Manual do PolicyKit-kde. Daniel Nicoletti Tradução: Luiz Fernando Ranghetti

Transcrição

1 Daniel Nicoletti Tradução: Luiz Fernando Ranghetti

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3 Conteúdo 1 Resumo 5 2 Como funciona Resumo O problema A solução Gerenciador de autorização Manual Agente de autorização Manual Diálogo do agente de autorização Créditos e licença 14

4 Resumo O PolicyKit-kde é uma interface do KDE para o sistema PolicyKit que é utilizado para gerenciar autenticação. O PolicyKit é um kit de ferramentas desenhado para permitir a processos não privilegiados conversarem com processos privilegiados. Ele faz isso centralizando informações sobre as ações e aplicativos autorizados.

5 Capítulo 1 Resumo O PolicyKit-kde é a implementação da ferramenta PolicyKit para a aparência do KDE. O PolicyKit permite um fácil e seguro gerenciamento de senhas, podendo ser usado por aplicativos para perguntar aos usuários por uma senha. Cada aplicativo define um conjunto de ações que podem ser executadas pelo programa. O aplicativo irá chamar o PolicyKit para ver se o usuário pode executar a ação dada, se não, o aplicativo pode exibir o diálogo de autorização onde o usuário pode digitar sua senha, senha de root, a senha de um dado grupo de usuários ou até usar a digital. O PolicyKit-kde consiste em dois aplicativos: O agente de autorização que recebe requisições de autenticação e exibe um diálogo perguntando pela senha. O gerenciador de autorização que é usado para gerenciar as autorizações usado principalmente pelos administradores do sistema que podem alterar o comportamento padrão das políticas dos programas. Para os desenvolvedores Qt/KDE existe uma biblioteca Qt para permitir uma fácil integração entre seu aplicativo e o PolicyKit. Para mais informação sobre como o PolicyKit funciona, seu design e API visite o Manual de referência da biblioteca do PolicyKit 5

6 Capítulo 2 Como funciona 2.1 Resumo O PolicyKit tem um jeito simples de funcionar, mas requer algumas alterações de design dos aplicativos que queiram usá-lo para requisitar senhas. 2.2 O problema Nos aplicativos gráficos, a forma comum de ganhar privilégios de root é iniciá-las como root, mas existem diversos riscos de segurança ao usar este método além disso não permitir um bom mapeamento das ações. Não existe uma forma de separar as ações como a instalação de pacotes e uma atualização do sistema. Todos os usuários que desejarem realizar estas ações deverão possuir a senha de root. Outra abordagem comum é usar o sudo mas, assim que iniciar um aplicativo com o sudo, irá obter todas as permissões que o usuário de root tiver. Se, por exemplo, o aplicativo gráfico tiver uma janela para selecionar os arquivos, essa janela irá rodar como root, o que significa que o usuário conseguirá apagar qualquer arquivo na sua máquina ou mesmo copiar os arquivos dos outros usuários. 2.3 A solução Com o PolicyKit, este problema é resolvido. O aplicativo em questão só precisa de separar o código privilegiado para outro aplicativo, chamado de auxiliar (que não terá nenhuma interface gráfica) e depois mapeia as ações desejadas num arquivo.policy. O PolicyKit irá então carregar este arquivo e poderá em seguida autenticar os aplicativos que usarem estas ações. O uso dos aplicativos ativados pelo D-Bus é a melhor, se não a única, forma de colocar um aplicativo auxiliar em execução com privilégios de root. Com este desenho, o aplicativo gráfico invoca uma ação do aplicativo auxiliar, através do D-Bus, que irá então iniciar o programa auxiliar com privilégios de root, informando-o da ação que foi pedida e qual o aplicativo que a pediu. O aplicativo auxiliar poderá então invocar o agente do PolicyKit para ver se esse aplicativo pode efetuar a tarefa indicada. No caso de o programa auxiliar ver que o aplicativo não possui permissão suficiente, a interface irá então necessitar de pedir ao PolicyKit para obter uma autorização. Quando o PolicyKit receber o pedido de obtenção de autorização, irá comunicar com um agente disponível, o qual poderá ser o PolicyKit-kde, se estiver disponível. Depois de uma autenticação bem sucedida, o aplicativo gráfico necessita invocar o programa auxiliar, repetindo a mesma operação novamente. 6

7 Capítulo 3 Gerenciador de autorização 3.1 Manual O gerenciador de autorizações é um aplicativo que os administradores do sistema poderão usar para mudar facilmente o comportamento padrão de quaisquer ações. Esta página não pretende explicar como criar ações novas ou definir arquivos.policy novos. A tela de Autorização está dividida em duas partes, tendo à esquerda todas as ações que o PolicyKit reconhece. Você poderá procurar as ações com a barra de pesquisa no topo, obtendo à direita a ação selecionada. Esta imagem mostra a tela de Autorização principal: Quando você seleciona uma ação, seus detalhes serão exibidos no lado direito, a ação deve ter um ícone, uma descrição e o nome do fornecedor. Próximo, na visualização, temos as Autorizações implícitas e as Autorizações explícitas. As Autorizações Implícitas são as autorizações que são atribuídas automaticamente aos usuários, com base em certos critérios, como se estivesse no console local. Estas autorizações são lidas nos arquivos.policy que o aplicativo indicado definiu, sendo a configuração padrão da ação. Estes são os valores válidos 7

8 não auth_self_one_shot auth_self auth_self_keep_session auth_self_keep_always auth_admin_one_shot auth_admin auth_admin_keep_session auth_admin_keep_always sim Você poderá alterar estes valores pré-definidos, bastando para isso alterá-los na lista, onde o valor não-negrito é o valor padrão. Basta selecioná-lo nessa lista para que a sua seleção tenha efeito, Você terá que clicar no botão Modificar. A opção Reverter para o padrão pode ser usada para alterar todas as Autorizações Implícitas para os seus valores pré-definidos. Lembre-se que tanto o Modificar como o Reverter para o padrão necessitam que invoque a ação do PolicyKit org.freedesktop.policykit.modify-defaults, que poderá pedir uma senha. As Autorizações Explícitas são autorizações que podem ser obtidas através do processo de autenticação como atribuídas especificamente para a ação em questão. O comportamento padrão é mostrar apenas as autorizações explícitas do usuário atual. Se você quiser ver as autorizações explícitas dos outros usuários, clique no botão Mostrar as autorizações de todos os usuários. Lembre-se que isto o obriga a invocar a ação do PolicyKit org.freedesktop.policykit.read, a qual poderá pedir uma senha. As autorizações bloqueadas estão marcadas com um sinal de STOP. O botão Revogar é usado para revogar uma autorização explícita. Lembre-se que isto necessita que invoque a ação do PolicyKit org.freedesktop.policykit.revoke, a qual poderá pedir uma senha. Se você quiser permitir ou impedir um usuário específico de efetuar uma determinada ação, você poderá clicar em Conceder ou Bloquear. Na imagem a seguir, você verá a janela para Permitir/Bloquear: 8

9 Para permitir/bloquear autorizações explícitas, você terá que selecionar o usuário que irá receber a autorização. Você poderá também selecionar as Restrições para limitar a autorização, de modo a que só se aplique sob determinadas circunstâncias. ATENÇÃO Observe que as autorizações e bloqueios específicos podem impedi-lo de efetuar a ação indicada, por isso certifique-se do que está fazendo Lembre-se que isto poderá obrigá-lo a invocar a ação do PolicyKit org.freedesktop.policykit.grant, que poderá pedir uma senha. 9

10 Capítulo 4 Agente de autorização 4.1 Manual O Agente de Autorizações é o aplicativo que é invocado sempre que um usuário quiser obter uma determinada autorização. É um serviço ativado por D-Bus, que usa a libpolkit-grant, que por sua vez usa o PAM para os serviços de autenticação (contudo, outras infraestruturas de autenticação poderão ser acopladas de acordo com as suas necessidades). 4.2 Diálogo do agente de autorização A aparência da janela de autenticação depende do resultado do PolicyKit e também da autenticação do administrador que está definida como autenticar-se como usuário root ou autenticar-se como um dos usuários do grupo de UNIX wheel ou como se encontra configurada a biblioteca do PolicyKit (veja a página de manual do PolicyKit.conf(5) para saber mais detalhes). Repare que algumas das imagens abaixo foram feitas num sistema configurado para usar o módulo PAM ThinkFinger. O texto apresentado nas janelas de autenticação vem dos arquivos XML.policy que se encontram em /usr/share/policykit/policy e é lido pelo serviço de autenticação, quando um aplicativo pede uma determinada autorização. Como tal, o que o usuário vê não está sob o controle do aplicativo (p.ex., não é passado pelo aplicativo), o que elimina uma classe de ataques, nos quais os aplicativos tentam enganar o usuário para conseguir ganhar um determinado privilégio. A janela de autenticação em que é pedido ao usuário para se autenticar como root, inserindo a senha ou lendo a digital. Os detalhes mostram o aplicativo que está pedindo a ação, a ação propriamente dita e o fornecedor da ação. Clicar na ligação da ação, irá abrir o gerenciador de autorizações que aponta para a ação indicada, e o fornecedor terá também de fornecer uma referência para ação que será disparada ao clicar na referência Fornecedor : 10

11 A janela de autenticação onde é solicitado ao usuário para se autenticar como um usuário administrativo, e onde o PolicyKit está configurado para usar a senha de root para isto: A janela de autenticação, onde é pedido ao usuário para se autenticar como um usuário administrativo, e onde o PolicyKit está configurado para usar um grupo para isto: 11

12 A mesma janela de autenticação, mostrando a lista de onde se poderá selecionar o usuário: A janela de autenticação mostrando uma ação em que o privilégio pode ser retido por um período indefinido: 12

13 A janela de autenticação mostrando uma ação em que o privilégio pode ser retido apenas durante a sessão do ambiente de trabalho: 13

14 Capítulo 5 Créditos e licença PolicyKit-kde Direitos autorais do programa Daniel Nicoletti Direitos autorais da documentação Daniel Nicoletti Tradução de Luiz Fernando Ranghetti elchevive@opensuse.org Esta documentação é licenciada sob os termos da Licença de Documentação Livre GNU. 14