FONTES DO PROCESSO PENAL FONTE MATERIAL E FORMAL
FONTES LUGARES DE ONDE PROVEM A NORMA OU LUGARES DE ONDE PROVEM A NORMA OU DIREITO. PODEM SER: - MATERIAIS - FONTES CRIADORAS - FORMAIS FONTES DE EXPRESSÃO OU DE CONHECIMENTO
FONTES MATERIAIS - CRIAÇÃO FONTES MATERIAIS- fonte de produção correspondem às entidades ou sujeitos aos quais incumbe a geração de normas jurídicas sobre determinadas matérias. UNIÃO art. 22,I, CF/88 compete privativamente. ESTADO excepcionalmente, poderão criar leis que tratem de questões específicas de processo penal, desde haja autorização da UNIÃO por meio de LEI COMPLEMENTAR, conforme dispõe o art. 22, Único, CF/88.
FONTES MATERIAIS - CRIAÇÃO UNIÃO, ESTADOS E DISTRITO FEDERAL - possuem competência concorrente de acordo com o art. 24, CF/88: DIREITO PENITENCIÁRIO (INCISO I)- organização e funcionamento dos estabelecimentos prisionais. Ex. Lei Federal 10.792/2003 autorizou os Estados criarem o RDD nos termos do art. 5º, da citada lei. CUSTAS E SERVIÇOS FORENSE (INCISO IV)- Ex. preços de fotocópia e custas da ação penal privada. CRIAÇÃO, FUNCIONAMENTO E PROCESSO DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (INCISO X)- PROCEDIMENTOS EM MATÉRIA PROCESSUAL (INCISO XI) preencher lacunas deixada pela legislação federal.
FONTES MATERIAIS- CRIAÇÃO EM RESUMO: - QUEM PODE FAZER LEI PROCESSUAL PENAL (FONTE MATERIAL)? - - Só a União, se for DIREITO PROCESSUAL PENAL - - A União, os Estados e o Distrito Federal se for procedimento, direito penitenciário, custas e juizados especiais criminais.
FONTES FORMAIS - REVELAÇÃO - FONTES FORMAIS fontes de revelação, de cognição ou de conhecimento, traduzem as formas pelas quais o direito se exterioriza. Podem ser classificadas em: - FORMAIS IMEDIATAS OU DIRETAS compreende as LEIS: - CF/88: proteção intimidade, tutela de domicílio, sigilo das interceptações telefônicas, contraditório, inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos e limitações impostas à prisão do indivíduo. - LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: leis editadas pelo Congresso Nacional. - SÚMULA VINCULANTE 2/3 dos ministros aprovam matéria constitucional, que tem força de lei (caráter cogente) - (art. 103-A, CF/88).
FONTES FORMAIS - REVELAÇÃO TRATADOS, CONVENÇÕES E REGRAS DE DIREITO INTERNACIONAL Art. 5º 2º,3º da CF/88, tratados são acordos assinados entre países em assuntos de natureza política, incluindo crimes. Convenção também são acordos, entretanto assinados por vários países. Presidente (ART. 84,VIII, DA CF/88) celebra o tratado e o Congresso sua resolução definitiva (art. 49, I, CF/88), transformando em Decreto. FONTES FORMAIS MEDIATAS OU DIRETAS: - COSTUMES: conjunto de normas de comportamento que as pessoas obedecem de modo igual e constantemente pela convicção de sua obrigatoriedade. Esta pratica de conduta reiterada conhecida como PRAXE FORENSE pode ser: secundum legem (de acordo com a lei),praeterlegem (suprem lacunas da lei) econtralegem (contra a lei).
FONTES FORMAIS - REVELAÇÃO Exemplo (PRAETER LEGEM): Art. 206 do CPP- inexiste previsão legal que parentes do ofendido sejam (pai, mão, irmão, etc), sejam dispensados de prestar compromisso como testemunha. A praxe forense possibilita que sejam ouvidos como informantes, dispensado da regra do art. 203 do CPP. Exemplo (CONTRA LEGEM): antes da Lei n. 11.690/08, não existia no CPP, o momento que o juiz deveria fazer as perguntas as testemunhas, se antes ou depois das parte e sempre o juiz pergunta primeiro (praeter legem). Com a atual redação do art. 212 do CPP, a regra que o juiz deve perguntar por último, para esclarecer alguns pontos não previstos, porém atuamente o juiz inicia as perguntas, contrariando a lei (CONTRA LEGEM)
FONTES FORMAIS -REVELAÇÃO DOUTRINA: consiste na opinião manifestada pelos operadores do direito ou estudiosos sobre o tema. Ex: Guilherme de Souza Nucci PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO regras que se encontram na consciência dos povos (brocados) e são universalmente aceitas, mesmo que não existas. Ex: ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza ou máfé. o direito não socorre aos que dormem ; a ninguém é lícito alegar sua própria torpeza ; o réu não pode ser obrigado à autoincriminação ; ouça-se também a outra parte :; o juiz conhece o direito. São regras não escritas, mas monstram-se presentes e informa o sistema jurídico. Ex: advogado com objetivo de que seja reconhecida a prescrição de seu cliente arrola testemunhas de outros Estados, deve o
FONTES FORMAIS -REVELAÇÃO DIREITO COMPARADO: não possuem aplicação no território nacional, mas as normas jurídicas de outras nações fornecem, em muitos casos, subsídios importantes para a solução de problemas comuns a vários países, inclusive inspirando a produção de leis sobre assuntos específicos. JURISPRUDÊNCIA: é a decisão reiterada dos juízes e tribunais em um mesmo sentido. ANALOGIA: é um processo de integração da norma, por um método de semelhança, voltado ao suprimento de lacunas, ou seja, consiste em estender a um caso não previsto aquilo que o legislador previu para um outro caso, desde que em igualdade de condições.
FONTES FORMAIS -REVELAÇÃO Ex: o agente praticou crime que poderia ser aplicado o art. 89 da lei n. 9.099/95, porém o ministério público não apresenta suspensão condicional do processo, e diante disto, como não existe regra coibindo está conduta do ministério público, por analogia, o juiz com base no art. 28 do CPP, envia ao Procurador para manifestar acerca do caso concreto.