Síntese ExecuçãoOrçamental

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Síntese ExecuçãoOrçamental 2014 agosto MinistériodasFinanças

Síntese de Execução Orçamental Publicação mensal 24 de setembro de 2014 Elaborado com Informação disponível até 23 de setembro Internet: http://www.dgo.pt email: dgo@dgo.pt Direção-Geral do Orçamento Contributos Administração Central do Sistema de Saúde - ACSS Autoridade Tributária e Aduaneira - AT Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E. Caixa Geral de Aposentações Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P.

Índice Índice Síntese Global... 3 1. Administração Central e Segurança Social... 4 Despesa... 5 Receita... 7 2.1. Administração Central... 9 Despesa... 9 Receita... 17 Saldo... 22 2.2. Segurança Social... 24 Despesa... 24 Receita... 25 Saldo... 26 3. Administração Regional... 28 Despesa... 28 Receita... 29 Saldo... 30 4. Administração Local... 32 Despesa... 32 Receita... 33 Saldo... 33 5. Operações com ativos financeiros... 35 6. Outros aspetos relevantes sobre a execução orçamental... 36 Serviço Nacional de Saúde... 36 Dívida não financeira das administrações públicas... 37 Despesa/receita com tratamento diferenciado em contas nacionais... 38

Índice Índice de quadros: Quadro 1 Saldo Global das Administrações Públicas...3 Quadro 2 - Conta consolidada da Administração Central e da Segurança Social...5 Quadro 3 - Despesa da Administração Central...9 Quadro 4 Despesa com o pessoal da Administração Central...11 Quadro 5 - Despesa com aquisição de bens e serviços da Administração Central...12 Quadro 6 - Despesa com juros e outros encargos da Administração Central...12 Quadro 7 Encargos da dívida direta do Estado por instrumento...13 Quadro 8 Encargos financeiros das EPR por setor de atividade...14 Quadro 9 Despesa com transferências correntes e de capital da Administração Central...15 Quadro 10 Despesa com subsídios da Administração Central...16 Quadro 11 - Despesa relativa a investimentos da Administração Central...17 Quadro 12 - Receita da Administração Central...18 Quadro 13 - Receita fiscal do subsetor Estado...19 Quadro 14 - Reembolsos relativos à receita fiscal...20 Quadro 15 Saldo Global da Administração Central principais explicações...23 Quadro 16 Execução orçamental da Segurança Social...27 Quadro 17 Conta da Administração Regional...30 Quadro 18 Conta da Administração Local e ajustamentos para comparabilidade...34 Quadro 19 Despesa com ativos financeiros do Estado...35 Quadro 20 Principal receita de ativos financeiros do Estado...36 Quadro 21 Execução Financeira do Serviço Nacional de Saúde...36 Quadro 22 Operações com registo diferenciado em Contas Nacionais...38 Índice de gráficos: Gráfico 1 Despesa da Administração Central...9 Gráfico 2 - Despesa primária da Administração Central...9 Gráfico 3 - Despesa com o pessoal da Administração Central...10 Gráfico 4 Despesa com aquisição de bens e serviços da Administração Central...11 Gráfico 5 Despesa com transferências da Administração Central...15 Gráfico 6 - Receita fiscal do subsetor Estado...20 Gráfico 7 Saldo global da Administração Central...22 Gráfico 8 Despesa da Segurança Social...24 Gráfico 9 Contribuições e quotizações e prestações sociais...25 Gráfico 10 Receita da Segurança Social...26 Gráfico 11 Saldo Global da Segurança Social...26 Gráfico 12 Despesa RAA...29 Gráfico 13 Despesa RAM...29 Gráfico 14 Receita RAA...30 Gráfico 15 Receita RAM...30 Gráfico 16 - Saldo Global da RAA...31 Gráfico 17 Saldo Global da RAM...31 Gráfico 18 Despesa da AL...32 Gráfico 19 Despesa Bens e Serviços e de Capital da AL...32 Gráfico 20 Receita da AL...33 Gráfico 21 Receita Fiscal da AL...33 Gráfico 22 Saldo Global da Administração Local...34 Gráfico 23 Passivo da Administração Central e Administração Regional Stock em final de período...37 Gráfico 24 - Pagamentos em atraso das Administrações Públicas Stock em final de período...38

Síntese Global Síntese Global O saldo provisório das administrações públicas, apurado na ótica da Contabilidade Pública (i.e., dos recebimentos e pagamentos) ascendeu, até, a -4.685,7 milhões de euros (-5.454,6 milhões de euros no período homólogo). Quadro 1 Saldo Global das Administrações Públicas agosto 2013 Execução 2013 Nota: Os valores indicados são acumulados e são atualizados com informação disponível até à presente data. Fonte: Direção-Geral do Orçamento I trim 14 II trim. 2014 agosto 2014 Saldo das Administrações Públicas (Contabilidade Pública) -5.454,6-8.830,2-844,7-4.192,0-4.685,7 Administração Central -5.459,8-8.425,5-869,8-4.625,0-5.175,5 Estado -6.011,9-7.664,5-1.489,3-5.306,0-5.676,5 Serviços e Fundos Autónomos excluindo EPR 1.108,6 218,1 781,4 1.086,4 1.010,5 Entidades Públicas Reclassificadas -556,5-979,0-161,9-405,4-509,5 Administração Regional -474,9-831,3-124,5-291,9-337,5 Madeira -476,2-825,7-129,4-279,7-339,2 Açores 1,2-5,6 4,9-12,2 1,7 Administração Local -11,3-62,6 75,4 254,9 416,9 Segurança Social 491,4 489,1 74,2 470,0 410,3 O saldo global da Administração Central e da Segurança Social ascendeu a -4.765,1 milhões de euros (-4.968,4 milhões de euros em 2013), enquanto que o saldo primário se situou em -103 milhões de euros (-566,6 milhões de euros em 2013), decorrendo de uma taxa de variação de +4,2%, na receita, superior à da despesa em cerca de 0,9 p.p.. O saldo global do subsetor da Administração Regional e Local totalizou 79,5 milhões de euros (416,9 milhões de euros na Administração Local e -337,5 milhões de euros na Administração Regional). Excluindo o efeito da regularização de dívidas a fornecedores, no âmbito do PAEL e dos empréstimos contraídos pela RAM para o efeito, apura-se um excedente orçamental de 432,2 milhões de euros para o total do subsetor (339,5 milhões de euros em igual período de 2013). 3

1. Administração Central e Segurança Social 1. Administração Central e Segurança Social Os saldos global e primário da Administração Central e da Segurança Social até ascenderam a 4.765,1 milhões de euros e -103 milhões de euros, respetivamente. A despesa aumentou 3,3% face ao período homólogo, para o que contribuiu, sobretudo, o aumento das transferências e das despesas com pessoal. O aumento das transferências resultou, por um lado, do efeito da transferência da parcela do IRS para as autarquias, ao abrigo da Lei das Finanças Locais, e, por outro lado, do pagamento do 14.º mês aos aposentados e pensionistas em julho, o qual, em 2013, apenas ocorreu em novembro. No caso das despesas com o pessoal, o crescimento decorreu, em grande medida, do desfasamento temporal do pagamento do subsídio de férias aos trabalhadores em funções públicas 1 e da reversão da redução remuneratória aplicada em 2014. No que respeita à receita, o aumento foi de 4,2%, o que foi atribuível ao aumento da receita fiscal e das contribuições para os sistemas de segurança social, embora parcialmente contrariado pela redução das transferências recebidas pela Segurança Social com proveniência do Fundo Social Europeu. 1 Na sequência do Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 413/2014 proferido em 30 de maio e publicado no Diário da República de 26 de junho de 2014, ocorreu a reversão da medida de redução remuneratória prevista no artigo 33.º Lei n.º 83-C/2013 de 31 de dezembro. 4

1. Administração Central e Segurança Social Quadro 2 - Conta consolidada da Administração Central e da Segurança Social Período: janeiro a agosto 2013 2014 Execução Acumulada Variação Homóloga acumulada (%) Contributo para VHA (em p.p.) Receita corrente 41.665,1 43.501,0 4,4 4,3 Receita fiscal 22.861,0 24.687,2 8,0 4,3 Impostos diretos 10.008,3 10.953,8 9,4 2,2 Impostos indiretos 12.852,6 13.733,4 6,9 2,1 Contribuições de Segurança Social 11.943,2 12.840,3 7,5 2,1 Transferências Correntes 1.778,3 1.083,7-39,1-1,6 Outras receitas correntes 4.547,5 4.838,5 6,4 0,7 Diferenças de consolidação 535,1 51,2 Receita de capital 865,0 814,3-5,9-0,1 Venda de bens de investimento 38,8 78,3 101,5 0,1 Transferências de Capital 686,6 614,9-10,4-0,2 Outras receitas de capital 136,9 120,8-11,8 0,0 Diferenças de consolidação 2,6 0,3 Receita efetiva 42.530,1 44.315,3 4,2 Por memória: Receita não fiscal 7.725,9 6.787,7-12,1-2,2 Despesa corrente 45.562,2 47.102,4 3,4 3,2 Despesas com o pessoal 8.114,8 8.836,2 8,9 1,5 Aquisição de bens e serviços 6.333,0 6.341,7 0,1 0,0 Juros e outros encargos 4.401,7 4.662,2 5,9 0,5 Transferências correntes 24.771,3 25.513,7 3,0 1,6 Subsídios 1.306,5 1.268,3-2,9-0,1 Outras despesas correntes 618,7 360,2-41,8-0,5 Diferenças de consolidação 16,2 120,1 Despesa de capital 1.936,3 1.978,0 2,2 0,1 Investimento 844,7 1.067,8 26,4 0,5 Transferências de capital 1.074,6 877,2-18,4-0,4 Outras despesas de capital 6,8 28,0 310,6 0,0 Diferenças de consolidação 10,1 5,1 Despesa efetiva 47.498,5 49.080,4 3,3 Por memória: Transferências correntes e de capital 25.845,9 26.390,9 2,1 1,1 Saldo global -4.968,4-4.765,1 Despesa primária 43.096,7 44.418,3 3,1 Saldo corrente -3.897,1-3.601,4 Saldo de capital -1.071,3-1.163,8 Saldo primário -566,6-103,0 Fonte: Ministério das Finanças e Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P. DESPESA A despesa da Administração Central e da Segurança Social cresceu, até agosto, 3,3%, representando uma desaceleração face ao comportamento observado até julho (+3,9%). De igual modo, observou-se uma redução da taxa de variação da despesa primária para 3,1% (3,4% até julho). 5

1. Administração Central e Segurança Social As despesas com o pessoal cresceram 8,9% (+9,3% até julho), resultado que foi determinado sobretudo pelo desfasamento temporal no pagamento do subsídio de férias aos trabalhadores em funções públicas; pelo efeito da reversão da medida de redução remuneratória prevista na Lei do Orçamento do Estado para 2014, na sequência do cumprimento da decisão do Tribunal Constitucional; e pelo aumento da taxa de contribuição das entidades públicas empregadoras para a CGA, I.P. e para a Segurança Social. A diluição do primeiro dos efeitos descritos - que ocorrerá até novembro do ano em curso -, bem como do efeito decorrente do pagamento, em julho, de retroativos relativos a junho e ainda o efeito das rescisões por mútuo acordo esteve na base da desaceleração das despesas com pessoal. A taxa de variação da despesa com a aquisição de bens e serviços correntes situou-se em +0,1% (+0,4% até julho), sendo a sua evolução ao longo do ano influenciada em grande medida pelo ritmo a que são processadas, pelas administrações regionais de saúde, as verbas afetas às instituições do Serviço Nacional de Saúde pertencentes ao Setor Empresarial do Estado, no âmbito dos contratos-programa estabelecidos com estas entidades. A despesa com juros e outros encargos cresceu +5,9% (+8,6% até julho), determinada pela evolução dos encargos correntes com a dívida direta do Estado (+11,2%), que refletiu o efeito do aumento dos juros relativos às Obrigações do Tesouro e aos empréstimos contraídos no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal. Por sua vez, a conversão de empréstimos detidos pelo Estado em aumentos de capital estatutário, bem como a liquidação antecipada, ocorrida em 2013, de contratos de derivados de taxa de juro justificaram a redução, em 49,2%, dos encargos financeiros suportados pelo orçamento de entidades públicas reclassificadas no perímetro das administrações públicas. A taxa de variação das transferências 2 foi de 2,1%, para o que contribuiu sobretudo o aumento dos encargos com pensões dos beneficiários do sistema de pensões gerido pela CGA e do regime geral de Segurança Social, bem como a contabilização, em despesa orçamental, a partir de 2014, da transferência para a Administração Local da participação variável no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), com igual impacto na receita e na despesa. A desaceleração face ao observado até julho (+3% até julho) deveu-se principalmente à diluição do efeito relativo ao desfasamento no pagamento do 14.º mês aos reformados e pensionistas, bem como ao facto de a redução da contribuição financeira de Portugal para o orçamento da União Europeia ter sido mais acentuada (-6,9%, que compara com -3,4% até julho). O decréscimo da despesa com subsídios, que se manteve a um ritmo semelhante ao observado no mês precedente (-2,9%, que compara com -2,5% até julho), foi justificado sobretudo pela diminuição das indemnizações compensatórias atribuídas a empresas que prestam serviço público, o que se deveu ao efeito da diferente data de publicação da resolução de Conselho de Ministros 3 que procede anualmente à respetiva distribuição pelas empresas beneficiárias. Refira-se que a redução dos apoios à formação profissional atribuídos pela Segurança Social foi mais do que compensada pelo aumento das ações no âmbito do Instituto de Emprego e Formação Profissional. 2 Considerando, em conjunto, as transferências correntes e de capital. 3 Publicada em Diário da República em 29 de agosto, não tendo ainda efeitos relevantes na execução orçamental de 2014 quando, em 2013, ocorreu em 10 de abril. 6

1. Administração Central e Segurança Social A redução das outras despesas correntes permaneceu aproximadamente na mesma ordem de grandeza do mês precedente (-41,8%, que compara com -40% até julho), resultado que se manteve associado à evolução da despesa com a formação profissional na área da Educação 4. A despesa de investimento cresceu 26,4% (+10,9% até julho). A volatilidade desta componente de despesa ao longo do ano está diretamente relacionada com o perfil de execução específico dos pagamentos realizados no âmbito dos contratos de concessão e subconcessão de infraestruturas rodoviárias. RECEITA A receita da Administração Central e da Segurança Social cresceu 4,2% até agosto (+2,9% até julho), resultado que foi determinado pelo crescimento da receita fiscal (8%) e das contribuições para sistemas de proteção social (7,5%). A evolução da receita assentou, sobretudo, na aceleração da receita fiscal. O crescimento da receita fiscal foi sustentado pelo aumento da receita dos impostos diretos (+9,4%) e dos impostos indiretos (+6,9%). De notar que este resultado se encontra influenciado pelo facto de, a partir de 2014, a receita proveniente da cobrança da Contribuição sobre o Setor Bancário cuja cobrança ascende a 160,2 milhões de euros, até agosto -, passar a ser registada como imposto direto. De igual modo, a parte da receita de jogos sociais que é consignada à Segurança Social com um valor de 112,7 milhões de euros até passou a ser contabilizada como impostos indiretos. Ambas as categorias de impostos eram classificadas, em 2013, como receita não fiscal e não contributiva. Para o aumento da receita de impostos diretos contribuiu, sobretudo, o crescimento da receita do IRS em 11,8% 5 (+6,1% até julho), o que traduziu a melhoria das condições do mercado de trabalho e o resultado das medidas de combate à fraude e evasão fiscal. Por sua vez, a receita do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) observou um decréscimo de 4,3%, que foi menos pronunciado face ao observado até julho (-9,1%). Esta evolução foi explicada fundamentalmente pela alteração do padrão intra-anual da coleta associada a cada componente da cobrança voluntária deste imposto, bem como do efeito intra-anual diferenciado no pagamento de reembolsos. A taxa de variação da receita dos impostos indiretos, que se situou em +6,9% até agosto, foi explicada pelo comportamento da receita do Imposto sobre o Valor acrescentado (IVA) (+7,7% 6 ) e, embora em menor grau de importância em termos de contributo para a taxa de variação, do Imposto sobre Veículos (+36,6%). A aceleração da receita dos impostos indiretos (+5,3% até julho) deveu-se sobretudo ao comportamento favorável da receita do IVA (igualmente +5,3% até julho) 7. Para esta evolução tem vindo a contribuir a retoma da atividade económica e o combate à evasão fiscal e à economia paralela. 4 De entre os diversos fatores que justificam este decréscimo, detalhadas no ponto 2.1 Administração Central Despesa, é de referir o impacto da reclassificação para despesas com pessoal de montantes que eram registados em outras despesas correntes. 5 A variação integra o ajustamento contabilístico da transferência da componente da participação variável dos municípios recomendado pelo Tribunal de Contas. 6 Este valor diverge do que é evidenciado no quadro 6 Receita do Estado anexo à presente edição, uma vez que existem outras entidades da administração Central que beneficiam de receita de IVA e não se incluem no subsetor Estado, mas no subsetor dos Serviços e Fundos Autónomos. 7

1. Administração Central e Segurança Social O aumento homólogo da receita de contribuições para os sistemas de segurança social verificou um ritmo de evolução igual ao observado até julho (+7,5%). Este resultado foi determinado, em grande medida, pelas contribuições para a CGA, cujo crescimento (+17,2%) continuou a justificar-se pelo aumento da taxa de contribuição das entidades empregadoras públicas em 2014; pelo alargamento da base de incidência da contribuição extraordinária de solidariedade; e pelo impacto da reversão da medida de redução remuneratória no volume de contribuições dos subscritores e das entidades públicas empregadoras. De salientar, ainda, o contributo positivo da receita de contribuições do regime geral de segurança social, que observou um acréscimo de 3,2%. A evolução da receita não fiscal e não contributiva (-12,1%) foi explicada sobretudo pela redução da receita da Segurança Social com proveniência do Fundo Social Europeu (-42,1%) e dos dividendos entregues pelo Banco de Portugal. Foi, ainda, determinada pela referida reclassificação da Contribuição sobre o Setor Bancário e da receita da parte dos jogos sociais consignada à Segurança Social. 7 As restantes categorias de impostos indiretos registaram variações marginais no que se refere à evolução, de julho para agosto, do contributo para a taxa de variação. 8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez tvha (%) tvha (%) e tvh (%) 2.1. Administração Central 2.1. Administração Central DESPESA A despesa consolidada da administração central evidencia, em termos acumulados, um crescimento homólogo de 4,8%, influenciado sobretudo pelo desfasamento no pagamento do subsídio de férias e 14º mês aos funcionários públicos e pensionistas da CGA, respetivamente, e pela reversão das reduções remuneratórias que vigoraram até maio, com efeitos nas despesas com pessoal. Merece ainda referência o contributo da despesa com juros e outros encargos da dívida direta do Estado. Quadro 3 - Despesa da Administração Central Período: janeiro a agosto Natureza da Despesa Execução acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p.) VH implícita ao OE (%) Despesas com o pessoal 7.939,4 8.642,9 9,3 8,9 1,9-8,0 Aquisição de bens e serviços 6.292,0 6.296,0 0,4 0,1 0,0-6,0 Juros e outros encargos 4.400,1 4.659,6 8,6 5,9 0,7 2,2 Transferências 17.473,4 18.183,1 5,8 4,1 1,9-0,2 Subsídios 364,5 462,8 28,4 27,0 0,3-15,7 Investimento 841,3 1.056,4 10,0 25,6 0,6 69,9 Outras despesas 546,2 383,7-26,2-29,8-0,4 111,6 Diferenças de consolidação 26,3 6,6 Despesa primária 33.483,2 35.031,5 5,4 4,6 4,1 0,4 Despesa efectiva 37.883,2 39.691,2 5,8 4,8 0,6 Nota: O montante total da despesa primária e efetiva incorpora as diferenças de consolidação intersectoriais. Fonte: Direção-Geral do Orçamento Gráfico 1 Despesa da Administração Central Gráfico 2 - Despesa primária da Administração Central 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0-2,0-4,0-6,0 2013 2013 (a) 2014 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0-5,0-10,0-15,0-20,0 VH mensal 2013 (a) VH mensal 2014 VH acumulada 2013 (a) VH acumulada 2014 Nota: 2013 (a) Exclui os montantes de regularização de dívidas de anos anteriores do SNS. Fonte: Direção-Geral do Orçamento 9

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez tvha (%) 2.1. Administração Central As despesas com pessoal apresentam um crescimento de 8,9% (9,3% no mês anterior) que resulta em grande parte do pagamento do subsídio de férias, no mês de junho (em 2013 verificou-se em novembro), 8 do aumento dos encargos patronais com as contribuições para a CGA e SS, em resultado do aumento da taxa de contribuição 9. Contribui ainda para o crescimento das despesas com pessoal a reversão da medida de redução remuneratória prevista na Lei do Orçamento do Estado para 2014, a qual vigorou até maio 10. A desaceleração da despesa, face a julho (em 0.4 p.p.), resulta da diluição de dois efeitos: do efeito do subsídio de férias e do pagamento em julho de retroativos a junho relativos à reversão da medida de redução remuneratória. Gráfico 3 - Despesa com o pessoal da Administração Central 13,0 11,0 9,0 7,0 5,0 3,0 1,0-1,0-3,0-5,0 Fonte: Direção-Geral do Orçamento 2013 2014 8 A Lei n.º 39/2013, de 21 de junho determinou a reposição em 2013 do subsídio de férias para os trabalhadores públicos, aposentados, reformados e demais pensionistas. 9 Aumento da contribuição da entidade patronal para 23,75% prevista no art.º 81 da Lei n.º 83-C/2013 de 31 de dezembro. 10 Declaração de inconstitucionalidade do art.º 33 da Lei n.º 83-C/2013 de 31 de dezembro determinada no Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 413/2014, de 30 de maio. 10

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez tvha (%) 2.1. Administração Central Quadro 4 Despesa com o pessoal da Administração Central Período: janeiro a agosto Programa orçamental Execução acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA ago (em p.p) Total 7.939,4 8.642,9 9,3 8,9 Do qual: Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar 2.780,4 3.067,6 10,7 10,3 3,6 Ciência e Ensino Superior 784,0 877,2 12,7 11,9 1,2 Justiça 637,9 705,8 11,1 10,6 0,9 Segurança Interna 1.017,8 1.083,0 7,0 6,4 0,8 Saúde 633,4 686,8 9,3 8,4 0,7 Defesa 798,8 845,9 6,5 5,9 0,6 Fonte: Direção-Geral do Orçamento Na despesa com a aquisição de bens e serviços observa-se um crescimento sensivelmente nulo (0,1%), essencialmente em resultado de situações que se compensam: no sentido do aumento, referência para os adiantamentos dos contratos programa celebrados com as Entidades Públicas Empresariais na área da saúde e da regularização de despesas relativas ao apoio judiciário, pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos de Justiça, I.P. No sentido inverso, contribui sobretudo o efeito de base associado à antecipação de pagamentos de encargos com saúde do Regime Convencionado pela ADSE, ocorrida em dezembro de 2013. Gráfico 4 Despesa com aquisição de bens e serviços da Administração Central 5,0 0,0-5,0-10,0-15,0-20,0 2013 2013 (a) 2014 Nota: 2013 (a) Exclui os montantes de regularização de dívidas de anos anteriores do SNS. Fonte: Direção-Geral do Orçamento 11

2.1. Administração Central Quadro 5 - Despesa com aquisição de bens e serviços da Administração Central Período: janeiro a agosto Programa orçamental Execução acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p.) Saúde 4.559,3 4.595,7 0,7 0,8 0,6 do qual: Serviço Nacional de Saúde 4.512,5 4.563,5 1,0 1,1 0,8 Justiça 132,7 162,3 23,8 22,3 0,5 do qual: Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos de Justiça, I.P. 57,8 80,6 38,7 39,3 0,4 Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social 132,2 143,1 14,0 8,2 0,2 Defesa 206,2 217,1 3,9 5,3 0,2 Economia 240,1 243,5 5,1 1,4 0,1 Governação e Cultura 135,7 131,0 0,4-3,5-0,1 Segurança Interna 157,8 128,3-16,6-18,7-0,5 Finanças e Administração Pública 434,3 374,1-13,5-13,9-1,0 do qual: Direção-Geral Prot.Soc. Trabalhadores Funções Públicas (ADSE) 279,3 245,5-12,0-12,1-0,5 Autoridade Tributária e Aduaneira 93,5 75,5-18,2-19,2-0,3 Outros 158,1 170,1 2,1 2,5 0,1 Total 6.156,3 6.165,0 0,4 0,1 Fonte: Direção-Geral do Orçamento A despesa com juros e outros encargos da Administração Central cresceu 5,9% (8,6 % até julho) decorrente do comportamento dos juros e outros encargos da dívida direta do Estado. Quadro 6 - Despesa com juros e outros encargos da Administração Central Período: janeiro a agosto Fonte: Direção-Geral do Orçamento Execução acumulada Variação homóloga (%) 2013 2014 julho agosto Juros e Outros Encargos da Administração Central 4.400,1 4.659,6 8,6 5,9 Contributo VHA agosto (em p.p.) Juros e outros encargos da Dívida Pública 3.999,9 4.449,7 15,0 11,2 10,2 Juros e encargos financeiros suportados pelas EPR 393,3 199,9-51,3-49,2-4,4 Outros 6,9 10,0 48,7 45,4 0,1 A despesa com juros e encargos da dívida direta do Estado apresenta um acréscimo de 11% 11, essencialmente explicado pelo aumento da rubrica de Obrigações Tesouro (OT), em resultado de 11 Tendo por referência o Quadro 7. 12

2.1. Administração Central recompras deste tipo de instrumento, do primeiro pagamento do cupão da OT Fev 2024, bem como pelos encargos com Empréstimos PAEF. A aceleração face a julho (em 2,0 p.p.) reflete sobretudo a evolução dos juros pagos no âmbito do PAEF. Quadro 7 Encargos da dívida direta do Estado por instrumento Período: janeiro a agosto Execução Acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p) Juros da dívida pública 4.069,4 4.515,5 9,0 11,0 10,8 Bilhetes do Tesouro 365,3 301,6-21,3-17,4-1,5 Obrigações do Tesouro 2.154,8 2.411,1 11,7 11,9 6,2 Empréstimos PAEF 1.263,7 1.416,8 7,6 12,1 3,7 Cerificados de Aforro e do Tesouro 219,9 237,0 6,9 7,8 0,4 CEDIC / CEDIM 19,9 26,0-0,1 30,6 0,1 Outros 45,8 123,0-168,6 1,9 Comissões 53,5 59,1 6,1 10,5 0,1 Empréstimos PAEF 31,4 17,7-43,5-43,5-0,3 Outros 22,1 41,4 82,9 87,4 0,5 Juros e outros encargos pagos 4.122,8 4.574,6 9,0 11,0 Por memória: Tvh (%) -9,3 34,9 Juros recebidos de aplicações -123,4-73,9-35,5-40,2 Juros e outros encargos líquidos 3.999,4 4.500,7 10,3 12,5 Tvh (%) -5,4 39,7 Stock dívida direta do Estado 207.444,4 216.697,0 Nota: Os valores constantes deste quadro para cada mês/trimestre traduzem os pagamentos efetivos realizados nesse período, enquanto o quadro 6 Despesa com juros e outros encargos da Administração Central e anexo 5 Execução Orçamental do Estado evidencia as verbas disponibilizadas pelo OE para o período respetivo. No total do ano, os valores apresentados em ambos os quadros são idênticos. Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E Os juros e encargos financeiros suportados pelas Entidades Públicas Reclassificadas (EPR) evidenciam um decréscimo de 49,2% (-51,3% até julho), explicado sobretudo pelo comportamento das entidades do setor de gestão de infraestruturas, na sequência do efeito de base relativo ao pagamento, em maio de 2013, de juros associados a empréstimos concedidos pelo Estado à Estradas de Portugal, S.A. e REFER, E.P.E.. Em 2014, estes encargos financeiros deixaram de existir, na sequência da transformação destes empréstimos em aumentos de capital, por parte do Estado. Merece ainda referência o efeito de base associado à liquidação, em 2013, de encargos com swaps por parte de entidades do setor dos transportes. 13

2.1. Administração Central A desaceleração do decréscimo face a julho (em 2,1 p.p.) decorre principalmente da evolução da despesa no sector dos transportes, principalmente do Metropolitano de Lisboa, E.P.E. 12. Quadro 8 Encargos financeiros das EPR por setor de atividade Período: janeiro a agosto Setor de atividade Execução acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p) Total 393,3 199,9-51,3-49,2 Gestão de Infraestruturas 214,4 80,4-60,4-62,5-34,1 do qual: Rede Ferroviária Nacional,EPE 147,0 67,4-49,8-54,1-20,2 Estradas de Portugal, S.A. 67,4 13,0-81,7-80,7-13,8 Transportes 149,2 88,4-50,3-40,7-15,5 do qual: Metropolitano de Lisboa, E.P.E. 81,1 46,3-56,8-42,9-8,8 Metro do Porto, S.A. 68,1 40,5-42,3-40,6-7,0 Comunicação Social 2,2 2,4 9,4 8,7 0,0 Requalificação Urbana 0,0 0,0 - - - Cultura 0,0 0,0 - - - Outros Setores 27,5 28,7 4,1 4,6 0,3 Fonte: Direção-Geral do Orçamento As transferências apresentam um crescimento de 4,1%, sobretudo em resultado da evolução em pensões e outros abonos da CGA, que refletem, por um lado, o pagamento do 14.º mês e por outro, o aumento líquido do número de aposentados e pensionistas. Refira-se que a execução das transferências se encontra influenciada pelo tratamento orçamental, em 2014, da participação variável dos municípios na receita de IRS, com reflexo nas transferências no âmbito da Lei das Finanças Locais. 12 A qual está influenciada pelo efeito de base da correção, em agosto 2013, da execução registada neste agregado de despesa. 14

2.1. Administração Central Gráfico 5 Despesa com transferências da Administração Central Fonte: Direção-Geral do Orçamento A diminuição da taxa de variação homóloga acumulada, face a julho (em 1,7 p.p.), deveu-se principalmente à diluição do efeito conjunto das transferências no âmbito da Lei de Bases da Segurança Social e das relativas a pensões da CGA, decorrentes do pagamento do 14º mês aos beneficiários de ambos os subsistemas, em julho. Quadro 9 Despesa com transferências correntes e de capital da Administração Central Período: janeiro a agosto Transferências por natureza Execução acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p.) Pensões e Outros Abonos - CGA 5.868,1 6.500,1 11,4 10,8 3,6 Lei de Finanças Locais 1.390,2 1.598,6 15,2 15,0 1,2 Lei de Bases da Segurança Social 5.669,5 5.839,4 4,9 3,0 1,0 Fundo Português de Carbono 1,4 31,8 - - 0,2 Apoios do Instituto de Financiamento Agricultura e Pescas 459,9 457,4 5,5-0,5 0,0 Contribuições e Quotizações para Organizações Internacionais 47,7 69,2 45,3 45,3 0,1 Segurança Social - IVA Social 483,3 483,3 0,0 0,0 0,0 Financiamento regime substitutivo dos bancários 327,0 320,9-1,9-1,9 0,0 Apoios da Fundação para a Ciência e Tecnologia 171,5 164,2-3,2-4,3 0,0 DGTF - Transferência rendimentos de titulos divida Grega 74,7 69,1 - -7,5 0,0 Contribuição financeira para a União Europeia 1.314,4 1.223,4-3,4-6,9-0,5 Lei de Finanças Regionais e Lei de Meios 415,9 318,3-22,7-23,5-0,6 Outros 1.249,9 1.107,6-11,1-11,4-0,8 Total 17.473,4 18.183,1 5,8 4,1 Fonte: Direção-Geral do Orçamento Os fatores anteriormente identificados para o crescimento da despesa com transferências, são em parte compensados pela redução observada com: 15

2.1. Administração Central - As transferências para a Administração Regional, que resultam do fim das transferências no âmbito da Lei de Meios 13, bem como da aplicação do disposto na Lei das Finanças Regionais 14, a qual determina a aplicação de regras diferentes no apuramento do montante da transferência em 2014 15 ; -A contribuição financeira para a União Europeia, justificado por uma menor antecipação de duodécimos em 2014 ao contrário do que se registou em 2013. A taxa de variação da despesa com subsídios situou-se em 27,0% continuando a ser explicada pela execução dos apoios ao emprego e à formação profissional, devido ao elevado volume de candidaturas aprovadas em finais de 2013, com efeitos no início de 2014, ainda no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional de 2007-2013. Esta variação foi parcialmente compensada pelo efeito de base decorrente da atribuição, em 2013, de indemnizações compensatórias a empresas pela prestação de serviço público, determinada por resolução de Conselho de Ministros, a qual, em 2014 não teve ainda efeitos 16. Quadro 10 Despesa com subsídios da Administração Central Período: janeiro a agosto Programa orçamental Execução acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p.) Solidariedade, Emprego e Segurança Social 202,3 361,5 93,8 78,7 43,7 do qual: Instituto Emprego e Formação Profissional 181,6 338,7 103,2 86,5 43,1 Encargos Gerais do Estado 12,0 18,6 51,8 55,3 1,8 do qual: Assembleia República 12,0 18,6 51,8 55,3 1,8 Agricultura e Mar 39,7 16,3-57,4-59,0-6,4 do qual: Instituto Financiamento Agricultura e Pescas 39,7 16,3-57,4-59,0-6,4 Finanças 105,4 58,9-54,0-44,1-12,7 do qual: D.G. Tesouro e Finanças 105,4 58,9-54,0-44,1-12,7 Outros 5,1 7,4 47,8 45,4 0,6 Total 364,5 462,8 28,4 27,0 Fonte: Direção-Geral do Orçamento 13 Lei Orgânica n.º2/2010, de 16 de Junho, que fixa os meios que asseguram o financiamento das iniciativas de apoio e reconstrução na Região Autónoma da Madeira na sequência da intempérie de Fevereiro de 2010. 14 Lei Orgânica n.º2/2013 de 2 de setembro. 15 A Lei das Finanças Regionais estabelece para 2014 um valor fixo, para o montante das transferências do Estado para as RA, em montante inferior ao que resultaria da aplicação da fórmula legalmente também prevista, mas que tem em consideração os montantes transferidos em anos anteriores. 16 Em 2013, o diploma que aprovou a atribuição das indeminizações compensatórias foi publicado em abril (Resolução do Conselho de Ministros n.º 23/2013, de 10 de abril). Em 2014,a publicação ocorreu em agosto (Resolução do Conselho de Ministros n.º 52/201429 de ), não tendo produzido efeitos na execução acumulada da despesa até agosto. 16

2.1. Administração Central A despesa de investimento apresentou um acréscimo de 25,6%, justificado por pagamentos dos encargos com PPP, pela Estradas de Portugal, S.A., nomeadamente relativos às subconcessões, que se iniciaram em 2014 17. A aceleração em 15,5 p.p. observada face ao mês anterior resulta do volume de pagamentos concretizado em agosto 2014 relativos às concessões do Estado e subconcessões rodoviárias, pela Estradas de Portugal, S.A., os quais evidenciam um padrão intra-anual específico em que a despesa se acentua a cada dois meses. Quadro 11 - Despesa relativa a investimentos da Administração Central Período: janeiro a agosto Investimento por natureza Execução acumulada 2013 Execução acumulada 2014 Fin. Nacional Fundos Europeus Total Fin. Nacional Fundos Europeus Variação homóloga acumulada (%) Total julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p.) Investimento Incorpóreo - Estradas de Portugal 575,0 10,7 585,7 806,9 2,4 809,3 16,7 38,2 26,6 Equipamento Básico 13,6 9,5 23,1 13,7 14,3 28,0 17,2 21,4 0,6 Bens de Domínio Público 13,6 19,8 33,4 16,0 19,9 35,9 7,7 7,7 0,3 Equipamento e software informático 27,1 11,0 38,1 34,3 6,1 40,3-1,9 5,9 0,3 Edifícios 64,3 50,5 114,8 48,2 36,9 85,1-27,0-25,9-3,5 do qual : Instituto de Gestão Financeira e Equip. Justiça, I.P. 41,1 0,0 41,1 13,5 0,0 13,5-68,1-67,1-3,3 Outros 40,1 6,1 46,2 47,4 10,3 57,7 16,5 24,9 1,4 Total 733,6 107,7 841,3 966,5 89,9 1.056,4 10,0 25,6 Fonte: Direção-Geral do Orçamento As outras despesas mantêm a tendência de decréscimo de meses anteriores, em resultado essencialmente da execução de iniciativas no âmbito do Programa Operacional de Potencial Humano (POPH), por: menor saldo transitado para 2014 por comparação com o transitado para 2013; redução do volume de verbas recebidas face ao período homólogo, no âmbito de projetos cofinanciados; e reclassificação, em 2014, em despesas de funcionamento e despesas com pessoal 18. RECEITA A receita consolidada da administração central apresenta, até, um crescimento de 6,5% face ao ano precedente, traduzindo um acréscimo de 2,0 p.p. face ao mês anterior. Este comportamento encontra-se alicerçado na receita fiscal (+7,5%), nas contribuições para a CGA e ADSE (+19,2%) e nas 17 Nomeadamente nas subconcessões Transmontana, Douro Interior, Baixo Tejo e Litoral Oeste. 18 Despesas que em 2013 eram contabilizadas em outras despesas correntes. 17

2.1. Administração Central vendas de bens e serviços (+18,8%), destacando-se, em sentido contrário, a quebra nos rendimentos da propriedade (-20,0%), nas outras receitas (-10,7%) e, invertendo a tendência dos últimos cinco meses, nas transferências da UE (-8,5%). Quadro 12 - Receita da Administração Central Período: janeiro a agosto Natureza da Receita Execução acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p.) VH implícita ao OE (%) Receita fiscal 22.861,0 24.574,6 3,8 7,5 5,3-1,2 Impostos diretos 10.008,3 10.953,8 3,1 9,4 2,9-1,6 Impostos indiretos 12.852,6 13.620,7 4,4 6,0 2,4-0,8 Contribuições para a CGA e ADSE 3.216,8 3.833,3 19,3 19,2 1,9 10,1 Receita não fiscal 6.345,7 6.107,8-0,6-3,7-0,7 3,6 Taxas, multas e outras penalidades 1.539,5 1.579,7 2,6 2,6 0,1 2,3 Rendimentos de propriedade 966,5 773,2-18,3-20,0-0,6-26,6 Vendas de bens e serviços 1.031,5 1.225,9 19,7 18,8 0,6 26,0 Transferências da União Europeia 932,5 853,4 15,2-8,5-0,2 6,3 Outras receitas 1.875,7 1.675,5-11,1-10,7-0,6 5,7 Receita efetiva 32.423,5 34.515,7 4,5 6,5 0,9 Fonte: Direção-Geral do Orçamento Entre janeiro e, a receita fiscal líquida acumulada do Estado ascendeu a 23.769,0 milhões de euros, o que representa um crescimento de 7,7% (duplicando o crescimento de 3,8% verificado até julho) e um aumento da receita fiscal cobrada de 1.690,2 milhões de euros face a agosto de 2013 (até julho, a receita estava a crescer 735,1 milhões de euros). Só em agosto, a receita fiscal mensal do Estado ascendeu a 3.867,5 milhões de euros, o que corresponde ao valor mais elevado de receita fiscal cobrada num mês de agosto 19, tendo crescido 952,2 milhões de euros face à receita fiscal cobrada em agosto de 2013. O crescimento acumulado da receita fiscal de 7,7%, em termos homólogos, supera o objetivo inscrito na proposta de segunda alteração ao Orçamento do Estado para 2014. Esta evolução consolida a tendência de crescimento da receita fiscal iniciada em 2013. Nestes termos, até, a receita líquida acumulada dos impostos diretos cresceu 9,2% face a igual período de 2013. De igual modo, entre janeiro e, a receita líquida acumulada dos impostos indiretos aumentou 6,4%, em termos homólogos, com especial destaque para o aumento significativo da receita líquida do IVA, assim como do ISV, do IT, do IUC e da recuperação do ISP face a igual período de 2013. 19 Considerando os registos disponíveis desde 2001. 18

2.1. Administração Central Quadro 13 - Receita fiscal do subsetor Estado Período: janeiro a agosto Execução acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p.) Impostos diretos 9.987,0 10.904,0 2,8 9,2 4,2 - IRS 7.370,8 8.240,0 6,1 11,8 3,9 - IRC 2.611,5 2.499,7-9,1-4,3-0,5 - Outros 4,6 164,3 n.a. n.a. 0,7 Impostos indiretos 12.091,8 12.864,9 4,8 6,4 3,5 - ISP 1.377,5 1.380,1-0,3 0,2 0,0 - IVA 8.554,2 9.230,3 5,5 7,9 3,1 - Imposto sobre veículos 233,4 318,8 38,4 36,6 0,4 - Imposto consumo tabaco 703,4 741,0 6,3 5,3 0,2 - IABA 111,8 115,9 3,8 3,6 0,0 - Imposto do Selo 922,9 868,1-5,3-5,9-0,2 - Imposto Único de Circulação 159,3 177,1 10,1 11,2 0,1 - Outros 29,4 33,7 18,1 14,7 0,0 Receita fiscal 22.078,8 23.769,0 3,8 7,7 Fonte: Ministério das Finanças Até, a receita líquida acumulada em sede de IRS cresceu 11,8% face a igual período de 2013, superando o objetivo de crescimento previsto na proposta de segunda alteração ao Orçamento do Estado para 2014 20. Entre os fatores que contribuíram para este desempenho saliente-se, nomeadamente, a melhoria das condições do mercado de trabalho e o crescente impacto positivo decorrente das novas medidas de combate à fraude e à evasão fiscal nos impostos diretos 21. Entre janeiro e, a receita líquida acumulada em sede de IRC registou uma variação de -4,3% face a igual período de 2013, o que representa uma recuperação de 4,8 p.p. face à variação registada até julho de 2014. Até, a receita líquida acumulada em sede de IVA cresceu 7,9%, tendo aumentado 676,0 milhões de euros face a agosto de 2013. Apenas em agosto, a receita líquida mensal do IVA cresceu 21,6% face a agosto de 2013, o que representa um aumento de 275,4 milhões de euros. Esta evolução reforça o perfil de crescimento sustentado da receita deste imposto, superando o objetivo inscrito na proposta de segunda alteração ao Orçamento do Estado para 2014. Esta melhoria evidencia a recuperação da atividade económica e a crescente eficácia das novas medidas de combate à evasão fiscal e à economia paralela no IVA. Adicionalmente, entre janeiro e, registou-se igualmente a consolidação do perfil de crescimento da receita líquida acumulada de outros impostos indiretos, com especial destaque para os aumentos de 36,6% do ISV, de 11,2% do IUC, de 5,3% do IT, de 3,6% do IABA e de 0,2% do ISP, em termos homólogos. 20 A variação integra o ajustamento contabilístico recomendado pelo Tribunal de Contas. 21 A Declaração Mensal de Remunerações é obrigatória desde janeiro de 2013. 19

jan fev mar abr mai jun jul ago milhões de euros 2.1. Administração Central Gráfico 6 - Receita fiscal do subsetor Estado 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2013 2014 Fonte: Ministério das Finanças Entre janeiro e, os reembolsos acumulados diminuíram 2,8%, em termos homólogos. Quadro 14 - Reembolsos relativos à receita fiscal Período: janeiro a julho Execução acumulada Variação homóloga acumulada (%) 2013 2014 julho agosto Contributo VHA agosto (em p.p.) Impostos diretos 2.615,1 2.826,2 23,2 8,1 3,4 - IRS 1.709,4 1.958,3 20,4 14,6 4,0 - IRC 904,4 866,8 32,2-4,2-0,6 - Outros 1,3 1,1-6,9-9,6 0,0 Impostos indiretos 3.680,6 3.290,1-5,9-10,6-6,2 - ISP 29,9 4,3-85,3-85,5-0,4 - IVA 3.611,5 3.255,5-4,9-9,9-5,7 - Imposto sobre veículos 9,3 7,1-33,2-23,9 0,0 - Imposto consumo tabaco 18,5 13,3-23,8-27,9-0,1 - IABA 0,4 0,3-30,5-27,2 0,0 - Imposto do Selo 10,1 9,3-13,1-7,5 0,0 - Imposto Único de Circulação 0,0 0,2-57,3 n.a 0,0 - Outros 0,9 0,0-76,0-95,9 0,0 Receita fiscal 6.295,7 6.116,3 5,7-2,8 Fonte: Ministério das Finanças As contribuições para sistemas de proteção social (CGA e ADSE) registam em um acréscimo de 616,5 milhões de euros face a igual período de 2013 (+19,2%). Para esta evolução contribuem as medidas contempladas na Lei do OE para 2014, designadamente o aumento da taxa da contribuição das entidades empregadoras públicas para a Caixa Geral de Aposentações, I.P. (CGA), de 20% para 23,75%, e o facto de a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) ter passado a incidir sobre a totalidade das pensões e prestações pecuniárias vitalícias recebidas pelo titular, independentemente da sua natureza (por morte ou outra), sendo que a CES retida nas pensões pagas a partir de maio já comporta as novas taxas e 20

2.1. Administração Central limites de incidência (o limite mínimo passou de 1.350 para 1.000 euros) definidos na Lei n.º 13/2014, de 14 de março (primeira alteração à Lei do OE). Para a variação ocorrida concorre ainda o aumento do número de aposentados/reformados e pensionistas com pensões da responsabilidade de entidades empregadoras, que se traduziu no acréscimo de receita proveniente dessas entidades para a CGA. Contribui ainda para a aceleração da taxa de variação homóloga acumulada registada a partir de julho o pagamento, em junho de 2014, do subsídio de férias aos funcionários cuja remuneração base mensal é superior a 1.100 euros o qual, em 2013, havia sido pago em novembro e a reversão da medida de redução remuneratória prevista no artigo 33.º da Lei do OE para 2014 22. Releva-se ainda que, nos termos do artigo 2.º da Lei n.º 13/2014, de 14 de março 23, a ADSE Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública entregou 23,1 milhões de euros relativos a 50% da receita da contribuição da entidade empregadora, que reverteu a favor dos cofres do Estado. Os rendimentos de propriedade apresentam um decréscimo de 20,0% (-193,3 milhões de euros), principalmente justificado com a diminuição, em 156,9 milhões de euros, dos dividendos entregues pelo Banco de Portugal (no valor de 202,4 milhões de euros em 2014), bem como com a quebra nos juros relativos a empréstimos concedidos a entidades públicas do setor dos transportes. Salienta-se o recebimento em julho de 23,6 milhões de euros relativos a juros de obrigações de capital contingente (coco bonds), ascendendo o valor acumulado em 2014 a 228,8 milhões de euros, em linha com o valor arrecadado no ano anterior. As vendas de bens e serviços apresentam um acréscimo de cobrança de 194,4 milhões de euros (+18,8%), para o qual muito contribui a Parque Escolar, E.P.E. (+99,3 milhões de euros), em resultado do contrato programa celebrado com o Estado, no âmbito do programa de modernização de escolas secundárias, apenas ter obtido visto do Tribunal de Contas no final de 2013, tendo a maior parte desse montante sido recebido em janeiro de 2014. Destaca-se ainda a arrecadação, em fevereiro e março de 2014, de 41,3 milhões de euros referentes à 2.ª prestação da alienação de aeronaves F-16 à República da Roménia 24. As transferências provenientes do orçamento da União Europeia (UE), com um particular peso no subsetor dos serviços e fundos autónomos (96,1% em 2014), registam um decréscimo de cobrança de 79,1 milhões de euros (-8,5%), invertendo a tendência dos últimos cinco meses. Salienta-se a diminuição das transferências da UE para o IFAP Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (-106,4 milhões de euros). As outras receitas apresentam em um decréscimo de 200,2 milhões de euros (-10,7%) face a igual período de 2013. Para esta evolução releva sobretudo a alteração no critério de contabilização da Contribuição sobre o Sector Bancário, que, no ano de 2013, foi considerada nas Outras receitas correntes (127,1 milhões de euros), sendo em 2014 registada como receita fiscal (160,2 milhões de euros, em Impostos diretos diversos ). 22 Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 413/2014, proferido em 30 de maio, publicado no Diário da República de 26 de junho de 2014. 23 Que altera o artigo 14.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro (OE para 2014), em referência ao artigo 47.º-A do Decreto-Lei n.º 118/83, de 25 de fevereiro (estabelece o funcionamento e o esquema de benefícios da ADSE), aditado pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 105/2013, de 30 de julho. 24 Decorrente da Resolução do Conselho de Ministros n.º 55/2013, de 21 de agosto, e após os 47,5 milhões de euros entrados em outubro de 2013. 21

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez milhões de euros 2.1. Administração Central SALDO O saldo global da Administração Central evidencia, em termos acumulados, uma melhoria face ao período homólogo de 284,3 milhões de euros, invertendo a tendência verificada em julho. Esta melhoria, embora explicada sobretudo pelo crescimento da receita, beneficia também do abrandamento da despesa, mesmo no contexto de ocorrência de despesas que se irão anular, em termos de comparação homóloga, nos meses seguintes. Gráfico 7 Saldo global da Administração Central 2.500 500-1.500-3.500-5.500 2013 2014-7.500-9.500-11.500 Fonte: Direção-Geral do Orçamento 22

2.1. Administração Central Quadro 15 Saldo Global da Administração Central principais explicações Período: janeiro a agosto Variação homóloga absoluta Execução acumulada Setor / Saldo Acumulada Mensal S F 2013 2014 julho agosto julho agosto Administração Central -5.459,8-5.175,5-665,5 284,3-458,8 949,8 Estado -6.011,9-5.676,5-966,1 335,5-494,6 1.301,6 Serviços e Fundos Autónomos sem EPR 1.108,6 1.010,5 92,7-98,1 20,9-190,8 Dos quais: IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, IP 261,3 278,7 63,2 17,4-11,4-45,8 Serviço Nacional de Saúde 142,1 125,0 5,6-17,1 50,5-22,7 Caixa Geral de Aposentações, I.P. 143,4 123,4-2,6-20,1-48,4-17,4 Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P. 142,6 123,4-34,9-19,2 10,6 15,7 Instituto de Turismo de Portugal, I.P. 72,5 74,1 4,0 1,6 9,8-2,4 Fundo de Estabilização Tributário 35,1 43,0 28,9 7,9-1,9-20,9 Fundo Português de Carbono 61,5 29,9-27,6-31,5-6,9-4,0 Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. 39,7-39,2 44,7-78,9 51,2-123,7 Instituições de Ensino Superior 23,0-0,9-32,3-23,8-23,2 8,4 Entidades Públicas Reclassificadas -556,5-509,5 207,9 47,0 15,0-160,9 Dos quais: Estradas de Portugal, S.A. -233,4-362,2-16,3-128,8-32,8-112,5 REFER, E.P.E. -226,8-166,7 60,7 60,2-3,7-0,6 Metro do Porto -59,6-38,1 27,6 21,4-8,7-6,2 Metropolitano de Lisboa, E.P.E. -50,7-33,0 40,2 17,7 30,1-22,5 Rádio e Televisão de Portugal, S.A. -9,9 13,6 16,9 23,5 4,3 6,6 PARUPS, S.A. 13,2 40,7 22,5 27,5 18,6 5,1 Parque Escolar, E.P.E. -37,1 56,3 84,8 93,3 5,9 8,5 Fonte: Direção-Geral do Orçamento 23

2.2. Segurança Social 2.2. Segurança Social DESPESA A despesa até agosto decresceu 0,3% face ao período homólogo do ano anterior. Para esta variação contribuiu sobretudo o comportamento favorável da despesa com as prestações de desemprego (-16,1%), efeito que é mais do que absorvido pelo impacto na despesa com pensões, do pagamento integral, em julho, do 14.º mês aos pensionistas 25. De salientar que se verificou um aumento de 10,3% da despesa associada ao Programa de Emergência Social (PES) e ao Apoio Social Extraordinário ao Consumidor de Energia (ASECE). Gráfico 8 Despesa da Segurança Social Pensões Transferências e subsídios correntes Outros Ações de Formação Profissional Subsídio desemprego e apoio ao emprego -2,0-1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 Contributo para a VHA (p.p) Agosto Julho Fonte: Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social 25 Em 2013, parte do 14.º mês foi paga em novembro, nos termos definidos na Lei n.º 39/2013, de 21 de junho. 24

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Tvha (%) 2.2. Segurança Social Gráfico 9 Contribuições e quotizações e prestações sociais 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 2014 2013 2013 0,0-2,0 2014-4,0 Contribuições e quotizações Prestações Sociais Fonte: Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social RECEITA A receita até agosto registou um decréscimo de 0,7% em termos homólogos, o que foi justificado essencialmente pelo menor volume de transferências oriundas do Fundo Social Europeu (-42,1%). No sentido contrário, de salientar o acréscimo da receita de contribuições e quotizações (3,2%), sendo de referir que foi restituída, quase integralmente, a receita de contribuições incidentes sobre os subsídios de desemprego e de doença, em cumprimento do Acórdão nº 413/2014 do Tribunal Constitucional. De referir ainda o efeito da diminuição das outras receitas correntes (-11,9%). 25

2.2. Segurança Social Gráfico 10 Receita da Segurança Social Contribuições e quotizações Financiamento da Lei de Bases da Segurança Social IVA Social e do Plano de Emergência Social Outros Transferências do Fundo Social Europeu -3,0-2,0-1,0 0,0 1,0 2,0 Contributo para a VHA (p.p) Agosto Julho Fonte: Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social SALDO Até agosto, o saldo global do subsetor da Segurança Social ascendeu a 410,3 milhões de euros, evidenciando um decréscimo face ao período homólogo de 81,1 milhões de euros. A receita diminuiu 125,5 milhões de euros e a despesa apresenta um decréscimo de 44,4 milhões de euros. Gráfico 11 Saldo Global da Segurança Social Fonte: Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social 26