IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS (possibilidades de redução de custos)
TRIBUTOS (art. 145 CF) IMUNIDADES E ISENÇÕES -IMUNIDADE VEDAÇÃO, PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL - ISENÇÃO CONCESSÃO FAVOR INFRA-CONSTITUCIONAL - (leitura invertida )
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) VI - instituir impostos sobre: (...) c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; (sem realces no original).
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei... (...) 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Art. 146. Cabe à lei complementar: I (...) II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; (...)
CTN LEI COMPLEMENTAR RECEPCIONADA PELA CF88. Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) IV - cobrar imposto sobre: a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; (...) c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA é vedação ao poder de tributar do Estado, insculpida em sede constitucional, baseada especialmente no princípio da reciprocidade, onde se considera que não é razoável tributar entes que realizam os serviços que devem ser efetivados com os recursos originados dos impostos
A não possibilidade de aplicação de outras regras que não as do art. 14 do CTN, para garantia das imunidades às organizações sem fins de lucro, se sustenta no princípio da supremacia da Constituição, onde se entende que determinação constitucional não pode admitir interpretação por regras infra-constitucionais não estabelecidas pela própria Constituição.
Não pode, o destinatário da norma proibitiva, interpretá-la em seu favor, de modo a dificultar ou mesmo impedir sua aplicação.
A vedação atinge a todos os impostos sobre patrimônio, renda e serviços e a cota patronal da previdência pública. A título de exemplo: FEDERAIS: IR, IPI, PIS, CONFINS, COTA PATRONAL DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA. ESTADUAIS: ICMS (consumidor final), IPVA. MUNICIPAIS: IPTU, IPVA, ITBI.
TODAS AS ORGANIZAÇÕES SEM FINS DE LUCRO E DE INTERESSE COLETIVO QUE CUMPRAM OS REQUISITOS DO ART. 14 DO CTN SÃO IMUNES A QUALQUER TIPO DE TRIBUTO e não precisam de qualquer título, certidão ou requerimento para o gozo da imunidade.
Após este resumo, a descontaminação fiscal pretende, pela via judicial, impedir que os entes federativos União, Distrito Federal, Estados e Municípios continuem, indevidamente, cobrando impostos das organizações de direito privado, sem fins de lucro. Das organizações que já tem reconhecida a imunidade, acionaremos o judiciário com relação ao ICMS, inclusive sobre conta de energia elétrica e outros serviços necessários ao funcionamento da instituição, IPTU de imóveis alugados, cedidos, sem uso, etc., IPVA, IPI, e eventuais outros tributos. Aquelas que não tem o reconhecimento, mas que cumprem os requisitos do art. 14 do CTN, acionaremos também, buscando coibir a cobrança de qualquer imposto e da cota patronal com a Previdência Pública.
Ações:. Negatória de Relação Jurídico Tributária.. Mandado de segurança.repetição de indébito.. Consignação em pagamento (em apartado).
COM RELAÇÃO ÀS AÇÕES; PROPOSTA DE CUSTOS E FORMAS DE PAGAMENTO. O escritório cobra um pro-labore de valor fixo e pagamento na assinatura do contrato/procuração; e um valor mensal de manutenção (avaliado caso a caso) A instituição é responsável por despesas e custas judiciais pertinentes ao processo, sendo que com relação a essas últimas será pedida a gratuidade da justiça, tendo em vista que se tratam de organizações sem fins lucrativos e de interesse coletivo; Os valores economizados serão mensalmente depositados em Juízo (consignação) e, quando do trânsito em julgado da decisão, o escritório receberá 20% do valor depositado até a decisão final e de mais dois anos posteriores a esta; Do êxito nas repetições de indébito (últimos cinco anos, a contar da propositura da ação), o escritório receberá também 20% do valor.
Nelson Wilians Advogados Associados Núcleo do Terceiro Setor Tomáz de Aquino Resende tomaz.resende@nwadv.com.br (31)9982-1878