PGFN regulamenta o PERT
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- Gilberto de Figueiredo Ximenes
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1 PGFN regulamenta o PERT Em 21 de junho de 2017, foi publicada a Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (RFB) nº 1.711, que regulamenta a inclusão de débitos no âmbito desse órgão no Programa Especial de Regularização Tributária - PERT, instituído pela Medida Provisória nº 783/2017. Posteriormente, foi regulamentada a inclusão de débitos no âmbito da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) por meio da Portaria nº 690, publicada em 29 de junho de Atualmente, aguarda-se a votação do projeto de conversão em lei da medida provisória que criou o PERT, cujo relatório já foi aprovado pela Comissão Mista da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Vide Informativo Extra nº 110. Segue quadro resumindo as principais regras do PERT: RFB IN nº 1.711/17 PGFN Portaria nº 690/17 Quem pode aderir Pessoas físicas e jurídicas, inclusive aquelas que se encontrem em recuperação judicial. Débitos passíveis de adesão Débitos indicados pelo sujeito passivo: (i) vencidos até , constituídos ou não, provenientes de parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos ou em discussão administrativa ou judicial. (ii) provenientes de lançamentos de ofício efetuados até , desde que o tributo lançado tenha vencimento legal até (iii) relativos à CPMF. Débitos inscritos em Dívida Ativa até a data de adesão ao PERT: (i) débitos inscritos em Dívida Ativa até a data de adesão ao programa, de natureza tributária ou não, vencidos até , podendo ser provenientes de parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos ou em discussão judicial, ainda que em fase de execução fiscal já ajuizada. (ii) relativos à contribuições sociais previdenciárias, contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos; (iii) relativos às contribuições sociais devidas pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa, devendo a adesão ao PRT ser realizada nas agências da Caixa Econômica Federal localizadas na Unidade da Federação na qual esteja localizado o estabelecimento do empregador solicitante; e, (iv) relativos à CPMF. 1
2 Débitos não passíveis de inclusão (i) SIMPLES Nacional e SIMPLES Doméstico. (ii) Provenientes de tributos passíveis de retenção na fonte, de desconto de terceiros ou de sub-rogação. (iii) Devidos por pessoa jurídica com falência decretada ou pessoa física com insolvência civil decretada. (iv) Devidos por incorporadora optante pelo Regime Especial do Patrimônio de Afetação. Constituídos mediante lançamento de ofício em decorrência da constatação de crime de sonegação, fraude ou conluio. Prazo e forma de adesão Requerimento online a ser efetuado entre e Requerimento online a ser efetuado entre 1º a Efeitos da adesão (i) confissão irrevogável e irretratável dos débitos indicados; (ii) dever de pagar regularmente as parcelas e os débitos vencidos após ; (iii) vedação de inclusão dos débitos parcelados em qualquer outro parcelamento posterior, exceto o reparcelamento do art. 14-A da Lei /02; (iv) cumprimento regular das obrigações com o FGTS; (v) consentimento quanto à implementação do endereço eletrônico para envio de comunicações. Modalidades de Parcelamento 1. 20% da dívida consolidada à vista e em espécie, sem reduções, em 5 parcelas, e liquidação do restante com prejuízo fiscal, base negativa de CSLL ou outros créditos próprios relativos a tributos administrados pela RFB. Se houver saldo remanescente, possibilidade de pagamento em até 60 prestações prestações, com percentuais mínimos sobre o valor da dívida consolidada % da dívida consolidada à vista e em espécie, sem reduções, em 5 parcelas, e o restante: (i) liquidado integralmente em janeiro de 2018, em parcela única, com redução de 90% dos juros de mora e 50% das multas de mora, de ofício ou isoladas; (ii) parcelado em até 145 vezes, a partir de janeiro de 2018, com redução de 80% dos juros de mora e 40% das multas de mora, de ofício ou isoladas; (iii) parcelado em até 175 vezes, com redução de 50% dos juros de mora e 25% das multas de mora, parcelas, com percentuais mínimos sobre o valor da dívida consolidada % à vista e em espécie, sem reduções, em 5 prestações e o restante: (i) liquidado integralmente em janeiro de 2018, em parcela única, com redução de 90% dos juros de mora, 50% das multas de mora, de ofício ou isoladas, e de 25% dos encargos legais, inclusive honorários ou (ii) em 145 parcelas, com redução de 80% dos juros de mora, 40% das multas de mora, de ofício, isoladas e de 25% dos encargos legais; (iii) em 175 parcelas, com redução de 50% dos juros de mora, 25% das multas de mora, de ofício, isoladas e dos encargos legais, correspondendo a parcela a 1% da receita bruta auferida pela pessoa jurídica no mês anterior ao pagamento, não podendo ser inferior a 1/175 da dívida consolidada. Na opção pela modalidade 2: Se a dívida total, sem reduções, for igual ou inferior a R$ 15 milhões, é possível: (i) redução do pagamento à vista e em espécie para 7,5%, sem reduções, em 5 prestações; e (ii) após a aplicação das reduções, o oferecimento em dação em pagamento de bem imóvel previamente aceito pela União para quitar o saldo remanescente. Obs.: Entende-se por dívida total o somatório do valor atualizado, na data da adesão, das inscrições em Dívida Ativa da União indicadas pelo sujeito 2
3 de ofício ou isoladas, correspondendo a parcela a 1% da receita bruta auferida pela pessoa jurídica no mês anterior ao pagamento, não podendo ser inferior a 1/175 da dívida consolidada. passivo para compor a modalidade de parcelamento, isoladamente considerada em relação aos débitos no âmbito da PGFN. Na opção pela modalidade 3: Se a dívida total, sem reduções, for igual ou inferior a R$ 15 milhões, é possível: (i) redução do pagamento à vista e em espécie para 7,5% da dívida consolidada em 5 prestações; e (ii) após a aplicação das reduções de multas e juros, a possibilidade de utilização de prejuízo fiscal, base negativa de CSLL e outros créditos próprios relativos a tributos administrados pela RFB, com a liquidação do saldo remanescente, em espécie, pelo número de parcelas escolhidas. Créditos Passíveis de Utilização (i) (ii) prejuízo fiscal e base negativa de CSLL apurados até e declarados até , próprios ou do responsável tributário ou corresponsável pelo débito, e de empresas controladora e controlada, de forma direta e indireta, ou de empresas que sejam controladas direta ou indiretamente por uma mesma empresa, em , domiciliadas no País, desde que se mantenham nesta condição até a data da opção pela quitação. Outros créditos próprios relativos a tributos administrativos pela RFB, desde que referentes a período de apuração anterior à adesão. Não poderá ser utilizado prejuízo fiscal, base de cálculo negativa ou outros créditos. Valor mínimo da parcela R$200,00 (pessoa física); R$1.000,00 (pessoa jurídica). Inclusão de débitos em discussão administrativa ou judicial Exigência de prévia desistência da impugnação/recurso e/ou da ação judicial, com renúncia ao direito sobre o qual se funda a ação, a qual deve ser comprovada perante a Autoridade Fiscal até
4 Depósitos judiciais de débitos parcelados Serão automaticamente convertidos em renda da União. Após a alocação do valor depositado, se houver saldo remanescente, é possível a quitação em alguma das modalidades previstas. Pagamento da primeira parcela ou da antecipação Até o último dia útil do mês de agosto. Até o último dia útil do mês do requerimento de adesão. Atualização monetária das parcelas SELIC acumulada + 1% referente ao mês do pagamento. SELIC acumulada + 1% referente ao mês do pagamento. Obs.: O parcelamento das contribuições sociais devidas pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa, será reajustado pela Taxa Referencial (TR), a contar da data da formalização do Termo de Confissão de Dívida e Compromisso de Pagamento das Contribuições Sociais (TCDCP-CS) até a data do pagamento previsto. Hipóteses de Exclusão 1. Falta de pagamento de 3 parcelas consecutivas ou 6 alternadas; ou de uma parcela, se todas as demais estiverem pagas. 2. Constatação de atos tendentes a esvaziamento patrimonial. 3. Decretação de falência da pessoa jurídica ou liquidação da sociedade. 4. Concessão de medida cautelar fiscal. 5. Declaração de inaptidão do CNPJ. 6. Descumprimento do dever de pagar regularmente os débitos vencidos após e do dever de manter a regularidade com as obrigações perante o FGTS. 7. Fata de pagamento em espécie, no prazo de 30 dias a partir da intimação, dos débitos amortizados indevidamente com créditos não reconhecidos pela RFB. 1. Falta de pagamento de 3 parcelas consecutivas ou 6 alternadas; ou de uma parcela, se todas as demais estiverem pagas. 2. Constatação de atos tendentes a esvaziamento patrimonial. 3. Decretação de falência da pessoa jurídica ou liquidação da sociedade. 4. Concessão de medida cautelar fiscal. 5. Declaração de inaptidão do CNPJ. 6. Descumprimento do dever de pagar regularmente os débitos vencidos após , inscritos ou não em Dívida Ativa, por 3 meses consecutivas ou 6 alternados. 7. Descumprimento das obrigações perante o FGTS, por 3 meses consecutivos ou 6 alterados. Obs.: É considerada inadimplida a parcela parcialmente paga. Garantias já oferecidas nas ações que discutem débitos aderidos. Serão mantidas até o pagamento final. Possibilidade de migração dos débitos incluídos no PRT (MP 766/17) Sim 4
5 para o PERT. Outras disposições (i) Requerimento de adesão deverá ser formulado em nome da matriz da pessoa jurídica. (ii) A não apresentação das informações necessárias à consolidação implicará em cancelamento do pedido de adesão. (iii) Somente serão consolidados os débitos do sujeito passivo que tiver efetuado o pagamento de todas as prestações devidas até a data da consolidação. Eventual diferença não paga poderá ser quitada no momento da consolidação. (iv) Contra o ato de exclusão do PERT, o sujeito passivo pode apresentar recurso administrativo, com efeito suspensivo, no prazo de 10 dias. (i) Requerimento de adesão deverá ser formulado em nome da matriz da pessoa jurídica. (ii) No momento da adesão, o sujeito passivo deverá indicar as inscrições em Dívida Ativa da União que comporão a modalidade de parcelamento a que pretende aderir. (iii) Contra o ato de exclusão do PERT, o sujeito passivo poderá apresentar Manifestação de Inconformidade no prazo de 15 dias, cabendo ainda recurso no mesmo prazo. (iv) A concessão dos parcelamentos no âmbito da PGFN independerá de apresentação de garantias ou de arrolamento de bens. 5
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