Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Rio de Janeiro 1ª Vara Federal de Duque de Caxia PROCEDIMENTO COMUM Nº 0121745-50.2015.4.02.5101/RJ AUTOR: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX RÉU: UNIÃO - FAZENDA NACIONAL I RELATÓRIO SENTENÇA XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX (em recuperação judicial) ajuizou a preente ação declaratória fical em face da UNIÃO, objetivando a incluão de valore do ano de 2013 no programa de parcelamento de débito fical da RFB de que trata a Lei nº 12.996/2014. Relata o autor, em íntee, que olicitou o parcelamento de débito fical na modalidade parcelamento de demai débito RFB de que trata a Lei nº 12.996/2014, no intuito de parcelar eu débito ficai datado até 31/12/2013. No entanto, ao entrar no programa e elecionar o parcelamento do débito para conolidar o valore na data previta em lei, contaram preente apena o débito referente ao período de apuração do exercício de 2012, não tendo aparecido o de 2013. Diante da circuntância, o patrono da autora em diligência à Delegacia da Receita Federal de Nova Iguaçu, também não logrando êxito em verificar eu débito referente ao exercício de 2013 no parcelamento. Com efeito, requer na preente a procedência do pedido para eja declarada a poibilidade de incluir o débito referente ao exercício de 2013 no REFIS por atender a todo o requiito previto em lei, bem como eja determinado à ré a incluão de tai débito no parcelamento de débito fical na modalidade parcelamento de demai débito RFB de que trata a lei nº 12.996/2014. Em Evento 3 foi proferida decião declinando da competência e remea do auto a uma da vara federai em Duque de Caxia. Em Evento 17 foi proferida decião indeferindo a liminar requerida, por, naquele momento, não haver prova do preenchimento do requiito legai.
Em Evento 20, OUT24 a Fazenda apreentou contetação, na qual alega, em íntee, que a demanda e reume ao fato de ter ou não a parte providenciado o parcelamento do débito dentro do prazo legal; que, de acordo com a Lei 12.966/2014, havia um prazo bem alargado para que o parcelamento pudee er feito, endo o objetivo uma reabertura de prazo referente a parcelamento que foram intituído em 2009. Afirma ainda que qualquer emprea que tenha uma contabilidade em dia abe o quanto deve ao órgão federai e é capaz de fazer o referido cálculo, batando ao devedor verificar quanto deve e realizar o recolhimento por meio de DARF. Ainda que o argumento da parte autora de que ainda etaria dentro do prazo, e valendo da Portaria Conjunta PGFN / RFB nº 1064, de 30 de Julho de 2015 não procede, poi tal Portaria e detina aquele que aderiram ao parcelamento e devem, nete momento, pretar determinada informaçõe à Adminitração Tributária neceária à conolidação do débito, não endo poível efetuar o parcelamento de novo débito não indicado na opção no momento oportuno. Dea forma aduz que autora não tem direito a incluir novo débito no parcelamento da Lei 12.966/2014, que etá na fae de conolidação do débito daquele que já fizeram a opção no prazo legal. Em Evento 22 foi proferida nova decião ratificando o indeferimento da liminar. Em Evento 31 a parte autora e manifetou em réplica. Em Evento 32 comunicou a interpoição de recuro de agravo por intrumento. Em Evento 44 foi deferida a produção de prova pericial contábil. Em Evento 56 a parte autora indicou aitente técnico, já tendo formulado queito em Evento 42. Em Evento 64 a PFN indicou aitente técnico. Em Evento 96, OUT70 foi apreentado o laudo pericial, obre o qual e manifetaram a parte autora, apreentando parecer de aitente técnico (Evento 104). Em Evento 116 a parte autora requereu a conceão de tutela de urgência, obre o qual e manifetou a PFN em Evento 121. Em Evento 123 foi deferida a tutela de urgência. Em Evento 124 comunicação do julgamento do agravo interpoto pela autora no eg. TRF-2.
Em Evento 143 a PFN vem comunicar a interpoição de agravo em face da decião que deferiu tutela de urgência em favor da parte autora. Em Evento 160, a concluão para entença foi convertida em diligência, a fim de que a PFN informae obre o integral cumprimento da tutela de urgência concedida. Em Evento 167 a PFN informou o cumprimento da liminar. Em Evento 170 a parte autora confirma o cumprimento da decião liminar e, ainda, demontra que foi emitida pela Fazenda certidão poitiva com efeito de negativa de débito. Vieram o auto concluo para entença. É o relatório. DECIDO. II FUNDAMENTAÇÃO A parte autora aduz, conforme relatado, que formulou pedido de recuperação judicial. Entretanto, a inexitência de regularidade fical, a qual eria impeditivo para tanto, não teria ido certificada pela Fazenda Nacional em razão deta não incluir no parcelamento o débito referente ao ano de calendário de 2013, memo a autora tendo feito a adeão ao "Refi Copa", previto na Lei 12.996/2014 e cumprido toda exigência, incluive o pagamento referente a entrada e parcela menai, como demontrariam, egundo a mema, o comprovante que juntou. Em razão da irregularidade fical etaria tendo divero problema no deempenho de ua atividade econômica, o que coloca em grave rico de continuidade na pretação de eu erviço. Afirma que o "objeto da ação é a declaração do direito de pagar, o pedido é para continuar pagando, ma na forma da lei." Poi bem. A portaria PGFN 1064, de 03/08/2015, dipô obre o procedimento a erem adotado pelo contribuinte que aderiram ao parcelamento intituído pela Lei nº 12.996/2014 e que pouíam parcela em atrao. Conforme aquela norma, para fazer ju ao direito reivindicado, a parte autora deve fazer prova concluiva dea adeão, que deveria ter ocorrido até o dia 01/12/2014, como detacado pela Fazenda Nacional em ua contetação, conforme art. 1º da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 13, de 30/07/2014, com a redação dada pela Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 21 de 17/11/2014, bem como provar que procedeu, na forma da legilação referida, ao pagamento da entrada e da parcela do débito objeto de conolidação. Com o objetivo de eclarecer a quetõe técnica controvertida, foi deferida a produção de prova pericial contábil, cujo ao laudo etá aentado em Evento 96, OUT70.
Conforme o laudo pericial, a autora olicitou em 25/08/2014 o pedido de parcelamento da Lei nº 12.996/2014, e realizou o pagamento da primeira parcela da antecipação referente ao pedido de parcelamento no dia 25/08/2014, no valor de R$62.126,25, conforme DARF (código de receita 4750), anexado em Evento 18, OUT22, pág. 02, havendo no auto a evidenciação de pagamento da outra parcela da antecipação, conforme DARF código 4750, anexado em Evento 18, OUT22, pág. 03/27. No tocante, é incontrovero que a parte autora realizou o pedido de parcelamento dentro do prazo que etipulado pela Lei nº 12.996/2014 (Evento 1, OUT5), efetuando o pagamento antecipado da primeira parcela, em conformidade com o parágrafo 2º do artigo 2º da Lei 12.996/2014, realizando, ainda, o pagamento da parcela ubequente (Evento 18, OUT22). Quanto ao valore da parcela, o ilutre perito eclareceu que Portanto, conclui-e que o Autor calculou e recolheu o maior menalmente a parcela equivalente ao maior valor entre o montante do débito objeto do parcelamento, dividido pelo número de pretaçõe pretendida, decontada a antecipaçõe, conforme dipõe o art. 2º, 5º, incio I, da Lei 12.996/2014, de acordo com o comprovante à fl. 143, 144, 145, 146, 147, 148 e 149. Em decorrência do apurado pelo expert, bem com a prova documental que corrobora com a concluõe, verifico que o Autor realizou o pedido de parcelamento do débito referente ao exercício de 2013 no prazo legal, efetuando o pagamento antecipado da primeira parcela e, ainda, calculou e recolheu menalmente a parcela equivalente ao maior valor entre o montante do débito objeto do parcelamento, dividido pelo número de pretaçõe pretendida, decontada a antecipaçõe, conforme dipõe o art. 2º, 5º, incio I, da Lei 12.996/2014. Inta alientar que, da concluõe da prova técnica, depreende-e que o contribuinte aderiu ao parcelamento previto na Lei n. 12.966/2014, ma o débito, embora compatívei com tal parcelamento, não e apreentaram diponívei para conolidação por limitação/erro de itema no que e refere ao exercício de 2013. Aim, retam preenchido o requiito legai para incluão do débito referente ao exercício de 2013 no parcelamento de débito fical na modalidade parcelamento de demai débito RFB de que trata a lei nº 12.996/2014, razão pela qual aite à parte autora o direito de conolidação dete débito, em epecial homenagem à boa-fé demontrada pelo contribuinte. Nee entido: TRIBUTÁRIO. PARCELAMENTO. LEI Nº 12.996/2014. CONSOLIDAÇÃO. EXCLUSÃO DO PROGRAMA. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. 1. A adeão ao regime de parcelamento importa em ubmeter-e ao delineamento contante da lei que intitui a benee, tendo em conta o princípio da legalidade que deve pautar a atuação da autoridade adminitrativa fazendária. 2. O ato
infralegai da Receita Federal do Brail não podem ir ao ponto de vedar a incluão de determinado crédito, calcado em critério unicamente burocrático, contrariando a própria finalidade do programa de parcelamento. 3. A juriprudência do STJ reconhece a viabilidade de incidir o princípio da razoabilidade e da proporcionalidade no âmbito do parcelamento tributário, quando tal procedência via evitar prática contrária à própria teleologia da norma intituidora do benefício fical, mormente e verificada a boa-fé do contribuinte e a auência de prejuízo do erário. (TRF-4 - AC: 50143354420164047205 SC 5014335-44.2016.404.7205, Relator: JORGE ANTONIO MAURIQUE, Data de Julgamento: 21/06/2017, PRIMEIRA TURMA) Ademai, em que pee a alegaçõe da Fazenda de que etamo diante de uma REABERTURA de prazo referente a parcelamento que foram intituído em 2009. Situaçõe jurídica, portanto, que maculam o itema tributário, na medida em que incentivam a inadimplência, o fato é que a Lei nº 12.996/2014 é exprea no entido que o parcelamento abarca dívida vencida até 31 de dezembro de 2013, e endo período da dívida da parte autora relativo a 2013, não reta dúvida que tem direito à conolidação da dívida e ao parcelamento de que trata a referida Lei. III DIPOSITIVO Ito poto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, com reolução do mérito (art. 487, I do CPC/2015), confirmando a liminar anteriormente concedida (Evento 123, DESPADEC144), para declarar o direito da parte autora à conolidação de eu débito ficai junto à União e conequente parcelamento de que trata a Lei nº 12.996/2014, bem como determinar que ré prova, em definitivo, a incluão do débito referente ao exercício de 2013 no parcelamento de débito fical na modalidade parcelamento de demai débito RFB de que trata a lei nº 12.996/2014, e que o memo fiquem com a exigibilidade upena na forma do parcelamento, na forma do pedido protocolado pela parte autora em 25/08/2014 (Evento 1, OUT5). Condeno a União, ainda, no pagamento de honorário advocatício, fixado em 10% obre o valor da caua (art. 85, parágrafo 2, do CPC). Cuta ex lege. Sentença não ujeita ao reexame neceário, no termo do artigo 496, I, do CPC/2015. Documento eletrônico ainado por MÁRCIO SANTORO ROCHA, Juiz Federal Subtituto, na forma do artigo 1º, incio III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Reolução TRF 2ª Região nº 17, de 26 de março de 2018. A conferência da autenticidade do documento etá diponível no endereço eletrônico
http://eproc.jfrj.ju.br, mediante o preenchimento do código verificador 510000984479v2 e do código CRC 1d13c973. Informaçõe adicionai da ainatura: Signatário (a): MÁRCIO SANTORO ROCHA Data e Hora: 4/6/2019, à 20:45:20 0121745-50.2015.4.02.5101 510000984479.V2 Conferência de autenticidade emitida em 07/06/2019 09:13:28.