Desafios da guarda compartilhada: (des)construções sobre a paternidade e a parentalidade no Brasil Carolina de Campos Borges 1



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Transcrição:

1 Desafios da guarda compartilhada: (des)construções sobre a paternidade e a parentalidade no Brasil Carolina de Campos Borges 1 Este trabalho discute um dos desafio que se impõe à aplicação da guarda compartilhada no Brasil: a construção de um novo discurso social sobre paternidade e parentalidade. Embora a guarda compartilhada já exista em países como a Inglaterra, a França e o Canadá há algumas décadas, no Brasil, somente recentemente, com as leis n.11.698/2008 e n.13.058/2014 do Código Civil, ela foi instituída. Este novo direcionamento da legislação em Direito de Família com relação à guarda dos filhos é, conforme Simão (2005), o reflexo de uma mudança de paradigma na maneira com que as relações familiares eram tratadas nas leis. A reivindicação igualitária, que culminou na Declaração dos Direitos dos Homens 2 em 1879, marca a origem de uma concepção de indivíduo autônomo, livre, possuidor de interioridade, profundidade e singularidade (Dumont, 1983; Simmel, 1989; Singly, 2007). Inspiradas nesses pressupostos, as leis que regem as sociedades modernas passaram a ter como objetivo promover o pleno desenvolvimento do ser humano, preservando-o de qualquer constrangimento ou ato que possa impedir a plenitude de sua experiência/existência pessoal. Em conformidade com a centralidade do indivíduo na configuração de valores das sociedades modernas, explica Simão (2005), o Direito Civil Brasileiro tem se comprometido com a proteção dos direitos inerentes à personalidade e com a promoção das circunstâncias necessárias para a realização dos indivíduos, não mais detendo-se à proteção da propriedade. Diante disso, a noção de família, que antigamente estava associada à necessidade de se proporcionar proteção do Estado à união matrimonial, atualmente é incorporada às leis como palco de manifestação de afetos e realização de seus integrantes. Dentro desse novo espírito, onde são amplamente reconhecidos a importância dos afetos trocados nas relações familiares para a saúde e o desenvolvimento dos indivíduos, bem como a responsabilidade dos pais para a formação dos filhos, emergiu a lei que regulamenta a guarda compartilhada e assegura o direito de pais, mães e filhos ao convívio, quando não há vínculo de conjugalidade entre os pais. Ela surgiu para corrigir o desequilíbrio dos direitos parentais, valorizando os interesses da criança, enquanto indivíduo, em uma sociedade de 1 Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Professora Adjunta da Universidade Federal da Grande Dourados. 2 Os homens nascem e morrem livres e iguais em direitos. São direitos imprescindíveis do homem a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão (Dumont, 1983, p.121).

2 tendência igualitária. A responsabilização conjunta do pai e da mãe pela criação de seus filhos é uma estratégia para se evitar os prejuízos que a ausência de um dos progenitores geralmente traz para o desenvolvimento de crianças e jovens. Mas, claro, como ressalta Silva (2011), há condições para que a guarda compartilhada se aplique: quando há interesse de ambos os pais em estar próximos dos filhos; quando ambos têm condições de se responsabilizar por eles; e quando os pais podem dialogar entre si para tomar decisões referentes a eles. Pensar em uma guarda compartilhada entre pais e mães está também relacionado à emersão de um novo ideal de família. Ela promove a superação de um modelo de organização familiar, o qual não corresponde mais à realidade das famílias atuais, baseado na distinção rígida entre os papéis de pai e mãe, onde caberia ao pai o sustento da prole e à mãe, o cuidado, a atenção e o afeto. Atualmente, vem se tornando comum que homens e mulheres dividam o sustento do lar e os cuidados com os filhos, que as mulheres se dediquem à carreira profissional, almejando sucesso financeiro, e que homens participem mais das atividades domésticas. Embora essas mudanças não sejam vivenciadas pelos indivíduos sem conflitos e contradições, elas vêm abrindo espaço para que homens exerçam sua paternidade afetivamente comprometidos com as decisões cotidianas que envolvem o cuidado de um filho. No Brasil, quando prevalecia uma preferência jurídica pela guarda unilateral, geralmente ela era dada às mães. Conforme Leite (2003), esta tradição nas práticas jurídicas brasileiras fundamentava-se em dois pressupostos: o primeiro deles é a ideia de que é preferível recomendar a guarda unilateral dos filhos, e não a guarda compartilhada, para prevenir que os conflitos entre os pais/ex-cônjuges interfiram no cuidado dos filhos. O segundo, que se trata, conforme o autor, de um preconceito socialmente construído, é a crença de que ninguém melhor que uma mãe, ou seja, uma mulher, é capaz de cuidar de um filho. A associação da mulher com a maternidade (ato de gerar um filho) e a maternagem (ato de cuidar do filho), e, por consequência, a valorização da mulher como figura insubstituível no cuidado dos filhos, é uma consequência de processos históricos e sociais vividos desde o século XVII, na Europa - processos esses que corroboraram para a constituição do modelo da família conjugal moderna, que influenciou todo o ocidente. Como explicam Ariès (2006), Prost & Vincent (1999), Rocha-Coutinho (1994) e Lash, (1991), mediante o progressivo fechamento da vida privada aos assuntos do mundo público, gerado pela escolarização das crianças e pela industrialização da sociedade, foi introduzida uma carga afetiva às relações estabelecidas dentro da família. Esta carga afetiva atingiu especialmente a

3 relação das mulheres com seus filhos, já que, naquele contexto, eram elas que geralmente cuidavam da vida dentro dos limites da vida doméstica. Isso tudo culminou na naturalização de uma imagem da mulher como alguém essencialmente delicada e propícia aos cuidados do lar e contribuiu para que se constituísse um discurso sobre o amor materno que o definia como instintivo e, portanto, próprio às mulheres. Ora, como afirma Badinter (1985), o amor de uma mãe por seus filhos não é determinado pela natureza e sim construído, socialmente, como qualquer outro amor. Visto desta maneira, desconstrói-se a ideia de superioridade do amor materno em relação ao amor paterno. A referência ao papel tradicional da mãe como naturalmente boa, abnegada, propícia ao cuidado aos outros, acabou alimentando outro discurso, também tradicional, sobre o homem, que o define como alguém forte, racional, pouco apto às atividades da vida doméstica, mais propício aos assuntos do mundo público. Sobretudo na América Latina e no Brasil, nas diversas classes sociais, segundo Rocha-Coutinho (2000), os homens são descritos como machistas, viris, e incorporam essas características como sinônimo de masculinidade. Sendo tradicionalmente vistos como naturais provedores de sua família, eles foram considerados menos capazes do que as mulheres de assumirem a guarda de seus filhos. A referência à figura feminina como aquela mais indicada para assumir a guarda dos filhos se justificava, assim, de acordo com Leite (2003), quando a maternidade era um eixo central para a identidade feminina. Entretanto, há algumas décadas atrás, as mulheres têm reivindicado o direito à participação da vida pública e deixado de exercer, exclusivamente, atividades voltadas ao lar, conciliando-as com outras referentes ao mundo do trabalho, investindo em uma vida profissional e obtendo maior poder financeiro. Nesse novo cenário, suas condições de se dedicar aos filhos não são semelhantes às condições que os homens têm de faze-lo? Afinal, trabalhando fora de casa, ambos, mães e pais, precisam recorrer a outras instâncias, como creches, escolas, parentes, etc, para suprir necessidades geralmente assumidas pelas mulheres. Por tudo isso, afirma-se que a instituição da guarda compartilhada e a ideia de que pai e mãe, ou seja, homens e mulheres, podem dividir igualmente suas responsabilidades na criação dos filhos, impulsiona a desmistificação da figura materna como a mais propícia ao cuidado dos filhos e promove uma nova imagem social paterna: a de alguém também disposto a se envolver com os assuntos do cotidiano de seus filhos. Não há, nesse processo de inclusão do pai na guarda dos filhos, a construção social de uma nova concepção de paternidade?

4 Considerando, por um lado, a importância do contexto sócio-cultural na formação das leis e, por outro, a influência destas na cultura e nos costumes de uma sociedade, verifica-se como a experiência da paternidade e da parentalidade se transformarão. O processo de constituição de novos pais, caracterizado por Leite (2003) como uma redescoberta do amor paterno, está imbricado ao surgimento de novas mães e de novas maneiras de exercer a parentalidade. Afinal, para que os pais se tornem mais presentes na vida de seus filhos, as mães e e toda a sociedade também terão que encontrar uma maneira de permitir que eles se aproximem. A constituição de novas práticas parentais depende da desconstrução de verdades historicamente constituídas sobre o que é ser pai e ser mãe. Favorecer que ambos os genitores se relacionem com seus filhos com autoridade e afeto, sendo companheiros no cumprimento de suas funções parentais, implica em um rearranjo das relações parentais: esse é um desafio que se apresenta às famílias no cenário da instituição da guarda compartilhada. Trata-se, como discute Dubeau et al (2009) a partir da experiência canadense, de desenvolver condições para que ocorra o engajamento paternal. Para tanto, é preciso discutir abertamente as condições sociais que favorecem e que dificultam o envolvimento dos homens neste novo modelo de exercício da paternidade. É preciso investigar a relação entre paternidade e todos esses fatores: precariedade financeira; instabilidade de emprego; remanejamento da jornada de trabalho; licença paternidade; sentimento de competência parental; crenças e percepções das mães sobre o papel paternal; atitudes e crenças sobre as relações de gênero em geral; etc. Tudo isso deve ser reorganizado para criar condições para que a paternidade se exerça em condições de igualdade com a maternidade. Referências Bibliográficas ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2a edição. Rio de Janeiro: LTC, 2006. BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. BOURDIEU, Pierre. La domination masculine. Paris: Seuil, 1998. DUBEAU, Diane; DEVAULT, Annie; FORGET, Gilles. La paternité au XXIe siècle. Québec (Canadá): Presses de l Université Laval, 2009. DUMONT, Louis. Essais sur l individualisme: une perspective anthropologique sur l idéologie moderne. Paris: Éditions du Seuil, 1983. LASH, Christopher. Refúgio num mundo sem coração. A família: santuário ou instituição sitiada? Rio de Janeiro: Paz e Terra: 1991. LEITE, Eduardo de Oliveira. Famílias monoparentais: a situação jurídica de pais e mâes solteiros, de pais e mães separados e dos filhos na ruptura da vida conjugal. 2ª edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais LTDA, 2003.

PROST, Antoine; VINCENT, Gérard (orgs). Histoire de la vie privée: de la première guerre mondiale à nos jours. Paris: Éditions du Seuil, 1999. ROCHA-COUTINHO, Maria Lúcia. Tecendo por trás dos panos: a mulher brasileira nas relações familiares. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.. Dos contos de fadas aos superheróis: mulheres e homens brasileiros reconfiguram identidades. Rio de Janeiro, Psicologia Clínica, volume 12, número 2, 2000. SILVA, Denise Maria Perissini da. Mediação e guarda compartilhada: conquistas para a família. Curitiba: Juruá, 2011. SIMÃO, Rosana Barbosa Cipriano. O abuso de direito no exercício do poder familiar. In: Associação de pais e mães separados (org.). Guarda compartilhada: aspectos psicológicos e jurídicos. Porto Alegre: Equilíbrio, 2005. SIMMEL, George. Philosophie de la modernité: la femme, la ville, l individualisme. Saint- Armand-Montrond: Éditions Payot, 1989. SINGLY, François de. L individualisme est um humanisme. Paris: Éditions de l Aube, 2007. 5