MONITORAMENTO MORFOLÓGICO DAS PRAIAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO BRASIL: ANÁLISE TEMPORAL E ESPACIAL RESUMO



Documentos relacionados
Geotecnologia aplicadas à análise histórica humana /intervenções urbanas e evolução da linha de costa

Mudança da Linha de Costa à Médio Prazo das Praias do Pina e da Boa Viagem (Recife PE)

CARACTERIZAÇÃO VOLUMÉTRICA DAS PRAIAS DO PINA E DA BOA VIAGEM, RECIFE (PE) BRASIL

MORFOLOGIA E SEDIMENTOLOGIA EM UM TRECHO DA PRAIA DE CANDEIAS (JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE, BRASIL)

CARACTERÍSTICAS MORFODINÂMICAS DA PRAIA DE ITAPIRUBÁ, SC, BRASIL. Palavras-chave: Praias arenosas, morfodinâmica praial, morfologia de praia

Figura 1: Localização da Praia de Panaquatira. Fonte: ZEE, Adaptado Souza, 2006.

EVOLUÇÃO DA VULNERABILIDADE À EROSÃO DAS PRAIAS DA ILHA DE ITAMARACÁ PE, COMO SUBSÍDIO PARA UM MONITORAMENTO DA MORFOLOGIA PRAIAL.

MORFODINÂMICA DA ZONA DE ARREBENTAÇÃO NA PRAIA DO CASSINO EM EVENTOS DE MARÉ METEOROLÓGICA

DESTAQUES DE DEZEMBRO/2014

EROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO

DESTAQUES DE FEVEREIRO/2015

MÉTODO DE ANÁLISE DA VULNERABILIDADE COSTEIRA À EROSÃO

DESTAQUES DE MAIO/2014

O Enfrentamento à Vulnerabilidade Costeira de Pernambuco

III-010 A IMPORTÂNCIA DA POPULAÇÃO FLUTUANTE PARA A GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NA CIDADE DO RECIFE

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL PLANO DE TRABALHO DETALHADO

VARIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE E VULNERABILIDADE À AÇÃO DE PERIGOS COSTEIROS NA PRAIA DOS INGLESES (FLORIANÓPOLIS-SC) ENTRE 1957 E 2009

PADRÕES DE DEPOSIÇÃO E ORIGENS DO LIXO MARINHO EM PRAIAS DA ILHA DE ITAPARICA - BAHIA

ANÁLISE COMPARATIVA DAS DERIVAÇÕES ANTROPOGÊNICAS EM ÁREAS DE MANGUEZAIS EM ARACAJU-SE. Geisedrielly Castro dos Santos¹

Instituto de Pesquisas Hidráulicas. IPH - UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil. Av. Bento Gonçalves 9500, , Porto Alegre, RS, Brasil

praiais estuarino manguezais

COMPORTAMENTO DOS ÍNDICES DO ESTADO TRÓFICO DE CARLSON (IET) E MODIFICADO (IET M ) NO RESERVATÓRIO DA UHE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES, TOCANTINS BRASIL.

VARIAÇÃO DIÁRIA DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA EM BELÉM-PA EM UM ANO DE EL NIÑO(1997) Dimitrie Nechet (1); Vanda Maria Sales de Andrade

Synthesis Study of an Erosion Hot Spot, Ocean Beach, California. Patrick L. Barnard, Jeff E. Hansen, and Li H. Erikson

VULNERABILIDADE DA ZONA COSTEIRA DA PRAIA DO PAIVA, MUNICÍPIO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO, PERNAMBUCO, BRASIL

45 mm MORFODINÂMICA DA BARRA DO RIO ITAGUARÉ, BERTIOGA SP. UNESP; Praça Infante Don Henrique, s/n Bairro Bitarú. São Vicente, SP,

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE.

DESTAQUES DE JANEIRO/2015

A importância das dunas frontais na avaliação da evolução da linha de costa- O caso da Praia da Manta Rota

PROGRAMA NACIONAL DE BÓIAS - PNBOIA PROJETO OPERACIONAL

CARACTERIZAÇÃO PLUVIOMETRICA POR QUINQUÍDIOS DA CIDADE DE PIRENOPOLIS - GO

Caruaru (com jantar no Papangu de Bezerros incluso) Localizada no interior de Pernambuco, cerca de 135 km de Recife, Caruaru surpreende com um dos

SEDIMENTOLOGIA E GEOFÍSICA NA PLATAFORMA INTERNA DO RIO GRANDE DO SUL: PRO-REMPLAC.

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NAS OBRAS DE PROTEÇÃO NA ORLA DA PRAIA DE BOA VIAGEM RECIFE PE

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

BATIMETRIA E DISTRIBUIÇÃO DOS SEDIMENTOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL INTERNA PARANAENSE PARANÁ - BRASIL

Avaliação de Método Expedito de Determinação do Nível do Mar como Datum Vertical para Amarração de Perfis de Praia

45 mm INDICADORES DE PALEOLINHAS DE COSTA E VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR NA PLATAFORMA CONTINENTAL SUL DE ALAGOAS

DIFERENÇAS TÉRMICAS OCASIONADAS PELA ALTERAÇÃO DA PAISAGEM NATURAL EM UMA CIDADE DE PORTE MÉDIO - JUIZ DE FORA, MG.

Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pesquisa Sísmica 3D, Não Exclusiva Bacia Sedimentar Marítima de Pernambuco-Paraíba

Questões Climáticas e Água

COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE I

DESTAQUES DE JULHO/2015

UNIVERSIDADE POSITIVO PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM ADMINISTRAÇÃO DOUTORADO EM ADMINISTRAÇÃO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: <ÁREA DE CONCENTRAÇÃO>

CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE MARECHAL DEODORO AL, NO PERÍODO DE 1978 A 2005.

SONDAGEM INDUSTRIAL Dezembro de 2015

ESTUDO GRANULOMÉTRICO DA PLATAFORMA INTERNA N DO RN, ENTRE GALINHOS E PORTO DO MANGUE

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

PRINCIPAIS SECAS OCORRIDAS NESTE SÉCULO NO ESTADO DO CEARÁ: UMA AVALIAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

Variação da Linha de Costa da Praia do Janga/Paulista-PE, através da Técnica de Fusão de Imagens Orbitais CBERS HRC/CCD

Periodização do Treinamento. Vitor Leandro da Silva Profeta Mestrando em Ciências do Esporte

06 a 10 de Outubro de 2008 Olinda - PE

Tipos de Depósitos de Algas Calcárias na Plataforma Continental Brasileira. Gilberto T. M. Dias UFF

PROPOSTA DE PROJETO DE PESQUISA

Relatório de atividades Arte e cidadania caminhando juntas Pampa Exportações Ltda.

XIII Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário ABEQUA

Decomposição da Inflação de 2011

Alternativas para o Brasil. Claudio L. S. Haddad Endeavor - Outubro de 2004

Anderson Gomes de Almeida 1, Alberto Garcia de Figueiredo Jr. 2, Gilberto Pessanha Ribeiro 3

Regionalização Brasileira

O PROCESSO DE REATIVAÇÃO DA BASE OPERACIONAL DA TECHINT EM PONTAL DO PARANÁ: ANÁLISE DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

NTERAÇÃO ENTRE ATENDIMENTOS VOLMET, OCORRÊNCIAS DE TROVOADAS E NEVOEIRO NO AERÓDROMO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO

PRAIA DO SACO EM ESTÂNCIA/SE: análise dos processos de uso e ocupação do solo costeiro

EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RESGATAR A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

GRANULOMETRIA DE PRAIAS DO MUNICÍPIO DE UBATUBA, SP*

Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004

VARIAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DAS CÚSPIDES DA PRAIA DE CAMBURI, VITÓRIA ES

ESTUDO SEDIMENTOLÓGICO-AMBIENTAL DO MUNICÍPIO COSTEIRO DE BARRA DOS COQUEIROS

Análise Mensal do Comércio Varejista de Belo Horizonte

A OCEANOGRAFIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA

CLIMATOLOGIA E SAZONALIDADE EM 33 ANOS DE EVENTOS TORNÁDICOS EM SANTA CATARINA

III-123 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL EM ATERROS DE RESÍDUOS SÓLIDOS A PARTIR DE ESTUDOS DE REFERÊNCIA

Monitoramento Praial em Genipabu, Extremoz/RN, Brasil

TENDÊNCIAS DE TRANSPORTE SEDIMENTAR AO LONGO DAS PRAIAS DO MUNICÍPIO DE PONTAL DO PARANÁ (PR): DADOS PRELIMINARES.

CORRELAÇÃO ENTRE DADOS DE VENTO GERADOS NO PROJETO REANALYSIS DO NCEP/NCAR E OBSERVADOS EM REGIÕES DO ESTADO DO CEARÁ.

GERAÇÃO DE LIXIVIADOS NA CÉLULA EXPERIMENTAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DA MURIBECA-PE

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL

UNICEF BRASIL Edital de Seleção de Consultor RH/2014/027

de Piracicaba-SP: uma abordagem comparativa por meio de modelos probabilísticos

A visão do consumidor residencial com microgeração eólica

ANÁLISE DA DINÂMICA COSTEIRA EM PRAIAS DO MUNICÍPIO DE CABEDELO-PB

QUADRO 11 - ENQUADRAMENTO DAS ÁGUAS QUANTO À BALNEABILIDADE

Pedro João de Albuquerque Araújo Universidade Federal de Pernambuco Laboratório de Pesquisas sobre Espaço, Cultura e Política (LECGEO)

VARIABILIDADE CLIMÁTICA PREJUDICA A PRODUÇÃO DA FRUTEIRA DE CAROÇO NO MUNICÍPIO DE VIDEIRA SC.

Eixo Temático ET Gestão Ambiental

- PLANO ANUAL DE AUDITORIA -

GERENCIAMENTO COSTEIRO NO ESPÍRITO SANTO

BOAS PRÁTICAS DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL: POR UMA ACESSIBILIDADE MAIS JUSTA

Geoideias: Earthlearningidea. Litorais mudando Investigando como a erosão, o transporte e a deposição das ondas podem mudar as formas dos litorais

SEMINÁRIO NACIONAL de GERENCIAMENTO COSTEIRO Brasília, 04 de novembro de 2014.

IV SISTEMATIZAÇÃO DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PARA A REGIÃO DO MUNICÍPIO DE JOINVILLE/SC

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição Fatia 3;

5 Considerações finais

NOME COMPLETO DOS COMPONENTES DA EQUIPE PROMONTÓRIO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO: CARACTERIZAÇÃO E ZONEAMENTO PARA ADEQUAÇÃO AMBIENTAL

GERÊNCIA EDUCACIONAL DE FORMAÇÃO GERAL E SERVIÇOS CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA ESTUDO ESTATISTICO DA BRISA ILHA DE SANTA CATARINA

Aula 5 PLANÍCIES E LAGUNAS COSTEIRAS. Aracy Losano Fontes

Transcrição:

1 ISSN 1679-3013 TROPICAL OCEANOGRAPHY ONLINE MONITORAMENTO MORFOLÓGICO DAS PRAIAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO BRASIL: ANÁLISE TEMPORAL E ESPACIAL Patrícia Mesquita PONTES Tereza Cristina Medeiros de ARAÚJO Recebido em: 07/04/2006 Aceito em: 10/10/2006 UFPE Deapartamento de Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco. patriciaocean@hotmail.com RESUMO Este trabalho tem por objetivo o levantamento bibliográfico dos trabalhos que realizaram estudos morfológicos nas praias do litoral de Pernambuco, classificá-los de acordo com as diferentes abordagens adotadas, além da análise da distribuição espacial e temporal dos mesmos. No litoral de Pernambuco o estudo morfológico das praias foi realizado por 36 trabalhos. O primeiro trabalho foi realizado por Ottman em 1959. No entanto, a retomada e a consolidação deste tipo de estudo ocorre somente 46 anos depois, a partir da segunda metade dos anos 90. Espacialmente, estes se encontram bem distribuídos no Setor Médio da costa e concentrados em algumas praias no Setor Norte e Sul. Em relação as diferentes abordagens adotadas, predomina o processo-resposta em 2D, e a realização do perfil até a antepraia superior. Os estudos são ainda uma tentativa inicial de conhecimento do comportamento e dos problemas ambientais do ambiente praial. Ainda há praias que nunca foram monitoradas, e em muitas o monitoramento foi temporalmente e espacialmente insuficiente para a compreensão dos diferentes processos costeiros que influenciam e condicionam o comportamento morfológico das mesmas em longo prazo. Palavras chaves: perfil de praia, morfologia, Pernambuco. ABSTRACT This study aims to do a bibliographic survey of all the work done on beach profile in the coast of Pernambuco, classifing them according to the approaches adopted and analyze their temporal and spatial distribution. On

2 Pernambuco coast, the beaches morphological studies were listed by 36 research papers. The first work was done by Ottman in 1959. However, the review and consolidation of this kind of study occurred only 46 years later, by the second half of the 90s. These studies are clearly spatially distributed in the medium section of the coast and concentrated in some beaches on the north and south section. In relation to the different approaches adopted, the processresponse in 2D and use of beach profile until the uppershoreface dominate. The studies are in trial stages of research in the behavior and beach environment problems. Some beaches have not been monitored yet and in many the monitoring was temporally and spatially insufficient to understand the different coastal processes which influence and regulate the morphological behavior in a long term period. Key words: beach profile, morphology, Pernambuco. INTRODUÇÃO As praias são sistemas transicionais dinâmicos e sensíveis, formados por sedimentos inconsolidados, que se ajustam constantemente a flutuações dos níveis de energia locais e sofrem retrabalhamento por processos eólicos, biológicos e hidráulicos (Hoefel, 1998). O conhecimento da morfologia praial, através do monitoramento de uma faixa de praia e de seu fundo adjacente verifica a manutenção de uma tendência erosiva ou progradacional. Avaliando-se desta forma a variabilidade vertical do perfil praial no tempo, pois as praias desenvolvem perfis que refletem as constantes condições de mudança, características deste ambiente. Modificações neste ambiente provocará alterações também na relação da macrofauna e meiofauna do ambiente praial, como mudanças na permeabilidade, e nas trocas de oxigênio e nutrientes. Por tanto o conhecimento deste ambiente possibilitará um melhor planejamento e gestão das zonas costeiras. Os estudos com perfil de praia no Brasil se iniciaram em 1959 com Ottman, na praia de Piedade, Pernambuco. Entre o estudo pioneiro de Ottman e o segundo estudo, realizado na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, por Kowsmann publicado em 1970. Ocorre um intervalo de 11 anos, indicando a carência de estudos durante esta época. Apenas a partir da segunda metade dos anos 70 aconteceu um aumento nos estudos de perfil de praia, como resultado da expansão das pesquisas acadêmicas nas universidades federais. Nos anos 90 ocorre um aumento significativo dos estudos em conseqüência da ampliação das pesquisas acadêmicas e da consolidação dos cursos de graduação em geografia e geologia, bem como os de pós-graduação em oceanografia (Muehe, 2003). Apesar do trabalho pioneiro ter sido realizado em Pernambuco, os estudo apenas são retomados e consolidados em meados da década de 90. Este trabalho tem por objetivo o levantamento bibliográfico dos trabalhos que realizaram estudos morfológicos no litoral de Pernambuco, visando

3 analisar sua distribuição temporal e espacial, além de classificá-los de acordo com as diferentes abordagens adotadas nos estudos. Na análise das abordagens utilizadas estes foram divididos de acordo com a classificação proposta por Muehe (2003): serão considerados (1) descritivos, os que realizaram apenas uma descrição topográfica, principalmente em relação à distribuição do tamanho do grão; Processoresposta em (2) 2D ou (3) 3D, quando a mensuração das variações topográficas de um ou do conjunto de perfis transversais é uma função de variáveis oceanográficas. Os perfis abrangeram desde a porção do ambiente praial mais próxima ao continente (dunas vegetadas, pós-praia) até a (4) antepraia superior (zona de arrebentação, segundo Villwock e Martins, 1972 apud Hoefel, 1998) ou (5) abrangeram até a antepraia inferior (zona afetada por ondas durante tempestades, situada entre a plataforma continental e a antepraia superior). Os trabalhos que classificaram os (6) estágios morfodinâmicos da praia foram incluídos nesta categoria, e os que relacionaram a morfologia e a fauna bêntonica, (7) na categoria Relação praiaanimal. (8) Monitoramento da erosão, os que realizaram um monitoramento espacial e temporal da erosão através dos perfis de praia. O estado de Pernambuco está situado na região Nordeste do Brasil entre as coordenadas 07 32 00 e 08 55 30 S e 34 48 35 e 41 19 54 W e sua faixa costeira tem aproximadamente 187 km de extensão. Sob aspecto fisiográfico, a costa pode ser dividida em três setores: Setor Norte, situado entre Olinda e o Estado da Paraíba, e apresenta grande desenvolvimento de recifes e de praias arenosas retilíneas; Setor Médio, corresponde ao trecho entre Paulista e o Cabo de Santo Agostinho, a linha de costa é mais retilínea devido à presença de recifes de arenito e das restingas de Barras das Jangadas, Candeias e Brasília Teimosa; Setor Sul, localizado entre o Cabo de Santo Agostinho e o extremo sul do Estado, apresenta uma linha de costa mais irregular, devido a presença de várias enseadas, à frente das quais estendemse recifes, que neste setor possuem um grande desenvolvimento (Coutinho et al, 1994). RESULTADOS Foram encontrados 36 trabalhos que realizaram estudos morfológicos na costa Pernambucana, destes 12 são dissertações, 8 resumos completos, 6 resumos, 4 monografias, 3 relatórios técnicos e 3 artigos. (a relação dos mesmos encontra-se em anexo) A figura 1 apresenta a evolução dos trabalhos ao longo do tempo. Entre o trabalho pioneiro de Ottman (1959), na praia de Piedade, e o relatório técnico desenvolvido em 1995, pelo Laboratório de Geofísica e Geologia Marinha, da Universidade Federal de Pernambuco (LGGM/UFPE), e o de Silva (1995), há uma lacuna de 46 anos. Este intervalo, no entanto, não significa a não realização de perfis de praia, mas sim a não publicação dos mesmos, pois o LGGM realizou diversos perfis em praias nos municípios da Ilha de Itamaracá e

4 Paulista nos anos de 1987, 1988 e 1989 e que só foram publicados posteriormente em 1997. A partir de então há uma estabilidade na publicação dos trabalhos com a média anual de três trabalhos. Os anos com o maior número de publicação foram o de 2000 com 7 trabalhos e 2005 com 6. 8 6 Trabalhos 4 2 0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Ano Figura 1 Evolução temporal dos trabalhos com perfil de praia em Pernambuco Com relação à distribuição espacial dos trabalhos (fig. 2), observa-se que os mesmos estão bem distribuídos nos setores da costa Pernambucana, com 12 trabalhos no Setor Norte, 10 no Setor Médio, 13 no Setor Sul e 1 na Ilha de Fernando de Noronha. Porém, exceto no Setor Médio, os trabalhos se concentram apenas em algumas praias; no Setor Sul, na praia de Tamandaré (6 trabalhos), e no Setor Norte nas praias do município de Paulista e da Ilha de Itamaracá (4 trabalhos) Analisando as diferentes abordagens dos estudos, de acordo com a classificação de Muehe (2003) a mais freqüente é o processo-resposta em 2D (94%). (fig. 3). Todos os perfis de praia se estenderam da porção do ambiente praial mais próxima ao continente até a antepraia superior. Foi observado, também, que 83% dos trabalhos realizaram o monitoramento da erosão nos locais estudados. Apenas 2 trabalhos (5%) realizam um estudo meramente descritivo dos compartimentos geomorfológicos da praia, também somente 2 trabalhos (5%) relacionaram a morfologia praial com a fauna bentônica.

5 A classificação da morfologia praial segundo estágios, de acordo com o modelo da Escola Australiana de Geomorfologia, foi realizada por 25% dos trabalhos. Figura 2 Representação esquemática da costa de Pernambuco, com as praias estudadas e quantidade de trabalhos realizados nas mesmas. (Fonte: Martins, 1997 - modificado).

6 Descritivo Processo-Resposta 2D Processo-Resposta 3D Monitoramento da Erosão Estágio da Praia Antepraia Superior Antepraia Relação Praia-Animal 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Trabalhos Figura 3 Classificação dos trabalhos de perfil de praia segundo a abordagem adotada. DISCUSSÃO O aumento e estabilidade do número de trabalhos na metade dos anos 90 é resultado, também, da implantação e consolidação do Programa de Pósgraduação em Oceanografia, com concentração em Oceanografia Abiótica, bem como da reativação da seção de Oceanografia Geológica do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco. Assim como dos estudos realizados pelo programa de Pós-graduação em Geociências da citada universidade. É importante ressaltar que dos estudos desenvolvidos apenas 3 foram publicados como artigo, o que dificulta o acesso e divulgação dos mesmos. A seção de Oceanografia Geológica vem realizando desde então, monitoramento mensal na praia de Boa Viagem (2002 a 2006). E também realizou monitoramentos na Ilha de Itamaracá (2002 a 2004) como parte do projeto Uso e Apropriação de Recursos Costeiros Projeto RECOS / Instituto do Milênio, financiado pelo CNPq, e temporalmente mais esparsos, em Tamandaré (2001 a 2004), com o apoio do projeto Recifes Costeiros. As praias do município de Paulista são monitoradas pelo LGGM/UFPE desde 1987 e somado com monitoramentos realizados por outros trabalhos é a região que possui o maior tempo de monitoramento (1987, 1989, 1995 a 1999). O município tem problemas com erosão desde a década de 80 e desde

7 então vem implantado obras de proteção costeira. Os monitoramentos realizados são de suma importância na compreensão da hidrodinâmica local e das causas locais e regionais da erosão. O ideal seria que os perfis se estendessem da porção do ambiente praial mais próxima ao continente até a zona submersa, a uma profundidade onde a variabilidade topográfica tende a não mais existir. Porém, na prática, isso só se realiza com o uso de equipamentos e embarcações adequadas a um maior avanço mar adentro, o que quase sempre inviabiliza o nivelamento topográfico deste trecho do perfil. Comumente o perfil restringe-se ao segmento subaéreo e uma pequena porção submersa, a antepraia superior, até onde é possível posicionar a mira para a realização das leituras. E a falta de equipamentos adequados parece ser a justificativa para a realização de perfis, apenas, até a antepraia superior na costa pernambucana. A determinação dos estágios de uma praia necessita da determinação de dados oceanográficos como altura da onda na zona de arrebentação e período da onda, o que pode dificultar a realização deste tipo de abordagem. Observou-se, ainda, que a maioria dos monitoramentos de perfil de praia efetuados durante dissertações ou monografias foram interrompidos ao término das mesmas. Com alguns pontos de monitoramentos sendo retomados em anos posteriores, em outros trabalhos ou por outros pesquisadores. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após um hiato temporal na realização de estudos de perfil de praia há uma estabilização na realização dos mesmos. Espacialmente, estes se encontram bem distribuídos no Setor Médio da costa e concentrados em algumas praias no Setor Norte e Sul. Em relação as diferentes abordagens adotadas, predomina o processo-resposta em 2D, e a realização do perfil até a antepraia superior. Sendo efetuado o monitoramento da erosão na maioria dos trabalhos encontrados. Os estudos do comportamento morfológico realizado nas praias do litoral de Pernambuco são ainda uma tentativa inicial de conhecimento do comportamento e dos problemas ambientais (principalmente os relacionados à erosão) do ambiente praial, existindo ainda praias que nunca foram monitoradas, e em muitas dessas, o monitoramento foi temporalmente e espacialmente insuficientes para a compreensão dos diferentes processos costeiros que influenciam e condicionam o comportamento morfológico da mesma. A perspectiva é que mais praias sejam monitoradas e por períodos maiores, pois sem um longo período de monitoramento é impossível diferenciar um episódio de erosão ou progradação de ciclos astronômico, climatológicooceanográfico ou ocasionados por ações antropogênicas (Muehe, 2003). Essas informações possibilitarão uma melhor gestão das obras já implantadas, bem como o planejamento de ações futuras ao longo da costa. Um avanço neste sentido é o projeto Monitoramento Ambiental Integrado - avaliação da erosão costeira nos municípios de Paulista, Olinda,

8 Recife e Jaboatão dos Guararapes, um convênio entre as entidades FINEP/FADE/UFPE, iniciado em 2006 e terá duração de 2 anos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COUTINHO, P. N. et al. Coastal Quaternary of Pernambuco, Brazil. In: International Sedimentological Congress, 14. 1994, Recife, Proceedings... Recife: 1994. p. D 31-32 CPRH: Gerco PE setorização da zona costeira. Disponível em http://www.cprh.pe.gov.br. Acesso em 23 de jan. 2006. GREGÓRIO, M. das N. Sedimentologia e morfologia das praias do Pina e da Boa Viagem, Recife (PE) Brasil. Recife, 2004. 92 f. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) Departamento de Oceanografia. Universidade Federal de Pernambuco. HOEFEL, F. G. Morfodinâmica de praias arenosas oceânicas, uma revisão bibliográfica. Itajaí: Univali, 1998. 92 p. LGGM. Estudos da erosão marinha na praia da Boa Viagem. Recife, 1995. Relatório Técnico,Convênio ENLURB/FADE/LGGM UFPE. MARTINS, M. H.de A. Caracterização morfológica e vulnerabilidade do litoral da Ilha de Itamaracá PE. Recife, 1997. 96 f. Dissertação (Mestrado em Geociências) Pós-graduação em Geociências. Universidade Federal de Pernambuco. MUEHE, D. Beach morphodynamic research in Brazil: evolution and applicability. Journal of Costal Research, Itajaí, v. 35, p. 32-42, 2003. OTTMANN, F.; NÓBREGA, R.; COUTINHO, P. N; OLIVEIRA, S. P. B. de. Estudo topográfico e sedimentológico de um perfil da praia de Piedade Recife Pernambuco. Trabalhos do Instituto de Biologia Marinha. Recife, v. 1, p. 19-37, 1959. SILVA, A. M. C. da. Aspectos erosivos na praia de Pontas de Pedra PE. Recife, 1995. Monografia (Graduação em Engenharia de Pesca) Departamento de Engenharia de Pesca. Universidade Federal Rural de Pernambuco.

9 ANEXO Trabalho Classificação (Muehe, Local de estudo Período amostral 2003) 1 1 1 Piedade 1 dia (verão) de 1972 2 2 2; 4; 8 Pontas de Pedra *_ 3 3 3; 4; 6; 8 Boa Viagem set. de 94 a jan. de 95 4 4 2; 4; 8 Coroa do Avião *_ 5 5 2; 4; 6; 8 Praias entre Enseadinha e Maria Farinha 87 e 89; maio 96 a jan. de 97 6 6 2; 4; 6; 8 Itamaracá maio de 87 a jun. de 88; maio de 95 a dez. 96 7 7 2; 4; 8 Litoral Jaboatão dos Informação não Guararapes apresentada 8 8 2; 4; 8 Restinga do Paiva jun. a nov. de 95 9 9 2; 4; 6; 8 Casa Caiada dez. de 95 a nov. de 96 10 10 2;4; 7; 8 Baía de Tamandaré out. de 97 a set de 98 11 11 2; 4; 8 Paiva maio de 96 a mar de 98 12 12 2; 4; 8 Piedade e Candeias Informação não apresentada * As informação referentes a estes trabalhos foram obtidas através de entrevista com o orientador dos autores pois os mesmos não possuem uma cópia dos trabalhos. 1 OTTMANN, F. et al. Estudo topográfico e sedimentológico de um perfil da praia de Piedade Recife Pernambuco. Trabalhos do Instituto de Biologia Marinha. Recife, v. 1, p. 19-37, 1959. 2 SILVA, A. M. C. da. Aspectos erosivos na praia de Pontas de Pedra PE. Recife, 1995. Monografia (Graduação em Engenharia de Pesca) Departamento de Engenharia de Pesca. 3 LGGM. Estudos da erosão marinha na praia da Boa Viagem. Recife, 1995. Relatório Técnico, Convênio ENLURB/FADE/LGGM UFPE. 4 PINTO, T. K. de O. Morfodinâmica e sedimentologia da Coroa do Avião Barra de Orange Itamaracá PE. Recife, 1996. Monografia (Graduação em Engenharia de Pesca) Departamento de Engenharia de Pesca. 5 LIRA, A. R. do A. Caracterização morfológica e vulnerabilidade do litoral entre as praias da enseadinha e Maria Farinha, Paulista PE. Recife, 1997. 96 f. Dissertação (Mestrado em Geociências) Pós-graduação em Geociências. Universidade Federal de Pernambuco. 6 MARTINS, M. H.de A. Caracterização morfológica e vulnerabilidade do litoral da Ilha de Itamaracá PE. Recife, 1997. 96 f. Dissertação (Mestrado em Geociências) Pós-graduação em Geociências. Universidade Federal de Pernambuco. 7 LGGM Estudo da erosão marinha nas Praias de Piedade e de Candeias e no Estuário de Barra de Jangadas. Recife, 1997. Relatório Técnico. 8 CASTRO, F. J. V. de. Impacto dos processos morfodinâmicos sobre a meiofauna da restinga do Paiva, PE. Brasil. Recife, 1998. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) Pós-graduação em Oceanografia. Universidade Federal de Pernambuco. 9 PEREIRA, L. C. C. Hidrodinâmica e sedimentologia da praia de Casa Caiada, PE. Recife, 1998. 92 f. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) Departamento de Oceanografia. Universidade Federal de Pernambuco. 10 RIBEIRO, S. de S. Relação dos fatores ambientais com a meiofauna na Praia de Tamandaré, PE Brasil. Recife, 1999. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Pós-graduação em Biologia. Universidade Federal de Pernambuco. 11 MADRUGA FILHO, J. D. Estudos sedimentológicos, morfodinâmicos e hidrodinâmicos na praia do Paiva município do Cabo de Santo Agostinho PE. Recife, 1999. Dissertação (Mestrado em Geociências) Pós-graduação em Geociências. Universidade Federal de Pernambuco.

10 13 13 1 Paiva maio de 97 a mar. de 98 14 14 2; 4; 6; 8 Guadalupe set. de 97 a set de 98 15 15 2; 4; 8 Litoral de Paulista mar. a dez. de 99 16 16 2; 4; 6; 8 Litoral de Paulista ago. de 95 a fev. de 97 17 17 2; 4; 6; 8 Porto de Galinhas, Cupe e Gamboa set. de 98 a jul. de 99 18 18 2; 4; 8 Litoral de Olinda 1999 a 2000 19 19 2; 4 Baía de Tamandaré fev. de 99 a jul. de 01 20 20 2; 4 Baía de Tamandaré fev. de 99 a jan. de 00. 21 21 2; 4; 8 Serinhaém maio de 96 22 22 2; 4; 8 Conceição; Boldró; ago. de 00 a abril de 01 Cacimba; do Padre e do Sancho 23 23 2; 4; 6; 8 Boa Viagem e Piedade jun. de 96 a abr. de 97 24 24 2; 4; 8 São José da Coroa maio de 01 e set. de 01 Grande, Porto; rio Una e Mamucaba 25 25 2; 4; 8 Litoral de Paulista maio de 99; set. e nov. de 02 12 BORBA, A. L. S. Caracterização sedimentológica entre as praias de Piedade e Candeias, Jaboatão dos Guararapes PE. Recife, 2000. Dissertação (Mestrado em Geociências) Universidade Federal de Pernambuco. 13 MADRUGA FILHO, J. D. & ARAÚJO, T. C. M. Vulnerabilidade da zona costeira da praia do Paiva, município do Cabo de Santo Agostinho PE. In: Simpósio de Geologia do Nordeste, 18. 2000, Recife, Resumo...Recife 2000, p. 35. 14 MENDES, G. P. Sedimentologia e morfodinâmica da Praia de Guadalupe município de Sirinhaém PE. Recife, 2000. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Pós-graduação em Geociências. Universidade Federal de Pernambuco. 15 MANSO, V. A. V. et al. Levantamento morfodinâmico das praias do município de Paulista entre o rio Doce e Pontal de Maria Farinha Litoral sul de Pernambuco. In: Simpósio de Geologia do Nordeste, 18. 2000, Recife, Resumo...Recife 2000, p. 66. 16 LIRA, A. R. do A. & VALENÇA, L. M. M. Caracterização morfológica e vulnerabilidade do litoral de Paulista PE. In: Simpósio de Geologia do Nordeste, 18. 2000, Recife, Resumo...Recife 2000, p. 34. 17 OLIVEIRA, J. A. R. de. Estudo do comportamento sedimentológico e morfodinâmico entre as praias de Porto de Galinhas e Gamboa Litoral sul de Pernambuco.. Recife, 2000. Dissertação (Mestrado em Geociências) Pósgraduação em Geociências. Universidade Federal de Pernambuco. 18 LGGM. Monitoramento do litoral de Olinda. Recife, 2000. Relatório Técnico. 19 ARAÚJO, T. C. M. Variação Volumétrica das praias de Tamandaré PE. In: Simpósio de Geologia do Nordeste, 19. 2001, Recife, Resumo...Recife 2001, p. 109. 20 PORTELLA, D. B.; SANTOS, F. L. de & ARAÚJO, T. C. M. Morfological and dynamical characterization of Tamandaré bay, PE BR. Tropical Oceanography, Recife, v. 29, n. 1, p. 79-86, 2001. 21 MANSO, V. A. V. et al. Perfil praial de equilíbrio da Praia de Serinhaém, PE. In: Congresso da ABEQUA, 8. 2001, Imbé, Resumo... Imbé 2001, p. 190. 22 VALENÇA, L. M. M., MANSO, V. A. V.; MENOR, E. A. & SOARES JR., C. F. Estudo morfodinâmico preliminar das praias da Ilha de Fernando de Noronha PE. In: Congresso da ABEQUA, 8. 2001, Imbé, Resumo... Imbé 2001, p. 537. 23 DUARTE R. X. Caracterização morfo-sedimentológica e evolução de curto e médio prazo das praias do Pina, Boa Viagem e Piedade.. Recife, 2002. Dissertação (Mestrado em Geociências) Pós-graduação em Geociências. Universidade Federal de Pernambuco. 24 COSTA, J. de A. Sedimentologia, hidrodinâmica e vulnerabilidade das praias no trecho entre a foz do rio Mamucaba (Tamandaré PE) e a foz do rio Persinunga (São José da Coroa Grande PE). Recife, 2002. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) Universidade Federal de Pernambuco. 25 COSTA, J. E. R. Morfodinâmica praial do município de Paulista PE. Recife, 2002. Monografia (Especialização em Gestão de Ambientes Costeiros Tropicais) - Departamento de Oceanografia. Universidade Federal de Pernambuco.

11 26 26 2; 4 Pina e Boa Viagem ago. de 02 a maio de 03 27 27 2; 4; 7; 8 Baía de Tamandaré out. de 97 a set. de 98 28 28 2; 4 Forte Orange e São Paulo out. de 02 a jun. de 03 29 29 2; 4; 8 Pina e Boa Viagem ago. de 02 a dez. de 03 30 30 2; 4; 8 Baía de Tamandaré jun. de 99 a ago. de 02; nov. de 03; jan. e mar. 04 31 31 2; 4; 8 Pina e Boa Viagem ago. de 02 a abr. de 05 32 32 2; 4; 8 Paiva e Gaibu ago., out., e dez. de 02; fev. e maio de 03. 33 33 2; 4; 8 Forte Orange e São out. de 02 a maio de 04 Paulo 34 34 2; 4; 8 Litoral de Jaboatão dos out. de 04 a abr. de 05 Guararapes 35 35 2; 4; 6; 8 Del Chifre jan. 05 36 36 2; 4 Candeias mar. de 04 e maio de 05 26 GREGÓRIO, M. das N. & ARAÚJO T. C. M. Caracterização volumétrica das praias do Pina e da Boa Viagem, Recife (PE) Brasil. In: Congresso da ABEQUA, 9. 2003, Recife, Anais Recife 2003, CD. 27 SOUZA-SANTOS, L. P. et al. Seasonality of intertidal meiofauna on a tropical sandy beach in Tamandaré Bay (northeast Brazil). Journal of Costal Research, Itajaí, v. 35, p. 367-377, 2003. 28 ARAÚJO, T. C. M. et al. Dinâmica Costeira no Extremo Sul da Ilha de Itamaracá PE. In: Congresso da ABEQUA, 9. 2003, Recife, Anais Recife 2003, CD. 29 GREGÓRIO, M. das N. Sedimentologia e morfologia das praias do Pina e da Boa Viagem, Recife (PE) Brasil. Recife, 2004. 92 f. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) Pós-graduação em Oceanografia. Universidade Federal de Pernambuco. 30 LIMA, J. A. P. Análise da morfologia praial e sua importância na gestão do Município de Tamandaré-PE. Recife, 2004. 49 f. Monografia (Especialização em Gestão de Ambientes Costeiros Tropicais) - Departamento de Oceanografia. Universidade Federal de Pernambuco. 31 ARAÚJO T. C. M., & GREGÓRIO M. das N. Monitoramento da morfologia praial na Região Metropolitana do Recife- Pernambuco: a praia da Boa Viagem. In: Congresso da ABEQUA, 10. 2005, Guarapari, Anais Guarapari 2005, CD. 32 MADRUGA FILHO, J. D. et al. Vulnerabilidade da zona costeira entre as praias do Paiva e Gaibu município do Cabo de Santo Agostinho (litoral sul de Pernambuco). In: Congresso da ABEQUA, 10. 2005, Guarapari, Anais Guarapari 2005, CD. 33 PONTES, P. M. Caracterização Morfológica das praias do Forte Orange e São Paulo, Itamaracá PE. Recife 2005. Monografia (Graduação em Geografia) - Departamento de Ciências Geográficas. Universidade Federal de Pernambuco. 34 GUERRA, N. C. Caracterização morfodinâmica e sedimentar das praias do município de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. In: Congresso da ABEQUA, 10. 2005, Guarapari, Anais Guarapari 2005, CD. 35 GUERRA, N. C. & ARAÚJO, T. C. M. Caracterização morfológica da praia Del Chifre (Istmo de Olinda) In: Congresso da ABEQUA, 10. 2005, Guarapari, Anais Guarapari 2005, CD. 36 MOURA, A. R. L. U. de. et al. Morfologia e sedimentologia em um trecho da praia de Candeias (Jaboatão dos Guararapes- PE, Brasil). In: Congresso da ABEQUA, 10. 2005, Guarapari, Anais Guarapari 2005, CD.