UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA ANÁLISE DA AUTOAVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES DE PEDAGOGIA/FE/UFG/2013 INTRODUÇÃO

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA ANÁLISE DA AUTOAVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES DE PEDAGOGIA/FE/UFG/2013 INTRODUÇÃO O presente relatório foi elaborado pelo Núcleo Docente Estruturante do Curso de Pedagogia, designado Direção da FE/UFG, Portaria da nº 32 de 19/10/2012. Os dados apresentados neste relatório referem-se à opinião dos estudantes do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da UFG que responderam a um questionário de autoavaliação do curso, parte integrante do processo de Avaliação Institucional proposta pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, o SINAES, que, na Universidade Federal de Goiás é coordenado pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional e Recursos Humanos (PRODIRH). O questionário utilizado na coleta dos dados é composto de 26 questões distribuídas em três grandes categorias: a) Ensino; b) Pesquisa, Extensão, Cultura e Cidadania e c) Infraestrutura, Biblioteca e Informática. Os dados foram apurados na matrícula do 2º semestre 2013 e contou com a participação de 542 alunos. Deste grupo 184 não responderam e 358 responderam integralmente o questionário. Assim, os resultados representam a opinião de 66,5% do total de alunos, o que pode ser considerado uma amostra representativa. Destacou-se nesta análise o alto índice de respostas em branco dos estudantes do curso de Pedagogia, que apresentou média entre 28% e 31,3%. PRIMEIRA PARTE: ENSINO A maioria dos estudantes do curso de Pedagogia considerou que o nível de exigência do curso é equilibrado 86,1%, sendo que 6,1% avaliaram que poderiam ser mais exigidos pelo curso. Apenas 0,3% dos estudantes não responderam à questão. É possível entender que tal avaliação pode ser um indicativo de que o curso esteja favorecendo as aprendizagens pretendidas e, simultaneamente, considerando os ritmos e necessidades dos discentes.

A percepção dos estudantes sobre a principal contribuição do curso corrobora a perspectiva de análise positiva acerca da formação proposta: 83,2% dos acadêmicos de Pedagogia indicaram que o curso contribui principalmente para a formação humana e pessoal. A contribuição para a aquisição de cultura geral foi destacada por 3,6% dos estudantes, enquanto que a obtenção de diploma foi assinalada por 8,7% e 0,8% consideraram que o curso contribui para perspectivas de ganhos materiais. Os resultados anteriormente analisados corroboram a finalidade da proposta do Projeto Político Pedagógico (PPP) do Curso de Pedagogia da FE/UFG, na medida em que este propõe uma formação crítica, rigorosa ao invés da mera acumulação de conhecimentos e de novidades nas várias áreas do saber. Assim, a formação do pedagogo é entendida como [...] processo de inserção crítica dos licenciandos no universo da cultura, do pensamento, da crítica, da autonomia, da liberdade, da justiça, da democracia e da solidariedade. Nesse sentido, o curso visa: [...] formar professores que compreendam as complexas relações entre a educação e a sociedade, pensem e realizem a existência humana, pessoal e coletiva, e o trabalho pedagógico com vistas à transformação da realidade social, à superação dos processos de exploração e dominação, à construção da igualdade, da democracia, da ética e da solidariedade. (FE/UFG, 2004, p. 14) Do ponto de vista da organização didático-pedagógica no curso de Pedagogia, pode-se considerar que todos os alunos conhecem os planos de ensino das disciplinas, uma vez que nenhum deles assinalou a alternativa não conheço os planos de ensino. Quanto à relevância, ao todo 29,3% dos discentes consideraram que os planos são relevantes para o seu desenvolvimento no curso, sendo que 40,8% atribuíram alta relevância. Apenas 1,6% afirmaram que os planos não são relevantes, distribuídos respectivamente nas categorias pouca relevância (0,8%) e nenhuma relevância (0,8%). Diante desses indicadores, pode-se concluir que esteja ocorrendo a apresentação e discussão dos planos de curso das disciplinas pelos respectivos professores, conforme estabelece o Regimento Geral de Cursos de Graduação (RGCC) da UFG, assim como existe a possibilidade de que esses planos apresentem coerência com o desenvolvimento das disciplinas, podendo nortear as ações de professores e alunos na realização dos estudos e atividades de ensino-aprendizagem. Quanto às técnicas de ensino mais utilizadas nas disciplinas, predominam as aulas expositivas com participação dos estudantes (62,3%) e trabalho em grupos desenvolvidos em sala de aula (5,3%), seguidas de aulas práticas (0,3%) e, em último

lugar, 1,1% indicaram outras técnicas de ensino. Esses indicadores sugerem que há preocupação com metodologias participativas, que envolvam ativamente os estudantes na produção do conhecimento, porém há uma lacuna quanto a atividades práticas que, poderiam favorecer aprendizagem de habilidades teórico-práticas e a análise das relações entre as dimensões do fazer pedagógico. Isso sugere a necessidade de repensar a prática como componente curricular no desenvolvimento do PPP do curso. O material mais utilizado e indicado pelos professores do curso de Pedagogia da FE/UFG é a cópia de trechos ou capítulos de livros (33.2%). A diversidade de fontes bibliográficas para a realização das disciplinas indica que os conteúdos não são tratados do ponto de vista de apenas um autor. Temos aqui duas questões importantes: primeiro, o alto custo dos livros que poderá dificultar a compra do livro. Em segundo lugar, cria-se uma cultura da xerox, com textos fragmentados e muitas vezes sem a devida relação entre si. Há um aspecto no curso de Pedagogia da FE UFG que é grande o número de professores que adota livros-texto (31.3%), o que indica uma mudança de cultura acadêmica. Mas em síntese, pode-se afirmar que os estudantes do curso de Pedagogia raramente leem um livro inteiro no decorrer das disciplinas. Periódicos em artigos especializados representam uma proporção pequena (1.1%) na bibliografia das disciplinas. Sabe-se que a circulação rápida dos periódicos permite a atualização pelo menos de parte dos conteúdos das disciplinas ano a ano. De acordo com os dados, 60,9% dos alunos consideram que os professores do curso de Pedagogia adotam como instrumento predominante de avaliação a prova escrita com questões discursivas ou provas mescladas com questões discursivas e objetivas. Os dados indicam (9,8%) que os professores também utilizam como instrumento de avaliação trabalhos de grupo ou individuais. Cabe ressaltar que os dados revelam em parte os instrumentos de avaliação empregados pelos professores, pois esses utilizam de práticas diversificadas: provas discursivas, provas combinando questões discursivas e objetivas, bem como trabalhos individuais e em grupo. Quanto à disponibilidade dos professores do curso e na instituição para orientação extraclasse 30, 2% dos estudantes respondem que a maioria dos professores tem disponibilidade, 12.3% respondem que todos têm disponibilidade e 15,1% indicaram que cerca da metade tem disponibilidade. Estes dados reforçam a importância em manter o quadro docente com maioria dos professores em regime de dedicação

exclusiva, o que possibilita ir além da sala de aula, não só nas atividades de pesquisa e extensão, mas estender o ensino para além do momento da aula, incentivando os alunos a buscarem mais conhecimento e ajudando-os a superar suas dificuldades. Quando perguntados se seus professores têm demonstrado domínio de conteúdo das disciplinas ministradas, 39,4.% dos estudantes respondem que todos os professores demonstram domínio de conteúdo e 29,% afirmam que a maioria dos professores demonstra domínio dos conteúdos das disciplinas que ministram. Os índices são excelentes, mas considera-se a questão complexa de ser analisada, pois ela não consegue abarcar o que de fato acontece no processo de ensino e aprendizagem e quais os critérios considerados pelos alunos ao responderem a questão. SEGUNDA PARTE: PESQUISA, EXTENSÃO, CULTURA E CIDADANIA Dentre os participantes, 15,4% dos alunos participaram ou estão participando de projetos de pesquisa de professores. Pode-se considerar que este é um dado importante, pois sinaliza que os alunos possuem consciência sobre a importância da participação nestes projetos como um diferencial no seu processo formativo. Este interesse também pode conduzir a uma reflexão quanto a pouca oferta de bolsas de iniciação à pesquisa, seja na modalidade Pibic, Pivic, Pibid ou de licenciatura para que a maioria dos alunos possa usufruir dessas atividades. No entanto, chama atenção um percentual significativo, 43,5% que afirmaram não ter interesse em realizar pesquisa, ou não tiveram oportunidade. Este percentual é considerado elevado tendo em vista que o curso funciona em apenas um período e, é possível constatar na vivência cotidiana que a maior parte dos alunos (sobretudo na segunda metade do curso) tende a conciliar os estudos com uma ou duas jornadas de trabalho, tanto no campo da educação como nos setores de prestação de serviços e de vendas, o que, em tese, dificulta a dedicação aos projetos de pesquisa. Por fim, 12% dos alunos afirmaram não conhecer o que é um projeto de pesquisa. Podemos inferir que, em geral, são os estudantes ingressantes, calouros que respondem desconhecer este tema, tendo em vista que a pesquisa é parte constituinte do cotidiano dos docentes da FE. Infelizmente não é possível identificar em que período os alunos que responderam desta forma se encontram no curso, o que ajudaria a compreender o dado de modo a agir de forma mais propositiva na solução da lacuna de comunicação.

Dentre os participantes deste estudo, 44,7% dos alunos afirmam que participaram de ações ou programas comunitários em projetos de extensão, em uma ou mais de uma disciplina e em atividades de pesquisa, iniciação cientifica. Observou-se que 26% dos alunos afirmam que não participaram ou que o curso não oferece oportunidade de participação em programas comunitários. Analisando-se que aproximadamente um quarto dos alunos que responderam o questionário afirma não terem tido a oportunidade de se inserir em algum projeto ou atividade de extensão na universidade, novamente somos provocados a acreditar que estes estudantes são iniciantes no curso, considerando-se que os eventos acadêmicos, mostras culturais, shows, apresentações e seminários dos diversos núcleos de pesquisa fazem parte da rotina acadêmica da FE e também da UFG como um todo. Talvez precisássemos refletir sobre o que os alunos consideram como sendo oferta de oportunidades. É preciso compreender este dado para então buscarmos sanar a dificuldade apresentada. Sobre a participação em atividades extracurriculares oferecidas pela UFG, 58,9% dos alunos afirmam que participam dessas atividades destacando-se atividades artísticas (teatro, música etc.) e culturais (palestras, conferências etc.) com um índice total de 51,4% de participação. As atividades com menos participação são as desportivas (0,0%) e estudos de línguas estrangeiras (1,4%). Apenas 7,3% dos alunos responderam que não participaram de nenhuma atividade extracurricular. Reconhecendo que, pelo currículo do curso de Pedagogia e de todas as demais licenciaturas, é necessário que o aluno cumpra, no mínimo, 200 horas de atividades e extracurriculares obrigatoriamente, como condição para que tenha seu curso integralizado, esse dado deverá sofrer modificações, de modo que esses alunos possam, inclusive, se formar. No entanto, preocupa-nos saber que apenas metade de nossos alunos participa de atividades artísticas e culturais, que são consideradas como uma importante dimensão formativa humana, e especialmente relevante na formação de educadores. Tal situação pode nos indicar a necessidade de fomentar políticas públicas que ampliem o acesso da população estudantil à arte e cultura em geral., visto que a Faculdade de Educação oferece, ao longo do ano, vários encontros, seminários e simpósios, principalmente, da área da educação como da psicologia. No que se refere à participação em eventos científicos, 64,8% dos alunos responderam que participam ou participaram de eventos acadêmicos e científicos promovidos, em maior parte pela UFG. Avaliamos, entretanto que este percentual é

pequeno, por se tratar de uma IES pública em que inúmeros eventos ocorrem concomitantemente e nas mais diversas áreas, sendo que a própria Faculdade de Educação oferece, ao longo do ano, vários encontros, seminários e simpósios, principalmente, da área da educação como da psicologia. Uma hipótese que podemos levantar como fator impeditivo à participação da maioria dos estudantes é o socioeconômico, já que a participação na maioria dos eventos implica em algum custo financeiro com inscrição, deslocamentos etc. Caso esta hipótese se confirme por meio da análise dos dados dos questionários socioeconômicos dos alunos, uma saída seria pensar na redução dos custos dos eventos e ou na adoção de cotas sociais para isenção de despesas daqueles que, comprovadamente, apresentarem dificuldades em arcar com estas despesas. Apesar de 50% dos alunos afirmarem que não desenvolvem ou (não) desenvolveram nenhuma atividade acadêmica, por mais tempo, durante o curso, além das obrigatórias; observa-se uma contradição com relação às questões respondidas anteriormente, pois se constatou que 15,4% estão envolvidos em projetos de pesquisa e que 30,8% participavam de atividades de extensão, ou de pesquisa oferecidas pelo curso. Quanto à opinião dos estudantes sobre o apoio do curso à participação em eventos, 68,7% dos alunos reconhecem que o curso apoia a participação dos estudantes em eventos de caráter cientifico, inclusive com dispensa de presença às aulas, sendo que 17,9% afirmam que há apoio com dispensa de presença às aulas e ajuda de custo por parte da UFG para quem apresenta trabalho. Para 6,7% dos alunos o apoio se dá somente com dispensa de presença às aulas. TERCEIRA PARTE: INFRA-ESTRUTURA, BIBLIOTECA E INFORMÁTICA Quanto à estrutura, 45% dos alunos responderam que as salas de aula são arejadas, bem iluminadas e com o mobiliário satisfatório. Destes 14,8%, consideram ainda, essas salas amplas e 3,1% pequenas. Entretanto, 0,6% afirmam que as salas são pequenas, mal arejadas, mal iluminadas e com o mobiliário insatisfatório. Em relação aos laboratórios, 22,9% dos alunos afirmam que são amplos e arejados, bem iluminados e com mobiliário satisfatório. Entretanto, 19,8% afirmam que

são pequenos, 4,5% que são mal arejados e 3,5% que são mal iluminados. Constata-se ainda que 16,2% consideram esses pequenos, mal arejados, mal iluminados e com o mobiliário insatisfatório. A coordenação de curso e a equipe do NDE esclarecem que estes espaços na Faculdade de Educação contam, atualmente, com aparelhos de ar condicionado e que as condições de espaço, iluminação e ventilação estão adequadas. Uma das razões que podem ser apontadas como causa deste baixo índice é que a ida aos laboratórios acompanha as disciplinas ao longo do curso e que os iniciantes ainda não tiveram oportunidade de conhecê-los. Em relação ao acesso às ferramentas computacionais 40,3% dos alunos consideram que o acesso às ferramentas computacionais é satisfatório. Destes, 17,6% consideram o acesso limitado, 10,9% consideram o acesso insatisfatório e apenas 1,4% afirmam que a unidade acadêmica não viabiliza o acesso as ferramentas computacionais. Na opinião dos estudantes quanto às aulas práticas, 45,3% afirmam que o material oferecido nas aulas práticas é suficiente, no entanto, somente 15,4% consideram que isso ocorre em todas as aulas e 18,7% dos alunos reconhecem que não é em todas as aulas práticas do curso que se faz necessárias o uso do material de consumo. Observa-se um elevado índice de satisfação dos alunos com as aulas práticas do curso, ainda que sinalizem necessidades de maiores investimentos nos laboratórios da FE. Quanto à disponibilidade de equipamentos para aulas práticas, 44,3% dos alunos afirmam que os equipamentos disponíveis nas aulas práticas são suficientes para o número de alunos. Destes, 12,8% afirmam que isso ocorre em todas as aulas. 23,7% reconhecem que nem todas as aulas práticas recorrem à utilização de equipamentos. Em relação às condições dos laboratórios do curso, 26,3% dos alunos afirmam que os equipamentos do laboratório utilizados no curso são atualizados, sendo que 19% consideram esses equipamentos bem conservados, 19,6% dos alunos consideram esses equipamentos desatualizados. Apesar disso, 19,6% avaliam que os equipamentos estão bem conservados. Causa estranheza que 23,7% dos alunos afirmam que não há laboratório no curso, sendo que estão disponíveis aos alunos, desde o primeiro período do curso, o

Laboratório de Informática, e a partir do terceiro período o Laboratório de Matemática e Ciências Naturais. Quanto às condições de uso da biblioteca do curso, duas respostas chamam atenção. Perguntados a respeito do acervo da biblioteca quanto à atualização e necessidades do curso, a maioria expressiva, 48% afirma que o acervo é atualizado. Mas, perguntados a respeito da frequência de uso da biblioteca um número expressivo, 27,4% afirma que raramente a utiliza. A maioria significativa avalia bem a biblioteca nos aspectos dos números de exemplares por alunos, o horário de funcionamento e as instalações. Em relação à frequência de utilização das bibliotecas da UFG, os dados parecem ser reveladores de uma tendência, pois 19,3% responderam que a utiliza raramente e 8.1% responderam que nunca a utilizam. Essas respostas somadas são em termos percentuais 27,4%, o que supera o total dos que responderam que a utilizam diariamente e os que a utilizam muito frequentemente, somando 14,5%. Ora, se a biblioteca tem boas instalações, não faltam livros e o horário de funcionamento atende às necessidades dos alunos, por que eles não estão frequentando a biblioteca? Seria a falta da necessidade, pois todos compram os livros indicados pelo curso? Seria o curso baseado em textos recortados de livros e disponibilizados em cópias? Afastada a primeira possibilidade a segunda deve incomodar a todos nós, pois um curso superior feito de recortes de leitura pode ficar a dever ao adjetivo superior. Com relação aos livros mais usados no curso, 12,6% dos alunos responderam que o número de exemplares disponíveis na biblioteca atende ao alunado, 32,4% responderam que o número de exemplares atende razoavelmente o alunado. Somente 7,3% dos alunos afirmaram que o número de exemplares não atende ao alunado. No que se refere-se ao horário de funcionamento da biblioteca a maioria expressiva, 59,1% declara tratar-se de horário adequado, sendo que 20,9% afirma ser um horário plenamente adequado e 39,1% que o horário é adequado. Somente 0,3% afirmaram que o horário de funcionamento da biblioteca não é adequado. Quanto às condições da biblioteca, com relação às instalações para leitura e estudo, a maioria expressiva, 60,3%, declara que as condições são adequadas, sendo que

33,8% afirmam que as condições são plenamente adequadas. Ressalta-se que nenhum aluno respondeu a que as condições de leitura e estudo são inadequadas. Por último, quando perguntados sobre os recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino-aprendizagem no curso, 50,5% dos alunos declararam que são adequados, sendo que 25,4% afirmam que estão também sempre disponíveis. Para 8,1% dos alunos os recursos audiovisuais utilizados são inadequados e nem sempre estão disponíveis. Somente 2,5% dos alunos reponderam que os locais das aulas não dispõem desses recursos. Goiânia 15 de maio de 2012 Núcleo Docente Estruturante do Curso de Pedagogia Amanda Ribeiro de Castro (Representante dos alunos do curso de Pedagogia) Profª Ivone Garcia Barbosa Prof. João Ferreira de Oliveira Profª Lúcia Maria de Assis (Presidente) Profª Lueli Nogueira Duarte e Silva Marizeth Ferreira Farias (Representante dos Servidores Técnicos - Administrativos) Profª Mônica Maria Lopes da Fonseca Profª Nancy Nonato de Lima Alves Profª Simei Araújo Silva Profª Tânia Miriam de Andrade