BIODIVERSIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS DO LITORAL DO ESTADO DA BAHIA

Documentos relacionados
U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O R E C Ô N C A V O D A B A H I A CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS COORDENAÇÃO ACADÊMICA

Macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores da qualidade da água em uma lagoa do IFMG - campus Bambuí

Plano de Ensino. Qualificação/link para o Currículo Lattes:

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

Professor(es): Gustavo Schmidt de Melo Filho 2ª

REVISTA CARAVANA. Meio Ambiente e Sustentabilidade

PLANEJAMENTO ANUAL / TRIMESTRAL 2012 Conteúdos Habilidades Avaliação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE ENSINO DEPARTAMENTO CCENS BIOLOGIA. Plano de Ensino. Teoria Exercício Laboratório 15 30

O ENSINO DE ZOOLOGIA: UMA ANÁLISE DAS QUESTÕES DO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM)

PALAVRAS-CHAVE: Material informativo. Coleções. Molusco. Zoologia.

TÍTULO: LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES DA CLASSE ASTEROIDEA EM PRAIAS DO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

PLANEJAMENTO ANUAL / TRIMESTRAL 2013 Conteúdos Habilidades Avaliação

ENCCEJA RESUMO. O que é biodiversidade. Biodiversidade. Natureza 1. Ponto crítico

Projeto de Ensino de Graduação

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

PLANEJAMENTO ANUAL / TRIMESTRAL 2014 Conteúdos Habilidades Avaliação

ENSINANDO BIOLOGIA ATRAVÉS DO "BOB ESPONJA"

Programa Analítico de Disciplina BAN100 Zoologia Geral

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO EMENTA. Estudo dos fenômenos biológicos no nível de organismo, incluindo sua diversidade e evolução.

04) O filo porífera é representado pelas esponjas. Na figura, as letras A, B e C referem-se aos aspectos reprodutivos destes animais.

CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO DE GASTRÓPODES TERRESTRES DO RIO GRANDE DO NORTE

Módulo: Biodiversidade

ZOOBENTOS DA BARRAGEM DO JAZIGO, SERRA TALHADA, SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO

INTRODUÇÃO AOS BILATERIA. META Descrever as características que possibilitaram o surgimento e irradiação dos Bilateria.

ANÁLISE DA CAPACIDADE REGENERATIVA DE PLANÁRIAS DA ESPÉCIE GIRARDIA TIGRINA

BV BioMA. Biblioteca Virtual em Biodiversidade e Meio Ambiente. Hussam Zaher Museu de Zoologia da USP. São Paulo, janeiro de 2010

UFG U N I V E R S I D A D E FEDERAL DE GOIÁS

Roteiro de Estudos para Avaliação Trimestral. 3ª Série E.M. - 1º Trimestre. Biologia - Prof. Paulo O. Borges.

Exercícios de Moluscos a Equinodermos

ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

RAFAELA CRISTINA DE SOUZA DUARTE

Objetivo. Fornecer subsídios para uma compreensão geral da. modificação de caracteres

REVISÃO TAXONÔMICA DA COLEÇÃO CONQUILIOLÓGICA DO ACERVO ZOOLÓGICO DA UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA.

Ciências Naturais, 5º Ano. Ciências Naturais, 5º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º:

ISSN ÁREA TEMÁTICA:

1 - Objetivos. 2 Materiais e Métodos. Confecção dos Coletores

SIMPÓSIOS XXIX CBZ SP 01: Anfíbios do Nordeste do Brasil: História, Perspectivas e Desafios. SP 02: Divulgando

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

A fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio de Janeiro

Prof.: Carolina Bossle

DESCRITORES BIM4/2018 4º ANO

01 40h. 2. Reprodução de peixes: ciclo reprodutivo e indução hormonal; 4. Espécies cultiváveis e sua utilização na piscicultura;

BIOLOGIA Diversidade e história da vida

Invertebrados aquáticos bioindicadores da Lagoa Rondinha, Balneário Pinhal/RS

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

Extinções Em Massa. Trabalho Realizado por : Ricardo Nogueira nº19, 12ºA

Ecologia II Módulo «Ecossistemas aquáticos» Licenciatura em Ecoturismo Manuela Abelho Sector de Biologia e Ecologia

Biosfera: abrange todas as formas de vida e respectivos ambientes. Corresponde a uma fina película l que se estende desde cerca de 9000 metros acima

O Museu de História Natural da UFBA O PPG em Biodiversidade & Evolução

45 mm SEDIMENTOS BIODETRITICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL SUL DE ALAGOAS

GOIÂNIA, / / PROFESSOR: FreD. DISCIPLINA: Biologia TOOOP SÉRIE: 2º. ALUNO(a): Atividade

9º ano 1º período / 2016 Equipe Biologia

ORGANIZAÇÃO, MANUTENÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA COLEÇÃO DE FUNGOS DO HERBÁRIO HUPG.

EVOLUÇÃO no princípio. pio éramos um...

REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE III

O USO DE COLEÇÕES ZOOLÓGICAS A PARTIR DA ABORDAGEM DO ENSINO POR INVESTIGAÇÃO POSSIBILIDADES DE INTEGRAÇÃO DE CONTEÚDOS

2- Retomada da origem, evolução e características gerais dos animais:

ESTUDO DA OCORRÊNCIA DA ICTIOFAUNA EM SANTA CATARINA

Relatório Final. Curso de Taxidermia e Valorização. das Coleções de História Natural. Maputo, de Maio Lisboa, 30 de Julho de 2015

Tamar Responde Nº 1. folder 15x15.indd 1 16/10/ :41:56

INCRUSTAÇÃO DE INSETOS EM RESINA PARA COLEÇÕES DIDÁTICAS

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DOS MINICURSOS

CURSO: CST EM LOGÍSTICA EMENTAS º PERÍODO

PAN Paraíba do Sul. Representante do PAN Paraíba do Sul: Sandoval dos Santos Júnior Março de 2012

Palavras-chave: NEBECC, formação de docentes, ambientes marinhos, coleção didática.

Programa Analítico de Disciplina BAN200 Zoologia dos Invertebrados I

PROGRAMA DE CONTEÚDOS 2014

O Laboratório de Taxonomia e História Natural de Anfíbios AMPHIBIA O PPG em Biodiversidade & Evolução

GABARITO DAS TAREFAS 1ª série 16ª semana 23 de SETEMBRO

macroevolução Strata Fossilização Macroevolução Macroevolução: Como as espécies e grupos evoluem? Interpretando o registro fóssil

ENTOMOFAUNA COMO RECURSO PARA A CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE TENDO COMO MULTIPLICADORES ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE AREIA PB

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Conservação da vegetação

Martin Molz (biólogo, Doutor em Botânica) Martin Grings (biólogo, Mestre em Botânica)

Ensino Técnico Integrado ao Médio

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CLASSE ARACHNIDA: TRABALHANDO A PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA MOSTRA DE BIOLOGIA 2016

PROJETO DE EXTENSÃO E ENSINO DO MZFAP NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL NÃO-FORMAL

Currículo do Curso de Ciências Biológicas

Universidade Estadual do Norte do Paraná

Coleções Biológicas. Gerenciamento das Coleções Biológicas. Thomaz Ricardo Favreto Sinani. Coleção Zoológica de Referência da UFMS (ZUFMS)

BIOLOGIA. Origem e Evolução da Vida. Evolução Biológica. Prof. Daniele Duó

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA SECRETARIA DE ÓRGÃOS COLEGIADOS EDITAL DE SELEÇÃO Nº 75/2017 PROFESSOR SUBSTITUTO

QUALIDADE DA ÁGUA DE UM TROÇO O DO RIO DE TORNADA. Grupo D: Liliana Teixeira nº13 Ana Granado nº27 12º1A Geologia ES Raul Proenç

CONCEPÇÕES DOS ESTUDANTES DE UMA TURMA DE ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE OS ARTRÓPODES

Conteúdos Programáticos de Ciências 6 ano

UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE ARTRÓPODES NO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL RESUMO

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS. COORDENADOR Rubens Pazza

Biodiversidade. Biodiversidade no passado. Como a Biodiversidade é gerada?

Orientadores de Estudos Recuperação Final/ º Ano Ensino Médio

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

Professora Leonilda Brandão da Silva

Atividades de Recuperação Paralela de Biologia

Currículo do Curso de Ciências Biológicas

Disciplina: Biologia 2º ano/ens. Médio Professora: Geórgia Piton

Inventário da coleção de referência de moluscos terrestres e limnicos do LABIMAR, Campus Prof. Alberto Carvalho da Universidade Federal de Sergipe.

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA

Transcrição:

TÍTULO DO RESUMO BIODIVERSIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS DO LITORAL DO ESTADO DA BAHIA 1. Bolsista FAPESB/CNPq, Verônica Santos de Andrade Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: veronica.santosfsa@gmail.com 2. Orientador; Dr. Walter Ramos Pinto Cerqueira, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: walter@uefs.br No Litoral da Bahia encontra-se uma biodiversidade de invertebrados marinhos, que merecem atenção em parte dos Biólogos para sua proteção e estudo de levantamento sobre a diversidade de espécies que ainda não foram exploradas, como todo trabalho acadêmico, este tem sua total importância, tanto na evolução de todos os seres vivos, quanto na riqueza da área ecológica para sua identificação e reconhecimento da existência desses organismos na área da biologia marinha, bem como a importância da manutenção das coleções biológicas. Como resultado disso atualmente, o estudo desses animais vem sendo realizado com coletas por toda área do litoral da Bahia, e o material obtido em campo é levado a laboratório, analisado, identificado, tombado, conservados e mantidos no acervo da coleção da Divisão de Invertebrados Aquáticos do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Feira de Santana. PALAVRAS-CHAVE: taxonomia, invertebrados, diversidade. INTRODUÇÃO Geralmente acredita-se que o Reino Animal tenha se originado nos oceanos arqueozóicos bem antes do primeiro registro fóssil. Todo filo importante de animais tem pelo menos alguns representantes marinhos; alguns grupos, tais como os cnidários e os equinodermos, são em grande parte ou completamente marinhos. A partir do ambiente marinho ancestral, grupos diferentes de animais invadiram a água doce, e alguns moveram-se para a terra. (RUPPERT & BARNES, 7ed. 2005). O Brasil é um país muito rico em diversidade animal, o que nos leva a entender a importância dos estudos filogenéticos dos animais que aqui habitam, dentre estes encontram-se os invertebrados marinhos que representam, uma grande parte da nossa fauna e que são de suma importância, para entender, os resultados dos processos que viemos sofrendo ao longo do tempo, um destes é a poluição ambiental, que atinge diretamente os nossos mares e consequentemente os nossos organismos que necessitam deste ambiente em boas condições para uma boa sobrevivência e perpetuação da espécie. Visto isso, a realização de inventários faunísticos e a manutenção das coleções zoológicas são de suma importância para conhecimento da biodiversidade de determinados grupos e conhecimento dos mesmo na visão taxonômica, os acervos de certa forma não necessariamente utilizados apenas para armazenar espécies já descritas, mas também conservar espécies novas para a ciência. Um dos órgãos que protegem a nossa fauna é o Instituto Chico Mendes, que conduz um processo de avaliação do estado da conservação da fauna brasileira avaliando assim, o risco de extinção de todos os vertebrados e algumas ordens ou famílias de invertebrados que ocorrem no Brasil. Por

esses motivos, esses organismos, um espécime de cada tipo, é mantida no acervo do museu para que se tenha registro histórico de quais formas de vida e quais espécies viveram sobre o litoral baiano. MATERIAL E MÉTODOS OU METODOLOGIA (ou equivalente) Esse trabalho foi feito com coletas ao campo nas diversas regiões do litoral baiano, após os animais serem retirados do meio, foram armazenados em recipientes de vidro com álcool 70%, todos devidamente etiquetados e separados de acordo com as normas da taxonomia, (filo, classe, ordem, família) e por fim espécie, que para isso, cada curador é responsável por sua área em especial. Para identificação dos invertebrados do filo Echinoderma, conta-se com o presente curador, Dr. Walter Cerqueira, especialista em Echinodermata com ênfase em Ophiuroidea, que é responsável pela identificação do material, com a utilização de; lupa, placa de pétri, e pinça. Em seguida este é tombado no livro de registro da divisão de invertebrados, pela curadora graduanda em ciências biológicas Verônica Andrade. RESULTADOS E/OU DISCUSSÃO (ou Análise e discussão dos resultados) Atualmente, o acervo do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), disponibiliza-se de espécies tipo pertencentes aos filos Porífera com 15 indivíduos, Cnidária com 16 indivíduos, Annelida com 30 indivíduos, Mollusca com 90 indivíduos, Crustácea com 169 indivíduos e Echinoderma com 677 indivíduos, totalizando 996 organismos em boas condições e todos tombados, representando uma boa parte da nossa fauna marinha, e com a identificação destes, podemos ter conhecimento da biodiversidade que nos cerca. O museu atua também nas escolas, um projeto que permite que alunos ainda dos ensinos fundamentais e médio possam ter acesso a alguns espécimes que estão no museu na parte de exposição, mostrando de forma educativa a evolução, o início das eras até os tempos atuais, surgimento dos primeiros registros de vida, o desenvolvimento dos invertebrados, dos que foram extintos e os nossos atuais representantes. Em anexo alguns representantes do acervo da Divisão de Invertebrados Aquáticos.

ANEXO 1 Livros de tombos.

ANEXO 2 Representante do filo Porífera - ESPONJA

ANEXO 3 Representante do Filo Cnidária - CORAL

ANEXO 4 Representante do Filo Molusca - BIVALVE

ANEXO 5 Representante também do Filo Molusca - GASTROPODA

ANEXO 6 Representante do Filo Crustácea CARANGUEJO

ANEXO 6 Representante do Filo Crustácea - CAMARÂO

CONSIDERAÇÕES FINAIS (ou Conclusão) Apesar das dificuldades encontradas para manter o acervo dos invertebrados marinhos, bem como dificuldades encontradas em qualquer outra área, concluímos que, deve se ter uma atenção voltada para a implementação de políticas que levem ao desenvolvimento sustentado de proteção do patrimônio natural, bem como sua manutenção que também deve ser abordada pela comunidade que o cerca. As coleções em instituições públicas, disponibilizam para a pesquisa científica, um panorama geográfico e temporal que dificilmente outra forma de estudo pode disponibilizar, uma vez que estas são, coletadas em quantidades especificas que não afetem sua população no ambiente, identificadas, e conservadas nos acervos científicos, permitindo assim a busca de espécies ainda inexploradas e um conhecimento da biodiversidade que cerca nosso país. REFERÊNCIAS Ruppert, E.E.; Fox, R.S. & Barnes, R.D. 2005. Zoologia dos Invertebrados. 7ª ed. Editora Roca, São Paulo. Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (CENBAM), O Que São Coleções Biológicas, Disponível em: <<https://ppbio.inpa.gov.br/colecoes/sobre>>. Acesso em 04. Abril 2018. HUSSAM ZAHER; PAULO S.YOUNG; As Coleções Zoológicas Brasileiras: Panorama e Desafios. Disponível em: <<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0009-67252003000300017>>. Acesso em 06. Junho 2018. J. Prata Oliveira; J. de Oliveira; C. L. C. Manso; Inventário da Coleção de Equinodermos do LABIMAR, Universidade Federal de Sergipe. 2010. Disponível em: << https://scientiaplena.emnuvens.com.br/sp/article/view/314>>. Acesso em: 06. Junho 2018.