Lei nº /2009 (Anistia Fiscal): Perguntas e Possíveis Respostas. Café da Manhã Tributário. Outubro, 2009

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1 Lei nº /2009 (Anistia Fiscal): Perguntas e Possíveis Respostas Café da Manhã Tributário Outubro, 2009

2 Nesta apresentação destacaremos os principais aspectos da Lei nº /2009, por meio de um compêndio de PERGUNTAS E POSSÍVEIS RESPOSTAS.

3 PASSO A PASSO

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15 Para cada tipo de parcelamento será gerado um DARF de código específico.

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17 Pagamento à vista com utilização de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL.

18 ADESÃO

19 1) Como são feitas as opções pela Lei nº /2009? Para o parcelamento e o pagamento à vista com utilização de prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa da CSLL, deverão ser requeridas, obrigatoriamente, no sítio da Receita Federal do Brasil ( mediante certificado digital ou código de acesso, até as 20 horas (horário de Brasília) do dia 30/11/2009.

20 2) No caso de pagamento à vista SEM a utilização do prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa da CSLL, qual será o procedimento? Neste caso, o contribuinte não precisará efetuar a adesão ao parcelamento. Deverá, apenas, apurar o valor devido com os respectivos benefícios e recolher o DARF de código específico, até 30/11/2009.

21 Códigos DARF - CODAC Nº 65/2009

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23 3) Como é feita a adesão e como ocorrerá a consolidação? A adesão será realizada no período de 17/08/2009 a 30/11/2009, pela internet, conforme anteriormente exposto. A consolidação e a negociação ocorrerão em uma segunda etapa, em prazo ainda a ser definido.

24 4) É obrigatório o recebimento de comunicações pelo endereço eletrônico do e-cac? Sim. Esta Caixa Postal somente valerá para comunicação de atos da Lei nº /2009, referentes aos parcelamentos e pagamento à vista com prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa da CSLL, bem como decisões relacionadas a estas consolidações.

25 5) Quais são os débitos que podem ser parcelados? Podem ser parcelados os débitos administrados pela Receita Federal do Brasil e os débitos para com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, inclusive saldos remanescentes de débitos parcelados anteriormente, bem como débitos decorrentes de aproveitamento indevido de créditos de IPI, vencidos até 30/11/2008. Exemplos: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, débitos Previdenciários, débitos inscritos em Dívida Ativa, etc.

26 6) A Multa Penal, Trabalhista, Eleitoral, poderão ser pagas/parceladas com os benefícios da Lei nº /2009? Não. Exceto se a mesma já for objeto de cobrança pela Procuradoria da Fazenda Nacional, ou seja, esteja inscrita em Dívida Ativa da União. Obs.: Tais valores tornar-se-ão valor principal do débito. Obs.2: Entretanto, mesmo que esteja inscrita em Dívida Ativa da União, não poderá ser parcelada, caso tenha sido objeto de outros parcelamentos especiais, não previstos na Lei nº /2009.

27 7) Os débitos declarados em DCTF que estão suspensos por medida judicial poderão ser parcelados ou pagos à vista com os benefícios da Lei nº /2009? Sim, seguindo os seguintes passos: i. Retificar a DCTF para constar saldo devedor; ii. Efetuar o recolhimento do DARF ou pedir o parcelamento, e; iii. Requerer a desistência da ação judicial no prazo de 30 dias contados da data do recolhimento (pagamento à vista) ou da consolidação (parcelamento).

28 8) Realizada a adesão ao parcelamento, o contribuinte terá direito a emissão de Certidão Positiva com Efeitos de Negativa? Qual será o prazo para emissão? Sim. O prazo para a emissão da Certidão será, em média, de 5 (cinco) dias úteis, contados do recolhimento da primeira parcela.

29 9) Realizada a adesão com pagamento a vista e utilização de prejuízo fiscal, o contribuinte terá direito a emissão de Certidão Positiva com Efeitos de Negativa? Qual será o prazo para emissão? Sim. O contribuinte deverá se dirigir a uma das unidades da SRF e PGFN para apresentar dossiê que deverá conter um demonstrativo de cálculo indicando os débitos/inscrições objeto do pagamento, as reduções aplicadas e os montantes de prejuízo fiscal e base negativa utilizados. Em caso de existência de depósitos judiciais deve ser apresentada a petição requerendo ao Juízo a conversão em renda da União dos depósitos.

30 DESISTÊNCIAS

31 10) Já efetuei a desistência dos parcelamentos anteriores. Posso solicitar o cancelamento desta desistência? Não. A desistência é definitiva, não havendo possibilidade de retratação da mesma.

32 11) Qual é o prazo para desistência de débitos com exigibilidade suspensa por Processos Administrativos e/ou Judiciais para o caso de pagamento à vista com os beneficíos da Lei nº /2009? (Nova redação dada ao art. 13 da Portaria Conjunta nº 06/2009 pela Portaria Conjunta nº 11/2009) Deverá ser requerida a desistência do processo administrativo ou judicial, por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias após o prazo final previsto para efetuar o pagamento à vista.

33 12) Qual é o prazo para desistência de débitos com exigibilidade suspensa por Processos Administrativos e/ou Judiciais para o caso de parcelamento com os beneficíos da Lei nº /2009? (Nova redação dada ao art. 13 da Portaria Conjunta nº 06/2009 pela Portaria Conjunta nº 11/2009) Deverá ser requerida a desistência do processo administrativo ou judicial, por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias após o prazo final previsto para efetuar a opção pelos parcelamentos de débitos.

34 13) Existe a possibilidade de não desistir dos parcelamentos anteriores e parcelar outros débitos com os benefícios da Lei nº /09? Sim. A opção pela rescisão dos parcelamentos anteriores é do contribuinte. No caso de parcelamento de débitos pela MP 449/2008 a migração será automática se não houver manifestação contrária do contribuinte até 30/11/2009.

35 PAGAMENTOS

36 14) Quais são os percentuais de redução para o pagamento à vista? Débitos abrangidos Multas de Mora e de Ofício Vencidos até 30/11/ % Reduções concedidas Multas Isoladas Juros de Mora 40% 45% Encargos Legais 100%

37 15) Quais são os percentuais de redução para o pagamento parcelado? A) Dívidas NÃO Parceladas Anteriormente Débitos abrangidos Vencidos até 30/11/2008 Nº de Prestações 2 a a a a 180 Multas de Mora e de Ofício 90% 80% 70% 60% Reduções Concedidas Multas Isoladas Juros de Mora 35% 40% 30% 35% 25% 30% 20% 25% Encargos legais 100% 100% 100% 100%

38 B) Saldo Remanescente de Parcelamentos Anteriores - REFIS, PAES, PAEX e Parc. Ordinários. Nº de Prestações Multas de Mora e de Ofício REFIS 40% PAES 70% Até 180 PAEX 80% PARC. ORDINÁRI O 100% Reduções Concedidas Multas Isoladas Juros de Mora 40% 25% 40% 30% 40% 35% 40% 40% Encargos legais 100% 100% 100% 100%

39 16) Efetuei o pedido de parcelamento, mas não fiz o recolhimento da primeira parcela. Posso fazê-la em atraso? Não. O pagamento da primeira parcela deverá ser efetuada até o último dia do próprio mês. Caso faça em atraso, deverá ser requerido novo pedido de parcelamento dentro do mês do recolhimento em atraso. Se o novo pedido for efetuado no mês seguinte ao do pagamento em atraso, o recolhimento não será considerado pelo sistema, devendo ser efetuado novo pagamento e solicitada a restituição do recolhimento anterior.

40 17) Após a adesão ao parcelamento, devo continuar recolhendo o valor do DARF? Sim. Todos os meses, até a consolidação do débito, o contribuinte deve recolher, por guia DARF, o valor mínimo estabelecido na legislação, pelo menos. O próprio sistema da Receita Federal, por meio do e-cac, disponibilizará a guia DARF todos os meses.

41 18) É possível o pagamento à vista do saldo remanescente de débitos parcelados pela MP 449/2008? Sim. Para isso deverá ser calculado o valor devido com os benefícios da Lei nº /09, e proceder ao recolhimento do débito. Posteriormente, será necessário requerer a restituição dos valores recolhidos no parcelamento da MP 449/2008.

42 19) É possível antecipar parcelas com as mesmas reduções aplicáveis ao pagamento à vista? Sim. É necessário efetuar o pagamento antecipado de, no mínimo, 12 prestações para se obter os mesmos benefícios do pagamento à vista. (art. 17 da Portaria 06/2009)

43 20) Posso pagar à vista ou parcelar valores que estão sendo questionados judicialmente? Sim. No caso de pagamento à vista, deve-se requerer a desistência da ação judicial no prazo de 30 dias da data do recolhimento. No caso de parcelamento, o prazo para desistência é de 30 dias após a consolidação.

44 21) Podem ser pagos à vista débitos com exigibilidade suspensa por depósitos, sem a sua conversão em renda da União? Após poderão ser levantados? Sim. O contribuinte poderá pagar o débito objeto de depósito à vista e depois levantar os depósitos. Os impedimentos que poderão existir são os que já existem regularmente, por exemplo, se houver outro débito inscrito não negociado, a PGFN pode pedir a penhora do dinheiro.

45 22) É possível o abatimento das multas e juros com prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSLL antes da conversão do depósito judicial? Sim. Caso o contribuinte deseje obter as reduções do pagamento à vista, deverá desistir da ação e pedir a conversão do depósito até 30 de novembro e ainda fazer a opção pelo pagamento à vista com utilização do prejuízo fiscal na internet, considerando no cálculo os depósitos.

46 23) Será possível converter em renda parte do depósito judicial e solicitar o levantamento do remanescente com os benefícios do pagamento à vista? Sim, desde que o contribuinte peticione nos autos, até 30 de novembro, requerendo: i. a conversão em renda de parte do valor depositado que corresponderá ao débito com as reduções previstas na Lei nº /2009; ii. o levantamento do saldo remanescente; iii. a desistência do litígio.

47 24) No caso de pagamento ou parcelamento com utilização de prejuízo fiscal ou base negativa, o valor remanescente do depósito judicial poderá ser levantado em que momento? O levantamento do excedente do depósito somente poderá ocorrer após a confirmação pela RFB dos montantes de prejuízo fiscal e base negativa da CSLL utilizados pelo contribuinte. ( 13 do art. 32 com a redação dada pela Portaria Conj. 10/09)

48 25) Ainda no caso de valor remanescente de depósito judicial, esse valor poderá ser alocado para o pagamento de outro débito também incluído no Refis? Como o levantamento do excedente do depósito somente poderá ocorrer após a confirmação pela RFB dos montantes de prejuízo fiscal e base negativa da CSLL, não será possível destinar o excesso de depósito aos outros débitos do Refis, uma vez que ele deverá ficar à disposição do Juízo até a confirmação pela RFB.

49 26) Nos casos de parcelamento com utilização de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa, como deve ser o procedimento? Primeiramente deve o contribuinte solicitar o parcelamento pelo sítio da RFB, e na segunda etapa (consolidação), requerer a utilização do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa da CSLL.

50 27) Nos casos de pagamento à vista, com a exoneração da multa, haverá redução dos juros que incidem sobre a multa? Não. Conforme art. 31, não se aplicam reduções sobre valores reduzidos por não serem cumulativas. Será editada Nota da PGFN que regulamentará este procedimento.

51 28) Quanto aos débitos ainda não constituídos (IN 968/09): Poderão ser incluídos nos parcelamentos os débitos ainda não constituídos, vencidos até 30/11/2008, em relação aos quais o sujeito passivo esteja obrigado à apresentação de declaração à Receita Federal e se encontra omisso, desde que seja apresentada a respectiva declaração até o dia 30/11/2009.

52 Possíveis Declarações: DCTF Declaração de Débitos e Créditos de Tributos Federais; GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social; DSPJ Declaração Simplificada de Pessoa Jurídica; DIRPF Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física; DITR Declaração de Imposto sobre Propriedade Territorial Rural.

53 29) Quanto aos débitos objeto de compensação declarada à RFB (IN 968/09): Neste caso, tais débitos poderão integrar a dívida consolidada nos parcelamentos, desde que: i. Tenha decisão definitiva de não-homologação da compensação no âmbito administrativo, até 30/11/2009. ii. Caso o débito esteja com sua exigibilidade suspensa, o sujeito passivo desista, por escrito, da manifestação de inconformidade ou do recurso administrativo.

54 30) Qual é a definição do encargo legal, previsto pela Lei nº /2009, que goza de redução integral tanto no parcelamento quanto no pagamento à vista? Encargo legal é aquele previsto pelo Decreto Lei nº 1.025/69, fixado em 20% (ou 10% se em momento anterior à remessa da inscrição em dívida ativa para cobrança judicial) sobre o valor do débito liquidado. Os honorários advocatícios (sucumbência) fixados em condenações em processos judiciais não sofrerão qualquer redução. Os honorários advocatícios cobrados nos processos relativos às contribuições previdenciárias inscritos em dívida ativa da União antes de maio/2007 (quando ainda não havia a aplicação do Decreto Lei nº 1.025/69) não gozam de qualquer redução.

55 MIGRAÇÕES

56 31) Como é feita a migração de débitos remanescentes de antigos parcelamentos para o Parcelamento da Lei no /2009? O artigo 3º, I e II, da Lei nº /2009: serão restabelecidos à data da solicitação do novo parcelamento os valores correspondentes ao crédito originalmente confessado e seus respectivos acréscimos legais, de acordo com a legislação aplicável em cada caso, consolidado à época do parcelamento anterior, abatidas as parcelas pagas, atualizadas pelos critérios aplicados aos débitos, até a data da solicitação do novo parcelamento. O artigo 5º da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 6/2009: serão computadas as prestações pagas, os débitos que compõem os saldos remanescentes dos parcelamentos anteriores serão restabelecidos à data da solicitação do novo parcelamento, com os acréscimos legais devidos na forma da legislação aplicável à época da ocorrência dos respectivos fatos geradores. A redação de ambos os dispositivos é, portanto, conflitante.

57 32) Diante do conflito existente entre a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 6/2009 e a Lei /2009, como resolver a questão? O conteúdo da lei deve prevalecer sobre o da portaria quando ambos se revelarem conflitantes, devendo ocorrer a consolidação dos débitos da seguinte forma: Crédito tributário originalmente confessado restabelecido à condição original (expurgo de eventuais descontos aplicados quando da consolidação original + atualização pela Taxa Selic); Parcelas pagas durante a vigência do parcelamento original também devem ser atualizadas pela Taxa SELIC; Parcelas atualizadas devem ser descontadas do crédito tributário originalmente confessado (nos termos do item 1); Sobre o saldo obtido, aplicam-se os descontos previstos na Lei nº /2009, bem como se compensam eventuais saldos de prejuízo fiscal e bases negativas de CSLL, para obtenção do novo montante a ser parcelado.

58 RESCISÃO

59 33) O que será causa para a rescisão do parcelamento? A falta de pagamento de 3 (três) prestações, consecutivas ou não, desde que vencidas em prazo superior a 30 (trinta) dias; ou, de pelo menos, 1 (uma) prestação, estando pagas todas as demais. Obs: A prestação paga com até 30 dias de atraso não configura inadimplemento.

60 34) Caberá Recurso com efeito suspensivo? Sim, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da ciência da exclusão. Obs.: Enquanto o recurso estiver pendente de apreciação, o sujeito passivo deverá continuar a recolher as prestações devidas Obs.2: O contribuinte será cientificado da decisão pelo endereço eletrônico do e-cac. Obs.3: A decisão deste recurso será definitiva na esfera administrativa.

61 35) Qual o tratamento fiscal dispensado ao lançamento contábil das reduções de multas, juros e encargo legal? Artigo 4º, Parágrafo único da Lei nº /2009: Não será computada na apuração da base de cálculo do Imposto de Renda, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS a parcela equivalente à redução do valor das multas, juros e encargo legal em decorrência do disposto nos arts. 1o, 2o e 3o desta Lei.

62 Permanecemos à disposição de Vossas Senhorias. Obrigado pela presença de todos!