RELATÓRIO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA DO BAIRRO. Área Territorial de Inspeção do Centro

Documentos relacionados
RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II ACOMPANHAMENTO DAS. Escola Profissional de Gaia VILA NOVA DE GAIA RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA 2017

RELATÓRIO. Escola Profissional Agostinho Roseta - Pólo de Castelo Branco. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II ACOMPANHAMENTO DAS. Escola Profissional do Alto Lima ARCOS DE VALDEVEZ RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA 2017

RELATÓRIO INTERVENÇÃO II

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II

RELATÓRIO. EFTA - Escola de Formação em Turismo de Aveiro. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. EPRAMI - Escola Profissional do Alto Minho Interior Pólo de Monção MONÇÃO. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Lousada. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins CHAVES. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Arcos de Valdevez. Área Territorial de Inspeção do Norte

CURSOS PROFISSIONAIS NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO, PARTICULAR E COOPERATIVO E NAS ESCOLAS PROFISSIONAIS

RELATÓRIO INTERVENÇÃO II

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite S. JOÃO DA MADEIRA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Escola Tecnológica e Profissional da Sertã. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Arouca AROUCA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS DE MELO Covilhã. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. Escola Profissional Vasconcellos Lebre. Mealhada. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus VILA REAL. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Escola Secundária Prof. Doutor Flávio Pinto F. Resende CINFÃES. Área Territorial de Inspeção do Norte

CURSOS PROFISSIONAIS NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO, PARTICULAR E COOPERATIVO E NAS ESCOLAS PROFISSIONAIS

RELATÓRIO. Escola Profissional de Braga BRAGA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO POMBAL ETAP - ESCOLA TECNOLÓGICA, ARTÍSTICA E PROFISSIONAL DE POMBAL. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II

RELATÓRIO. Escola Profissional de Espinho. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena RIBEIRA DE PENA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II

RELATÓRIO EPTOLIVA OLIVEIRA DO HOSPITAL ESCOLA PROFISSIONAL DE OLIVEIRA DO HOSPITAL, TÁBUA E ARGANIL. Área Territorial de Inspeção do Centro

Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

REGULAMENTO ESPECÍFICO DA PRÁTICA SIMULADA DOS CURSOS VOCACIONAIS (9º ANO)

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO (FCT)

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Normas e Critérios Gerais de Avaliação. Cursos Profissionais

RELATÓRIO. Escola Profissional de Penafirme. Área Territorial de Inspeção Sul

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

CRITÉRIOS GERAIS E NORMAS DE AVALIAÇÃO

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

REGULAMENTO INTERNO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO 2018/19

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

Regulamento Interno EPADRC. Índice

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório

Regulamento da Formação Contexto Trabalho (Nos termos do artigo 18º da Portaria n.º 235-A/2018 de 23 de agosto)

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório. Agrupamento de Escolas de Resende

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

I - Regulamento para a constituição, funcionamento e avaliação de turmas com Percursos Curriculares Alternativos (PCA) para o ano letivo de 2015/2016

REGULAMENTO FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO (CURSOS PROFISSIONAIS)

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

CRITÉRIOS GERAIS E NORMAS DE AVALIAÇÃO 2018/2019

REGULAMENTO DE FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

Agrupamento de Escolas da Moita Sede Escola Secundária da Moita E S C O L A S E C U N D Á R I A D A M O I TA REGULAMENTO

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório. Agrupamento de Escolas de Dr. Ramiro Salgado TORRE DE MONCORVO

Objeto e finalidades A avaliação visa:

REGULAMENTO DE FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

Página 1 de 5. Anexo VII - Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho dos Cursos Profissionais

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

DOCUMENTO ORIENTADOR DE AVALIAÇÃO

Documento orientador de Avaliação

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório

Critérios Gerais de Avaliação

2- A matriz curricular de referência dos cursos vocacionais do ensino básico de 3º ciclo é a seguinte:

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Objeto e finalidades. A avaliação visa:

REGULAMENTO DOS CURSOS VOCACIONAIS

Regulamento FCT. (Formação em Contexto de Trabalho) Cursos Profissionais

REFERENTES E LEMENTOS CONSTITUTIVOS C RITÉRIOS I NDICADORES. Oferta formativa. . Projecto de Auto-avaliação da Escola Secundária de Alberto Sampaio

Regulamento da Prova de Aptidão Profissional

Objeto e finalidades A avaliação visa:

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

Regulamento Geral da Formação em Contexto de Trabalho. (Nos termos do artº 5º da Portaria nº 74-A/2013, de 15 de fevereiro)

CURSOS PROFISSIONAIS

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO 2017/2018

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. MANUEL I REGULAMENTO DA PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL (PAP) DOS CURSOS PROFISSIONAIS. Artigo 1.º Enquadramento Legal

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PINTOR JOSÉ DE BRITO EB 2,3/S DE PINTOR JOSÉ DE BRITO

Agrupamento de Escolas da Bemposta

Agrupamento de Escolas da Moita Sede Escola Secundária da Moita E S C O L A S E C U N D Á R I A D A M O I TA REGULAMENTO

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

Transcrição:

RELATÓRIO 2017 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA DO BAIRRO Área Territorial de Inspeção do Centro

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO No contexto da integração europeia e do desafio do desenvolvimento económico e social que urgia promover, a qualificação dos recursos humanos do país, através da multiplicação da oferta de formação profissional e profissionalizante, tornou-se um dos vetores da modernização da educação. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro foram criadas as escolas profissionais e os cursos profissionais, da iniciativa conjunta dos então Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança Social, em cooperação com entidades públicas e privadas, apresentando-se como uma alternativa de formação após o 9.º ano de escolaridade. Em 2004-2005, com a reforma do Ensino Secundário, os cursos profissionais passam a fazer parte integrante do nível secundário da educação, assistindo-se a um crescimento da oferta de formação inicial nas escolas secundárias públicas. O ensino profissional deixa de ser uma modalidade especial de educação e passa a integrar a diversidade de ofertas qualificantes de dupla certificação do ensino secundário de educação. A sua generalização, em 2006-2007, a todas as escolas públicas, conjugada com a decisão de estabelecer 12 anos de escolaridade obrigatória, torna evidente que a elevação da qualificação dos portugueses continua a ser uma prioridade nacional, desempenhando os cursos profissionais um importante contributo para a concretização deste objetivo. Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, está a desenvolver a atividade Cursos Profissionais no Ensino Público, Particular e Cooperativo e nas Escolas Profissionais que tem como objetivos: Assegurar o controlo da legalidade no âmbito da organização dos cursos profissionais; Analisar os critérios de racionalização e integração das redes de oferta educativa existentes; Aferir a adequação do quadro normativo à realidade, identificando eventuais constrangimentos com vista à elaboração de propostas de alteração. O presente relatório apresenta as considerações finais e recomendações/sugestões de melhoria da atividade cursos profissionais nos estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo e nas escolas profissionais, relativamente à organização e funcionamento destes cursos, à gestão modular, à avaliação das aprendizagens, aos resultados e à capacidade de melhoria da escola/agrupamento de escolas. As considerações finais decorrem da análise documental, particularmente dos indicadores de sucesso dos alunos/formandos, da observação dos contextos educativos e da realização de entrevistas. Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da formação profissional dos jovens. A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da intervenção. 1

CONSIDERAÇÕES FINAIS Decorrente da análise documental, dos contextos educativos e das entrevistas realizadas, a equipa de inspetores formula as seguintes considerações: IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 1. O Agrupamento de Escolas (AE) de Oliveira do Bairro com sede na Escola Básica Dr. Acácio de Azevedo, tem contrato de autonomia e ministra todos os níveis de educação e de ensino. 2. A população escolar é constituída por 2170 crianças, alunos e formandos: 263 crianças na educação pré-escolar; 1553 alunos no ensino básico,242 nos cursos científico-humanísticos; 73 nos cursos profissionais de Técnico de Comunicação Marketing, Relações Públicas e Publicidade e de Técnico de Restauração variante Cozinha/Pastelaria, 19 nos cursos de educação e formação (CEF), e 20 no curso vocacional do ensino básico. A percentagem de formandos do ensino profissional é de 3,4%. 3. O corpo docente é constituído por 208 trabalhadores: 183 pertencem ao quadro, 22 são contratados e três são formadores externos. Do total dos professores, só um leciona exclusivamente cursos profissionais. O pessoal não docente é constituído por 98 trabalhadores: 11 assistentes técnicos, 80 assistentes operacionais e sete outros trabalhadores (dinamizadores de atividades de animação e apoio à família). 4. A Escola Secundária de Oliveira do Bairro, onde funcionam os cursos profissionais, tem instalações e equipamentos adequados aos cursos que ministra (centro de recursos educativos/biblioteca, salas de aula específicas, espaços de apoio educativo, espaços sociais e de convívio). No entanto, como não tem espaços desportivos, utiliza o pavilhão gimnodesportivo do município, que se situa junto à escola, e a cozinha pedagógica, que se encontra em fase de acabamento, está localizada na Escola Básica Dr. Acácio de Azevedo, em Oliveira do Bairro. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO 1.- Documentos Orientadores 1.1. O projeto educativo contém objetivos e estratégias, mas não estabelece metas, à exceção garantir 100% de inserção de alunos em FCT (Formação em Contexto de Trabalho), nem define modos específicos de organização e gestão curricular dos cursos profissionais. Para a sua construção foi ouvida a comunidade educativa e os representantes da comunidade local. 1.2. O Plano Anual de Atividades integra a planificação e a programação de ações no âmbito dos cursos profissionais. Contudo, face ao não estabelecimento de metas para os cursos profissionais, dificilmente as atividades constantes neste documento podem operacionalizar o projeto educativo. 1.3. O regulamento dos cursos profissionais, anexo ao Regulamento Interno, define os mecanismos de recuperação dos módulos em atraso; a organização e funcionamento da FCT; a calendarização, conceção e desenvolvimento da prova de aptidão profissional (PAP); a assiduidade e a avaliação dos formandos. Todavia, não especifica a organização e o funcionamento da coordenação pedagógica; a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas; as parcerias e protocolos de colaboração estabelecidos com diversas entidades locais e regionais e os mecanismos de promoção do cumprimento dos planos de formação. 2

2.- Oferta Formativa e sua divulgação 2.1. A oferta formativa está homologada pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares. Teve em consideração, sobretudo, as necessidades dos formandos, tendo para o efeito sido aplicado um questionário, bem como a adequabilidade das instalações e equipamentos e demais logística associada ao desenvolvimento da formação prática. 2.2. Os cursos e as qualificações são divulgados através de folhetos, de jornais locais, da página do AE na Internet, da rádio local e da participação em eventos ligados ao ensino profissional. 2.3. Os Serviços de Psicologia e Orientação desenvolvem atividades de exploração vocacional e de acompanhamento dos formandos. Todavia, as mesmas não se encontram integradas em qualquer documento estruturante. 2.4. Apesar do AE não dispor de mecanismos para monitorizar as exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta dos cursos profissionais, tem organizado ações junto dos pais e encarregados de educação no sentido de os sensibilizar para a importância do ensino profissional. Contudo, a sua participação tem sido diminuta. Estas iniciativas constam da revista@mais. 3.- Constituição de turmas e gestão da carga horária dos cursos profissionais 3.1. São três as turmas em funcionamento no AE, no presente ano letivo, constituídas do seguinte modo: no 1.º ano uma turma com 10 formandos (um NEE, cujo Programa Educativo Individual prevê a sua integração em turma reduzida) do curso de Técnico de Comunicação Marketing, Relações Públicas e Publicidade que agrega com 26 do curso de Técnico de Restauração variante Cozinha/Pastelaria. Contudo, o AE tem os cursos a funcionar separadamente, dado que dispunha de recursos humanos para o efeito; no 2.º ano uma turma com 11 formandos do curso de Técnico de Comunicação Marketing, Relações Públicas e Publicidade que agrega com 15 do curso de Técnico de Restauração variante Cozinha/Pastelaria. Esta comporta dois formandos do curso de Técnico de Comunicação Marketing, Relações Públicas e Publicidade cujo PEI de um prevê a sua integração em turma reduzida; no 3.º ano uma turma com 11 formandos do curso de Técnico de Restauração variante Cozinha/Pastelaria. 3.2. O conselho pedagógico aprovou, em 6 de setembro e 2016, a constituição das turmas do 1.º ano e do 2.º com número de formandos superior ao estabelecido (respetivamente com 36 e 26 e com NEE), conforme prescreve o n.º 5, do artigo 22.º, do Despacho normativo n.º 7- B/2015, de 7 de maio, com a nova redação dada pelo Despacho normativo n.º 1-H/2016, de 14 de abril. 3.3. Foram definidos critérios gerais para a elaboração dos horários dos formandos e para a sua distribuição pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT. 3.4. A distribuição da carga horária global tem, no conjunto dos três anos, um número de horas igual ao previsto na matriz para as diferentes disciplinas. A carga horária da FCT não ultrapassa a duração de 35 horas semanais e de sete horas diárias. 3.5. As aulas de Educação Física respeitam o intervalo de uma hora depois de findo o período definido para o almoço, sendo este superior a uma hora. 3

4.- Formação em contexto de trabalho 4.1. O AE celebrou protocolos com as entidades públicas e privadas que asseguram o desenvolvimento de atividades profissionais, no âmbito da FCT, compatíveis e adequadas ao perfil profissional dos cursos frequentados pelos formandos. 4.2. Foram elaborados planos de trabalho individuais, denominados Plano de Estágio, com a participação das partes envolvidas e assinados pela direção, pela entidade de acolhimento e pelo formando e/ou encarregado de educação. 4.3. O contrato de formação integra o Plano de Estágio que identifica: os objetivos, o conteúdo, a programação, o período, o horário e local das atividades e as formas de monitorização e acompanhamento. Porém, nada refere quanto aos direitos e deveres dos formados, do AE e da entidade onde se realiza a FCT. 5.- Serviço docente 5.1. A direção do AE definiu critérios para a distribuição do serviço docente, mas não especificamente para o ensino profissional. A afetação das horas para o exercício de cargos e funções está em conformidade com os normativos em vigor. 5.2. A designação do diretor de curso, dos professores orientadores da FCT e dos professores orientadores e acompanhantes do projeto conducente à Prova de Aptidão Profissional (PAP), respeitam os normativos em vigor. 5.3. Os horários dos professores orientadores da FCT estão elaborados de modo a permitir o acompanhamento dos formandos e as deslocações às entidades de acolhimento. 5.4. No que se refere à formação contínua e qualificação dos recursos humanos, no âmbito dos cursos profissionais de nível secundário, no último triénio, regista-se que poucos docentes têm frequentado ações de formação contínua acreditadas. As ações internas têm tido pouca relevância. Do total dos 28 docentes que lecionam ensino profissional, seis não realizaram qualquer ação de formação e nove só participaram numa ação de formação interna. 6.- Estruturas e cargos de coordenação pedagógica 6.1. A coordenadora dos cursos profissionais e os diretores de curso não têm assegurado a gestão modular na aplicação do currículo. 6.2. O diretor de curso não assegura, de forma consistente, a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação e não tem procedido à avaliação do curso. Organiza e coordena as atividades a desenvolver na componente da formação técnica, intervém no âmbito da orientação e acompanhamento da PAP, assim como assegura a articulação entre a escola e as entidades de acolhimento onde se realiza a FCT. 6.3. O diretor de turma tem acompanhado os progressos dos formandos, procedendo ao levantamento das necessidades educativas e à sua avaliação qualitativa. Elabora um relatório sucinto de avaliação qualitativa do perfil de progressão, por componente de formação, com base em referência explícita a parâmetros como: a capacidade de aquisição e de aplicação de conhecimentos; de iniciativa; de comunicação; de trabalho/cooperação em equipa; de interesse e participação; de concretização de projetos; de pontualidade; de responsabilidade; de progresso na aprendizagem e de número de módulos em atraso. 6.4. O orientador da FCT assegura as condições logísticas necessárias à realização, acompanhamento e execução do Plano de Estágio e à elaboração do relatório. Controla a assiduidade e a pontualidade e 4

avalia, em conjunto com o tutor, os desempenhos do formando. 6.5. O tutor acompanha os formandos de forma individualizada, aconselhando-os e orientando-os nas tarefas que permitem a execução do Plano de Estágio. A articulação é realizada com o professor orientador da FCT. 6.6. O professor orientador e acompanhante da PAP norteia os formandos na escolha do projeto a desenvolver, na sua realização e na redação do relatório final. Informa-os sobre os critérios de avaliação, decide se o relatório está em condições de ser apresentado ao júri e acompanha-os na preparação da apresentação da PAP. 7.- Parcerias e protocolos celebrados no âmbito dos cursos profissionais 7.1. O AE estabeleceu parcerias e protocolos com entidades públicas e privadas para assegurar a FCT, ao longo do processo formativo. Desenvolve atividades que concorrem para o fomento das competências sociais e profissionais dos formandos. 7.2. As instituições locais reconhecem o bom desempenho dos formandos e o contributo da AE para a qualificação dos recursos humanos da região. 8.- Organização dos processos individuais dos alunos / formandos dos cursos profissionais 8.1. Nos processos individuais dos formandos consta o seu percurso escolar, a identificação e a classificação de cada um dos módulos concluídos em cada disciplina, a classificação da FCT e o nome da empresa em que decorreu e a identificação do projeto da PAP com a respetiva classificação. GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 1.- Gestão curricular 1.1. O planeamento pedagógico não tem em consideração as saídas profissionais dos respetivos cursos nem os perfis de desempenho dos formandos. 1.2. A modularização do currículo considera os conteúdos programáticos, a diferenciação de estratégias e atividades, a previsão de modalidades de avaliação, bem como a utilização de variados instrumentos de avaliação (comunicações orais, debates, trabalhos de grupo, trabalhos de pesquisa, relatórios e testes escritos). 1.3. A articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso não é assegurada de forma consistente pelo diretor de curso. Não existem tempos comuns marcados nos horários dos docentes para a realização de trabalho colaborativo entre docentes, apesar de às quartas-feiras e sextas-feiras, no período da tarde, não existirem aulas. As aprendizagens visadas no Plano de Estágio têm em conta a aplicação dos conhecimentos adquiridos na componente técnica, a integração de saberes e capacidades transdisciplinares das várias componentes e o acréscimo de competências específicas na área de educação e formação e no âmbito da saúde e segurança no trabalho. 1.4. A conceção do projeto da PAP centra-se em temas selecionados pelos formandos e desenrola-se tendo em conta os contextos de trabalho e a integração de saberes e capacidades numa perspetiva transdisciplinar, as avaliações intermédias do professor orientador e a elaboração e apresentação do relatório final. 5

1.5. Aos formandos com dificuldades em atingir os objetivos dos diferentes módulos e com módulos em atraso não está formalizado qualquer tipo de apoio (de modo informal e quando solicitados, os docentes disponibilizam-se para prestar apoio aos formandos). As medidas implementadas, face à elevada taxa de desistência e de módulos em atraso, não se têm revelado ajustadas às necessidades dos formandos. No entanto, para ser dada resposta aos formandos com necessidades educativas especiais são implementadas como medidas educativas: o apoio da psicóloga e de docentes com especialização em educação especial. 1.6. Os projetos e atividades desenvolvidos pelo AE promovem a aquisição de conhecimentos; a autonomia; o espírito de iniciativa e de criatividade, de trabalho em equipa e de cooperação dos formandos, nomeadamente a participação em eventos e na elaboração da revista@mais. 2.- Avaliação das aprendizagens 2.1. Os critérios de avaliação são aprovados pelo conselho pedagógico, depois de ouvidas as estruturas de orientação educativa (saber/saber fazer 80%; saber ser/estar 20%) e divulgados pelo diretor de turma aos formandos e encarregados de educação. Os critérios definidos não têm em consideração as especificidades dos perfis de desempenho dos formandos. 2.2. Não é visível, através da leitura dos sumários e do planeamento pedagógico, que a avaliação diagnóstica seja uma prática generalizada. 2.3. A avaliação formativa não tem um caráter sistemático, não sendo utilizada para reajustar o planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos e recuperar os módulos em atraso. 2.4. A avaliação sumativa interna ocorre no final de cada módulo das diferentes disciplinas do curso e é registada em papel e em suporte digital. Nas reuniões de conselho de turma de avaliação, são registadas, em pauta própria, as classificações do conjunto de módulos concluídos a cada disciplina, da FCT e da PAP. Não se registou, até ao momento, qualquer reclamação ou recurso. 2.5. A fórmula de apuramento da classificação final da FCT (média dos três anos) e os respetivos critérios (entidade de estágio 80%, relatório de estágio 20%) estão definidos no respetivo regulamento. A classificação do formando é proposta ao conselho de turma pelo professor orientador, ouvido o tutor. Existem procedimentos internos de registo de assiduidade de acompanhamento e de avaliações finais do professor orientador e do tutor. Contudo, não existem registos de avaliações intermédias do professor orientador e do tutor nem de autoavaliação do formando. 2.6. Encontram-se definidos os critérios de classificação a observar pelo júri da PAP (desenvolvimento do projeto: 50% - cumprimento de prazos, sentido de responsabilidade e grau de consecução dos objetivos propostos; trabalho escrito:25% - rigor técnico, organização do relatório e qualidade dos materiais; defesa oral do projeto -25% - clareza e fundamentação da escolha, capacidade de argumentação e qualidade dos recursos utilizados). A avaliação da PAP é realizada por um júri designado pela direção e em conformidade com o legalmente estabelecido. 2.7. Foram observados os requisitos para a conclusão dos cursos. Os certificados de qualificação emitidos indicam o nível de qualificação, a média final do curso e discriminam as disciplinas do plano de estudos e respetivas classificações finais, as disciplinas da componente de formação técnica, a designação do projeto e a classificação obtida na PAP, assim como a classificação da FCT. Contudo, não especificam os módulos das disciplinas da componente de formação técnica. 2.8. Da análise realizada aos certificados de qualificação emitidos, detetou-se o seguinte erro: - na classificação final de uma formanda do curso de Técnico de Restauração variante de Restaurante/Bar, concluído em 2016 foi registada a classificação final de curso de 13 valores em vez de 14. O AE procedeu à emissão de novo certificado e, durante a intervenção inspetiva, comunicou 6

à formanda. Contactada a formanda a mesma referiu que não pretendeu prosseguir estudos. 2.9. Um formando com necessidades educativas especiais, com um currículo específico individual (CEI) e que usufruiu da mesma medida educativa no ensino básico, frequentou o curso de Técnico de Restauração variante Cozinha/Pastelaria durante o ciclo de formação de 2013-2014 a 2015-2016. Não foi emitido nenhum certificado de qualificações ao formando mas apenas uma declaração (26.09.2016) cujo teor refere que [ ] Esteve matriculado às disciplinas do Curso Profissional de Técnico de Restauração, variante Cozinha e Pastelaria, constantes no seu programa individual [ ]. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA 1.- Resultados por curso e ciclo de formação 1.1. Fazendo a análise dos resultados dos cursos ministrados, nos ciclos de formação de 2010-2011 a 2012-2013, de 2011-2012 a 2013-2014, de 2012-2013 a 2014-2015 e de 2013-2014 a 2015-2016, verifica-se que nenhum curso foi ministrado em quatro ciclos de formação: Três ciclos de formação -Técnico de Restauração variante de Cozinha/Pastelaria (2011-2012 a 2013-2014, de 2012-2013 a 2014-2015 e de 2013-2014 a 2015-2016); Dois ciclos de formação Técnico de Análise Laboratorial (2010-2011 a 2012-2013 e 2013-2014 a 2015-2016), Técnico de Restauração variante Restaurante/Bar (2010-2011 a 2012-2013 e 2012-2013 a 2014-2015), Técnico de Manutenção Industrial (2011-2012 a 2013-2014 e 2013-2014 a 2015-2016); Um ciclo de formação - Técnico de Auxiliar de Saúde (2011-2012 a 2013-2014), Técnico de Apoio Psicossocial (2012-2013 a 2014-2015) e de Técnico de Comunicação Marketing, Relações Públicas e Publicidade (2013-2014 a 2015-2016). 1.2. As taxas de conclusão são, na generalidade, baixas e apresentam uma tendência descendente no curso de Técnico Restauração variante Cozinha/Pastelaria e uma melhoria nos cursos de Técnico de Análise Laboratorial, no de Técnico de Restauração variante de Restaurante/Bar (e no de Técnico de Manutenção Industrial. Os restantes cursos registam taxas de 44% (Técnico de Auxiliar de Saúde), 44,4% (Técnico de Apoio Psicossocial) e 70,6% (Técnico de Comunicação Marketing, Relações Públicas e Publicidade). 1.3. As taxas de não conclusão decorrem, maioritariamente, por desistência, registando-se taxas muito elevadas. Releva-se a tendência ascendente no curso de Técnico de Restauração variante Cozinha/Pastelaria e o agravamento no curso de Técnico de Manutenção Industrial, em contraponto à melhoria que se verifica nos cursos de Técnico de Restauração variante de Restaurante/Bar e de Técnico de Análise Laboratorial. Nos cursos que funcionaram apenas num único ciclo de formação as taxas oscilaram entre 23,5% (Técnico de Comunicação Marketing, Relações Públicas e Publicidade) e 51,9% (Técnico de Apoio Psicossocial), com o curso de Técnico de Auxiliar de Saúde a registar um valor de 36%. 1.4. A não conclusão dos respetivos cursos por módulos em atraso, por sua vez apresenta taxas bastante mais baixas de que se assinalam a tendência descendente no curso de Técnico de Restauração variante Cozinha/Pastelaria e uma melhoria nos cursos de Técnico de Restauração variante de Restaurante/Bar e de Técnico de Manutenção Industrial. Ao invés, o curso de Técnico de Análise Laboratorial em que se verifica um agravamento. Nos cursos de Técnico de Comunicação Marketing, Relações Públicas e Publicidade e de Técnico de Apoio Psicossocial os valores são residuais com exceção no de Técnico Auxiliar de Saúde em que 20% dos formandos não concluiu o curso por este motivo. 1.5. As taxas de empregabilidade nas respetivas áreas de educação e formação dos cursos são, por norma, inferiores às da empregabilidade geral. O curso de Técnico de Restauração variante 7

Cozinha/Pastelaria apresenta uma tendência descendente, enquanto os cursos de Técnico de Restauração - variante de Restaurante/Bar, de Técnico de Análise Laboratorial e de Técnico de Manutenção Industrial apresentam um agravamento. Nos restantes cursos, nenhum formando ficou empregado na área do seu curso, excetuando quatro (20%) do curso de Técnico Auxiliar de Saúde 1.6. O prosseguimento de estudos apenas constituiu opção para 13 (12,4%) dos 105 formandos que concluíram os respetivos cursos. 2.- Monitorização e avaliação dos resultados 2.1. O AE não definiu indicadores que garantam a qualidade das aprendizagens e da formação profissional e, consequentemente, não foram criados mecanismos de monitorização. 2.2. O conselho de turma, embora analise os resultados escolares dos formandos, não identifica as componentes curriculares onde se verificou sucesso ou insucesso e as razões explicativas; não reflete sobre as causas as taxas de conclusão obtidas nos diferentes ciclos de formação; não conhece as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos; não identifica os fatores explicativos das desistências; não conhece as taxas de empregabilidade na área de educação e formação e não avalia a aceitação externa do nível de formação prestada. 2.3. A equipa de autoavaliação, pese embora defina indicadores para todos os níveis de educação e ensino e elabore o relatório de autoavaliação, os resultados dos formandos dos cursos profissionais não são objeto de análise, nem constam deste documento. 3.- Capacidade de melhoria 3.1. Em resultado da autoavaliação, e no que se refere aos cursos profissionais, o AE não identificou pontos fortes nem áreas de melhoria, assim como não estabeleceu prioridades nem concebeu planos de ação que visem a melhoria da organização e funcionamento dos cursos e o sucesso escolar dos formandos. 8

RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA Atentas as considerações finais e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento de procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a equipa inspetiva apresenta as seguintes recomendações/sugestões de melhoria. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO 1. Integrar no projeto educativo as metas e os modos específicos de organização e gestão curricular, adequados à consecução das aprendizagens que integram o currículo dos formandos. 2. Conceber um plano anual de atividades que concretize as metas do projeto educativo e que integre todas as atividades desenvolvidas no Agrupamento, inclusive as previstas serem realizadas pelo serviço de psicologia e orientação. 3. Explicitar no regulamento interno a organização e o funcionamento da coordenação pedagógica; a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas; as parcerias e protocolos de colaboração estabelecidos com diversas entidades locais e regionais e os mecanismos de promoção do cumprimento dos planos de formação. 4. Introduzir no plano de trabalho individual os direitos e deveres dos diversos intervenientes do AE e da entidade onde se realiza a FCT, de acordo com o previsto no n.º 6, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro. 5. Definir critérios de distribuição de serviço docente para os cursos profissionais, nos termos dos n.º s 1 e 3, do artigo 7.º, n.º 2, do artigo 10.º e n.º 2, do artigo 13.º, do Despacho Normativo n.º 4-A/2016, de 16 de junho, conjugados com o n.º 28 do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho. 6. Criar mecanismos que permitam monitorizar as exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta formativa. 7. Zelar para que as estruturas de coordenação educativa assegurem a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação e coordenem o acompanhamento e a avaliação do curso, nos termos do n.º 33, da alínea b), do n.º 33.1 e do n.º 38.º, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, com as alterações introduzidas pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho, e do n.º 2, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março, e n.º 165-B/2015, de 3 de junho. GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 1. Considerar, no planeamento pedagógico, os perfis de desempenho e as saídas profissionais dos cursos, a articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação e a diferenciação de estratégias e atividades, tendo em conta as aprendizagens anteriores e os ritmos de aprendizagem dos formandos. 2. Providenciar para que os tempos de trabalho marcados nos horários dos docentes sejam comuns, de forma a promover o trabalho colaborativo e a articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso. 3. Promover a diversificação de medidas para a promoção do sucesso escolar e de atividades de recuperação para as situações de formandos com módulos em atraso e com dificuldades em atingir os objetivos dos diferentes módulos, de forma a melhorar os resultados, nomeadamente as taxas de 9

conclusão dos cursos, no ciclo de formação, de acordo com o previsto no n.º 1, do artigo 11.º, conjugado com o artigo 10.º, do Despacho Normativo n.º 4-A/2016, de 16 de junho. 4. Implementar, com caráter sistemático e contínuo, a avaliação diagnóstica e formativa de modo a potenciar a diferenciação de estratégias e adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, promovendo o sucesso e reduzindo o número de módulos em atraso, nos termos do n.º 2, do artigo 10.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59- C/2014, de 7 de março, e n.º 165-B/2015, de 3 de junho. 5. Instituir procedimentos de controlo interno que garantam o correto cálculo das classificações finais de curso, nos termos do artigo 28.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho. 6. Proceder à atualização do modelo de Certificado de Qualificações, de forma a discriminar os módulos das disciplinas da componente de formação técnica, conforme estipulado no artigo 27.º, alínea b), do n.º 2, da Portaria n.º 74 A/2013, de 15 de fevereiro. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA 1. Analisar os resultados escolares, em conformidade com o artigo 14.º da Portaria 74-A/2013, de 15 de fevereiro, de modo a identificar: as componentes curriculares por curso, onde se verificou sucesso ou insucesso e ponderar as razões explicativas; as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos; as razões que explicam a percentagem de formandos que não concluíram o curso em três anos; os fatores explicativos das desistências/abandono escolar; a taxa de empregabilidade na área de formação, assim como a percentagem de alunos que prosseguiu estudos. 2. Implementar planos de ação que visem a melhoria da organização, do funcionamento e do sucesso escolar dos formandos dos cursos profissionais. Oliveira do Bairro 18-09-2017 A equipa inspetiva Rosa Menezes António Gonçalves Concordo. À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. O Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Centro Marcial Mota 2018-02-08 Homologo O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência nos termos do Despacho n.º 10918/2017, de 15 de novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 238, de 13 de dezembro de 2017 10