Abrir as Portas da Igreja - Sustentados pela misericordia do Pai -



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Transcrição:

Mensagem Episcopal de Ano Novo Prólogo Abrir as Portas da Igreja - Sustentados pela misericordia do Pai - O Papa Francisco no dia 8 de Dezembro de 2015, Festa da Imaculada Conceicão, inaugurou o Ano Santo da Misericórdia, que vai até 20 de novembro de 2016, Festa do Cristo Rei. O Papa escolheu o dia 8 de dezembro para abertura deste Ano Santo Extraordinário da Misericórdia porque coincide com o cinquentenário da conclusão do Concílio Vaticano II. E no Domingo seguinte, 13 de dezembro, como sinal de abertura do Ano Santo Extraordinário da Misericordia, abrirá a Porta Santa na Catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão. Nesse dia também nós, como Diocese de Nagoya, vamos abrir as portas da Igreja, a fim de cumprir a missão a nós confiada de atravessar a porta Santa e contemplar Jesus Cristo, o rosto misericordioso do Pai O Concílio Vaticano II chamou a Igreja de Igreja Peregrina. Para fazer a peregrinação é necessário ter um lugar para chegar como meta (uma direção), durante a peregrinação, quando já estivermos cansados, nos sentindo perdidos é importante saber para onde podemos e devemos retornar. Havendo estas duas coisas, a peregrinação receberá uma força propulsora e terá um sentido importante. Jesus Cristo, o rosto misericordioso do Pai é nossa meta e lugar de retorno. Por isso, temos certeza de que este caminho é bom, somos assim movidos na alegria de continuar a peregrinação convictos de viver este Caminho. Numa peregrinação nunca devemos parar num mesmo lugar. Sempre devemos dar um novo passo. O Papa Francisco expressou o significado da realização do Concílio Vaticano II da seguinte forma: Derrubadas as muralhas que, por demasiado tempo, tinham encerrado a Igreja numa cidadela privilegiada, chegara o tempo de anunciar o Evangelho de maneira nova. Uma nova etapa na evangelização de sempre. Um novo compromisso para todos os cristãos de testemunharem, com mais entusiasmo e convicção, a sua fé. A Igreja sentia a responsabilidade de ser, no mundo, o sinal vivo do amor do Pai. (Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia 4) Nós estamos em continua partida para a Terra Prometida (êxodo). Terra Prometida é a realização do Reino de Deus onde todo o povo forma uma unidade com Deus. Este, ainda que encontre sua perfeição na vida futura, começa agora e continua se realizando nesta terra. Não podemos esquecer que somos enviados para realização deste Reino. Encorajados pela presença de Deus conosco vamos nos mover neste mundo onde há ruptura e discordia, rezando para que haja a reconciliação e unidade. Fui enviado à Diocese de Nagoya. Agradeço a Deus pela possibilidade de trabalhar com todos nesta região a nós confiada, e tenho grande esperança. Com a abertura do Ano Extraordinário da Misericórdia quero transmitir a todos a maneira como a Diocese de Nagoya o continuará e também sobre o tipo de Igreja que espero possamos construir. ORIENTAÇÃO BÁSICA Sustentados pela misericórdia de Deus-Pai, a Diocese de Nagoya vai cumprir a missão a ela confiada como Igreja particular1. Está missão é a de servir a todo o povo conduzindo-o à Salvação. 1 As Igrejas particulares, nas quais e das quais existe a una e única Igreja Católica, são primariamente as dioceses(...) 1

Concretamente faremos: 1. Através do envolvimento com todo o povo, anunciar, transmitir e expressar com um novo ardor e de modo novo, a alegria do Evangelho de que em Cristo Você é amado por Deus e convidado à salvação 2. Em Cristo, O Reino de Deus já está no meio de nós e que estamos no caminho da sua realização. Isto que entre Deus e nós não há distinções (muros). Movidos pela esperança devemos quebrar os muros de inimizade que nos separa (Efésios 2,14) e, fundamentados na justiça de Cristo, rezar e trabalhar para construir a paz (reconciliação) nesta terra (in terris). 3. Para a realização desta missão, devemos construir um igreja-comunidade que nos fortaleça e anime. Para isto é necessário que todos e cada um dos batizados se concientizem de sua vocação batismal (vocação peculiar) e que colaborem, respeitando o papel de cada pessoa nesta missão. Para a realização desta orientação básica estabeleço os seguintes objetivos: 1 Tornar-se uma Igreja que expressa a misericórdia de Deus. Se experimentamos a profunda misericórdia do Pai em nós, na maneira como Ele cuida e se relaciona conosco, nossa vida será transformada pela raiz. Normalmente pensamos que é por nossas boas obras que seremos salvos, mas o Evangelho nos mostra o contrário, primeiramente a salvação (perdão) vem de Deus incondicionalmente e esta alegria impulsiona para mudança viver de fazer bem. (conf.) Lc. 19, 1-10 e Lc. 7, 36-50 Como discípulos de Cristo, cada um de nós deve relacionar-se com o próximo acolhendo as alegrias, as tristezas e assim proporcionar a misericórdia do Pai se manifeste em todos estes momentos. Diz o Papa a misericórdia de Deus não é uma idéia abstrata mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho até ao mais íntimo das suas vísceras (Bula de proclamação, 6). Se nos interessamos somente pela nossa salvação individual e a estabilidade interna da minha Igreja, estamos bem longe da misericórdia de Deus, acabando por tornar-se numa [Igreja fechada]. Como membros da Igreja, nos interessamos profundamente pela realidade da sociedade, da humanidade, compartilhando as preocupações, rezando juntos, as crianças vendo isto, naturalmente terão os mesmos sentimentos e assim, certamente poderão contribuir para o amadurecimento da fé. Criar para todos e cada um a oportunidade de partilhar sobre o próprio cotidiano. Seja no seu local de trabalho, na sua região ou na própria família, nem sempre é fácil viver a fé. Não é necessário mostrar como deve ser a figura do cristão, mas partindo de sua realidade pessoal e concreta é um bom início. Por exemplo, sendo cristão quais são as coisas a que dou importancia no meu trabalho, na minha região ou até na minha família? Ainda quais são as dificuldades desta vivencia? Quando sinto que a minha fé é questionada? Também considerar aquilo que não consigo fazer, isto é, partilhar fatos concretos e também, ao mesmo tempo, ouvir a fala dos outros. Partilhando desta maneira, abrir o nosso coração ao Cristo que caminha conosco. Nesta hora é Cristo, a Palavra de Deus, que mostrará a direção e iluminará o caminho. Também é o próprio Cristo que nos anima a dar o primeiro passo. Converter-se numa comunidade aonde as pessoas possam ser bem acolhidas e sentir, ao menos um pouco da misericórdia do Pai. [CDC 368]. 2

2 Almejar uma sociedade que põe a sua prioridade nas pessoas mais fracas da sociedade. Todas as pessoas perante Deus são importantes e iguais. Mas como a realidade do Reino de Deus é relação e participação não se trata de ser importante separadamente. É necessário pensar se o relacionamento de amor está sendo real na família de Deus e se existe o respeito humano. Na realidade deste mundo, organizado para que os poderosos cuidem dos fracos, o resultado é a existencia de desigualdades econômica que gera pobreza e violência, discriminação e marginalização, numa palavra, é colocado em situação de pecado. Cristo se zangou com os discípulos quando repreenderam as crianças que iam a Ele (naquele tempo a criança representava aquela pessoas que não tinha valor) Deixem as crianças virem a mim (Mc 10,14) e abraçou as crianças, este é a imagem que o mundo deve ter para mostrar. A atitude de Jesus demonstra como a sociedade deveria proceder dando a prioridade aos fracos e a maneira de ser nas relações humanas. Nós como discípulos de Cristo, coloquemos em serviço para que todos, sem distinção, possam acercar-se de Cristo, de modo especial, servindo na periferia procurar meios de encaminhar as crianças para que possam diretamente ir a Jesus em primeiro lugar. Isto não é somente para as pessoas que interessam por elas mas, mas sim é a missão essencial missão dos cristãos. Dentro da Diocese há comissoes que relacionam concretamente trabalhando ativamente com animação: Comissão relacionada com a sociedade, como: Assistência na área de bem-estar, refugiados e paz, direitos humanos. A Diocese deseja que estas comissões solidarizem-se, trabalhando juntas para evangelização da sociedade mantendo a relação horizontal e partilhar da mesma visão. Em várias paróquias se faz distribuição de alimentos, assistência a países pobres mas se olharmos para a Diocese como um todo, a ação das paróquias organizada e em conjunto praticamente não existe. O problema que acontece na sociedade, acontece sobre cada pessoa e portanto, para nós, como discípulos de Cristo, é nosso problema. 現 代 世 界 憲 章 序 文. Concernente a este problema, criar uma comissão na Paróquia para acolher as informações e os apelos e da Diocese e da Conferencia dos Bispos que são transmitidos às comunidades e responder as exigências que são solicitados. É desejável que as atividades das Paróquias possam ser participados por muitos, é claro que em algumas atividades nem todos podem participar concretamente. Mas mesmo assim, podem solidarizar-se tendo uma meta comum, desta forma, no lugar em que estivermos (trabalho, região, família) poderemos dirigir o nosso olhar para os fracos, rezar e trabalhar para tornar realidade a evangelização da sociedade. Que cada um/uma colocados em seu lugar, possam solidarizar-se mutamente com respeito. 3 Leigos, relidiosos, sacerdotes na relação de igualdade, com instituível função que cada um/uma têm, formamos o Povo de Deus para discernir a vontade de Deus em comunidade. Concientes de que cada um de nós recebemos um dom de Deus e repeitando as diferenças, buscamos, em nossas escolhas, seguir a vontade de Deus que nos orienta e guia a comunidade. Na National Incentive Convention for Evangelization de1987, (NICE 1987). Não é alguém que vai ensinar a alguém, mas bispos, sacerdotes, religiosos e leigos sentaram ao redor da mesa e na igualdade, partilharam e selecionaram o rumo que a Igreja do Japão deve tomar. Nesta forma de partilha, buscamos ouvir e entender a vontade de Deus e, como grupo, selecionar os passos a serem dados, chama-se discernimento. A Igreja não é dos ordenados (sacerdotes, ministros sagrados) nem do mero sistema democrático. Ela é princípio de discernimento que obedece as orientações de Deus. Sobre este, os sacerdotes e leigos, com suas funções peculiares, exercem a responsabilidade. 3

Para ser uma Comunidade de discernimento a Diocese está pensando oferecer cursos de formação. Cada comunidade através da partilha e estudos pensará a melhor maneira de perceber a vontade de Deus. Por ex: O Conselho Paroquial (Comissão administrativa) já existente, ao decidir uma coisa importante, pensar não o que eu desejo mas procurar sempre e perguntar onde está o desejo de Deus no entendimento mútuo e na oração, leigos e sacerdotes poderão tomar uma decisão. Podemos fazer isto imediatamente, e assim as reuniões e encontros se tornarão um lugar de formação. Este discernimento se faz necessário também quando procuramos decidir o futuro dos filhos: carreira, profissão, colocação e nas decisões importantes como o matrimônio é necessário também do discernimento. O importante é, que as decisões importantes sejam feitas de acordo com o pensamento de Deus. Isto é fazer a caminhada na fé Com este princípio de discernimento, a tomada das decisões importantes da Diocese será feita na Assembleia Pastoral missionária aonde leigos, sacerdotes, religiosos e bispo participam. As várias reuniões que existem na Diocese, devem ser revisadas na maneira como são feitas: frequência e assiduidade dos participantes. 4 Almejar a construção de Comunidade O Reino de Deus transpondo as nacionalidades A maior característica e sinal de esperança da Diocese de Nagoya é ser uma comunidade de muitos povos e culturas. É um sinal de que o Reino de Deus que transpõe as nacionalidades em nossa diocese. Quando pensamos sobre a Igreja, não significa Igreja dos japoneses, mas uma Igreja no Japão para pessoas vindas de qualquer país e que vivem no Japão. A Diocese, como está sendo feita até agora, providenciará para que os estrangeiros possam glorificar a Deus, participar da missa, ouvir as homilias na sua língua materna. Concretamente, o Pároco da Paróquia procurá a língua que necessita para a missa, poderia repensar em nível regional, a paróquia onde pode ser celebrada a missa em determinada língua e divulgar. No caso de não ter sacerdote que fala uma língua estrangeira, e na necessidade, o sacerdote poderia usar o Rito de Missa em japonês, mas as Leituras, os cantos, oração dos fiéis podem ser em a língua materna dos participantes (fiéis). Mas isso não impede que algumas vezes ao ano, poderia convidar um sacerdote que conhece a língua materna, para um dia de retiro com missa, atender as confissões. É desejável também realizar encontros de formação e estudo. Os cuidados que se deve ter onde se celebra a missa na língua estrangeira é que não haja divisão na Comunidade. É bom que periodicamente celebrar a Missa Internacional em várias línguas ou nas missas semanais as Leituras e a oração dos fiéis podem ser alternadas. Quando houver uma festa do Batismo das crianças e do Crisma, é necessário envolver toda a Comunidade paroquial. Os sacerdotes que celebram missa em língua estrangeira devem esforçar em dar formação e incentivar estas pessoas que registrem o seu nome em algumas das paróquias para ser informados sobre o seu papel na Comunidade. Para a formação da fé das crianças é importante que os pais se conscientizem que são membros da Comunidade. E para isto, uma conversa com o Pároco e cooperar com ele é muito importante. 4

5 Transmissão de Fé na geração seguinte É nosso dever transmitir Cristo às crianças da geração seguinte. O primeirr responsável é a família. Sem dúvida, não é fácil. O modo de ser da sociedade e organização escolar tiram a oportunidade de ir a Igreja e ofuscam os valores evangélicos tornando-se insensíveis. Mesmo que vários motivos afastem as crianças da Igreja, podemos transmitir Cristo e educá-las. Principalmente na adolescência são tantas os problemas que o indivíduo carrega nas relações de amizade, notas de aproveitamento, a carreira a seguir... portanto é nessa hora que podemos ajudar, aconselhando e mostrando os valores evangélicos. Isto se torna formação de fé e momento favorável para rezar juntos. Por outro lado, quando chegam ao ensino intermediário e médio começam ter dúvidas, interrogações sobre a fé. Responder a estes problemas com seriedade é muito importante. Aquele que não pode resolver na família, a Paróquia deve ajudá-lo e se não for possível resolver na paróquia pode ser levado à região e à Diocese. Para formação de fé dos jovens e adolescenes, é bom incentivar que participem dos encontros organizacionais oferecidos não somente da Paróquia, mas também nos níveis regional diocesano e de Igreja no Japão, e para isso se faz necessáio o auxílio econômico para facilitar esta participação. A Diocese providenciará periodicamene todo tipo de planejamento e informação às paróquias É importante pensar e preparar antecipadamente na formação de fé daquelas pessoas que se afastaram da Igreja. A paróquia escolherá uma pessoa que pode fazer o acompanhamennto e entrar em contato regularmente ouvindo os problemas e pensar juntos. 6 Congregações Missionárias, Religiosas e Instituições Católicas juntas formando uma Diocese. Quando a Diocese de Nagoya esteve na grande dificuldade no aspecto pessoal, econômico e o número reduzido de sacerdotes, muitas Congregações Religiosas masculinas e femininas e Congregações Missionárias ajudaram a Diocese. Além disso, não somente nas paróquias, mas através das obras sociais a Diocese foi entrando na sociedade e ainda continua a fazê-lo. Quando dizemos Igreja, é bom ter em mente que não nos referimos somente as paróquias mas também escolas católicas, hospitais e diversas outras instituições ou congregações religiosas além de outras... Isto porque por que estas carregam a missão de evangelizar em todos os aspectos, na solidariedade e cooperação. Nesse sentido, é importante que a Paróquia (a região) procure entrar em contato mútuo com as Instituições nas vizinhanças para cooperação. Por um lado, numa paróquia onde uma congregação religiosa ou missionária é responsável, a tendência dos fiéis é pensar que pertencem à congregação e não se dão conta de que pertencem a diocese. A mesma coisa acontece com a paróquias dos padres diocesanos, estão longe de se relacionar. Qualquer que seja o responsável da paróquia, todos são membros da diocese de Nagoya. Para poder caminhar juntos na unidade, há necessidade de reestruturar o pensar e relacionamento de cooperação. E para mostrar que as paróquias fazem uma unidade na Diocese, pensar num sistema de contablidade incluindo as despesas do cotidiano dos padres e arranjo da disposição dos sacerdotes (transferência, designação). 5

Conclusão A meta para a realização desta Orientação Básica, pode ser realizada de várias maneiras, e de forma diferente, pode ser feita imediatamente ou de longo prazo, no nível diocesano, regional e paroquial. O importane é saber que direção tomar que tipo de Igreja queremos ser. A tentativa concreta é o caminho, depois de partilhar a Orientação Básica podemos escolher a meta (objetivo) e, como paróquia, buscar a maneira de realização. O que apresentei hoje, na medida que colocarmos em prática, tomará uma foma, naturalmente sofrerá alterações. A Igreja peregrina ao decorrer dos tempos balançará como pendulo à direita e à esquerda, mas a Igreja chamada pêndulo está ligado a Cristo que é critério básico e, por isso, mesmo oscilando pode avançar. Assim como Maria, que assustou ao ouvir o anúncio do anjo, mesmo inquieta, confiou e obedeceu. Aprendamos dela, e crendo que o Espírito Santo nos impulsiona, abramos as portas e partamos. 8 de dezemb ro de 2015, Festa da Imaculada Conceição Dia do início do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia. Dom Matsuura Gorou Bispo da Diocese de Nagoya 6