REGISTRO BRASILEIRO DE MARCAPASSOS: RESULTADOS PRELIMINARES Departamento de Estimula~ao Cardfaca Artificial (Deca)

Documentos relacionados
Experiência brasileira com uso de marcapasso cardíaco artificial: resultados atuais obtidos pelo Registro Brasileiro de Marcapassos - RBM

RBM - Registro Brasileiro de Marcapassos, Ressincronizadores e Desfibriladores

Clinical and epidemiological characteristics of patients with Chagas disease submitted to permanent cardiac pacemaker implantation

Bradicardias. Dr. Joubert Ariel Pereira Mosquéra. Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial Hospital do Coração do Brasil

Roberto COSTA * DESCRITORES: estimulação cardíaca artificial, coleta de dados, sistemas de gerenciamento de base de dados, Brasil, arritmia.

Registro Brasileiro de Marcapassos no Ano 2000

Indicações atuais de implante de marcapasso definitivo

BRADIARRITMIAS E BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

Artigo Original. Reblampa

Registro Brasileiro de Marcapassos no Ano 2002

BRADIARRITMIAS. Aula 5 Imersão em Arritmias Cardíacas. Dr. Bruno Andrea

Portaria nº 725 de 06 de dezembro de 1999.

Monitorização Eletrocardiográfica Ambulatorial. Helcio Garcia Nascimento

DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL

Bradiarritimias. Revista Qualidade HC. Autores e Afiliação: Área: Objetivos: Definição / Quadro Clínico: Diagnóstico:

Diagnóstico e tratamento das arritmias em crianças e pacientes e com Cardiopatia Congênita. Dr. Bráulio Pinna

PROTO COLO CLÍNICO ABORDAGEM INICIAL DAS BRADICARDIAS EM SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA. Vinício Elia Soares Coordenador Executivo da Rede de Cardiologia

INTERPRETAÇÃO DO ECG resolução de exercícios

Maria InEls de Paula LEAO(1), Roberto COSTA(2), Jose Carlos PACHON-MATEOS(3), Silas dos Santos GALVAO FILHO(4), Roberto T.

Artigo Original. Relampa

Jorge Yussef Afiune Divisão de Cardiologia Pediátrica.

Aspectos Epidemiológicos da Estimulação Cardíaca no Brasil 10 anos do Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM)

Arritmias Cardíacas CLASSIFICAÇÃO. Taquiarritmias. Bradiarritmias. Supraventriculares. Ventriculares

ARRITMIAS CARDÍACAS. Dr. Vinício Elia Soares

Programa de Aperfeiçoamento em Eletrofisiologia Invasiva e em Estimulação Cardíaca Artificial do Instituto Nacional de Cardiologia

Curso Preparatório para Residência de Enfermagem-2012 Arritmias Cardíacas

Taquiarritmias. Fernanda Queiroz

BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR TOTAL (BAVT): RELATO DE CASO

Disciplina de Enfermagem em Centro de Terapia Intensiva

Curso de capacitação em interpretação de Eletrocardiograma (ECG) Prof Dr Pedro Marcos Carneiro da Cunha Filho

REGISTRO BRASILEIRO DE MARCAPASSOS ORIENTA<;AO PARA PREENCHIMENTO DO FORMULARIO

Cardiologia do Esporte Aula 2. Profa. Dra. Bruna Oneda

Nome: Paulo Mendonça Ferreira Sexo: M Altura: 1.84 Peso: 98 Fumante: 0 Data de nascimento: 11/10/1981

Bloqueios Atrioventriculares

CONDUTAS NO IAM COM INSTABILIDADE ELÉTRICA. Sérgio Luiz Zimmermann

CURSO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DE ARRITMIAS

Cardiodesfibrilador implantável Terapia de ressincronização cardíaca Marcapasso

ELETROCARDIOGRAFIA. Profª Enfª Luzia Bonfim

COMISSÃO DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Reconhecimento do ritmo cardíaco sinusal. Profa Dra Rita de Cassia Gengo e Silva Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica - EEUSP

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN

Curso de Electrocardiografia Básica TAQUIARRITMIAS. Miryan Cassandra. Serviço de Cardiologia CHUC - H. Geral 16 de Outubro de 2014

Registro Brasileiro de Marcapassos: escolha do modo de estimulação no ano de 1999

XVI. Eventos Noturnos: Descrição e Importância no Holter

!"#$%&&'()'%*+ Pedro Pires Epifânio

Arritmias Cardíacas Doenças Valvares Morte Súbita. Prof. Dra. Bruna Oneda

Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia Região Sul 20 a 24 de setembro de 2006 ACM - Florianópolis

C A R D I O V I D A On Line

JANEIRO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS EM 34 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 EXTENSIVO

Apresentação. Ou seja, um livro preparado não só para quem quer ser bem-sucedido em processos seletivos, mas também na carreira médica. Bom estudo!

Como Avaliar o Teste Ergométrico Para a Prática de Exercício. Profa. Dra. Cláudia L. M. Forjaz Escola de Educação Física e Esporte

Atlas das Arritmias Cardíacas

Farmacoterapia de Distúrbios Cardiovasculares. Profa. Fernanda Datti

CRONOGRAMA PRÉVIO CARDIOAULA TEC 2019 EXTENSIVO. JANEIRO A SETEMBRO. PROVA: SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 35 SEMANAS

Nome: Geliane Wernech Ribeiro Sexo: F Altura: 1.65 Peso: 70 Fumante: Data de nascimento: 05/04/1977

Nome: Marly Marlene da Silva Teixeira Sexo: F Altura: 1.60 Peso: 60 Fumante: Data de nascimento: 01/01/1941

ROBERTO MAX LOPES Hospital Biocor e Santa Casa de Belo Horizonte

O ECG nas síndromes coronárias isquêmicas

Registro Brasileiro de Marcapassos: Resultados Obtidos no Segundo Quadrimestre de Aspectos Atuais da Escolha dos Modos de Estimula~ao no Brasil

ENFERMAGEM FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM. SINAIS VITAIS Aula 11. Profª. Tatiane da Silva Campos

ECG - ELETROCARDIOGRAFIA

Marcos Sekine Enoch Meira João Pimenta

Permanente no Brasil. DESCRITORES: estimulayao cardfaca artificial, coleta de dados, sistemas de gerenciamento de base de dados, Brasil, arritmia.

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS

Nome do Programa Programa de Complementação Especializada em Arritmia Clínica, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial.

DIRETIVAS. (Texto relevante para efeitos do EEE)

Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia Região Sul 20 a 24 de setembro de 2006 ACM - Florianópolis

Aprimoramento em Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial

Fibrilação Atrial. Revista Qualidade HC. Autores e Afiliação: Área: Objetivos: Definição / Quadro Clínico: Diagnóstico: Exames Complementares:

Consenso para 0 Implante de Marcapasso Cardfaco Permanente e Desfibrilador - Cardioversor Implantavel

CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS

INTERPRETAÇÃO DE ECG LUCAS SILVEIRA DO NASCIMENTO

SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA

Interpretação do eletrocardiograma. Prof.: Aguinaldo Alves Deão

Taquiarritmias na Sala de Urgência

Cuidando do cliente com agravos cardiovasculares em Urgência e Emergência. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência

PRODUÇÃO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO OU INSTRUCIONAL FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU- UNESP. Programa de PG em Medicina

CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS

CARDIOVIDA On Line Holter de 24 horas em 3 canais, digital Dr. Dário Sobral

SIMPÓSIO DE ELETROCARDIOGRAMA

Prova de Esforço. Ana Mota

DIAGNÓSTICOS PARA ENCAMINHAMENTO VIA CROSS PARA TRIAGEM NO INSTITUTO DO CORAÇÃO

Estimulação Cardíaca Artificial Marcapasso. Sammylle Gomes de Castro

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo COMISSÃO DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - CCEX COMISSÃO DE ENSINO INSTITUTO DO CORAÇÃO

Carlos Alberto Pastore Livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP. Diretor de Serviços Médicos do Incor-HC-FMUSP.

14 de setembro de 2012 sexta-feira

ECG - ELETROCARDIOGRAFIA

Atlas de Eletrocardiograma

CLÍNICA. Protocolos de Enfermagem para Implante de Marcapasso Cardíaco Definitivo.)

22 de Junho de :00-10:30 AUDITÓRIO 6 AUDITÓRIO 7

C A R D I O V I D A On Line

Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório

Resultados Demográficos, Clínicos, Desempenho e Desfechos em 30 dias. Fábio Taniguchi, MD, MBA, PhD Pesquisador Principal BPC Brasil

A QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM MARCAPASSO.¹. Roberta Rita Souza Neves²; Isabel Cristina Silva³

Carlos Alberto Pastore Nelson Samesima Rafael Munerato. 4ª edição

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo COMISSÃO DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - CCEX COMISSÃO DE ENSINO INSTITUTO DO CORAÇÃO

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016

Anamnese. Qual sua hipótese diagnóstica? O que você perguntaria na HPP?

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 SUPER INTENSIVO JUNHO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS

Transcrição:

Rev. Bras. Marcapasso e Arritmia 7(3): 124-129, 1994. RBM REGISTRO BRASILEIRO DE MARCAPASSOS: RESULTADOS PRELIMINARES Departamento de Estimula~ao Cardfaca Artificial (Deca) Roberto COSTA (1) & Maria Ines de Paula LEAo (2) REBRAMPA 78024-71 INTRODUQ.A.O o Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) e uma base de dados nacional que conta com a participa9ao do Deca, do Ministerio da Saude e dos fabricantes de marcapassos. Tem por objetivo coletar informa90es a respeito dos procedimentos cirurgicos realizados em pacientes que utilizem a estimula9ao cardfaca artificial permanente 1-3. A Revista Brasileira de Marcapasso e Arritmia (Rebrampa), com a finalidade de manter a comunidade medica, as autoridades sanitarias e os fabricantes de marcapasso informados sobre os resultados obtidos pelo RBM, publicara em suas edi90es regulares, os resultados obtidos no quadrimestre que antecede a publica9ao. Os dados serao apresentados em tabelas e graticos, e analisados sumariamente. Neste fascfculo estamos apresentando apenas as informa90es referentes aos meses de junho, julho e agosto, para que, a partir da proxima edi9ao, apresentemos as estatisticas referentes aos quadrimestres setembro-dezembro, janeiro-abril, maio-agosto e assim sucessivamente. CAsufsTICA No perfodo de 01/06/94 a 30/09/94 foram realizados 1936 procedimentos cirurgicos relacionados a estimula9ao cardfaca artificial, segundo as informa- 90es registradas nos formularios en vi ados por 116 hospitais e preenchidos por 217 medicos diferentes. Destes, 1348 (70,91 %) foram implantes iniciais, 445 ( 23,41 %) reopera90es e em 108 (5,68%) foi informado dado nao disponfvel. Em 35 formularios 0 campo motivo da opera9ao nao foi preenchido. (Tabela I e Figura 1). 0 Fechamento do Arquivo foi referido em 2 formularios (0,1%), um por transplante cardfaco e 0 outro por morte relacionada ao marcapasso (Tabela II). TABELA I MOTIVO PRINCIPAL PARA A OPERAyAO DOS PACIENTES Opyoes Primeiro Implante 1348 70,91 % B01 Disturbio Hemodinamico 24 1,26% B02 Palpitayoes 2 0,1 1% B03 Sindrome do Marcapasso 8 0,42% Dor na Ferida 2 0,11 % CO2 Erosao da Pele 2 0,11 % C03 Extrusao de Sistema 15 0,79% C04 Infecyao 8 0,42% C05 Hematoma 0,05% D01 Defeito do Gerador 242 12,73% D02 Defeito do Eletrodo 24 1,26% D03 Desposicionamento de Eletrodo D04 Aumento do Limiar 23 1.21 % D05 Perfurayao 0,05% D06 Alterayao da sensibilidade E01 Interferencia por miopotenciais 0,05% E02 Interferencia eletromagnetica 1 0,05% F01 Estimulayao frenica 5 0,26% F02 Estimula<;:ao muscular G01 Outro Motivo Nao Codificado 86 4,52% H01 Dado nao Disponivel 108 5,68% 1901 99,99% (1) Doutor em Cirurgia pela FMUSP e Coordenador do Registro Brasileiro de Marcapassos - RBM. (2) Medica Coordenadora do Registro Brasileiro de Marcapassos - RBM. Endere<;:o para correspondencia: Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 4268. CEP: 01402-002 - Sao Paulo - SP. 124

COSTA, R.; LEAO, M.I.P. - REGISTRO BRASILEIRO DE MARCAPASSOS - RESULTADOS PRELIMINARES - Departamento de Estimula~ao Cardiaca Artificial (Deca). Rev. Bras. Marcapasso e Arritmia, 7(3): 124-129, 1994. Prlmelro Imp""te 1... Dodo RIo dllponfvel... OUtr uu c:od"lcmt... Figura 1 - Motivo principal para a operaqao dos pacientes Cau nio cod"lcad..,... TABELAIV RA<;A DOS PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTES INICIAIS B N M A 0 0 Opyoes Brancos Negros MestiQos Amarelos Outra raqa nao codilicada InformaQao nao disponivel 931 98 160 10 15 1215 76,63% 8,07% 13,17% 0,82% 0,08% 1,23% 100,00% TABELA II SITUA<;AO DO ARQUIVO DOS PACIENTES OpQoes Negro. 8% Mestl~os 13% Fechamento nao relerido 1927 99,90% Morte Nao Relac. ao Marcapasso Morte Relacionada ao Marcapasso 1 0,05% A03 Morte Subita A04 Morte de Causa Nao Conhecida B01 Retirada do Marcapasso B02 Transplante Cardiaco 0,05% 1929 100,00% Branco. 78% IMPLANTES INICIAIS Nos 1348 casos de implante inicial, nota-se a predominancia do sexo masculino (54,0%) e da ra9a branca (77,6%). (Tabelas III e IV/Figuras 3 e 4). TABELA 111 SEXO DOS PACIENTES SU8METIDOS A IMPLANTES INICIAIS Figura 4 - RaQa dos pacientes submetidos a implantes iniciais o implante de marcapasso foi justificado por sintomas de hipofluxo cerebral em 74,5% dos pacientes (Tabela V e Figura 5), embora 84,5% dos enfermos tambem apresentassem insuficiencia cardfaca congestiva (Tabela VI e Figura 6). 0 achado eletrocardiogrcifico predominante foi bloqueio atrioventricular total (56,8% dos pacientes). Bloqueio AV do 22 grau foi Feminino Masculino 614 721 45,99% 54,01 % TABELA V QUADRO CUNICO QUE INDICOU 0 IMPLANTE DE MARCAPASSO INICIAL Masculino 540/. 1335 100,00% A03 A04 A05 801 802 803 CO2 C03 001 0pQoes Sincope 606 45,26% Pre-sincope 142 10,60% Tonturas 263 19,64% Insul. cardiaca congestiva 104 7,77% Disl. cerebral I Bradipsiq 2 0,15% Bradicardia 150 11,20% Taquicardia 4 0,30% Arritmia secunda ria 13 0,97% Necessidade de larmacos 17 1,27% Profilatico 4 0,30% Outras indicaqoes nao codilicadas 17 1,27% InformaQao nao disponivel 17 1,27% Figura 3 - Sexo dos pacientes submetidos a implantes iniciais 1339 100,00% 125

COSTA, R.; LEAO, M.I.P. - REGISTRO BRASILEIRO DE MARCAPASSOS - RESULTADOS PRELIMINARES - Departamento de Estimula~ao Cardiaca Artificial (Deca). Rev. Bras. Marcapasso e Arritmia, 7(3): 124-129, 1994. Tontures Inaul. cardlaca conge,tlve 8% TABELA VII ACHAOO ELETROCAROIOGRAFICO QUE JUSTIFICOU 0 IMPLANTE DE MARCAPASSO INICIAL Cod. Opyoes N2 Pr 6-afncope 11 % Sincope 44% outr CIIU'.% Figura 5 - Quadro clinico que indicou 0 implante de marcapasso inicial TABELA VI CLASSIFICAC;;AO FUNCIONAL PARA INSUFICIENCIA CAROiACA CONGESTIVA DOS PACIENTES SUBMETIOOS A IMPLANTE INICIAL Cod. B02 B03 B04 Opyoes Assintomatico Grandes esforyos Medios ou pequenos esforyos Repouso Informayao nao dispon fvel N2 150 11,18% 176 13,11 % 619 46,13% 339 25,26% 58 4,32% 1342 100,00% Informafio nio diaponlvel 4% A.. intom'tlco 11% Ritmo sinusal normal 7 0,52% B01 BAV de 12 grau 22 1,64% B02 BAV de 22 grau Wenckebach 15 1,12% B03 BAV de 22 grau Mobitz II 61 4,56% B04 BAV de 22 grau 2:1 103 7,69% B05 BAV de 22 grau nao especif. 14 1,05% B06 BAV de 32 grau QRS estreito 216 16,13% B07 BAV de 3Q grau QRS largo 446 33,31 % B08 BAV de 32 grau QRS nao esp. 99 7,39% B09 BRO + PR normal 5 0,37% B10 BRE + PR normal 3 0,22% B11 BOAS + PR normal B12 BOPI + PR normal B13 BRO+BOAS + PR normal 3 0,22% B14 BRO+BOPI + PR normal 0,07% B15 BRO+BOAS+BOPI + PR normal 0,07% B16 BRO + PR > 0,20 s 2 0,15% B17 BRE + PR > 0,20 s 3 0,22% B18 BOAS + PR > 0,20 s 2 0,15% B19 BOPI + PR > 0,20 s B20 BRO+BOAS + PR > 0,20 s 7 0,52% B21 BRO+BOPI + PR > 0,20 s B22 BRO+BOAS+BOPI + PR > 0,20 s 2 0,15% B23 Bloqueio Fascicular nao espec. 8 0,60% B24 Bloqueio Bilateral Alternante Bloqueio Sino-Atrial 27 2,02% CO2 Parada Sinusal 32 2,39% C03 Bradicardia Sinusal 73 5,45% C04 Sfndrome de Bradi-Taqui 36 2,69% C05 Fibril. Atrial + Bradicardia 84 6,27% C06 Flutter Atrial + Bradicardia 8 0,60% C07 Oisfunyao sinusal nao espec. 001 Taquicardia Atrial 3 0,22% 003 Extra-sistolia Ventricular 1 0,07% 004 Taquicardia Ventricular 3 0,22% 005 Fibril. Ventric. Paroxfstica 2 0,15% E01 Outro Achado Nao Codificado 18 1,34% F01 Informayao nao Oisponfvel 32 2,39% 1339 100,00% Grand for~o. 13% FA+BAV DNS 7" OUTRQS." M6dio. ou pequeno for~o. 4"" Figura 6 - ClassificayaO funcional para Insuficiencia Cardfaca Congestiva dos pacientes submetidos a implante inicial referido em 14,4%, disfunc;:ao do no sinusal em 12,6% e flutter ou fibrilac;:ao atrial de baixa resposta ventricular em 6,9% dos casos. (Tabela VII e Figura 7). A Doenc;:a de Chagas foi a etiologia predominante (32,4%), seguida por fibrose do sistema de conduc;:ao (21,5%) e etiologia desconhecida (17,5%). Dado nao disponfvel foi referido em 5,95% dos formularios. (Tabela Ville Figura 8). Implante de marcapasso ventricular foi Figura 7 - Achado eletrocardiografico que justificou 0 implante de marcapasso inicial realizado em 82,0% dos pacientes, atrioventricular em 17,0% e atrial exclusivo em 1,0% dos pacientes. (Tabela IX e Figura 9). 57" 126

COSTA, R.; LEAO, M.I.P. - REGISTRO BRASILEIRO DE MARCAPASSOS - RESULTADOS PRELIMINARES - Departamento de Estimula~ao Cardfaca Artificial (Deca). Rev. Bras. Marcapasso e Arritmia, 7(3): 124-129, 1994. TABELA VIII ETIOLOGIA DO DISTURBIO DA CONDU~Ao QUE INDICOU 0 IMPLANTE DE MARCAPASSO INICIAL TABELAIX TIPOS DE MARCAPASSO UTILIZADOS NOS IMPLANTES INICIAIS Op~oes No. Op~oes No. B01 B02 COl DOl D02 D03 D04 EOl E02 FOl F02 F03 GOl G02 G03 HOl Etiologia Desconhecida Fibrose do Sistema de Cond. Isquemia P6s-lnfarto Congiinita Complica~ao Cirurgica Abla~ao Cirurgica Abla~ao p~r Catster Uso de Farmacos Sind rome do Seio Carotideo Disfun~ao Autonomica Doen~a de Chagas Miocardiopatia Dilatada Miocardite Lesao Valvular Endocardite Outras Causas nao Codificadas Informa~ao nao Disponivel 234 288 105 12 17 26 3 7 5 12 6 434 66 1 8 1 36 79 17,46"10 21,49"10 7,84"10 0,90"10 1,27"10 1,94"10 0,22"10 0,52"10 0,37"10 0,90"10 0,45"10 32,39"10 4,93"10 0,07"10 0,60"10 0,07"10 2,69"10 5,90"10 AOl F02 GOl Marcapasso atrial 8 1,0"10 Marcapasso ventricular 1113 82,0"10 Marcapasso atrioventricular 224 17,0"10 1345 100,00"10 Marcapasso atrioventricular 17% Marcapasso atrial 1% 1340 100,01"10 o.rt,.. c... eodtflelld..,'" Ooe~. de Chag.. "" In form~io nio dllponfwil." Marcapasso ventricular 82% B~Io".. o.,conhlclda '7% Figura 9 - Tipos de marcapasso utilizados nos implantes iniciais. FINo.. do S.t.m. em Condo 2'" '" TABELA X MOTIVO PRINCIPAL PARA A REOPERA~Ao Figura 8 - Etiologia do Disturbio da Condu~ao que indicou 0 implante de marcapasso inicial. REOPERA<;::6ES Dos 553 casos de reoperaqoes informados, 43,8% ocorreram por problema no gerador de pulsos. Dado nao disponfvel foi referido em 19,5% e outr~ motivo nao codificado em 15,6% dos casos. (Tabela X e Figura 10). No grupo dos pacientes submetidos a reoperaqao, 0 tempo transcorrido entre 0 implante inicial e 0 procedimento presentemente relatado variou de 1 mes a 21 an os com media de 8,28 anos (Tabela XI). A substituiqao do gerador de pulsos foi informada em 71,3% dos casos. A principal causa de troca do gerador foi esgotamento por fim de vida, em 52,04%. Em 18,7% dos pacientes a troca de gerador nao foi realizada. Dado nao disponfvel foi referido em 10% dos casos. (Tabela XII e Figura 12). A substi- Op~oes No. BOl Disturbio Hemodinamico 24 4,34"10 B02 Palp i ta~oes 2 0,36"10 B03 Sind rome do Marcapasso 8 1,45"10 Dcr na Ferida 2 0,36"10 CO2 Erosao da Pele 2 0,36"10 C03 Extrusao de Sistema 15 2,71"10 C04 Infec~ao 8 1,45"10 C05 Hematoma 0,18"10 D01 Defeito do Gerador 242 43,76% D02 Defeito do Eletrodo 24 4,34"10 D03 Desposicionamento de Eletrodo 0 0"10 D04 Aumento do Limiar 23 4,16"10 D05 Perfura~ao 1 0,18"10 D06 Altera~ao da sensibilidade 0 0"10 E01 Interferiincia p~r miopotenciais 0,18"10 E02 Interferiincia eletromagnstica 0,18% F01 Estimula~ao friinica 5 0,90% F02 Estimula~ao muscular 0 0"10 G01 Outro Motivo Nao Codificado 86 15,55"10 H01 Dado nao Disponivel 108 19,53"10 553 99,99% 127

COSTA, R. ; LEAO, M.I.P. - REGISTRO BRASILEIRO DE MARCAPASSOS - RESULTADOS PRELIMINARES - Departamento de Estimula<;ao Cardiaca Artificial (Deca). Rev. Bras. Marcapasso e Arritmia, 7(3): 124-129, 1994. OUtras caus8s codlflcadas 21 0/. codificadas 16% Dado nio dlsponfve l 21)0/. Figura 10 - Motivo principal para a reoperaqao TABELA XI TEMPO TRANSCORRIDO ENTRE 0 IMPLANTE INICIAL E 0 PRODECIMENTO ATUAL Tempo ap6s implante inicial 21 anos 3 19 anos 17 anos 5 16 anos 2 15 anos 5 14 anos 7 13 anos 14 12 anos 12 11 anos 18 10 anos 29 9 anos 44 8 anos 56 7 anos 47 6 anos 28 5 anos 20 4 anos 20 3 anos 9 2 anos 4 1 ana 8 000 A03 A04 A05 901 902 903 904 905 CO2 C03 C04 C05 C06 C07 D01 D02 E01 E02 F01 TABELA XII MOTIVO PARA A TROCA DO GERADOR 0pQoes Procedimento nao realizado Oportunidade Cirurgica "Recall" Problema Clinico Interierencia EstimulaQao Extracardiaca 9aixa Sensibilidade Alta Sensibilidade Defeito no Interruptor Mag. Falha de ProgramaQaofTelemet. Defeito Menor Nao Codificado Ausencia de Saida 9aixa Saida Queda de FreqOencia Aumento de FreqOencia Defeito no Conector Defeito na CarcaQa Defeito Maior Nao Codificado Esgotamento por Fim de Vida Esgotamento Precoce ContaminaQao Outro Motivo Nao Codificado Dado Nao Disponivel Eagotamento por Am de Vida 5." Cau... nao codhlcada..% 101 18,70% 22 4,07% 11 2,04% 4 0,74% 3 0,56% 1 0,19% 5 0,93% 9 1,67% 12 2,22% 2 0,37% 0,19% 0,19% 281 52,04% 13 2,41% 11 2,04% 9 1,67% 54 10,00% 540 100,03% o.do Mio DI.pon(vel '0" OUt, cau.a. codhlead.. %.. " Procedlmanto nao 'ealizado Figu ra 12 - Motivo para a troca do gerador tuiyao de eletrodo atrial foi informada em apenas 12 pacientes (2% das reoperayoes) e substituyao de eletrodo ventricular foi referido em 70 pacientes (12,9% das reoperayoes ). Aumento do limiar (3,9%) fratura de condutor (3,4%) e defeito do isolamento (13,0%) foram as principais causas de troca de eletrodo. (Tabela XIII e Figura 13). COMENTARIOS o papel da informatica no manuseio de grandes volumes de informayao e amplamente conhecido, permitindo rapidez na analise dos dados e na tom ada de decisoes. Tern side demonstrado, entretanto, que a maior dificuldade da informatizayao de projetos multicentricos nao reside no desenvolvimento dos programas, no processamento ou na analise dos dados, mas, na coleta das infomayoes 4. Desde 0 infcio nossa preocupayao foi, portanto, 0 engajamento dos medicos e hospitais no RBM. Acreditamos que os resultados iniciais do RBM sao muito animadores. Pode-se verificar que 116 hospitais cadastrados e 217 medicos estao participando, 0 que confirma a aderencia desses setores ao projeto. Causam preocupayao a grande incidencia de campos deixados em branco, assim como do assinalamento de campos como dado nao disponfvel e outro motivo nao codificado, principalmente nos casos de reoperayao. Esperamos minimizar esse 128

COSTA, R. ; LEAo, M.I.P. - REGISTRO BRASILEIRO DE MARCAPASSOS - RESULTADOS PRELIMINARES - Departamento de Estimulalfao Cardiaca Artificial (Deca). Rev. Bras. Marcapasso e Arritmia, 7(3): 124-129, 1994. TABELA XIII MOTIVO PARA A TROCA DO ELETRODO Eletrodo Atrial Eletrodo Ventricular 000 A03 A04 A05 A06 A07 B01 B02 B03 CO2 C03 001 OPC6es Proeedimento na~ realizado Oportunidade Cirurgiea Desloeamento do Eletrodo Aumento do limiar Baixa Sensibilidade Interfereneia por miopot. EstimulaCao Extraeardiaea Protrusao Cutanea Defeito da Conexao Rutura do Isolamento Fratura do Condutor Contaminacao Outro Motivo Nao Codifieado PerfuraC;;ao Dado Nao Disponivel 526 97,77% 457 84,01 % 2 0,37% 4 0,74% 0,19% 20 3,68% 2 0,37% 1 0,19% 2 0,37% 1 0,18% 4 0,74% 12 2,21% 1 0,19% 17 3,12% 2 0,37% 10 1,84% 2 0,37% 0,19% 17 3,12% 538 100,01% 544 100,01% Aumanto do 11m!... III,.. Futur. do Condutor,... ~tur.do I.olamanto OUt, CflU... codlfk:.d.. DIdo nio dllponfval Cau... nio eodlflemt r-- Figura 13 - Motivo para a troea do eletrodo 10 15 20 problema com orientayoes especificas sobre os campos de cadastramento onde esse tipo de problema tem side detectado mais frequentemente. Acreditamos que com 0 passar do tempo, com o aumento do numero de casas e a melhora progressiva da qualidade da coleta, analises regionais e especificas poderao ser realizadas. Com elas, 0 Deca e 0 Ministerio da Saude poderao rever a politica de saude na area da estimulayao cardiaca artificial e auxiliar medicos e populayoes no combate as doenyas do sistema de conduyao. A grande prevalemcia dos bloqueios atrioventriculares e dos pacientes sintomaticos verificados nessa primeira analise, podem dar ideia de quanto 0 RBM podera ajudar a populayao de pacientes que dependem de marcapasso. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS COSTA, R. & LEAo, M. I. P. - Registro Brasileiro de Marcapassos. Rev. Bras: Marcapasso e Arritmia, 6(1): 31-4, 1993. 2 COSTA, R & LEAo, M. I. P. - Implantalfao do Registro Brasileiro de Marcapassos. Rev. Bras. Marcapasso e Arritmia, 7(1) : 2-3, 1994. 3 LEAo, M. 1. P.; COSTA, R; LATINI, R. - Registro Brasileiro de Marcapassos: Orientalfao para preenchimento do formulario. Rev. Bras. Marcapasso e Arritmias, 7(2): 72-7,1994. 4 LEAo, M. I. P. - Informatica medica. Arq. Bras. Cardio/., 57(2): 89-91, 1991. 129