1. Quem pode usufruir os benefícios das reduções previstas na Lei?

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João Gabriel Sacramento Arruda
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Ministério da Fazenda Secretaria da Receita Federal do Brasil Delegacia da Receita Federal em Santa Cruz do Sul Esclarecendo a Lei 11.

1 Ministério da Fazenda Secretaria da Receita Federal do Brasil Delegacia da Receita Federal em Santa Cruz do Sul Esclarecendo a Lei /2009 O Governo Federal editou lei que concede benefício de reduções para o pagamento à vista ou parcelado de débitos administrados pela Secretaria da Receita federal do Brasil e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o que significa dizer que se você tiver débitos em aberto na Receita Federal ou na Dívida Ativa, eles poderão ser pagos ou parcelados com reduções de multas, juros e encargos legais, desde que atendam as condições estabelecidas na Lei. Por causa disso, elaboramos as orientações a seguir, para esclarecimentos das principais dúvidas. Elas serão expostas na forma de tópicos e também de perguntas e respostas. A presente cartilha não tem a pretensão de esgotar o assunto, e sim, de apresentar os esclarecimentos iniciais de como proceder para usufruir dos benefícios de redução previstos na Lei. Se outras surgirem, poderão ser direcionadas ao nosso de esclarecimentos: plantaofiscal.scs.rs@receita.fazenda.gov.br - É necessário informar um telefone para o esclarecimento das dúvidas. Perguntas e Respostas 1. Quem pode usufruir os benefícios das reduções previstas na Lei? Poderão usufruir dos benefícios das reduções os contribuintes, pessoas físicas ou jurídicas, que possuam débitos em aberto junto à Receita Federal do Brasil e à Procuradoria da Fazenda Nacional (Dívida Ativa), vencidos até 30/11/2008, inclusive os previdenciários relativos à parte dos segurados. 2. Quais débitos não estão contemplados pela Lei? Os débitos em aberto do SIMPLES NACIONAL, os renegociados de CRÉDITO RURAL, os que foram objeto de parcelamento especial para adesão ao SIMPLES NACIONAL, e os vencidos após 30/11/ Como terei acesso aos benefícios da Lei? O acesso aos benefícios ocorrerá sob duas formas: a) para pagamentos parcelados, pela internet no sítio da RFB, mediante utilização de certificado digital ou código de acesso. b) Para pagamentos à vista, comparecendo na unidade de atendimento da RFB ou PGFN (Dívida Ativa) de sua jurisdição, pela internet, em todos os serviços, cálculo de contribuições previdenciárias e, futuramente, pelo aplicativo SICALC.

2 4. Quais as reduções? São diversas as formas de redução, mas a principal está relacionada ao pagamento à vista, que oferece: Multa de mora e de ofício 100% Juros 45% Multa isolada 40% Encargos legais 100% 5. E para parcelar, quais as reduções? São duas alternativas, dependendo da situação do débito. a) Se não foram parcelados até 27/05/2009, a adesão será pelo art. 1º, 3º, e as reduções ficarão conforme a seguir: Modalidade Parcelamentos em até... Referência 30 meses 60 meses 120 meses 180 meses Multa de mora ou de ofício 90% 80% 70% 60% Multa isolada 35% 30% 25% 20% Juros 40% 35% 30% 25% Encargos 100% 100% 100% 100% b) E se já foram parcelados até 27/05/2009, a adesão será pelo art. 3º, 2º, e as reduções dependerão da modalidade do parcelamento em que estes débitos estavam enquadrados na primeira vez em que foram parcelados, e aí, terão as reduções, para pagamento parcelado, conforme tabela abaixo: Modalidade Parcelamentos em até... Referência REFIS PAES PAEX Ordinário Multa de mora ou de ofício 40% 70% 80% 100% Multa isolada 40% 40% 40% 40% Juros 25% 30% 35% 40% Encargos 100% 100% 100% 100% b.1) Aqui é importante ressaltar que se não forem cumpridas todas as exigências formais para a adesão ao parcelamento, este não será deferido ou será rescindido, os parcelamentos existentes anteriormente não serão restabelecidos, e todas as reduções concedidas serão canceladas, INCLUSIVE DAS PARCELAS JÁ PAGAS.

3 6. Se eu optar por parcelar meus débitos, qual será o valor das parcelas que terei de pagar? Há uma parcela mínima para cada caso, dependente da natureza de origem dos débitos, a ser paga como antecipação até que a RFB e a PGFN consolidem os pedidos de parcelamentos efetuados pela internet: Débitos objeto de parcelamentos ativos em 11/2008 Prestação Mínima Débitos provenientes de parcelamentos: Rescindidos antes de 11/2008 Concedidos a partir de 12/2008 Exclusão do REFIS antes de 12/2007 Débitos excluídos do REFIS no período de 12/2007 a 11/2008 Débitos provenientes de mais de um parcelamento 1.Provenientes do Refis: 85% da média das prestações devidas no período de 12/2007 a 11/ Provenientes do PAES, PAEX ou demais: 85% da prestação devida em 11/2008 R$ 100,00 (Pessoa Jurídica) R$ 50,00 (Pessoa Física) 85% da média das prestações devidas neste período. Será o somatório das prestações mínimas definidas para cada parcelamento. 7. Se eu tenho um débito em questão, ou seja, na justiça, suspenso por apresentação de impugnação ou recurso, eu também posso pagar á vista ou parcelar? Sim, mas depois terá que desistir expressamente e de forma irrevogável da impugnação, do recurso administrativo ou da ação judicial, no prazo de até trinta dias após a ciência do deferimento do pedido de adesão ao parcelamento ou da data do pagamento à vista. 8. Para quem devo mandar a desistência expressa do questionamento do débito? Depende de onde está o questionamento do débito: a) Se na justiça, deverá apresentar o pedido de desistência onde tramita o processo e posteriormente apresentar prova de que o fez ao Delegado da RFB ou ao Procurador-Chefe da PFN, ou seja, cópia autenticada da petição de desistência lá protocolada, anexada a requerimento que solicita a consideração da obrigação cumprida. b) Se em impugnação, destinada ao Delegado da Receita Federal de Julgamento. c) Se em recurso, ao Presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

4 9. Se eu quiser efetuar o pagamento à vista, mas não puder efetuar o recolhimento todo de uma vez e efetuar pagamentos entre 17 de agosto e 30 de novembro de 2009, pode? Sim, pode. Todos os pagamentos efetuados neste período serão considerados como pagamentos à vista e receberão as reduções previstas no inciso I, do 3º do art. 1º da Lei. 10. Quais os códigos de receita que devo usar para o recolhimento à vista? O pagamento à vista será em DARF para os débitos fazendários (IRPF, IRPJ, CSSL, COFINS, PIS, ITR, etc...) e em GPS para os débitos previdenciários, sob o código usual do débito, com exceção do pagamento que utilizar-se-á de créditos decorrentes de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa de CSLL. 11. Como será a correção dos débitos oriundos de rescisão de parcelamentos anteriores? Neste caso o débito será corrigido pela SELIC desde a data de vencimento original do débito. 12. Eu já aderi ao parcelamento especial, previsto na MP 449/2008, e agora? Haverá a migração automática para as modalidades compatíveis na Lei , ou você poderá fazer uma nova opção, situação em que poderá optar pela modalidade que mais lhe convier, ou ainda, se não desejar a migração, deverá então se manifestar expressamente, na unidade da PGFN ou RFB de seu domicílio tributário, até 30/11/2009. Obs.: a opção pela MP 449 pode, inclusive, não ser validada, caso em que não haverá a migração automática. 13. Eu posso parcelar os débitos da minha empresa em meu nome/cpf? Pode, a pessoa física poderá fazer parcelamentos da pessoa jurídica, e ficar responsável pelos pagamentos das parcelas, porém para isto a empresa NÃO PODERÁ ESTAR NA SITUAÇÃO DE BAIXADA/INATIVA, visto que ela precisa estar ativa para manifestar a autorização de pagamento pela sua pessoa. E ainda, você deverá, após, cumprir as formalidades de apresentar o Anexo II da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 6, cópia do DARF correspondente ao pagamento da 1ª parcela preenchido com o número de inscrição no CPF da pessoa física responsabilizada, bem como do contrato social ou suas alterações que comprovem a responsabilidade por vinculação ao fato gerador.

5 Lembretes 1. Para efetuar a adesão é necessário anteriormente cadastrar o código de acesso na internet, no sítio da RFB, caso você ou sua empresa ainda não o possuam; 2. É necessário efetuar o pagamento da primeira parcela de antecipação dentro do prazo estabelecido no momento da adesão; 3. O pedido de adesão deve ser feito apenas no nome da matriz quando se tratar de CNPJ com filiais; 4. O pedido da adesão implica na autorização para a RFB promover a implementação de endereço eletrônico para o contribuinte, que servirá para o envio de comunicações ao seu domicílio tributário com prova de recebimento; 5. No caso de desistência do REFIS atentar para o fato de que talvez seja necessário até quatro novas adesões, ou seja, duas na RFB e duas na PFN, caso possua débitos fazendários e previdenciários nos dois órgãos.

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