Oficina: Setor Meio Ambiente e Sociedade Debatedor: Dr. Carlos Alberto Valera Promotor Ministério Público Estadual e membro da ABRAMPA.

Documentos relacionados
PNRH. Política Nacional de Recursos Hídricos Lei Nº 9.433/1997. II - recurso natural limitado, dotado de valor econômico;

Recursos Hídricos. A interação do saneamento com as bacias hidrográficas e os impactos nos rios urbanos

GESTÃO AMBIENTAL X GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS ÁGUA COMO FATOR LIMITANTE DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL. Edmilson Costa Teixeira GEARH-DEA-CT

POLITICAS PÚBLICAS NO CONTEXTO DOS EVENTOS EXTREMOS

Política Nacional de Recursos Hídricos

Programa Conservação e produção rural sustentável: uma parceria para a vida" no Nordeste de Minas Gerais

Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas. Penedo, dezembro de 2016

ÜÍFERO GUARANI. MESA REDONDA Projeto Sistema Aqüífero Guarani II SIMPÓSIO DE HIDROGEOLOGIA DO SUDESTE

A maioria das visitas no site foram do Brasil, Estados Unidos, França, México e Índia, em ordem decrescente.

Recursos Hídricos: situação atual e perspectivas

LEI Nº , DE 17 DE JUNHO DE Institui a Política Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, e dá outras

POLÍTICAS NACIONAL E ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Lançament o do XXVII Prêmio Jovem Cientista. Palestra. Água - desafios da sociedade

Gestão das Bacias Hidrográficas Maranhenses. Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos

GERENCIAMENTO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

TÍTULO DO TRABALHO: Comitê de Bacia Hidrográfica - Poderosa Ferramenta para o Saneamento - Experiência do Baixo Tietê.

-> A Bacia Hidrográfica do rio Paraopeba, UPGRH SF3 situa-se a sudeste do estado de Minas Gerais e abrange uma área de km2.

POLÍTICAS PÚBLICAS NA ENGENHARIA

Estabelece critérios e procedimentos gerais para proteção e conservação das águas subterrâneas no território brasileiro.

6 ENCONTRO ESTADUAL DE IRRIGANTES

UMA AGENDA PARA AVANÇAR NO GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE

CONSTRUINDO O PLANO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

PHD 2538 Gerenciamento de Recursos Hídricos

21/2/2012. Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar. A bacia hidrográfica. Introdução

Código ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DO PDRH- GRAMAME (2000) E PERSPECTIVAS PARA SUA ATUALIZAÇÃO

GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Direito Ambiental. Algumas Políticas Nacionais Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997) Irrigação (Lei /2013)

Cenário Brasileiro de Gestão da Água

Epagri. Conhecimento para a produção de alimentos

Seminário franco-brasileiro sobre saúde ambiental : água, saúde e desenvolvimento. 1ª sessão : Água, saúde e desenvolvimento : que direitos?

Dois temas, muitas pautas. Saneamento e meio ambiente

D/P 03 D/P D/PEO - Educação/ D/P 05 /Formação/ /Treinamento D/P 06. (continua) (continua) D/P 07

Água. O Pagamento dos Serviços Ambientais e os Recursos Hídricos Malu Ribeiro Coordenadora da Rede das Águas Fundação SOS Mata Atlântica

A Política Nacional de Recursos Hídricos ANA

PHD 2538 Gerenciamento de Recursos Hídricos

Interações e Sinergias com Projeto FIP-Paisagem. Taiguara Alencar GIZ

BRASIL PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA NO GUARIROBA. Distribuição da Água Doce no Brasil. Recursos hídricos Superfície População

Tópicos de Gestão de Recursos Hídricos

Carlos Eduardo Nascimento Alencastre

XIII-SEMINÁRIO NACIONAL DE GESTÃO E USO DA ÁGUA. Oferta e demanda frente ao desenvolvimento sustentável. mananciais subterrâneos:novas perspectivas

MANUAL DE ORÇAMENTO PÚBLICO _ MOP

O BIOMA CERRADO. Arnaldo Cardoso Freire

AÇÕES DA ANA NO FORTALECIMENTO DA INFRAESTRUTURA NATURAL PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA NO GUARIROBA

ESTRATÉGIAS DE GESTÃO TERRITORIAL PARA A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM MINAS GERAIS

Proteção e recuperação de mananciais para abastecimento público de água

Unidade 2: Legislação sobre Recursos Hídricos Prof. Dr. Hugo Alexandre Soares Guedes

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL CONDRAF

MINAS GERAIS Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos SEGRH: Desafios da implementação dos Planos de Bacia e Financiamento de projetos

Estrutura Legal e Regulatória para a Implementação de GIRH. Introdução à GIRH

FOMENTO E INOVAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL

PREVENÇÃO. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novapdf printer (

GRUPO DE TRABALHO EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Kharen Teixeira (coord.) Uberlândia, 29/04/15

ANTEPROJETO DE LEI N / 2015

4. REVISÃO DAS METAS E AÇÕES DO PLANO DE BACIAS 2000/2003

Governança das Águas Subterrâneas no Brasil, exemplos de casos exitosos

ENCONTRO EMPRESARIAL PELAS ÁGUAS DE GOIÁS FUNDAMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS. A Visão Empresarial

AGRICULTURA SUSTENTÁVEL: INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Tópicos da apresentação

A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FRENTE ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS ENVOLVENDO AS ATIVIDADES DE SUINOCULTURA e AVICULTURA

2a. Conferência Latinoamericana de Saneamento Latinosan Painel 4: Gestão Integrada de Águas Urbanas

Identificação de Áreas Prioritárias para Recuperação Município de Carlinda MT

Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável Projeto pelo Fortalecimento dos Municípios para a promoção da Agenda 2030 e Nova Agenda Urbana

A Terra, um planeta muito especial

Ambiente de Gerenciamento do PRONAF e Programas de Crédito Fundiário

RESOLUÇÃO Nº 17, DE 29 DE MAIO DE 2001 (Publicada no D.O.U de 10 de julho de 2001)

LEI 9.433/97: GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO

Território e planejamento de longo prazo: a experiência do Estudo da Dimensão territorial do planejamento

Degradação ambiental - conceitos, causas e abrangência

IPA 74 anos semeando conhecimento

BACIA DO RIO JOANES BREVE DIAGNÓSTICO

Seminário O papel da gestão das águas urbanas na regeneração ambiental das cidades

Agricultura Urbana na cidade de São Paulo: uma análise exploratória dos distritos de Parelheiros e Marsilac

SUMÁRIO CONSTITUIÇÃO FEDERAL

COMISSÃO ESPECIAL PL 9463/2018 DESESTATIZAÇÃO DA ELETROBRÁS

INDICADOR 4 OPERACIONALIZAÇÃO DA COBRANÇA. Indicador 4B Cadastro de Usuários ESTADO DOS CADASTROS DE USUÁRIOS NAS BACIAS PCJ NO ANO DE 2015

AGROECOLOGIA TECNÓLOGO Oferta por meio do SiSU 2º semestre

Diagnóstico da bacia hidrográfica do rio Paranaíba. Herick Lima Araújo Pietra Porto

Introdução a Ciência Hidrológica

Perspectivas do Setor Usuários

DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA

OFICINA DE CAPACITAÇÃO EM CADASTRAMENTO E REGULARIZAÇÃO DO USO DE RECURSOS HÍDRICOS. 9 de março de 2018 Macaé

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE MT: MENSURAÇÃO DO VOLUME PARA ATENDER AOS MÚLTIPLOS USOS

PRONAF - AGRICULTURA FAMILIAR ANO AGRÍCOLA 2015/2016

ASPECTOS LEGAIS DA POLÍTICA DE SANEAMENTO BÁSICO E DE RECURSOS HÍDRICOS

PAINEL 2 USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA. São Paulo, 23 de março de 2009

Levantamento de informações sobre os Planos de Recursos Hídricos. 12 set 2018

Comissão Estadual do Zoneamento Ecológico- Econômico do Estado do Maranhão

I - a água é um bem de domínio público;

GEOGRAFIA APLICADA ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS GEOGRAFIA E GESTÃO AMBIENTAL

RECURSOS HÍDRICOS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA DE GESTÃO DAS ÁGUAS

LEI N 9.433/97 Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos

AS FLORESTAS NO MUNDO

Gestão Ambiental nas Bacias PCJ - Instrumentos e estratégias para integração

SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

SETEC SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DO AMAPÁ

Plano de Ações PERHI/RJ

POXIM :Os impactos ambientais decorrentes do uso desordenado desta bacia hidrográfica

AGENDA 21 GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS

PROGRAMA SOCIOAMBIENTAL DE PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DE MANANCIAIS

Transcrição:

Oficina: Setor Meio Ambiente e Sociedade Debatedor: Dr. Carlos Alberto Valera Promotor Ministério Público Estadual e membro da ABRAMPA. Coordenação: claudiodimauro@ig.ufu.br (34) 32394241

PRINCÍPIOS DA PNRH Lei 9433/97 - Água: bem de domínio público - Água: recurso natural limitado, dotado de valor econômico - Em situações de escassez: consumo humano e dessedentação animal são prioritários - Promoção dos usos múltiplos - Gestão por Bacia Hidrográfica - Gestão descentralizada, com participação do poder público, usuários e comunidades

FATORES DE VULNERABILIDADES E RISCOS PARA A SEGURANÇA HÍDRICA: - Variabilidade climática/mudanças climáticas/escassez de água (semi-árido); - Problemas Burocráticos; - Ineficiência na gestão integrada de recursos hídricos. Dupla Dominialidade; - Concentração fundiária; - Poluição hídrica (regiões altamente habitadas e outros). Falta de Enquadramento. Poluição difusa;

- Uso ineficiente da água, em diversos usuários; - Infra-estrutura hídrica inadequada (distribuição de água). Problemas com outorgas; - Insuficiente de aplicação tecnológica nas áreas rural e industrial; - Degradação de nascentes, de matas ciliares e de zonas de recarga de águas subterrâneas; Fiscalização ineficiente; - Práticas Agrícolas inadequadas.

- Por que fazer planejamento e gestão de Bacias Hidrográficas? - Para evitar a tragédia dos comuns (Paulo Varella): - A tragédia dos comuns é um tipo de armadilha social, frequentemente econômica, que envolve um conflito entre interesses individuais e o bem comum no uso de recursos finitos. - O livre acesso e a demanda irrestritos de um recurso finito, condena estruturalmente o recurso em vista de sua super-exploração. - É preciso garantir o atendimento das demandas para os diversos usuários, sem comprometer os demais usuários e o meioambiente, hoje e no futuro.

DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS - A Quantidade e qualidade de água disponível são fatores limitantes ao desenvolvimento e estão diretamente relacionados com a forma de utilização dos recursos naturais da bacia hidrográfica. - O aumento populacional e a expansão das fronteiras agropecuárias, os modelos de urbanização são compressões sobre os recursos hídricos e sobre importantes biomas, como o cerrado.

- O uso do espaço exige trabalho coordenado e harmônico nos níveis nacional, estadual, municipal e das bacias hidrográficas. - A saúde da bacia hidrográfica depende da recuperação de matas ciliares, conservação do solo, readequação de estradas, melhoria das pastagens, melhoria da cobertura vegetal. - Gestão da oferta de água- CONSERVAÇÃO DE ÁGUA E SOLO - Gestão da demanda- USO RACIONAL DA ÁGUA E REÚSO

ALGUMAS PROPOSTAS DE AÇÃO - Apoiar financeiramente, exigindo e auxiliando os territórios que se apresentam com estagnação ou que estão deprimidos. Especial atenção para com as populações empobrecidas e que dependem de alternativas para terem promoção humana e cidadania; - Incentivar a articulação dos processos produtivos alternativos e a infra estrutura econômica, de equipamentos, serviços sociais. Identificar e estimular o desenvolvimento de Pólos de Pesquisa, Desenvolvimento e Informação (PD&I); - Identificar os arranjos e as cadeias produtivas prioritárias para o desenvolvimento sustentável valorizando principalmente as potencialidades culturais e locais;

- Garantir que os estoques de terras de posse da União, Estados e Municípios sejam disponibilizadas com vistas ao desenvolvimento sustentável e a preservação dos componentes da natureza, com especial atenção aos recursos hídricos e biodiversidades; - Articular os processos de fixação da população visando desconcentrar as área urbanas já em fase de esgotamentos. Com isso apoiar o fortalecimento dos pequenos núcleos urbanos, com o estímulo ao apoio rural, à produção familiar e assentamentos; - Incorporar sempre a dimensão ambiental nas ações de estruturação dos territórios;

- Estimular e apoiar a criação de Unidades de Conservação públicas e privadas; - Articular todas essas ações no Planejamento e na Gestão das Bacias Hidrográficas. - Promover a gestão participativa envolvendo o setor público, os setores produtivos, a sociedade civil de maneira a garantir a descentralização administrativa e o controle social.

O QUE É E O QUE GARANTE A SEGURANÇA HIDRICA PARA O SETOR ESTADO DA ARTE DA SEGURANÇA HIDRICA PARA O SETOR (REALIDADE ATUAL E TENDENCIAS) PRINCIPAIS FRAGILIDADES E AMEAÇAS PARA A SEGURANÇA HIDRICA DO SETOR PRINCIPAIS PONTOS FORTES E VIRTUDES DO SETOR NO SENTIDO DE GARANTIR A SEGURANÇA HIDRICA, INCLUINDO AS BOAS PRATICAS ADOTADAS PELO SETOR PARA MINIMIZAR AS AMEAÇAS E GARANTIR A SEGURANÇA HIDRICA AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DE RECURSOS HIDRICOS NO BRASIL E A SEGURANÇA HIDRICA PARA O SETOR QUAL A VISÃO DO SETOR A RESPEITO DO CONJUNTO DA INFRAESTRUTURA HIDRICA ATUAL EM RELAÇÃO A GARANTIA DA SEGURANÇA HIDRICA POSSIVEIS CONTRIBUIÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DO PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA HIDRICA

DO S Agadeço pelas Atenções claudiodimauro@ig.ufu.br (34) 32394241