão, portanto é possível que algumas limitações citadas caiam bem antes do lançamento da versão TNG. O que significam essas siglas: NetBIOS, SMB, CIFS, DCE/RPC, SAM, PDC, BDC? NetBIOS: Um protocolo desenvolvido nos anos 80 para suporte a integração de diversos computadores, numa rede não-hierárquica. Suas principais características são: Simplicidade de implementação; Não precisa de servidor dedicado; Acesso aos diversos nós por nomes ao invés de endereços numéricos; Resolução de nomes para endereços de rede através de técnicas de broadcast; Suporte muito fraco a inter-redes (*). (*) inter-redes: diversas redes locais, agregadas por roteadores. Note que muitas das características que tornam esse protocolo simples acabam sendo limitantes na hora de implementá-lo em uma planta de grandes proporções. Para isso é que existem as extensões :) NetBEUI: Protocolo de transporte do NetBIOS. Nada mais é que um pacote NetBIOS puro dentro de um pacote de rede em modo broadcast. O NetBEUI, por ser tão simples, não é roteável, ou seja, não pode ser facilmente usado em inter-redes. Esse protocolo de transporte caiu em desuso, em favor do TCP/IP, que é roteável. SMB: Novo nome dado ao protocolo NetBIOS, já bastante estendido. O SMB é inversamente compatível com computadores NetBIOS, e esforça-se bastante para manter essa compatibilidade. CIFS: Novo nome dado ao protocolo SMB que foi novamente estendido pela Microsoft. NMB: Subconjunto do protocolo SMB/CIFS que dedica-se a traduzir nomes de máquinas para endereços IP. WINS: protocolo de resolução de nomes para endereços IP. É a mais importante extensão ao protocolo SMB, pois permite uma operação "limpa" em ambiente de inter-redes. (Vide: O que é um servidor WINS?) DCE/RPC: Tipo de RPC (Remote Procedure Call), implementado pela Microsoft, utilizado em praticamente tudo que se refira a administração de domínio, inclusive gerenciamento remoto do servidor. É transportado por um "pipe" do SMB. Portanto, não é exatamente uma extensão do SMB, e sim um protocolo empilhado sobre ele. De qualquer forma, pelo uso massivo do DCE/RPC em domínios NT, torna-se mandatório implementar esse protocolo em conjunção ao SMB. 10

SAM: Banco de dados + protocolo de gerenciamento de domínios. O banco de dados armazena as mais diversas informações sobre um domínio, a maioria delas geralmente relacionada com permissões de usuários. Esse banco de dados é mantido pelo PDC e pelos BDCs. O protocolo é uma classe de RPC, portanto é "empilhado" sobre o DCE/RPC. PDC: Primary domain controller - controlador primário de domínio. O banco de dados SAM mantido por este computador é o "que vale" para todo o domínio. Os BDCs consultam periodicamente este computador para obter dele o SAM e/ou as últimas alterações. BDC: Backup domain controller - controlador reserva. Como já foi dito, o BDC duplica o SAM do PDC periodicamente. O BDC tem duas funções numa rede: Tomar provisoria ou definitivamente o lugar do PDC caso este último falhe (o BDC tomar automaticamente o lugar do PDC, porém a promoção definitiva para PDC tem de ser manual) Atender a usuários de uma rede local que esteja "distante" do PDC. Exemplo: uma filial ligada à matriz Exemplo de como usar o SMB Adicionar o usuário em /etc/smbpasswd, com smbadduser <usuário UNIX>:<usuário NetBIOS>. Exemplos: [root@localhost]# smbadduser epx:elvisp [root@localhost]# smbadduser joao:joao Note que aqui você tem uma oportunidade de cadastrar usuários cujo nome NetBIOS seja diferente do nome UNIX. Cadastrar a senha encriptada do usuário, com smbpasswd. Esse utilitário funciona de forma semelhante ao passwd, mas preencherá apenas as senhas encriptadas em /etc/smbpasswd. Se você tem vários usuários NetBIOS que devem ser mapeados como um único usuário UNIX, você deve editar o arquivo /etc/smbusers. Esse arquivo tem diversas linhas no formato <usuário UNIX> = <usuário NetBIOS> <usuário NetBIOS>... Exemplos: 11

root = administrator epx = elvis elvisp epx Crie a relação entre usuários UNIX e NetBIOS no mesmo padrão. Depois, certifique-se de que o arquivo /etc/smb.conf esteja com a seguinte diretiva implementada e descomentada: username map = /etc/smbusers AFAIK também será necessário reiniciar o servidor samba após fazer esta última alteração (a maioria das alterações em /etc/smb.conf é assumida pelo servidor sem necessidade de reiniciá-lo.): [root@localhost]# /etc/rc.d/init.d/smb restart Como administrar as permissões dos usuários usando grupos? Eu gostaria de administrar as permissões dos usuários usando grupos UNIX, e tenho usuários que estão em diversos grupos. Porém, quando um usuário cria um novo arquivo via servidor samba, o grupo desse arquivo é sempre o grupo primário do usuário. Como fazer com que os arquivos criados sejam possuídos pelo grupo que eu definir? É fácil. Se, por exemplo, todos os arquivos criados no diretório /home/ samba /hercules devem ser possuídos pelo grupo "contabil", basta tornar o grupo dono desse diretório e ligar o bit SGID, v.g.: [root@localhost]# chown root:contabil /home/ samba /hercules [root@localhost]# chmod 2775 /home/ samba /hercules. O arquivo /etc/smb.conf deverá ter, para esse volume, os seguintes parâmetros de permissão: force create mode = 775 force directory mode = 2775 VARIÁVEIS INTERNAS DO SAMBA Diversas strings que são setáveis no arquivo de configuração (smb.conf) podem ser substituídas por uma série de variáveis que o Samba disponibiliza. Por exemplo a opção "path = /tmp/%u" será interpretada com "path = /tmp/pedro", caso o usuário conectado tenha o nome "pedro". As variáveis disponíveis são listadas abaixo: %S - o nome do serviço corrente; %P - o diretório raiz do serviço corrente; %u - o nome do usuário conectado; 12

%g - nome do grupo de %u %U - nome de usuário da sessão (requisitado pelo cliente) %G - nome do grupo de %U %H - diretório pessoal do usuário %u %v - versão do Samba %h - O nome do servidor onde o Samba está sendo executado %m - o nome NetBIOS da máquina cliente %L - o nome NetBIOS do servidor %M - o nome de Internet da máquina cliente %N - o nome do servidor NIS %p - o caminho para o diretório do serviço atual, obtido do servidor NIS %R - o nível do protocolo selecionado após a negociação de protocolo. Pode ser: CORE, COREPLUS, LANMAN1, LANMAN2, NT1. %d - o ID do processo do servidor %a - a arquitetura da máquina cliente. Pode ser: WfWg, Win95, WinNT, Win2K, UNKNOWN. %I - o endereço IP da máquina cliente %T - a data e hora correntes. %$(envvar) - o valor da variável de ambiente "envvar" 13

ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DO SAMBA Toda configuração relacionada com nomes, grupos de trabalho, tipo de servidor, log, compartilhamento de arquivos de impressão do SAMBA é colocada no arquivo de configuração/ etc/ SAMBA/ smb.conf. Este arquivo é dividido em sessões e parâmetros. Uma seção no arquivo de configuração do SAMBA (smb.conf) é definida por um nome entre [ ]. As sessões tem objetivo de organizar os parâmetros para que tenha efeito somente em algumas configurações de compartilhamento do servidor (exceto de seção [global], que não especificam compartilhamento, mas suas diretivas podem ser válidas para todos os compartilhamentos do arquivo de configuração).alguns nomes de sessões foram reservadas para configurações específicas do SAMBA.Eles são os seguintes: [global]-define configurações que afetam o servidor SAMBA como um todo, fazendo efeito em todos os compartilhamentos existentes na máquina. Por exemplo,o grupo de trabalho, nome do servidor, página do código, restrições de acesso por nome, etc. [homes]-específica opções de acesso a diretórios homes de usuários.o diretório home é disponibilizado somente para o seu dono, após se autenticar no sistema. [printers]-define controles gerais das impressoras do sistema.este compartilhamento mapea os nomes de todas as impressoras encontradas no /etc/printcap. Configurações especiais podem ser feitas separadamente. [profile]-define um perfil quando o servidor SAMBA é usado como PDC de domínio. Qualquer outro nome de seção no arquivo smb.conf que não seja as citadas, são tratadas como um compartilhamento ou impressora. Um parâmetro definido no formato nome=valor. EXEMPLOS DE CONFIGURAÇÃO DO SERVIDOR SAMBA Grupo de trabalho com acesso publico Esse exemplo pode ser usado de modelo para construir uma configuração baseada no controle de acesso, usando o nível de segurança share e quando possui compartilhamentos de acesso publico. Esta configuração é indicada quando se necessita de compatibilidade com software netbios antigos. Grupo de trabalho com acesso por usuário Descreve uma configuração a nível de segurança por usuário onde existem compartilhamentos que requerem login e usuários específicos, e restrições de ips e interface onde o servidor opera. Esta configuração utiliza senhas em texto claro para acesso dos usuários, mas pode ser facilmente modificado para suportar senhas cliptografadas. 14

COMPARTILHAMENTO DE IMPRESSÃO NO SERVIDOR SAMBA Configurando Linux como servidor de impressão Windows Será necessário ter o pacote SAMBA instalado e adicionar as seguintes linhas no seu arquivo /etc/samba/smb.conf: [ hp-printer ] path = / tmp printer name = hp deskjet 690C printable = yes print command = lpr r h P %p %s valid users = winuser winuser2 create mode = 0700 o compartilhamento citado tornara disponível a impressora local lp as maquinas windows com o nome hp deskjet 690C. uma impressora alternativa pode seer especifica modificando a opcao p da linhado comando lpr. Note que somente os usuário winuser e winuser2 poderam usar esta impressora. Os arquivos de spool (para gerenciar fila de impressão) serão gravados em /tmp (path=/tmp) e o compartilhamento [hp-printer] sera mostrado como uma impressora ( printable = yes). Agora será necessário instalar o driver desta impressora no windows e escolher a impressora instada via rede e seguir os demais passos de configuração. 15

ANEXOS 16

17

CONCLUSÃO Analisando os estudos feitos sobre Samba, podemos notar que este é, uma grande ferramenta capaz de interligar redes heterogêneas permitindo que máquinas Linux e Windows se comuniquem entre si, compartilhando serviços (arquivos, diretório, impressão) através do protocolo SMB (Server Massage Block)/ CIFS (Common Internet File System), equivalente à implementação Net-BEUI no Windows. Sua configuração é muito simples de usar, pois está contida em apenas um arquivo smb.conf. Ele pode faz o papel de um software servidor, assim pode usar um servidor Linux como servidor de impressão, arquivo, add, fazendo o papel de servidor windows. Por ser um sistema aberto o Samba, tem sofrido vários aperfeiçoamentos pelos rackers, tornando ele cada vez mais fácil e competitivo no mercado. 18

BIBLIOGRAFIA VILAS BOAS, Tiago; MENDOÇAS, Nelson. Samba. Rio de janeiro: Brasport, 2004. 157p. <http://www.conectiva.com/doc/livros/online/10.0/servidor/pt_br/ch12s04.html>.acesso em: 17 março de 2006 <http://64.233.179.104/search?q=cache:89sjxkbzksj>: Acesso em: 18 março de 2006 <http://www.conectiva.com.br/cpub/pt/incconectiva/suporte/pr/servidores>.samba.conceitos. <html+conceito+samba+windows&hl=pt-br&gl=br&ct=clnk&cd=7>: Acesso em: 17 março de 2006 <http://ncg.unisinos.br/robotica/samba/>: Acesso em: 22 março de 2006 <http://br-linux.org>: Acesso em: 23 março de 2006 <http://olinux.uol.com.br>: Acesso em: 26 março de 2006 19