SEQUÊNOIAS ERUPTIVAS DAS OANÁRIAS, OABO VERDE E AÇORES (*)

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Transcrição:

\' 1 SEQUÊNOIAS ERUPTIVAS DAS OANÁRIAS, OABO VERDE E AÇORES (*) POR FREDERICO MACHADO 1 ~ INTRODUÇÃO O~a;{quipélagos das Canárias, de Cabo Verde e dos Açores constituem, juntamente com o da Madeira, as chamadas Ilhas Atlântidas (Fig, 1). Todas estas ilhas são vulcânicas mas na Madeira a actividade par1ece estar extinta. Nos outros três arquipélagos, depois da chegada dos euwpeus, no século xv, tem havido numerosas erupções. Na ilha do Fogo, Cabo V,erde, a actividade vulcânica parece ter sido mesmo ininterrupta até meados do século XVIII (MA CHADO, 1962). Posteriormente, porém, passou a apres1entar o carácter episódico que é comum às Canárias e aos Açores. Essa actividade permanente da ilha do Fogo (século xv a XVIII) estava sujeita provàvelmente a pulsações, mas as notícias deixadas sobre os fenómenos são bastante imprecisas. Por isso par.eceu conveniente só fazer a comparação das erupçôes dos três arquipélagos a partir das últimas décadas do século XVIII. 2 - ERUPÇÕES POSTERIORES A 1780 No Quadro 1 Üldicam-se as épocas (inícios) das erupções nas Canárias; em Cabo Verde e nos Açores, segundo dementos coligidos em vários autores (FERNANDEZ NAVARRO; 1919; BENITEZ PADILLA, 1951; RIBEIRO, 1954; MACHADO, 1958). (*) Comunicação apresenta.da ao Congresso Luso-Espanhol para "O Progresso das Ciências, Bilbao, 1964.

12 30' 20' 40' TERCEIRA \ AÇORES... 0 FAIA L..-""''''' \ -" s. JORGE.. S.MIGUEL MADEIRA "", 30' OCEANO ATLÂNTICO TENERIF~ LA PALMA... J O d:<10 CANARIAS 20' ILHAS DE CABO VERDE o... o FOGO'-.. o.. 0 ~o, A FRICA 20' 20' lo' Fig. 1 Em relação aos Açores haveria talvez a acrescentar as erupções submarinas, mais ou menos duvidosas, em 1902,4, 1907,3 (d. AGOs TINHO, 1960) e 1964,1. Esta última estaria relacionada com a recente crise sísmica de S. Jorge, podendo considerar-se um prolongamento da erupção dos Cap.elinhos (Faial) em 1957,7. Analisando o quadro, encontramos duas notávieis sequências: a primeira em Tenerife, Fogo, S. Jorge e S. Miguel '(submarina), entre 1798 e 1811; a segunda em La Palma, Fogo e Faial, entre 1949,e 1957. Em ambos os casos a actividade começou nas Canárias, passando depois a Cabo Verde e finalmente aos Açores.

13 QUADRO 1 Erupçlles das Ilhas Atlântidas (a partir de fins do séc. XVIII) Canárias Cabo Verde (Fogo) Açores --- 1785,1 ~ 1808,3 (S. Jorge) 1798,4- (Tenerife) 1799,4- ---.. 1811,1 (submar. S. Miguel) 1824,5 (Lanzarote) 184-7,3 181>2,1 1857,9 1909,9 (Tenerife) --- 1867,4- (submar. Terceira) 1949,5 (La Pal~a) ---. 1951,4- ---+ 1957,7 (Faial)./ Também a erupção submarina, junto à Terceira, em 1867,4 ocorreu pouco depois da erupção do Fogo em 1857,9, mas nesses anos não há notícia de qualquer actividade vulcânica nas Canárias. É importante salientar que várias erupçõ,es das Canárias e de Cabo V.erde não estão integradas em sequências do tipo indicado. 3 - INFLUENCIA DA MARÉ TERRESTRE A regularidade das sequências faz suspeitar que possam ser influenciadas pelas componentes de longo período da maré terrestre. Entre.estas, as mais importantes parecem ser (d. BARTELS, 1957, p. 754). M f =KJ COS 2s M f =K2 COS (2s N) N (1) (2) (3) Aqui s é o argumento da maré lunar mensal com o período de 27,32 dias e N o argumento da maré devida à deslocação do nodo lunar, co'm o período de 18,61 anos.

As amplitud.es são dadas pelas expressões K, = 0,1564 G..! K 2 = 0,0648 G Ks = 0,0655 G (4) onde G = F '(1-3 sen 2 À) /2, sendo À a latitude e F a constante das marés. Estas componentes anulam-se, portanto, para À = 35 16', sendo positivas às latitudes inferiores, negativas às latitudes supenor.es. A sobreposição de (1) e (2) dá M f + MfN = VK~ + K: + 2KJ K 2 cos N cos (25 - <p) (5) com tg <p = K 2 sen N /(K, + K 2 cos N)" Isto repre5ent:a uma onda quinzenal «modulada» por outra com um período de 18~;61anos. Ê de esperar que o efeito da maré consista numa compressão das câmaras magmáticas dos vulcões, obrigando o magma a subir nas cha'minés. Como a compressão ocorre nas épocas de «maré baixa», interessa considerar na equação (5) o ramo negativo das elongaçães. Essas elongações são evidentemente modificadas pela compon.ente MN tomando finalmente o valor - A = - VK~ + K: + 2 KI K 2 cos N - K3 cos N (6) Enquanto G for POSItiVO (latitude inferior a 35 16') esta expressão é mínima quando fúr máximo cos N. Pelo contrário, para À> 35 16', K3 é negativo (e também K 1 le K 2 ), havendo :então' mínimos para valores de N dados por.,

Substituindo os valores ( 4) obtémos cos N = - 0,233, correspondendo a pontos desviados 3,96 anos dos mínimos de cos N (Fig. 2). o - 0,05-0,1-0,15 LAT.< 35'16' -0,2 LAT.> 35'16', I 3,96 I 5,35 anos MINIMOS DE -0,25 Mf+MfN+MN Fig. 2 -A/IGI Es.te~ mínimos resultantes da sobreposição de Mf' MfN e MN vão indicados no Quadro 2. Além destas três componentes, a única que parece influir também na fixação dos anos de actividade vulcânica é a lunar mensal Mm. Esta última influência aparece mais nos Açores do que nas outras ilhas, por razões. que serão discutidas no parágrafo seguinte.

16 QUADRO 2 Mlnimos das mares ligados à deslocaçllo do nodo lunar Lat < 350 16' Lat. > 350 16' 1745,9 1764,5 1783,1 1801,7 1820,3 1839,0 1857,6 18í6,2 1894,8 1913,4 1932,0 1950,6 1969,2 1751,2/1759,1 1769,9/1777,8 1788,5/1796,4 1807,1/1815,0 1825,7/1833,6 1844,3J1852,2 1862,9/1870,8 1881,5 Jl889,4 1900,1 / 1908,1 1918,8/ 1926,7 1937,4/1945,3 1956,0/1963,9 1974-,6/1982,5 4 - DISCUSSÃO Comparando as datas indicadas nos dois quadros, vemos que a maioria das erupções da ilha do Fogo wincidiram com mínimos da maré (nas 6erupçõe~ fazem excepção apenas as de 1847,3 e 1852,1). Nas Canárias esta coincidência é menos nítida;,e nos Açores,,embora as erupções estejam sempre no intervalo do duplo mínimo, há contudo considerável imprecisão. Estes factos justificam-~e por s,erem os valores de G nas expressõe~ (4) 'maiores em Cabo Verde (À. = 15 N) do que nas Ganárias (À. = 28 N), sendo muito pequenos nos Açores ("-=38 N). Neste último arquipélago G é negativo, o que torna os mínimos ainda menos pronunciados (Fig. 2). Por todas estas razões, nos Açores tem maior importância relativa a componente Mm que interfere com Mf' dando bati-

mentos com intervalos de 4,42 anos (MACHADO, 1958). Em qualquer ca;so esta última componente tem influência secundária. Parece indiscutível que a maré terrestre contribui para fixar as épocas de erupção dos vulcões das Ilhas Atlântidas. Como, porém, há muitos mínimos de maré a que não corresponde nenhum fenómeno vulcânico, o efeito certamente não passa duma simples.excitação (<<trigger-force»). A ocorrência de séries, com erupções mais ou menos simultâneas nos três arquipélagos (àparte o atraso nos Açores devido ao desvio dos mínimos da maré), mostra que deve haver u'ma causa comum, actuando simultâneamente em grande parte do Atlântico Norte. Ii més~o possívd que.esta «pulsação das forças endógenas» tenha carácter mais extenso, estando porventura as recentes erupçõ,es de Tristão da Cunha,e da Islândia relacionad:::; com a última «pulsação» das Ilhas Atlântidas. SUMMARY There were (at least) two sequences of volcanic eruptions, occurring successively in the Canaries, in Cape Verde Islands and in the Azores. The phenomena are partly due to the impact of the Earth tide (long-period components); but it is believed that there is some other cause, acting simultaneously along most of the North Atlantic. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGOSTINHO, J., (1960) Actividade vulcânica nos Açores. Açoreana, vo1. 5, pp. 362-478. BARTELS, J., (1957) Gezeitenkrãfte, in Handbuch der Physik, vo1. 48, pp. 734-774, Springer-Verlag, Berlin. MACHADO, F., (1958) Variação secular do vulcanismo açoriano. Boi. Núcl. Culto Horta, vo1. 1, pp. 225-235. -- (1962) Actividade do vulcão do Fogo (Cabo Verde). Atlântída, vo1. 6, pp. 183-191.

18 NAVARRO, L. FERNANDEZ (1919) Las erupciones de fecha histórica en Canarias, Nem R. Soe. Esp. Rist. Nat., tomo 9, mem. 2. a, pp. 37-75. PADILLA, S. BENITEZ (1951) La erupción de «Las Manchas» en la is la de la Palma y el volcanismo canario. Et Museo Canario, n.o 37/40, pp. 51-72. RIBEIRO, O., (1954) A Ilha do Fogo e as suas Erupções. J. Inv. VItr. Lisboa. Laboratório de Estudos Petrológicos e Paleontológicos da J unta de Investigações do Ultramar, Lisboa