Resolução nº 30/CONSUP/IFRO, de 03 de outubro de 2011.

Documentos relacionados
RESOLVE: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

RESOLUÇÃO Nº 044/2015, DE 01 DE SETEMBRO DE 2015

RESOLUÇÃO N 008/2015. A Diretora Geral da Faculdade Unilagos, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Legislação em vigor, RESOLVE

EIXO II EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS PROPOSIÇÕES E ESTRATÉGIAS

RESOLUÇÃO Nº 08/03-COUN

POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE ACESSIBILIDADE. - Não seja portador de Preconceito -

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 5/2014

Assunto: Orientações para a Organização de Centros de Atendimento Educacional Especializado

FACULDADE UNA DE SETE LAGOAS

TÍTULO I DA NATUREZA, DAS FINALIDADES CAPÍTULO I DA NATUREZA. PARÁGRAFO ÚNICO Atividade curricular com ênfase exclusiva didático-pedagógica:

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO DAS LICENCIATURAS (NEPEx LICENCIATURAS) DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO

ASSESSORIA DE AÇÕES INCLUSIVAS

PROJETO DE LEI N O, DE 2004

Regulamento de Estágio Supervisionado Licenciatura em Música

DELIBERAÇÃO Nº 02/2015-CEE/PR. Dispõe sobre as Normas Estaduais para a Educação em Direitos Humanos no Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

RESOLUÇÃO Nº 063 CONSUPER/2013

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

RESOLUÇÃO CONSEPE 78/2006 INSTITUI O NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD, DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, E APROVA SEU REGULAMENTO.

RESOLUÇÃO CP N.º 1, DE 30 DE SETEMBRO DE (*)

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: DA EDUCAÇÃO BÁSICA AO ENSINO SUPERIOR

Decreto Lei de LIBRAS

Prefeitura Municipal de Chácara Rua: Heitor Candido, 60 Centro Chácara Minas Gerais Telefax: (32) ;

AGUARDANDO HOMOLOGAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Ministério da Educação GABINETE DO MINISTRO PORTARIA Nº 30, DE 26 DE JANEIRO DE 2016

LEI Nº 6559 DE 16 DE OUTUBRO DE INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DO IDOSO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

FACULDADES DA FUNDAÇÃO DE ENSINO DE MOCOCA - FaFEM

DIRETRIZES DE EXTENSÃO 2011 DIRETRIZES DE APOIO ÀS ATIVIDADES DE EXTENSÃO DO IF SUDESTE-MG. Execução: SETEMBRO DE 2011 A DEZEMBRO DE 2011

RESOLUÇÃO 002/CUn/2007, de 02 de março de 2007

CÂMARA MUNICIPAL DE ITABORAÍ ESTADO DO RIO DE JANEIRO

REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL)

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ENCONTRO DOS CONSELHOS DE EDUCAÇÃO DE SERGIPE

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:

Lei nº 8.111, de 08 de outubro de 2009.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR

XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE

Institui as Matrizes Curriculares para as Escolas Municipais de Ensino Fundamental EMEFs, Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Médio EMEFMs,

RESOLUÇÃO Nº 07, de 1º de setembro de 2010.

SALA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO INFANTIL

RESOLUÇÃO N. 010 /CME/2011 (*) APROVADA EM O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MANAUS, no uso de suas atribuições legais e;

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

NORMAS REGIMENTAIS BÁSICAS PARA AS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO COORDENAÇÃO GERAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

ANEXO 1. Programas e Ações do Ministério da Educação - MEC. 1. Programas e Ações da Secretaria da Educação Básica SEB/2015

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Estadual de Educação Ambiental e dá outras providências.

DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO CNE/CP 1, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2002 (*)

Art. 1º Definir o ensino de graduação na UNIVILLE e estabelecer diretrizes e normas para o seu funcionamento. DA NATUREZA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Normas Gerais de Estágios

PROJETO DE LEI N o, DE 2012

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMAC Conselho Municipal de Meio Ambiente - CONSEMAC

REDE VIRTUAL INESPEC

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 2, DE 27 DE SETEMBRO DE

ESTRUTURA, POLÍTICA E GESTÃO EDUCACIONAL AJUDA

ANEXO 8 RESOLUÇÃO CNE/CP 1, DE 18 DE FEVEREIRO DE (*)

Dispõe sobre o atendimento educacional especializado aos alunos identificados com altas habilidades ou superdotados no âmbito do Município de Manaus.

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS PORTARIA Nº 693, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2014

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO

Resolução nº 067, de 21 de dezembro de 2007.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão

RESOLUÇÃO CsU N., DE DE DEZEMBRO DE 2015

MANUAL DE NORMAS Ato: Resolução Nº 012/2011- CONSUP

REGULAMENTO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS - DEX UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - UFLA

Constituição Federal - CF Título VIII Da Ordem Social Capítulo III Da Educação, da Cultura e do Desporto Seção I Da Educação

RESOLUÇÃO Nº 051/2015 DE 19 DE JUNHO DE 2015

Portaria 002/2012. O Secretário Municipal de Educação, no uso de suas atribuições, e considerando os preceitos legais que regem a Educação Especial:

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS CONSELHO UNIVERSITÁRIO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA RESOLUÇÃO Nº 1, DE 2 DE FEVEREIRO DE 2016 (*)

Universidade Federal de Alagoas Faculdade de Letras - Fale

PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕES CNPJ: / CEP: GABINETE DO PREFEITO

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

a) Estar regularmente matriculados no curso;

3.1 Ampliar o número de escolas de Ensino Médio de forma a atender a demanda dos bairros.

REGULAMENTO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

EIXO II EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS PROPOSIÇÕES E ESTRATÉGIAS UNIÃO 1

INCLUSÃO ESCOLAR. Desafios da prática. Bianca Mota de Moraes

Art. 1º Fica modificada a redação da Seção V do Título IV da Lei Complementar nº 49, de 1º de outubro de 1998, que passa ter a seguinte redação:

REGULAMENTO DE ESTÁGIO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA

EMENTA: Dispõe sobre a Política Municipal de Atenção ao Idoso e da outras providências.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 047 DE 20 DE SETEMBRO DE 2007

RESOLUÇÃO N 54/2009/CONEPE. O CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, no uso de suas atribuições legais,

LEI Nº 2.581/2009. O Prefeito Municipal de Caeté, Minas Gerais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC REGULAMENTO DO ESTÁGIOS CURRICULARES OBRIGATÓRIOS E NÃO- OBRIGATÓRIOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNISC

ATO NORMATIVO DA DIREÇÃO SUPERIOR Nº 003/2009 INICIAÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA E PESQUISA INSTITUCIONAL

RESOLUÇÃO Nº 004/2012-COSUP

PROPOSTA DE AÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO ESTADUAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS INGLÊS.

Transcrição:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA CONSELHO SUPERIOR Resolução nº 30/CONSUP/IFRO, de 03 de outubro de 2011. Dispõe sobre o Regulamento dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEs) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia. O PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei nº 11.892, de 29/12/2008, publicada no D.O.U. de 30/12/2009 e em conformidade com o disposto no Estatuto, e considerando ainda o Processo nº 23243.001583/2011-08, RESOLVE: Art. 1º APROVAR o Regulamento dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEs), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, anexo a esta Resolução. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Av. Gov. Jorge Teixeira, 3.500 Setor Industrial Fone: (69)3212-0143 CEP: 76.821-064. Porto Velho-RO www.ifro.edu.br

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA REGULAMENTO DOS NÚCLEOS DE ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS NAPNEs/IFRO Regulamento aprovado pela PORTO VELHO/RO 2011

REGULAMENTO DOS NÚCLEOS DE ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS NAPNES O presente regulamento disciplina a organização, o funcionamento e as atribuições dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas NAPNEs do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia IFRO. Art. 1 Considerando: CAPÍTULO I DAS CONSIDERAÇÕES INICIAIS a) A Lei nº. 6001/73 que dispõe sobre o Estatuto do Índio; b) A Constituição Federal em seu art. 1º, inciso II e III, que garante a cidadania e a dignidade da pessoa humana; c) O Art.3º, inciso IV da CF que determina promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação d) O Art. 5º da CF o direito à igualdade; e) O Art. 205 da CF define a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho; f) O Art. 206, inciso I da CF que estabelece a igualdade de condições de acesso e permanência na escola g) O Art. 208 da CF, inciso III, estabelece a garantia de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; h) O Decreto nº 914/93 que institui a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência; i) A Lei nº 9394/96 (LDB), que em seu art.58, parágrafo primeiro, refere aos serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela com necessidades educacionais especiais; j) O Art. 59 da LDB que assegura aos educandos com necessidades especiais: I Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender às suas necessidades; II Terminalidade específica para aqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do programa escolar em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em

menor tempo o programa escolar para os superdotados; III Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores de ensino regular capacitados para a integração desses estudantes nas classes comuns; sociedade; IV Educação especial para o trabalho, visando sua efetiva integração na vida em k) O Art. 2 o da Lei nº 10.098/00 que estabelece condições de acessibilidade com possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos no interior dos edifícios públicos e privados, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; l) As Portarias nº 319/99 e nº 554/00 que regulamenta a Comissão Brasileira do Braille m) A Lei nº 10.172/2001/PNE que destaca "... a construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade Humana"; n) A Lei nº 10.436/02 e o Decreto nº 5.626/05 que dispõem sobre a Língua Brasileira de Sinais Libras; o) A Lei nº. 10.741/03 que dispõe sobre o Estatuto do Idoso; p) A Portaria nº. 3.284/2003 que dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições; q) A Lei nº 10845/04, institui o programa de complementação ao atendimento educacional especializado às pessoas portadoras de deficiência; r) O Decreto nº. 5.296/04, que regulamenta as Leis Nº. 10.048/00 e 10.098/00 com ênfase na promoção de Acessibilidade; s) O Projeto de Lei nº. 3.627/2004 que institui o Sistema Especial de Reserva de vagas para estudantes egressos de escolas públicas, em especial negros e índios, nas instituições públicas federais de educação superior; t) A Resolução nº. 01/2004 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; u) A Lei nº. 11.645/2008 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena ;

v) A Lei nº. 12.288/2010 que institui o Estatuto da Igualdade Racial; w) A Declaração dos Direitos Humanos; x) a Lei nº 8.069/1990 que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA; y) O Parecer CNB/CEB nº 4/2010 z) O Programa TEC NEP - Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas, instituído pelo MEC/SETEC-SEESP que visa à inserção das Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas nos cursos de formação inicial e continuada, de nível técnico e tecnológico nas Instituições Federais de Educação Tecnológica, em parceria com os sistemas estaduais e municipais, bem como o segmento comunitário. CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º A presente normativa orienta quanto aos procedimentos para implantação e/ou implementação do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas - NAPNE nos Campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia. CAPÍTULO III DA DEFINIÇÃO E FINALIDADE Art. 3º O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas NAPNE, responde pelas ações do Programa TEC NEP e outras ações relacionadas ao atendimento dos diferentes grupos de pessoas excluídas e marginalizadas. Visa à articulação de pessoas e de instituições para o desenvolvimento das atividades de implantação e implementação do Programa TEC NEP no âmbito do Instituto Federal de Rondônia, envolvendo sociólogos, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, supervisores e orientadores educacionais, técnicos administrativos, docentes, discentes e pais de alunos. 1º Tem como objetivo principal criar na instituição a cultura da "educação para a convivência", a aceitação da diversidade, a eliminação de barreiras arquitetônicas, educacionais e atitudinais, incluindo socialmente a todos através da educação. 2º Nos termos deste regimento, considera-se como excluídas e marginalizadas, pessoas em situação de desfavorecimento social devido à cor, etnia, orientação sexual, gênero, credo, condição econômica, necessidades especiais, alunos com altas habilidades, pessoas

encarceradas, apenadas e adolescentes em conflito com a lei. Art. 4º O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas NAPNE tem como metas: a) Promover a inclusão e a permanência de Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas PNEEs na Instituição e no mundo do trabalho; b) Identificar o público-alvo potencial na região de entorno do Campus; c) Sensibilizar a comunidade escolar para a convivência com a diversidade; d) Estabelecer parcerias com instituições públicas e privadas, associações, cooperativas, ONGs, órgãos representativos de PNEEs e de atendimento às pessoas com necessidades educacionais específicas; e) Fomentar a sustentabilidade do processo inclusivo, mediante aprendizagem cooperativa em sala de aula e a constituição de redes de apoio. Art. 5º A implantação e a implementação dos NAPNEs têm como finalidade fomentar a cultura da convivência, a cultura da educação inclusiva e o respeito à diversidade. Art. 6º O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas NAPNE será composto por um Coordenador e uma equipe multidisciplinar. A equipe multidisciplinar será composta por psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, técnicos administrativos, docentes e eventuais voluntários. CAPÍTULO IV DAS CONDIÇÕES BÁSICAS Art. 7º Em conformidade com a legislação vigente, cada campus deverá promover a implantação e a implementação do NAPNE, ofertando às PNEEs o acesso à educação e à preparação para o mundo do trabalho. Art. 8º Cada Campus determinará local apropriado para funcionamento do NAPNE, em consonância com as necessidades de atendimento e de acessibilidade. Parágrafo único - O local a ser instalado o NAPNE é o espaço institucional de referência no desenvolvimento dos serviços de acesso e permanência do alunado não tradicional no Instituto. É um espaço estruturado especificamente para receber, acolher e encaminhar as PNEEs que procuram o Instituto. Art. 9º Estabelecer os requisitos de acessibilidade, tomando-se como referência a NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas e Técnicas que trata da Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamentos

Urbanos, compreendendo no mínimo: I A eliminação de barreiras arquitetônicas para circulação das PNEEs, permitindo acesso aos espaços de uso coletivo; II A reserva de vagas no estacionamento do campus; III A adaptação de portas e banheiros com espaço suficiente para permitir o acesso da cadeira de rodas; IV A construção de rampas com corrimãos ou instalação de elevadores, facilitando a circulação da cadeira de rodas; V A instalação de barras de apoio nas paredes dos banheiros; VI A instalação de lavabos, bebedouros e telefone público em altura acessível aos usuários de cadeira de rodas; VII No que concerne às pessoas com deficiência visual, equipar a sala do NAPNE com teclado e impressora Braille, computador e outros recursos pedagógicos que se fizerem necessários; VIII Quanto ao aluno com deficiência auditiva o campus deverá prover intérprete de Língua Brasileira de Sinais. Parágrafo único Aplicação do inciso acima requer a criação dos cargos correspondentes e a realização regular de seu provimento. CAPÍTULO IV DA COMPOSIÇÃO Art. 10 O NAPNE deverá ser instituído por portaria do Diretor do Campus, com a designação do Coordenador e da equipe multidisciplinar. CAPÍTULO V DAS ATRIBUIÇÕES Art. 11 Compete à equipe multidisciplinar: I Subsidiar o Coordenador do NAPNE nas atividades do Núcleo; II Elaborar propostas e projetos; III Propor adaptações que garantam o acesso e a permanência do aluno(a) com Necessidades Educacionais Específicas no Campus; IV Participar do planejamento, execução e avaliação das ações do NAPNE; V Elaborar cursos de capacitação aplicada ao NAPNE;

VI Sistematizar as atividades propostas pela comunidade educativa para atendimento das PNEEs; VII Elaborar instrumentos de avaliação que sejam abrangentes e criteriosos e através dos quais seja possível identificar claramente as habilidades e competências desenvolvidas pelo aluno(a). VIII Assessorar os docentes nas atividades didático e pedagógicas de atendimento às PNEEs. IX Elaborar o material didático pedagógico a ser utilizado, em consonância com as necessidades específicas de cada grupo de alunos (as); X Disponibilizar materiais para atender as Necessidades Educacionais Específicas dos alunos (a); Art.12 Ao coordenador do NAPNE compete: a) Promover ações de sensibilização da comunidade escolar quanto às ações de inclusão social; b) Levantar a demanda de necessidades das PNEEs, mediante a criação de sistemas de informação, da promoção de pesquisas na comunidade e do estabelecimento de uma interface com os órgãos governamentais responsáveis pelo Censo Escolar e pelo Censo Demográfico, para atender a todas as variáveis implícitas à qualidade do processo formativo desses alunos; c) Contribuir para a adequação dos Projetos Político Pedagógicos de modo a contemplar a educação inclusiva, oferecendo informações atualizadas à Direção de Ensino, bem como aos demais gestores do Campus; d) Articular os diversos setores da instituição nas atividades relativas à inclusão, dando a conhecer as ações prioritárias; e) Estabelecer contato com instituições ou organizações que atendam alunos com necessidades educacionais específicas, com vistas a desenvolver trabalhos em conjunto; f) Firmar parcerias com órgãos públicos e instituições que desenvolvem atividades de inclusão e de atendimento a pessoas com necessidades educacionais específicas; g) Divulgar as ações do TEC NEP / NAPNE para a comunidade em geral; h) Representar o NAPNE nas ocasiões em que se fizer necessário; i) Zelar pelo bom andamento dos trabalhos; j) Coordenar as reuniões do NAPNE.

CAPITULO VI DAS ESPECIFICIDADES Art.13 Para atender os alunos com necessidades educacionais específicas o NAPNE requer: I Profissionais capacitados e especializados para o atendimento às necessidades educacionais específicas dos alunos; II Adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, adaptações das metodologias de ensino, dos recursos didáticos e do processo de avaliação para o desenvolvimento dos alunos; III Equipamentos e materiais específicos; IV A participação da família no processo educativo, bem como de outros agentes e recursos da comunidade; Art. 14 Caberá ao NAPNE de cada Campus possibilitar a formação continuada para professores e demais profissionais envolvidos, com vistas à efetivação de práticas pedagógicas em Educação Inclusiva. Art. 15 Caberá ao NAPNE de cada Campus planejar suas ações prevendo as necessidades materiais e financeiras. Art. 16 Caberá ao NAPNE de cada Campus fomentar ações de incentivo e de apoio aos alunos do Campus para o desenvolvimento de tecnologias, instrumentos, recursos didáticos e soluções arquitetônicas que promovam a acessibilidade, mobilidade e a inclusão de pessoas. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 17. Este Regulamento entrará em vigor na data de sua aprovação pelo Conselho Superior Porto Velho/RO, setembro de 2011. RAIMUNDO VICENTE JIMENEZ Reitor