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Transcrição:

ANO XXVIII - 2017-3ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2017 IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA CONTRIBUIÇÃO PATRONAL PAGOS À PREVIDÊNCIA SOCIAL PELO EMPREGADOR DOMÉSTICO - DEDUÇÃO NA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL - NORMAS E PROCEDIMENTOS... Pág. 683 SIMPLES NACIONAL SIMPLES NACIONAL - REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA PARA 2018 - MOMENTO DA OPÇÃO... Pág. 685 TRIBUTOS FEDERAIS E-FINANCEIRA - NORMAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO... Pág. 689

IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA Sumário CONTRIBUIÇÃO PATRONAL PAGOS À PREVIDÊNCIA SOCIAL PELO EMPREGADOR DOMÉSTICO - DEDUÇÃO NA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL Normas e Procedimentos 1. Introdução; 2. Conceito de Empregado Doméstico; 3. Possibilidade de Compensação; 4. Limites Para Dedução; 4.1 - Tabela de Limite a Ser Deduzido Com Base na Contribuição Patronal; 5. Valores Que Poderão Ser Deduzidos; 6. Possibilidade de Compensação; 7. Campo a ser Informado. 1. INTRODUÇÃO A Lei nº 9.250, 26.12.1995, alterada em seu artigo 12 pela Lei nº 11.324, de 19.07.2006, e art. 2º da Lei nº 13.097/2015, e arts. 50 a 53 da IN RFB nº 1.131/2011, passando a permitir a possibilidade de compensação no Imposto de Renda de Ajuste Anual do valor pago de contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico, incidente sobre o valor da remuneração do empregado. Nos itens a seguir trataremos sobre todos os procedimentos necessários para utilização do incentivo fiscal. 2. CONCEITO DE EMPREGADO DOMÉSTICO Para melhor entendimento, esclarecemos que o empregado doméstico, nos termos do art 1º da Lei Complementar nº 150/2015, é aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção n o 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto n o 6.481, de 12 de junho de 2008. São considerados como domésticos, não importando o sexo, o cozinheiro, governanta, babá, faxineira, motorista particular, enfermeira do lar, jardineiro, copeiro e caseiro. 3. POSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO Do Imposto de Renda devido apurado na Declaração de Ajuste Anual poderá ser deduzida, até o exercício 2019, ano-calendário 2018, a contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico incidente sobre o valor da remuneração do empregado (Inc. VII do art. 12 da Lei nº 9.250/1995, com a redação dada pelo o art. 2º da Lei nº 13.097/2015). De acordo com o inc. II do art. 34 da Lei Complementar nº 150/2015, a alíquota de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social a cargo do empregador doméstico é de 8% do salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço. A Receita Federal do Brasil, através da pergunta nº 431, do Perguntas e Respostas Pessoa Física do Exercício de 2017 - Ano-Calendário de 2016, traz os seguintes esclarecimentos a) a contribuição para financiamento do seguro contra acidentes de trabalho, também conhecida como Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente de Riscos Ambientais do Trabalho (GILRAT), incluída no Simples Doméstico, correspondente a 0,8% do salário de contribuição do empregado doméstico, e pode ser deduzida a título de contribuição patronal; b) os demais valores que compõem o Simples Doméstico, como os recolhimentos efetuados pelos empregadores domésticos para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do empregado e as importâncias destinadas ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego sem justa causa ou por culpa do empregador não podem ser deduzidos do valor do imposto apurado por falta de previsão legal. 4. LIMITES PARA DEDUÇÃO IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 683

A dedução no Imposto de Renda da Contribuição Patronal paga à Previdência Social: a) está limitada: a.1) a 1 (um) empregado doméstico por declaração, inclusive no caso da declaração em conjunto; a.2) ao valor recolhido no ano-calendário a que se referir a declaração; e a.3) ao valor recolhido, na hipótese de pagamentos feitos proporcionalmente em relação ao período de duração do contrato de trabalho; b) não poderá exceder ao valor da contribuição patronal calculada sobre 1 (um) salário mínimo mensal, sobre o décimo terceiro salário e sobre a remuneração adicional de férias, referidos também a 1 (um) salário mínimo; e c) fica condicionada à comprovação da regularidade do empregador doméstico perante o Regime Geral de Previdência Social quando se tratar de contribuinte individual. A dedução prevista no item 3, observado o disposto nas letras a e c acima, está limitada ao valor do imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual, deduzidos os valores de que trata o art. 55 da IN RFB nº 1.131/2011. 4.1 - Tabela de Limite a Ser Deduzido Com Base na Contribuição Patronal Como a dedução está limitada ao valor da contribuição paga sobre o valor do salário-mínimo, esclarecemos a seguir a composição do montante para o limite. Exemplo: COMPETÊNCIA SALÁRIO MINIMO INSS 8% SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO 0,8% PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO Dez/2016 880,00 70,40 7,04 Janeiro 2017 Jan/2017 937,00 74,96 7,50 Fevereiro 2017 Fev/2017 937,00 74,96 7,50 Março de 2017 Mar/2017 937,00 74,96 7,50 Abril de 2017 Abr/2017 937,00 74,96 7,50 Maio de 2017 Mai/2017 937,00 74,96 7,50 Junho de 2017 Jun/2017 937,00 74,96 7,50 Julho de 2017 Jul/2017 937,00 74,96 7,50 Agosto de 2017 Ago/2017 937,00 74,96 7,50 Setembro de 2017 Set/2017 937,00 74,96 7,50 Outubro de 2017 Out/2017 937,00 74,96 7,50 Novembro de 2017 Nov/2017 937,00 74,96 7,50 Dezembro de 2017 13º de 2017 937,00 74,96 7,50 Dezembro de 2017 * 969,92 * 97,04-969,92 limite para a dedução sem a inclusão da parcela de férias. - 97,04 limite para a dedução sem a inclusão da parcela de férias. - valores máximos para pagamento de contribuição, relativa ao décimo terceiro salário, R$ 82,46. - valores máximos para pagamento de contribuição, relativa ao adicional de 1/3 de férias, R$ 27,49. Obs.: Mesmo que o empregador efetue o pagamento acima do salário-mínimo, o desconto da Contribuição Patronal no Imposto de Renda será sempre com base no salário-mínimo, como demonstrado acima. Caso o empregador pague mais de um rendimento de férias no ano, o valor de dedução poderá sofrer alterações do que foi demonstrado acima, porém será proporcionalizado e respeitado também o 1/3 do salário-mínimo como demonstrado. 5. VALORES QUE PODERÃO SER DEDUZIDOS IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 684

Observadas as competências de recolhimentos das contribuições previdenciárias, somente podem ser deduzidos os valores recolhidos no ano-calendário a que se referir a Declaração de Ajuste Anual, observado o seguinte: a) na hipótese de recolhimentos de contribuições feitos com atraso: a.1) se os pagamentos ocorrerem no exercício das respectivas competências, as contribuições pagas podem ser aproveitadas para fins de incentivo do imposto sobre a renda, sendo que as multas e os juros não podem ser aproveitados para fins de dedução; a.2) se os pagamentos ocorrerem em exercícios seguintes às das respectivas competências, as contribuições pagas não podem ser aproveitadas para fins de incentivo do imposto sobre a renda; b) na hipótese de contribuinte que se retira do Brasil, somente é permitida a dedução de contribuição paga por pessoa física que à época do pagamento se encontrava na condição de residente no Brasil; c) na hipótese de contribuinte falecido (espólio): c.1) a) havendo bens a inventariar, somente é permitida a dedução de contribuição paga até a data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados; c.2) não havendo bens a inventariar, somente é permitida a dedução de contribuição paga até a data do falecimento. 6. POSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO Apenas haverá a possibilidade de compensação sobre o imposto devido, para as pessoas físicas que efetuarem a entrega da Declaração de Ajuste Anual pelo modelo completo. 7. CAMPO A SER INFORMADO b) Informe os pagamentos da Contribuição Patronal na Ficha de Pagamentos Efetuados, indicando o código, o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) ou o Número do Programa de Integração Social (PIS) ou o Número do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), o nome completo e o número de inscrição no CPF do empregado doméstico e o valor pago, relativo à contribuição patronal recolhida pelo empregador doméstico. Fundamentos Legais: os citados no texto. SIMPLES NACIONAL AL Sumário SIMPLES NACIONAL - REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA PARA - 2018 Momento da Opção 1. Introdução; 2. Regime de Competência; 3. Adoção do Regime de Caixa; 3.1 - Momento da Opção; 3.2 - Tratamento Tributário Das Parcelas Não Vencidas Nos Casos de Prestações de Serviços ou Operações Com Mercadorias a Prazo; 3.3 - Casos Especiais - Receita Auferida e Não Recebida; 3.4 Devolução de Mercadoria Vendida; 3.5 Cancelamento de Documento Fiscal; 4. Obrigações Acessórias; 4.1 - Guarda de Documentos; 4.2 - Operações Com Cartões de Créditos; 4.3 - Prestações e Operações Realizadas Por Meio de Cheques; 4.4 - Normas da Administração Tributária; 4.5 - Descumprimento Das Obrigações Acessórias; 5. Anexo XI - Registro de Valores a Receber. 1. INTRODUÇÃO Através dos arts. 16 a 19 da Resolução CGSN nº 94/2011, e art. 17-A da Resolução CGSN nº 94/2011, com a redação dada pela Resolução CGSN nº 129/2016, e pela Resolução CGSN nº 109/2013, a ME e a EPP poderão, opcionalmente, utilizar a receita bruta total recebida no mês (regime de caixa), em substituição à receita bruta auferida (regime de competência), exclusivamente para a determinação da base de cálculo mensal. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 685

Nos itens a seguir abordaremos todos os procedimentos a serem observados pela ME e a EPP no momento que optarem pela forma de reconhecimento da receita bruta para fins de cálculo do SIMPLES NACIONAL. 2. REGIME DE COMPETÊNCIA A adoção do regime de competência tem por finalidade reconhecer, na contabilidade, as receitas, custos e despesas, no período a que competem, independentemente da sua realização em moeda. O Princípio da Competência do exercício relaciona-se com o reconhecimento do período contábil, isto é, quando uma receita ou uma despesa deve ser reconhecida. Um exemplo para ilustrarmos e melhor compreendermos seria quando uma empresa realiza uma venda para pagamento em 60 (sessenta) dias. A receita é reconhecida na data da venda e, portanto, o valor da venda estará indicado na Demonstração do Resultado do Exercício daquele mês. 3. ADOÇÃO DO REGIME DE CAIXA A ME e a EPP poderão, opcionalmente, utilizar a receita bruta total recebida no mês - regime de caixa, em substituição à receita bruta auferida - regime de competência, exclusivamente para a determinação da base de cálculo mensal. O regime de competência continuará a ser utilizado para as demais finalidades, especialmente, para determinação dos limites e sublimites, bem como da alíquota a ser aplicada sobre a receita bruta recebida no mês. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, 3º) O regime de caixa será utilizado somente para efeito de base de cálculo na apuração dos valores devidos. No regime de caixa, as receitas são reconhecidas somente no momento em que o cliente paga a fatura, e as despesas são reconhecidas no momento em que são efetivamente pagas. No caso de a ME ou a EPP possuir filiais, deverá ser considerado o somatório das receitas recebidas por todos os estabelecimentos. 3.1 - Momento da Opção A opção pelo regime de reconhecimento de receita bruta pelo regime caixa deverá ser registrada em aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional, quando da apuração dos valores devidos relativos ao mês de: a) novembro de cada ano-calendário, com efeitos para o ano-calendário subsequente, na hipótese de ME ou EPP já optante pelo Simples Nacional; b) dezembro, com efeitos para o ano-calendário subsequente, na hipótese de ME ou EPP em início de atividade, com efeitos da opção pelo Simples Nacional no mês de dezembro; c) início dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas demais hipóteses, com efeitos para o próprio anocalendário. O regime de reconhecimento da receita bruta será irretratável para todo o ano-calendário. Na hipótese de a ME ou EPP possuir filiais, deverá ser considerado o somatório das receitas brutas de todos os estabelecimentos. 3.2 - Tratamento Tributário Das Parcelas Não Vencidas Nos Casos de Prestações de Serviços ou Operações Com Mercadorias a Prazo Nas prestações de serviços ou operações com mercadorias com valores a receber a prazo, a parcela não vencida deverá obrigatoriamente integrar a base de cálculo dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional até o último mês do ano-calendário subsequente àquele em que tenha ocorrido a respectiva prestação de serviço ou operação com mercadorias. 3.3 - Casos Especiais - Receita Auferida e Não Recebida IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 686

A receita auferida e ainda não recebida deverá integrar a base de cálculo dos tributos abrangidos pelo SIMPLES NACIONAL, nas seguintes situações: a) encerramento de atividades, no mês em que ocorrer o evento; b) retorno ao regime de competência, no último mês de vigência do regime de caixa; c) exclusão do SIMPLES NACIONAL, no mês anterior ao dos efeitos da exclusão. 3.4 Devolução de Mercadoria Vendida Na hipótese de devolução de mercadoria vendida por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, em período de apuração posterior ao da venda, deverá ser observado o seguinte: a) o valor da mercadoria devolvida deve ser deduzido da receita bruta total, no período de apuração do mês da devolução, segregada pelas regras vigentes no Simples Nacional nesse mês; b) caso o valor da mercadoria devolvida seja superior ao da receita bruta total ou das receitas segregadas relativas ao mês da devolução, o saldo remanescente deverá ser deduzido nos meses subsequentes, até ser integralmente deduzido. Para a optante pelo Simples Nacional tributada com base no critério de apuração de receitas pelo Regime de Caixa, o valor a ser deduzido limita-se ao valor efetivamente devolvido ao adquirente. 3.5 Cancelamento de Documento Fiscal Na hipótese de cancelamento de documento fiscal, nas situações autorizadas pelo respectivo ente federado, o valor do documento cancelado deverá ser deduzido no período de apuração no qual tenha havido a tributação originária, quando o cancelamento se der em período posterior, observado o seguinte: (Incluído pela Resolução CGSN nº 129, de 15 de setembro de 2016) a) para a optante pelo Simples Nacional tributada com base no critério de apuração de receitas pelo Regime de Caixa, o valor a ser deduzido limita-se ao valor efetivamente devolvido ao adquirente ou tomador; b) na hipótese de nova emissão de documento fiscal em substituição ao cancelado, o valor correspondente deve ser oferecido à tributação no período de apuração relativo ao da operação ou prestação originária. 4. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS A optante pelo Regime de Caixa deverá manter registro dos valores a receber, no modelo constante do Anexo XI da Resolução CGSN nº 94/2011 (vide item 5), no qual constarão, no mínimo, as seguintes informações, relativas a cada prestação de serviço ou operação com mercadorias a prazo: a) número e data de emissão de cada documento fiscal; b) valor da operação ou prestação; c) quantidade e valor de cada parcela, bem como a data dos respectivos vencimentos; d) a data de recebimento e o valor recebido; e) saldo a receber; f) créditos considerados não mais cobráveis. Na hipótese de haver mais de um documento fiscal referente a uma mesma prestação de serviço ou operação com mercadoria, estes deverão ser registrados conjuntamente. 4.1 - Guarda de Documentos A adoção do Regime de Caixa pela ME ou EPP não a desobriga de manter em boa ordem e guarda os documentos e livros previstos nesta Resolução, inclusive com a discriminação completa de toda a sua movimentação financeira e bancária, constante do Livro Caixa. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 687

4.2 - Operações Com Cartões de Créditos Fica dispensado o registro na forma do item 4 em relação às prestações e operações realizadas por meio de administradoras de cartões, inclusive de crédito, desde que a ME ou EPP anexe ao respectivo registro os extratos emitidos pelas administradoras relativos às vendas e aos créditos respectivos. 4.3 - Prestações e Operações Realizadas Por Meio de Cheques Aplica-se o disposto no item 4 para os valores decorrentes das prestações e operações realizadas por meio de cheques: a) quando emitidos para apresentação futura, mesmo quando houver parcela à vista; b) quando emitidos para quitação da venda total, na ocorrência de cheques não honrados; c) não liquidados no próprio mês. 4.4 - Normas da Administração Tributária A ME ou EPP deverá apresentar à administração tributária, quando solicitado, os documentos que comprovem a efetiva cobrança dos créditos considerados não mais cobráveis. São considerados meios de cobrança: a) notificação extrajudicial; b) protesto; c) cobrança judicial; d) registro do débito em cadastro de proteção ao crédito. 4.5 - Descumprimento Das Obrigações Acessórias A ME ou EPP optante pelo regime de caixa que deixar de cumprir as obrigações acessórias previstas no item 4 será desconsiderada, de ofício, a sua opção, para os anos-calendário correspondentes ao período em que tenha ocorrido o descumprimento. (art. 71 da Resolução CGSN nº 94/2011) Os tributos abrangidos pelo SIMPLES NACIONAL deverão ser recalculados pelo regime de competência, sem prejuízo dos acréscimos legais correspondentes. 5. ANEXO XI - REGISTRO DE VALORES A RECEBER Anexo XI da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011. (art. 70) Registro de Valores a Receber NOME EMPRESARIAL CNPJ Data da Número(s) do(s) Valor Quantidade operação ou documento(s) total de prestação fiscal(is) (1) parcelas Número Valor da Data do Data do Valor da parcela parcela vencimento recebimento pago 1 2... n 1 2... n 1 2... Saldo receber a Valor considerado incobrável IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 688

n 1 2... n 1 2... n 1 2... n (1) observar o disposto no 1º do art. 70 da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011 Fundamentos Legais: Os citados no texto. TRIBUTOS FEDERAIS Sumário E-FINANCEIRA Normas Gerais de Apresentação 1. Introdução; 2. Obrigatoriedade de Apresentação; 2.1 Responsável Pela Prestação de Informações; 3. Módulo de Operações Financeiras; 3.1 Instituições Financeiras Não Participantes; 3.2 Prestação de Informações de Acordo o Montante Global Movimentado ou Saldo; 3.3 Prestação de Informações de Acordo o Valor de Benefícios ou de Capitais Segurados; 4. Forma e Prazo de Apresentação; 4.1 Obrigatoriedade de Entrega a Partir de 1º de Dezembro de 2015; 4.2 Fatos Geradores de Julho a Dezembro do Ano-Calendário de 2014; 4.3 Forma de Apresentação Das Informações; 4.4 Apresentação Fora do Prazo; 4.5 Retificação da e-financeira. 1. INTRODUÇÃO Foram instituídas, por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.571, de 02 de Julho de 2015 (DOU de 03.07.2015), com base no art. 5º da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001, no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, no Decreto nº 4.489, de 28 de novembro de 2002, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, no art. 30 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002 e na IN RFB nº 802, de 27 de dezembro de 2007 a obrigatoriedade de prestação de informações relativas às operações financeiras de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil através da apresentação da e-financeira. A e-financeira é constituída por um conjunto de arquivos digitais referentes a cadastro, abertura, fechamento e auxiliares, e pelo módulo de operações financeiras. A e-financeira emitida de forma eletrônica deverá ser assinada digitalmente pelo representante legal da empresa ou procurador constituído nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.751, de 16 de outubro de 2017, utilizandose de certificado digital válido, emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir a autoria do documento digital. A e-financeira deverá ser transmitida ao ambiente do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) pelas pessoas jurídicas obrigadas a adotá-la. Nos itens a seguir examinaremos as normas gerais de apresentação da e-financeira. 2. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO Ficam obrigadas a apresentar a e-financeira: a) as pessoas jurídicas: a.1) autorizadas a estruturar e comercializar planos de benefícios de previdência complementar; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 689

a.2) autorizadas a instituir e administrar Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi); ou a.3) que tenham como atividade principal ou acessória a captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, incluídas as operações de consórcio, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia de valor de propriedade de terceiros; e b) as sociedades seguradoras autorizadas a estruturar e comercializar planos de seguros de pessoas. A obrigatoriedade alcança entidades supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). São considerados serviços de custódia de valor de terceiros aqueles prestados diretamente ao investidor, conforme definição adotada pelo Bacen e pela CVM, em relação a ativos financeiros, títulos e valores mobiliários, inclusive no que se refere à manutenção de posições em contratos derivativos. 2.1 Responsável Pela Prestação de Informações Fica responsável pela prestação de informações: a) a instituição financeira depositária de contas de depósito, inclusive de poupança, em relação às informações de que trata a letra a do item 3; b) a instituição custodiante das contas de custódia de ativos financeiros vinculadas às aplicações financeiras de que tratam as letras b e c do item 3; c) o administrador, no caso de fundos e clubes de investimento cujas cotas estejam vinculadas às aplicações financeiras de que tratam as letras b e c do item 3, exceto: c.1) fundos de investimento especialmente constituídos, destinados exclusivamente a acolher recursos de planos de benefícios de previdência complementar ou de planos de seguros de pessoas; e c.2) fundos cujas cotas sejam negociadas em bolsa ou devam ser ou sejam registradas em balcão organizado; d) o distribuidor de cotas de fundos de investimento distribuídos a terceiros por conta e ordem vinculadas às aplicações financeiras de que tratam as letras b e c do item 3; e) a instituição intermediária, no caso de ações, derivativos, ou cotas de fundos de investimento negociadas em bolsa ou que devam ser ou sejam registradas em balcão organizado vinculadas às aplicações financeiras de que tratam as letras b e c do item 3; f) a instituição autorizada a realizar operações no mercado de câmbio para as operações de que tratam as letras h e j do item 3; g) as pessoas jurídicas de que tratam as letras a.1 e a.2 do item 2 e a letra b do item 2, em relação às informações referidas nas letras d e f do item 3; h) a pessoa jurídica administradora de consórcios, conforme art. 5º da Lei nº 11.795, de 8 de outubro de 2008, para as informações de que tratam as letras k e l do item 3; e i) a instituição que detenha o relacionamento final com o cliente, nos demais casos, em relação às informações de que trata o item 3. 3. MÓDULO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS As entidades de que trata o item 2 deverão informar no módulo de operações financeiras as seguintes informações referentes a operações financeiras dos usuários de seus serviços: a) saldo no último dia útil do ano de qualquer conta de depósito, inclusive de poupança, considerando quaisquer movimentações, tais como pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques, emissão de ordens de crédito ou documentos assemelhados ou resgates à vista e a prazo, discriminando o total do rendimento mensal bruto pago ou creditado à conta, acumulados anualmente, mês a mês; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 690

b) saldo no último dia útil do ano de cada aplicação financeira, bem como os correspondentes somatórios mensais a crédito e a débito, considerando quaisquer movimentos, tais como os relativos a investimentos, resgates, alienações, cessões ou liquidações das referidas aplicações havidas, mês a mês, no decorrer do ano; c) rendimentos brutos, acumulados anualmente, mês a mês, por aplicações financeiras no decorrer do ano, individualizados por tipo de rendimento, incluídos os valores oriundos da venda ou resgate de ativos sob custódia e do resgate de fundos de investimento; d) saldo, no último dia útil do ano ou no dia de encerramento, de provisões matemáticas de benefícios a conceder referente a cada plano de benefício de previdência complementar ou a cada plano de seguros de pessoas, discriminando, mês a mês, o total das respectivas movimentações, a crédito e a débito, ocorridas no decorrer do ano, na forma estabelecida no inciso I do caput do art. 15 da IN RFB nº 1.571/2015; e) saldo, no último dia útil do ano ou no dia de encerramento, de cada Fapi, e as correspondentes movimentações, discriminadas mês a mês, a crédito e a débito, ocorridas no decorrer do ano, na forma estabelecida no inciso I do caput do art. 15 da IN RFB nº 1.571/2015; f) valores de benefícios ou de capitais segurados, acumulados anualmente, mês a mês, pagos sob a forma de pagamento único, ou sob a forma de renda; g) lançamentos de transferência entre contas do mesmo titular realizadas entre contas de depósito à vista, ou entre contas de poupança, ou entre contas de depósito à vista e de poupança; h) aquisições de moeda estrangeira; i) conversões de moeda estrangeira em moeda nacional; j) transferências de moeda e de outros valores para o exterior, excluídas as operações de que trata a letra h ; k) o total dos valores pagos até o último dia do ano, incluindo os valores dos lances que resultaram em contemplação, deduzido dos valores de créditos disponibilizados ao cotista e as correspondentes movimentações, ocorridas no decorrer do ano, discriminadas mês a mês, a crédito e a débito, na forma estabelecida no inciso I do caput do art. 15 da IN RFB nº 1.571/2015, por cota de consórcio; e l) valor de créditos disponibilizados ao cotista, acumulados anualmente, mês a mês, por cota de consórcio, no decorrer do ano. 3.1 Instituições Financeiras Não Participantes As entidades de que trata o item 2 prestarão por intermédio do módulo de operações financeiras também as informações dos pagamentos efetuados anualmente para Instituições Financeiras Não Participantes, nos termos do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para intercâmbio de informações e melhoria da observância tributária e implementação do FATCA. Os pagamentos anuais a serem informados referem-se apenas àqueles efetuados nos anos de 2015 e 2016. 3.2 Prestação de Informações de Acordo o Montante Global Movimentado ou Saldo As entidades de que trata o item 2 estão obrigadas à apresentação das informações relativas às operações financeiras mencionadas nas letras a, b e nas letras h a k do item 3, quando o montante global movimentado ou o saldo, em cada mês, por tipo de operação financeira, for superior a: a) R$ 2.000,00 (dois mil reais), no caso de pessoas físicas; e b) R$ 6.000,00 (seis mil reais), no caso de pessoas jurídicas. Os limites mencionados acima deverão ser aplicados de forma agregada para todas as operações financeiras de um mesmo tipo mantidas na mesma instituição financeira. Na hipótese em que seja ultrapassado qualquer um dos limites, as instituições deverão prestar as informações relativas a todos os saldos anuais e a todos os demais montantes globais movimentados mensalmente, ainda que para estes o somatório mensal seja inferior aos referidos limites. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 691

A prestação das informações contemplará todos os meses, a partir daquele cujo limite tenha sido atingido, relativo ao período de referência da informação. Em relação às contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de que trata a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, deverão ser informadas apenas aquelas cujos depósitos anuais sejam superiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais). 3.3 Prestação de Informações de Acordo o Valor de Benefícios ou de Capitais Segurados As entidades de que trata o item 2 estão obrigadas à apresentação das informações relativas às operações de que tratam as letras d a f do item 3, quando: a) o saldo, em cada mês, da provisão matemática de benefícios a conceder ou do Fapi for superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); ou b) o montante global mensalmente movimentado, considerando-se de forma isolada, o somatório dos lançamentos a crédito e o somatório dos lançamentos a débito e o valor de benefícios ou de capitais segurados, pagos sob a forma de pagamento único, ou sob a forma de renda, for superior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Os limites mencionados acima deverão ser aplicados de forma agregada para todas as operações de um mesmo tipo mantidas na mesma entidade. Na hipótese em que seja ultrapassado qualquer um dos limites, as entidades deverão prestar as informações relativas a todos os saldos e a todos os demais montantes globais mensalmente movimentados, ainda que para estes o somatório mensal seja inferior aos referidos limites. A prestação das informações contemplará todos os meses, a partir daquele cujo limite tenha sido atingido, relativo ao período de referência da informação. 4. FORMA E PRAZO DE APRESENTAÇÃO A e-financeira deverá ser gerada diretamente por sistema próprio sob a responsabilidade do declarante, assinada digitalmente e transmitida ao ambiente do SPED por meio de webservice, contendo arquivos no formato extensive markup language (XML), com leiautes específicos conforme disposto no inciso I do caput do art. 15 da IN RFB nº 1.571/2015. A geração, o armazenamento e o envio dos arquivos digitais não dispensam os declarantes da guarda dos documentos que deram origem às informações neles constantes, na forma e nos prazos estabelecidos pela legislação aplicável. 4.1 Obrigatoriedade de Entrega a Partir de 1º de Dezembro de 2015 A e-financeira é obrigatória para fatos ocorridos a partir de 1º de dezembro de 2015 e deverá ser transmitida semestralmente nos seguintes prazos, observado o disposto no subitem 4.2: a) até o último dia útil do mês de fevereiro, contendo as informações relativas ao segundo semestre do ano anterior; e b) até o último dia útil do mês de agosto, contendo as informações relativas ao primeiro semestre do ano em curso. Excepcionalmente, para os fatos ocorridos entre 1º e 31 de dezembro de 2015, a e-financeira poderá ser entregue até o último dia útil de maio de 2016. O prazo para entrega da e-financeira será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia fixado para sua apresentação. 4.2 Fatos Geradores de Julho a Dezembro do Ano-Calendário de 2014 Excepcionalmente, para as informações e pessoas definidas pelo Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para intercâmbio de informações e melhoria da observância tributária internacional e implementação do FATCA, o módulo de operações financeiras da e- Financeira será obrigatório para fatos referentes aos meses de julho a dezembro do ano-calendário de 2014. A e-financeira poderá conter apenas os arquivos, de acordo com os leiautes definidos no inciso I do caput do art. 15 da IN RFB nº 1.571/2015, necessários para o cumprimento do Acordo com dados referentes ao último dia útil do mês de dezembro de 2014 ou aos meses em que houve encerramento de alguma conta, plano de benefícios IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 692

de previdência complementar, Fapi ou seguro de pessoas nos termos das letras a e b do subitem 4.3, e deverá ser entregue até 31 de agosto de 2015. (IN RFB nº 1.580/2015) São de responsabilidade exclusiva do declarante as diligências necessárias para verificação dos usuários passíveis de declaração, nos termos da regulamentação dos respectivos órgãos reguladores, bem como a correção dos dados transmitidos na forma prevista na IN RFB nº 1.571/2015. Em relação ao ano-calendário de 2014, havendo contas reportáveis identificadas em momento posterior ao envio das informações, os dados mencionados deverão ser encaminhados à RFB no prazo de até 20 (vinte) dias, contado da data da identificação do fato, conforme disposto no subitem 4.5. Caso sejam identificados encerramentos de contas reportáveis das pessoas de que trata o caput para fins de cumprimento do FATCA, no período compreendido entre janeiro e novembro de 2015, as informações referentes às contas encerradas deverão ser entregues até o último dia útil de maio de 2016. (incluído pela IN RFB nº 1.580/2015) 4.3 Forma de Apresentação Das Informações As informações de que trata o 3 deverão ser entregues obedecendo à seguinte forma: a) em relação ao ano-calendário de 2014 e às informações de que tratam as letras a, b, g e k do item 3: identificação dos titulares das operações financeiras e comitentes finais, devendo incluir nome, nacionalidade, residência fiscal, endereço, número da conta ou equivalente, individualizados por conta ou contrato na instituição declarante, número de inscrição no CPF ou no CNPJ, NIF no exterior, nome empresarial e os saldos de cada conta de que tratam as letras a e b do item 3; b) em relação ao ano-calendário de 2014 e às informações de que tratam as letras d e e do item 3: identificação de clientes ou beneficiários dos recursos, inclusive quando do seu pagamento no caso de morte do titular de plano de benefícios de previdência complementar ou de seguro de pessoas, ou de Fapi, devendo incluir nome, nacionalidade, residência fiscal, endereço, número de proposta e número do processo de aprovação do plano, ou Fapi, pelo pertinente órgão regulador, individualizados por plano ou Fapi na instituição declarante, número de inscrição no CPF, NIF no exterior, os saldos de provisões matemáticas de benefícios a conceder e saldo de Fapi; c) em relação aos fatos gerados a partir de 1º de dezembro de 2015: as informações relativas a todas as pessoas usuárias dos serviços das entidades de que trata o item 3, que devem ser declaradas no módulo de operações financeiras, inclusive a pessoa física de que trata o 9º do art. 5º da IN RFB nº 1.571/2015, as informações mencionadas nas letras a e b acima, acrescidas das demais informações mencionadas no item 3, exceto os valores de vendas e resgates em que a instituição declarante atue na condição de entidade custodiante, que deverão ser reportados a partir do ano-calendário de 2016; e d) em relação ao ano-calendário de 2016 em diante: todas as informações mencionadas no item 3. Em relação aos fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2016, fica dispensado o fornecimento à RFB das informações de que trata a Instrução Normativa RFB nº 811, de 28 de janeiro de 2008, na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.168, de 29 de junho de 2011. 4.4 Apresentação Fora do Prazo A não apresentação da e-financeira nos prazos fixados no subitem 4.1 ou a sua apresentação com incorreções ou omissões acarretará aplicação, ao infrator, das multas previstas: a) no art. 30 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, quanto às informações abrangidas pela Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001; ou b) no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, quanto às demais informações. 4.5 Retificação da e-financeira A e-financeira poderá ser substituída, mediante transmissão de novo arquivo digital validado e assinado, para inclusão, alteração ou exclusão de registros e de outras operações e informações. A retificação da e-financeira poderá ser efetuada em até 5 (cinco) anos, contados do termo final do prazo para sua entrega em conformidade com o disposto no subitem 4.1. Fundamentos legais: os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE NOVEMBRO 47/2017 693