COASTAL TOURISM, ENVIRONMENT, AND SUSTAINABLE LOCAL DEVELOPMENT



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Transcrição:

RECENSÃO

COASTAL TOURISM, ENVIRONMENT, AND SUSTAINABLE LOCAL DEVELOPMENT [Lígia Noronha, Nelson Lourenço, João Paulo Lobo-Ferreira, Anna Lleopart, Enrico Feoli, Kalidas Sawkar, e A. G. Chachadi (2003), Nova Deli, Teri, ISBN: 81-7993-017-3] João Craveiro As zo nas cos te i ras sem pre ofe re ce ram con di ções atra en tes para a fi xa ção hu ma na, in ten si fi can do as for mas de ocu pa ção do solo e fa vo re cen do a emer gên cia ci vi li za - ci o nal das gran des ci da des. A pró pria aces si bi li da de por via ma rí ti ma con tri bu iu para que as zo nas cos te i ras cedo so fres sem as in fluên ci as de fe nó me nos so ci o ló gi - cos de lar ga es ca la. Con tam-se en tre es tes fe nó me nos a co lo ni za ção e o cres ci men to ur ba no. Num mun do glo bal, com pri mi do pelo es pa ço-tem po, as no vas ame a ças de ca rác ter am bi en tal ques ti o nam, no en tan to, a so be ra nia dos no vos es ta dos-nações (que, em mu i tos as pec tos, re pro du zi ram a or gâ ni ca de po der dos an ti gos co lo ni za - do res). Con tra as no vas ame a ças de ten dên cia glo bal (como a ero são das zo nas cos - te i ras e a even tu al su bi da das águas dos ma res, que ame a çam tam bém o mun do de - sen vol vi do ) não bas ta a se gu ran ça dos tra ça dos fron te i ri ços. As ame a ças am bi en ta is trans cen dem a es fe ra tra di ci o nal de com pe tên ci as em ma té ria de ges tão dos ter ri - tó ri os e dos re cur sos na tu ra is. Re cor de-se, a pro pó si to, que ain da nos iní ci os dos anos 80 do sé cu lo XX im pe - ra va o di re i to es ta tal à apro pri a ção dos re cur sos ma rí ti mos, em fa i xas ter ri to ri a is pré-de fi ni das. Esse di re i to de apro pri a ção so fre, cada vez mais, a pres são da es cas - sez e su je i ta-se à ne ces si da de mo ni to ri za do ra dos ris cos am bi en ta is a uma es ca l a pla ne tá ria. As zo nas cos te i ras, pela sua den si da de de mo grá fi ca e in fra-es tru tu ral, re pre sen tam áre as par ti cu lar men te sen sí ve is a ris cos de di ver sa or dem e de cor ren - tes da so breocu pa ção hu ma na. Re pre sen tam, tam bém, áre as es pe ci al men te pro cu - ra das pelo tu ris mo mun di al e onde, mu i tas ve zes, os in ves ti men tos não têm em con si de ra ção as ques tões am bi en ta is e vi sam, so bre tu do, a ob ten ção de lu cros a cur to ou mé dio pra zo. A obra que ago ra se apre sen ta ao pú bli co, in ti tu la da Co as tal Tou rism, Envi ron - ment, and Sus ta i na ble Lo cal De ve lop ment e que re u niu uma equi pa mul ti dis ci pli nar abran gen do va lên ci as de di ver sa or dem ci en tí fi ca (como a bi o lo gia, a ge o lo gia e a so ci o lo gia, en tre ou tras), con tri bui para iden ti fi car os cons tran gi men tos na tu ra i s e so ci a is das zo nas cos te i ras su je i tas a uma sig ni fi ca ti va pres são tu rís ti ca. 1 A se lec ção de uma re gião go en se, onde a den si da de hu ma na pode ul tra pas sar as mil pes so as por qui ló me tro qua dra do, ques ti o na ain da a adop ção do fac tor-tu ris mo como uma ex ter na li da de aos ter ri tó ri os es tu da dos, como mu i tas ve zes acon te ce nas abor da - gens sis té mi cas. Goa re pre sen ta, ain da, uma das re giões do mun do onde os flu xos tu rís ti cos as su mem ma i or in ten si da de, prin ci pal men te em cer tos pe río dos do ano (en tre Ou - tubro e Mar ço), mas a compreensão do fe nó me no do tu ris mo trans cen de a sua

sa zo na li da de e so li ci ta um es tu do lon gi tu di nal so bre as mu dan ças so ci a is e ter ri to - ri a is de lon ga du ra ção. A afec ta ção dos mo dos de vida, a al te ra ção dos pa drões de ren di men to das po pu la ções lo ca is e dos per fis so ci o e co nó mi cos, 2 as sim como o ba lan ço en tre a ocu - pa ção hu ma na, os usos do solo e a qua li da de am bi en tal, re que re ram, para este es - tu do, uma pro gra ma ção me to do ló gi ca exi gen te sob a ne ces si da de do re gis to das al te ra ções do pas sa do e da dis cri mi na ção de ten dên ci as fu tu ras sob a pros pec ção ce na ri za da onde as ques tões da par ti ci pa ção pú bli ca e do de sen vol vi men to sus - ten tá vel se en con tram par ti cu lar men te pri vi le gi a das. 3 O es tu do sa li en ta as si tu a ções de con fli to a pro pó si to da ocu pa ção e dos usos das zo nas cos te i ras, re for çan do a co la bo ra ção en tre as ciên ci as so ci a is e as ciên ci as na tu ra is para a com pre en são dos ris cos que en vol vem a so breex plo ra ção dos re - cur sos na tu ra is. Me re cem par ti cu lar aten ção as afec ta ções das áre as am bi en tal - men te mais sen sí ve is à pres são tu rís ti ca, prin ci pal men te as áre as de man gue ( man - gro ves are as ) e que re pre sen tam uma ex tra or di ná ria im por tân cia am bi en tal e so ci o - e co nó mi ca. 4 A ar ti fi ci a li za ção des tas áre as, com o ob jec ti vo da sua ren di bi li da dee em fun ção de ex plo ra ções ho te le i ras, faz pe ri gar a pró pria so bre vi vên cia des tes frá ge is ecos sis te mas. Mais do que uma des cri ção das ame a ças am bi en ta is e dos ris cos so ci a is que en vol vem as zo nas cos te i ras em ge ral, e as go en ses em par ti cu lar, o es tu do dis cri - mi na os ce ná ri os de uma apro pri a ção do fu tu ro na re la ção com a in cer te za ci en tí fi - ca, des cre ven do-se o que mu i to pro va vel men te acon te ce rá se as ten dên ci as do pas - sa do con ser va rem a sua pri ma zia (ce ná rio bu si ness-as-usu al ), ou se ocorrer uma maior in ser ção, da re gião es tu da da, no mer ca do glo bal do tu ris mo onde pre do mi - nam as gran des in dús tri as. 5 Nes te úl ti mo ce ná rio, a trans fe rên cia dos cen tros de 1 Este li vro apre sen ta par te dos re sul ta dos do pro jec to de in ves ti ga ção Me a su ring, m o ni to ring and ma na ging sus ta i na bi lity: the co as tal di men si on, cu jos ob jec ti vos pre ten de ra m com pre en - der de que modo os fac to res so ci o e co nó mi cos con di ci o nam e pro du zem im pac tes nos ec os sis te - mas. A co la bo ra ção en vol veu ins ti tu tos/uni ver si da des de in ves ti ga ção de três equi pas in di a nas (The Energy and Re sour ces Insti tu te, Na ti o nal Insti tu te of Oce a no graphy and Goa Uni ver sity) e qua tro equi pas eu ro pe i as (Uni ver si da de Nova de Lis boa, La bo ra tó rio N a ci o nal de Enge nha ria Ci vil, Insti tu to Car to gra fic de Ca ta lun ya e Uni ver si ta De gli Stu di di Tr i es te). Este pro jec to foi fi nan ci a do pela Co mis são Eu ro pe ia (pro gra ma in ter na ti o nal co o pe r a ti on with de - ve lo ping coun tri es INCO, con tra to n.º IC18-CT98-0296) e re a li za do no âm bi to do quar to pro gra ma-qua dro para a ciên cia, no pe río do de 1998-2002. Para além da re gião de Goa e do es tu - do do im pac te do tu ris mo nas zo nas cos te i ras, fo ram ain da es tu da dos os im pac tes dos pro ces sos de ur ba ni za ção/in dus tri a li za ção (re gião de Tha ne/bom ba im) e da agri cul tu ra/aqua cu l tu ra in - ten si va (re gião de East Go da va ri). 2 A al te ra ção dos per fis so ci o e co nó mi cos é as si na la da, en tre ou tros as pec tos, por uma acen tu a da ter ci a ri za ção, des de os anos 60 do sé cu lo XX, e com re per cus sões pro fun das na taxa de ac ti vi da - de fe mi ni na. 3 Encon tram-se aqui for tes re fe rên ci as à me to do lo gia DPSIR, abre vi a tu ra de dri vers, pres su res, sta - te, im pact, res pon se : tra ta-se de uma aná li se sis té mi ca das re la ções en tre as pres sões ao es ta do do am bi en te, de ri va das das ac ti vi da des hu ma nas (e onde o tu ris mo re pre sen ta, aqui, a for ça mo triz (the dri ving for ce ), os im pac tes pro vo ca dos e a ade qua bi li da de das res pos tas (po lí ti cas de am - biente) em fun ção das in ter de pen dên ci as ve ri fi ca das. 4 Sa li en te-se a ex plo ra ção lo cal de os tras e de cer ca de uma de ze na de es pé ci es de mex i lhões, en tre ou tras com in te res se co mer ci al.

de ci são eco nó mi ca para fora de Goa pode re for çar a con tra ta ção de re cur sos hu ma - nos mais qua li fi ca dos, mas não go en ses, em fun ção da es tru tu ra oli go po lis ta do mer ca do glo bal. Um ter ce i ro ce ná rio in te gra os re qui si tos de um tu ris mo com pro me ti do com a sus ten ta bi li da de, pro mo ven do os me ca nis mos de uma ac ti va par ti ci pa ção pú bli ca e de um de sen vol vi men to eco no mi ca men te viá vel, so ci al men te equi ta ti vo e eco lo - gi ca men te sa u dá vel, mas ten do em con si de ra ção os mo dos go en ses de es tra ti fi ca - ção so ci al e ter ri to ri al e os res pec ti vos pro ces sos de mu dan ça. Enfa ti ze-se que um dos con tri bu tos es sen ci a is do es tu do, e que ul tra pas saa sua cir cuns cri ção go en se, re me te para a apli ca ção de um mo de lo me to do ló gi co, como fer ra men ta de au xí lio à de ci são, com base em fun ções ma te má ti cas so bre si - tu a ções e ten dên ci as geo-re fe ren ciá ve is de di ver sa or dem ci en tí fi ca. O es tu do pro mo ve, as sim, a uma es fe ra de pla u si bi li da de o de sen vol vi men to de um tu ris mo sus ten tá vel, ar gu men tan do pela não in com pa ti bi li da de en tre o cres ci men to eco nó mi co, a equi da de so ci al e a qua li da de am bi en tal. Este tu ris mo sus ten tá vel só pode ser atin gi do com o com pro me ti men to dos sta ke hol ders, e de ou - tros por ta do res de in te res ses, re pre sen tan do as au to ri da des po lí ti cas, os sec to r es in dus tri a is e as pró pri as co mu ni da des en vol vi das, e o es tu do evi den cia a pos si bi li - da de des se com pro me ti men to para a re gião go en se. Sa li en te-se, por fim, o vi gor e a se gu ran ça epis te mo ló gi ca de uma so ci o lo gia, a pro pó si to do de sen vol vi men to e do am bi en te, con for ta vel men te ape tre cha da para o di fí cil diá lo go com ou tras va lên ci as dis ci pli na res, a pri o ri tão dis tan tes e es - tra nhas aos qua dros re fle xi vos da ciên cia so ci o ló gi ca, como a bi o lo gia e a hi dro lo gia. Consulta de resumos sobre o estudo http: //www.dha.lnec.pt/nas/estudos/coastin.htm http: //www.tend-pt.org/coastin.htm http: //www.teriin.org/teri-wr/coastin/newslett/coastin5.pdf João Lutas Craveiro. Assistente de investigação do Núcleo de Ecologia Social do Departamento de Edifícios do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e docente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. E-mail : joao_craveiro@hotmail.com 5 Indi ci an do-se a con tí nua de te ri o ra ção das con di ções so ci a is e am bi en ta is lo ca i s.